prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
O arnettismo do jornalismo moderno
O jornalismo é a quinta pior profissão do mundo segundo uma lista internacional de uma empresa de consultoria (CareerCast.com) sobre as melhores e piores profissões do mundo, ocupando o 195º lugar entre as 200 melhores.
O cinema possui um elenco de histórias verídicas e ficções sobre jornalismo inescrupuloso:
A Montanha dos Sete Abutres
A Montanha dos Sete Abutres (1951) é o filme de longa metragem que Billy Wilder realizou logo após seu maior e mais celebrado clássico, Crepúsculo dos Deuses. A acidez do filme anterior continua na história de um jornalista inescrupuloso que faz de tudo para voltar a ter prestígio, retardando o salvamento de um mineiro que está preso nos escombros para se alimentar da comoção da população da pequena cidade em que foi trabalhar.
A Embriaguez do Sucesso
A Embriaguez do Sucesso, de 1957, é o primeiro filme de Alexander Mackendrick (Quinteto de Morte) nos EUA. Burt Lancaster (O Leopardo) é o colunista de fofocas inescrupuloso que encontra em Tony Curtis (Quanto Mais Quente Melhor) um jovem ambicioso para ficar à sua sombra. É uma das críticas mais cruéis ao sistema, e uma das grandes atuações de Lancaster para o cinema.
A Doce vida
Federico Fellini (Oito e Meio) realizou em A Doce Vida, um afresco romano sobre o desejo pela celebridade. Um jornalista de origem humilde enfrenta uma crise de consciência por estar sempre atrás de fofocas da alta sociedade, usando-as como fonte para seus artigos. Entre seu trabalho superficial e seus problemas pessoais (como a tentativa de suicídio da namorada), é mostrada uma sociedade decadente e hedonista.
Rede de intrigas
Dirigido por Sidney Lumet (Um Dia de Cão), Rede de Intrigas (1976) é a história do âncora de um telejornal (Peter Finch, de Horizonte Perdido) que, ao receber a notícia de que seria demitido, declara a intenção de se suicidar no ar. Como a audiência sobe, a diretora decide mantê-lo no cargo. Mais uma crítica aos meios de comunicação e à busca pela audiência a qualquer custo. Peter Finch já havia morrido quando foi indicado ao Oscar de melhor ator pelo papel do âncora. Ele foi o primeiro a ser premiado postumanente pela academia na categoria.
O Preço de Uma Verdade
O Preço de Uma Verdade (2003) é a estréia do talentoso Billy Ray (Quebra de Confiança). Baseado em fatos reais, o filme conta a história do jornalista Stephen Glass (Hayden Christensen, de Jumper). Ainda jovem, conseguiu entrar no primeiro time do respeitado jornal The New Republic, de Washington, entre 1995 e 1998. Mas, dos 41 textos publicados, 27 eram total ou parcialmente inventados e copiados. Quando a farsa vem à tona desenvolve-se uma interessante discussão sobre a ética no jornalismo, e sobre até que ponto um editor deve ir para defender seu redator.
Paparazzi
Bo Laramie (Cole Hauser) é um ator de cinema em franca ascenção. Mas, como o sucesso tem seu preço, o astro começa a ser persistentemente perseguido pelos fotógrafos conhecidos como paparazzi, daqueles que acompanham de perto a vida dos astros. Fazendo o que podem para conseguir as melhores e mais invasoras fotos, uma dessas investidas quase acaba com a morte de Bo. Depois disso, o ator resolve investir em uma vingança contra esses profissionais. Especialmente um deles, Rex Harper (Tom Sizemore).
Tudo começou, ou se intensificou com o repórter Peter Arnett da CNN durante a Guerra do Iraque, a segunda intervenção dos EUA feita pelo Pr. George Bush ali, até se tornar uma escola predominante do jornalismo moderno, a partir das transmissões dos eventos dos bombardeios incessantes, massivos e cirúrgicos das chamadas armas inteligentes de 4ª geração do arsenal de Washington na Guerra do Iraque: era o início do jornalismo desestruturado, sem coordenação e totalmente voluntarista, beirando um free lancer mercenário.
Existe um tipo de categoria de procedimentos e processos de atuação jornalística predominante hoje em dia, principalmente em reportagens jornalísticas, em que as matérias aparecem sem nenhuma preparação, sem agenda, sem continuidade, sem organização como se fossem ingredientes de uma massa para cozinhar sem ser executada a cocção do material. Então esta massa é servida crua, fria e sem misturar. Este é o estilo de jornalismo moderno, que eu prefiro chamar de arnettiano.
