terça-feira, 5 de agosto de 2014

Ditadura ou democracia?

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Ditadura versus Democracia A Democracia é uma opção de uma nação. Democracia é uma instituição de altíssimo custo. Certamente uma ditadura é mais barata. O custo Financeiro de uma Ditadura é muito inferior ao de uma Democracia. Mas o custo em credibilidade de uma Democracia é infinitamente menor do que o custo político de uma Ditadura. O que as pessoas precisam entender e compreender é que quanto mais transparente um sistema de governo mais complicado e corrupto ele parece ser, ao contrário de uma ditadura embaçada não se enxerga a enorme corrupção que existe ali, como em qualquer sistema humano social. Para se manter no poder o governo é obrigado a garantir a sua governabilidade e a sua governança. A governança é constituída dos instrumentos e do sistema burocrático que o governo escolhe para dar efetividade ao seu lado administrativo. A governabilidade é constituída do conjunto de atos, fatos e comportamentos do governo para atingir os seus objetivos econômicos, políticos e sociais, quem sabe, históricos e dos projetos para a nação se o povo tiver tido a sorte de ter elegido estadistas ao invés de governantes, ou pior, de ter escolhido partidários que apenas querem implantar os seus projetos pessoais e ou as suas ideologias supremas. Assim, para garantir a governabilidade o governante tem ao seu dispor poucas táticas. Pode contar com a simpatia da oposição (impossível), pode então, caso não seja isto possível, obter uma maioria parlamentar permanente, sem precisar da oposição. Para garantir esta maioria permanente ele dispõe de apenas duas estratégias: cooptar ou corromper. Para cooptar seus partidários, o governo precisa sempre estar distribuindo favores e verbas aos seus sedentos e insaciáveis aliados políticos. Para corromper partidários, o governo precisa sempre estar fazendo negociatas secretas, ilegais e imorais para circunstancialmente poder contar com o apoio de seus inimigos e indiferentes aliados de ocasião. Portanto, a Democracia já nasceu aleijada, como dizia o seu maior adversário o filósofo grego Platão, “sempre a Democracia termina em demagogia”. A Demagogia é a tentação e a obrigação permanente do governante democrático tentar agradar ao povo que o elegeu para ganhar credibilidade, isto implica que quase sempre o governo é empurrado pelo povo a fazer coisas cosméticas, pouco sérias e pouco profundas que realmente o povo precisa, em lugar disso, as propostas mais fantasiosas, egoístas, superficiais, vazias, demagógicas são aquelas que a população vai exigir, enquanto isso, as obras e atos essenciais vão ficando de lado, porque podem ser medidas antipáticas, incompreensíveis e de longo prazo que o senso comum nunca compreende, como por exemplo, a interdição de uma rua em frente as casas dos contribuintes que fica obstaculizada para a circulação, com barro, lama, poeira, barulho de máquinas para as obras de infraestrutura por longos e torturantes meses e que vai beneficiar e melhorar a vida do próprio morador, e quase sempre ele exige o fim imediato do incômodo, a despeito de estar agindo contra os seus próprios interesses. Assim o governo Demagógico vai acumulando dívidas públicas, dívidas morais, dívidas de obras necessárias, mas nunca iniciadas para não incomodar o contribuinte imediatista e estúpido, um dia estas demandas estouram nas mãos de outro mandatário muito lá adiante no tempo. Então a obra de investimento em infraestrutura que deixou de ser feita porque ninguém desejava por causa dos efeitos colaterais, que certamente iriam irritar os cidadãos tirando votos e prestígios do governante, estouram quando vem uma forte chuva, quando as tarifas de serviços básicos deixaram de ser ajustadas, então os cidadãos vão acusar justamente o mesmo governo a quem eles impediram de incomodá-los com as medidas necessárias, mas que ninguém estava disposto a aceitar o sacrifício correspondente para deixar o governo agir. Este paradoxo da demagogia leva sempre o governo ao impasse da governabilidade. Somente estadistas de verdade são capazes de sacrificarem as suas carreiras e imagem para deixarem um legado para o futuro, e se o fizerem certamente não serão reeleitos, e os seus correligionários também. Isto é Democracia. Democracia está prisioneira da demagogia porque o povo é imediatista e medíocre em sua essência humana.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Sociodinâmica

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Sociodinâmica IPEA SOCIODINÂMICA Para além da Política e da Religião r12820301 IPEA SOCIODINÂMICA Para Além da Política e da Religião r12820301 Mudanças sociais contemporâneas trouxeram para a agenda social três tipos de movimentos sociais que desafiam as teorias sociológicas sobre Política ou sobre o que seja assunto de domínio da área da Religião.     Sociodinâmica Para além da Política e da Religião   Introdução Para além da descoberta da função Política por Aristóteles há 2,5 mil anos, na Grécia, e muito depois na percepção histórica da importância, da influência e interferência da Religião na Política por Maquiavel no Séc. XVI deparamo-nos hoje com movimentos sociais transnacionais, transclassistas, supraideológicos, para-religiosos, para-políticos em torno de áreas ou arenas que não se enquadram exclusivamente nem na área da Ciência Política nem podem ser enquadradas exclusivamente como religiões ou seitas. São áreas das mais inclusivas do sistema de movimentos sociais, jamais inventadas. Mudanças culturais contemporâneas trouxeram para a agenda social três dos tipos mais característicos de movimentos sociais e grupos sociais que desafiam as teorias sobre os tipos de sistemas políticos e religiosos, ou sobre o que seja matéria exclusiva de domínio da área das ciências sociais, de religiões e da política. Em todo o mundo os governos e a sociedade perceberam comportamentos sociais sem identificação de qualquer bandeira ideológica especificamente, religiosa ou política, sem vínculos com quaisquer nacionalidades e sem um formato perceptível que os enquadrem em quaisquer sistemas filosóficos até então conhecidos e que desafiam os estudiosos a enquadrá-los em algum sistema sociológico catalogado, outrem sistemas econômico, político, antropológico, filosófico ou em qualquer ciência do comportamento humano. a) Como enquadrar as ONGs, também conhecidas como Entidades do Terceiro Setor, também entendidas como Entidades Filantrópicas, ou mesmo as Organizações sociais sem fins lucrativos? b) Como enquadrar o movimento ecológico, o dos veganos, os alternativos com idéias de sustentabilidade e de preservação ambiental? c) Como enquadrar os defensores dos direitos humanos difusos e de todos os tipos não catalogados de reivindicações de reconhecimento de demandas dos grupos dos minoritários sem visibilidade e sem aceitação ou reconhecimento social? Não são de modo algum movimentos políticos, nem ideológicos nem religiosos, pois não se prendem a nenhum dogma ou a sistemas de preceitos e conceitos de alguma religião em particular; não se enquadram em nenhuma ideologia conhecida, nem tampouco preenchem os requisitos mais rgerais para se enquadrarem em alguma filosofia ou princípio de sistema político. Estas correntes almejam uma identificação no sistema de disciplinas escolástico. O que poderia haver de comum em todas elas?