sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Agnosticismo e fé

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Agnosticismo teísta e fé. Agnósticos acreditam que é impossível a experiência da fé dentro da racionalidade objetiva, metafísicamente ou holisticamente, seja pela via fenomenológica, seja pela dialética, seja pela ontologia, seja pela via epistemológica científica, seja pela filosofia ou seja pela esotérica. Fé. Examinando a questão da fé. Sem a fé não há possibilidade da existência racional, nem emocional, biológica, social e material. A fé é. A fé basta-se a si mesma. A fé é autoportante, autônoma, é hegemonia e totalitária. Demonstração da fé. Corolário 001. Estou com o meu iPhone digitando este ensaio, neste momento. Não tenho a menor condição de explicar esta experiência em seu sentido mais profundo. São tantas as camadas tecnológicas de apps, de circuitos eletrônicos, são protocolos de internet, protocolos de dados, protocolos de formatação de informações, que vão da camada física do impulso elétrico modulado e transportado com valores e validação contra os erros e interferências da camada de transmissão, até a outra camada de sessão na minha comunicação única protegida até o meu aparelho que me dá a sensação de ser exclusivo aqui na comunidade de bilhões de internautas, e nada se perde. Nunca saberemos tudo sobre este evento singelo de escrever e transporte de informações. Apenas acredito que este pedaço de plástico cheio de arames chamados circuitos eletrônicos, juntamente com os programas e sistemas informáticos chamados apps estão trabalhando. Isto é fé! Fé de que ao me aproximar do automóvel com a chave eletrônica presencial as portas se destrancam para me receber e dar acesso ao sistema de ignição do automóvel. Ao ligar o motor o ar condicionado encontra a temperatura automaticamente, o banco elétrico ajusta-se e o sistema Bluetooth conectado automaticamente com meu iPhone. Alguém precisa entender exatamente como estas coisas acontecem para as utilizar? Não. Apenas acredita que a magia está alinhado com um monte de metal, plástico, arame e informações abstratas e invisíveis. Eletrônicos, eletricidade, campo magnético, campo gravitacional, fóton, estados quânticos. Quantos saltos precisa dar a nossa ciência para conseguir construir coisas mágicas antes de compreender exatamente o que elas são de fato? Os números servem de base para a matemática e para a física. Que servem de base para a engenharia. Usarmos os números para contar e para medir. Mas não conseguimos contar exatamente o número de células no corpo humano? Não conseguimos medidas do número pi? Não temos a medição da hipotenusa do ângulo reto, a raiz quadrada de dois com toda a precisão? Não sabemos o que é a força da gravidade, a sua natureza e origem? Não sabemos o que é a eletricidade bem como o magnetismo mágico? Vivemos nos enganando sobre o mundo científico. Nem sabemos como o cérebro processa a informação e o que nos faz inteligentes? Mas, quando entramos no campo da religião então temos que dar conta de abandonar a fé e fazer a metafísica da crença e a dialética de Deus. Como, Se a ciência não precisa cumprir e cuidar de sua retaguarda epistêmica? Somos críticos em demasia com a religião. Se a ciência estivesse sob esta pesada vigilância crítica como submetemos a religião estaríamos ainda andando a cavalo e viajantes de caravelas e trirremes. Nem a medicina mereceria o nome de ciência. Mas, para a salvação do progresso do processo científico temos o apoio incondicional e insubstituível da fé. Sem a fé nas ciências jamais haveria ciências. As ciências começaram com a tentativa de compreender o mundo mágico a partir da visão mágica porquê era a única possibilidade epistemológica. Da alquimia para a química. Da ontologia da metafísica para a física. Da habilidade da analogia para a aritmética dos pastores de ovelhas, que precisa conferir o rebanho toda noite ao se recolher ao abrigo noturno. Assim caminhamos devagar, passo a passo até conseguir concretizar a construção do nosso vasto e complexo sistema de justificativas a partir da qual estabelecermos a cultura do saber o saber. O porquê e o como, nem sempre pudemos demonstrar e justificar, apenas confiança nos resultados práticos era suficiente para nossa compreensão. Os mitos e as práticas garantia das tradições e costumes que eram passados de geração em geração sem explicação melhor do que a dada pela justificativa da mera tradição e dos costumes obrigatórios. Porque funcionava bem. Para que permitir questionar ou mudar? A certeza e a fé da tradição são as mesmas que hoje temos num retângulo de plástico mágico cheio de arames que fala, ouve, conversa, grava imagens, troca informações podendo ter a forma física em um tablet, iPhone notebook ou laptop. É feito de fé e magia para um homem comum que jamais vai entender ou dominar totalmente esse tóten eletrônico e informático. Vivemos o mundo da fé. A fé nas ideologias, a fé na abstração da felicidade, a fé no sentido da vida. Quem duvida de tudo tem fé também no incognoscível, é a fé no agnosticismo ateísta, é o absolutismo materialista, enfim, é mais um efeito e um poderoso feito da forma mais sedutora da fé.

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