Quem é o seu criador?
Peter Arnett
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Peter Arnett
Peter Arnett em 1994.
Nascimento 13 de novembro de 1934
Riverton, Nova Zelândia
Nacionalidade
Ocupação Jornalista
Prêmios Prêmio Pulitzer de Jornalismo (1966)
Peter Gregg Arnett (Riverton, 13 de novembro de 1934) é um jornalista norte-americano nascido na Nova Zelândia, que começou a carreira trabalhando para o National Geographic Magazine e depois fez fama e prestígio como jornalista de redes de televisão, especialmente a CNN, e correspondente de guerra da Associated Press, recebendo em 1966 o Prêmio Pulitzer por seu trabalho no Vietnã.
Os primeiros anos de Arnett no jornalismo foram no Sudeste Asiático, especialmente em Bangkok, na Tailândia, num pequeno jornal em língua inglesa no Laos..[1] Depois disso, ele foi para o Vietnã, onde começou a trabalhar para a agência de notícias Associated Press escreveu importantes artigos sobre a situação no país e sobre a guerra que atraíram a ira do governo norte-americano.[1] Fisicamente destemido, Arnett participou de diversas operações ao lado das tropas americanas, incluindo o relato da traumática batalha na Colina 875, onde soldados tentaram resgatar outro grupo cercado pelos vietnamitas onde quase todos pereceram no combate, durante o resgate.
Seus artigos da frente de combate, reproduzidos em centenas de jornais de todo o mundo, focavam principalmente as histórias com soldados comuns e civis, e lhe causaram problemas com o governo norte-americano por serem considerados negativos para a causa da guerra, fazendo com que o General William Westmoreland, comandante das forças americanas no Vietnã, e o Presidente Lyndon Johnson, pressionassem a AP para retirá-lo do Vietnã, sem resultado. Sua mais famosa reportagem da guerra foi a declaração, dada em 7 de fevereiro de 1968 por um oficial não-identificado do exército, de que a 'vila de Ben Tre precisou ser totalmente destruída para ser salva'. Em 2004, a escritora de direita Mona Charen diria em seu livro Useful Idiots, que a declaração teria sido fabricada por Arnett.[2]
Ele foi um dos poucos jornalistas ocidentais a se encontrarem em Saigon quando a cidade caiu frente aos exércitos norte-vietnamitas em abril de 1975, e esteve com os soldados invasores que lhe explicaram como haviam feito para tomar a cidade, em sua última ofensiva da guerra.
Guerra do Golfo
A fama mundial de Arnett, entretanto, veio com a Guerra do Golfo, quando trabalhava como repórter para a rede de televisão a cabo CNN, e foi o único jornalista a cobrir ao vivo a guerra direto de Bagdá, nos primeiros dias do bombardeio norte-americano à cidade. Suas reportagens dramáticas geralmente eram feitas tendo ao fundo o som de explosões e sirenes de aviso antiaéreo, vistas e ouvidas no mundo todo. Junto com Bernard Shaw e John Holliman, ele fez uma série de matérias contínuas de Bagdá durante as primeiras intensas dezesseis horas da guerra, em 17 de janeiro de 1991.
Apesar de cerca de 40 jornalistas internacionais estarem presentes em Bagdá, no Hotel Al-Rashid, naquele momento apenas a CNN possuía os meios de se comunicar com o mundo exterior devido à nova tecnologia do telefone por satélite, disponível apenas para a estação. Os outros jornalistas na cidade, assim como seus dois colegas da CNN, deixaram Bagdá em poucos dias, o que transformou Arnett no único jornalista estrangeiro em operação em Bagdá. Suas reportagens sobre os danos causados a instalações civis pelos bombardeios foram mal recebidas pelo comando da coalização que, antes da guerra, com seu uso contante dos termos 'bombas inteligentes' e 'precisão cirúrgica, pretendiam projetar uma imagem que os danos civis nos bombardeios seriam mínimos.
Em 25 de janeiro a Casa Branca fez um comunicado de que Arnett estava sendo usado como uma ferramenta de desinformação da inteligência iraquiana e a CNN recebeu uma carta assinada por 34 membros do Congresso dos Estados Unidos acusando-o de ser um jornalista 'impatriota'.
Entre suas mais controversas reportagens, ficou famosa aquela sobre o bombardeio de uma fábrica de leite para crianças, supostamente identificada pela inteligência das forças da Coalizão como uma fábrica de armas bacteriológicas.
Durante o começo da guerra, ele também conseguiu o feito de realizar uma entrevista com o líder iraquiano Saddam Hussein.
A Guerra do Golfo se tornou a primeira guerra a ser vista ao vivo e inteiramente pela tv, e Arnett teve o mérito, a sorte e o prestígio de ser o único, durante cinco semanas, a transmitir sozinho uma guerra vista do 'outro lado'.
Vida pessoal e honrarias
Além do Prêmo Pulitzer de Jornalismo recebido por suas matérias na Guerra do Vietnam, ele foi condecorado por seu país de nascimento com a Ordem do Mérito da Nova Zelândia (New Zealand Order of Merit) e teve o privilégio de ser o primeiro jornalista a transmitir uma reportagem em tv de alta definição, durante sua cobertura da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos, em dezembro de 2001.
Arnett foi casado por dezenove anos (1964-1983) com uma sul-vietnamita, Nina Nguyen, com quem teve um casal de filhos. Sua filha, Elza, também é jornalista e já trabalhou no The Washington Post e Boston Globe..[3]
Em 1994, escreveu o best-seller 'Ao Vivo do Campo de Batalha' (Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 Years in the World's War Zones), em que conta histórias de seu trabalho como correspondente de guerra em lugares tão diferentes do mundo quanto Vietnam, Laos, Indonésia, Chipre, Iraque e Afeganistão.
Referências
1. ↑ a b The Death of Supply Column 21 Columbia Journalism Review
2. ↑ "Peter Arnett: Whose Man in Baghdad?", Mona Charen, Jewish World Review
3. ↑ Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 years in the World's War Zones.
Com se viu, foram as circunstâncias materiais e principalmente políticas de trabalho de Peter durante a Guerra do Golfo, a do Iraque, que obrigaram Arnett a inventar um novo tipo de jornalismo instantâneo, sem trabalho de revisão, radical, visceral, sem pauta, sem agenda, sem planejamento, sem análise, em fim, uma torrente de dados que muitas vezes não continham informações, outras vezes eram informações sem contexto, um amontoado de imagens e de reportagens confusas como um filme sem texto, sem roteiro e sem script.
Foram as circunstâncias precárias que forjaram este tipo de jornalismo. Ao mesmo tempo em que ele lutava contra o controle das informações pelos militares do Governo Americano e cuidando para não quebrar algum segredo que colocasse um risco os esforço das tropas norteamericanas, ele não poderia fazer uma idéia muito precisa dos danos eventuais que as suas informações poderiam causar à causa da guerra.
Mas não era esta a sua preocupação a não ser sobreviver para passar para os espectadores o seu testemunho da Guerra do Golfo. Isto ele fez.
As consequências desta técnica jornalística foram revolucionárias! Corromperam os fundamentos da informação jornalísticas em toda a parte!
O jornalismo informativo é formatado através de agendas pautadas em torno de um grupo de quesitos básicos indispensáveis para a integridade das informções, os quais são a busca das respostas para as seguintes questões, quesitos:
a) Quem?
b) O que?
c) Quando?
d) Onde?
e) Por quê?
f) Como?
g) Quantos?
h) Qual?
i) Para quê?
Qualquer texto ou matéria jornalística tem que responder e cobrir minimamente estes quesitos para merecer o título de texto informativo com consistência. Qualquer coisa diferente disso não merece a certificação de trabalho profissional jornalístico, qualquer aluno mediano de comunicação sabe disso.
Vou além: a metodologia científica exige, entre outras coisas para garantir a validação interna da texto, seja uma minuta, seja uma dissertação, seja um apontamento, que os pronomes relativos sejam devidamente substituídos pelos substantivos, e que não se faça concessão à subjetividade, principalmente aos juízos de valores.
O que vemos hoje, e o que se viu na invenção de Peter Arnett foi no mínimo uma completa falta de compromisso com a exatidão da informação que vinha de forma bruta, sem formatação, sem revisão e principalment sem cumprir os requisitos da metodologia científica e dos fundamentos básicos da informação estruturada e correta.
Os erros cometidos durante a avalanche de palavras soltas, despejadas, por Arnett viraram um mantra para o jornalismo moderno que se viu desobrigado de prestar informação, ou de sequer organizá-la: O padrão do jornalismo moderno consiste do seguinte roteiro;
a) o âncora do jornal apresenta a manchete;
b) a seguir o jornalista ao vivo é chapado para intervir para detalhar a manchete;
c) o que se vê, então é a repetição da manchete pelo jornalista-repórter, já anteriormente anunciada pelo âncora do jornal;
d) passa o jornalista-repórter a entrevistar os atores e testemunhas sobre o fato assunto da manchete principal, então, o entrevistado é arguído e instado, induzido pelo repórter, a responder e confirmar os fatos e dados já anunciados pela manchete do âncora e repetidos pelo repórter que o interpela ao vivo;
e) assim outros transeúntes são da mesma forma instados a repetirem os mesmo fatos induzidos pela intervenção conduzida pelo repórter ao vivo;
f) finalmente um especialista é introduzido em cena e conduzido, induzido, pelas perguntas dirigidas pelo repórter ou pelo âncora a repetir e confirmar as mesmas informações e dados citados pelo âncora, pelo repórter ao vivo, pelos transeuntes, pelas testemunhas ocasionais.
Este processo repete-se ad nauseum até ao final do programa jornalístico ou documentário televisivo.
Anteriormente, as escolas de comunicação chamavam, e ainda alertam os alunos, para o tipo especial de mídia visual e auditiva que é a televisão e mídias de vídeo em geral, que diferentemente do rádio, têm na imagem a sua principal força informativa, a palavras entram, ou somente deveriam entrar, como um áudio auxiliar secundariamente para explicar e informar aquilo que não pode ser deduzido da imagem, acrescentando e detalhando com precisão os fatos mostrados pela imagem.
Quando o contrário disso é o que ocorre acontece o que os mestres de comunicação chamam de dupla representação: que é quando o narrador se restringe a descrever aquilo que a imagem já está mostrando.
Quantos erros se cometem neste caso do jornalismo moderno de inspiração arnettiana?
a) Dupla representação;
b) Repetição da informação, duplicidade de informação;
c) Falta de coordenação, o que implica em risco de contradições e repetições;
d) Falta de sequência das narrativas. Falta de um fio condutor na narração;
e) Falta de informações precisas dos quesitos ausentes ou incompletos da informação jornalística.
f) Falta consistência nos dados não revisados, não confrontados, e de apresentação estruturada das informações.
Este método de trabalho torna as informações voláteis, pouco confiáveis, descartáveis, efêmeras e desconectadas entre si o que as tornam inúteis como material de consulta secundário, pois não se vale do uso do método de pesquisa de campo, pois lhes falta precisão, método e planejamento.
As consequências deste processo é que as informações cruzadas de fonte diversas divergem em precisão com relação aos dados objetivos, como: hora, data, quantidade, volume, amplitude, enfim, a precisão dos dados fica totalmente comprometida já que não existe prazo nem a preocupação de checar as fontes e os dados que são digeridos à medida em que chegam até os jornalistas-repórteres arnettianos.
O imediatismo e a instantaneidade da disseminação dos eventos prevalecem sobre a precisão e sobre o conteúdo e formatação da informação.
Sem um coordenador, sem diretor, sem roteirista, sem redator, sem revisor e sem produtor o repórter assume o controle e o centro da matéria, assim vemos desfilar no lugar da reportagem um show de exibicionismo e narcisismo onde o repórter domina a tela em primeiro-plano na maior parte do espaço e do tempo da reportagem, dificultando, e se sobrepondo às imagens que deveriam preencher o espaço do assunto ali mostrado e ilustrado.
Chegamos à era do repórter-protagonista da matéria jornalística. Nessa nova era o espetáculo e a vaidade são os que preenchem a produção estética secundarizando o material jornalístico que passa a ser o mero pretexto para a apresentação e para a promoção pessoal do jornalista, eclipsando os personagens, o cenário e a ação em curso que deveriam dominar totalmente a tela, encobrindo o desempenho dos entrevistados, objetivando evidenciar a astúcia e a desenvoltura do entrevistador sobre o entrevistado, numa completa inversão dos interesses.
O improviso é a principal estratégia do repórter em campo. O improviso é o estágio final que antecede, precede e determina o estágio final da mais completa decadência e desestruturação organizacional.
Antes de chegar a este estágio terminal desorganizativo a organização já precarizou-se perambulando pelo estágio do bombeiro que apaga incêncios, já perdeu todo o controle de suas cautelas orçamentárias, perdeu o controle das funções e atividades planejadas e principalmente perdeu o controle das despesas e das receitas.
Para fugir deste descontrole criou-se a última palavra em planejamento organizacional do momento, o qual certifica as empresas de acordo com a sua competência gerencial, chamado CMMI: Capacidade e Maturidade do Modelo Integracional da administração empresarial.
CMMI consiste em:
A área de processo Desenvolvimento de Requisitos identifica as necessidades do cliente e traduz essas necessidades em requisitos de produto.
O conjunto de requisitos de produto é analisado para gerar uma solução conceitual de alto nível.
Esse conjunto de requisitos é então alocado para estabelecer um conjunto inicial de requisitos de produto.
Outros requisitos que ajudam a definir o produto são derivados e alocados
aos componentes de produto.
Esse conjunto de requisitos de produto e de componentes de produto descreve claramente o desempenho do produto, suas características de design e seus requisitos de verificação, de forma que o desenvolvedor possa entendê-los e utilizá-los.
A área de processo Desenvolvimento de Requisitos fornece requisitos para a área de processo Solução Técnica, onde os requisitos são convertidos em arquitetura do produto, design de componentes de produto e no próprio componente de produto (por exemplo, código e fabricação).
Os requisitos também são fornecidos à área de processo Integração de Produto, em que os componentes de produto são combinados e as interfaces são verificadas para assegurar que os requisitos de interface fornecidos pelo Desenvolvimento de Requisitos sejam atendidos.
A área de processo Gestão de Requisitos mantém os requisitos. Ela descreve atividades para obter e controlar mudanças de requisitos e assegurar que outros planos e dados relevantes se mantenham atualizados. Além disso, fornece rastreabilidade de requisitos, desde o cliente até o produto ou o componente de produto.
A Gestão de Requisitos assegura que as mudanças ocorridas nos requisitos sejam refletidas em planos, atividades e produtos de trabalho do projeto.
Esse ciclo de mudanças pode afetar todas as outras áreas de processo de Engenharia.
Assim, a gestão de requisitos é uma sequência de eventos dinâmica e frequentemente recursiva.
A área de processo Gestão de Requisitos é fundamental para um processo de Engenharia controlado e disciplinado.
A área de processo Solução Técnica desenvolve pacotes de dados técnicos para componentes de produto que serão utilizados pela área de processo Integração de Produto ou pela área de processo Gestão de Contrato com Fornecedores.
Soluções alternativas são examinadas a fim de escolher o design ótimo com base em critérios previamente estabelecidos.
Esses critérios podem variar significativamente para os diversos produtos, dependendo do tipo, ambiente operacional, requisitos de desempenho, requisitos de suporte, e custo ou prazo de entrega do produto.
A tarefa de escolha da solução final faz uso de práticas específicas da área de processo Análise e Tomada de Decisões.
A área de processo Solução Técnica se apóia nas práticas específicas da área de processo Verificação para realizar verificações de design e revisões por pares durante o design e antes da construção final.
A área de processo Verificação assegura que produtos de trabalho selecionados satisfaçam aos seus requisitos especificados, selecionando métodos para sua verificação em relação aos requisitos especificados.
Geralmente, a verificação é um processo incremental, iniciado com a verificação de componentes de produto e concluído com a verificação de produtos completos.
A verificação também envolve revisão por pares, que é um método comprovado para a remoção efetiva e antecipada de defeitos e proporciona um conhecimento valioso sobre os produtos de trabalho e componentes de produto que estão sendo desenvolvidos.
A área de processo Validação valida produtos, de forma incremental, com relação às necessidades do cliente.
A validação pode ser realizada no ambiente real de operação ou em um ambiente operacional simulado.
Um aspecto importante para esta área de processo é o alinhamento dos requisitos de validação com o cliente.
O escopo da área de processo Validação engloba validação de produtos, componentes de produto, produtos de trabalho intermediários e processos. Frequentemente, esses elementos podem ter que ser verificados e validados novamente.
Questões críticas encontradas durante a validação são normalmente solucionadas por meio da área de processo Desenvolvimento de Requisitos ou Solução Técnica.
A área de processo Integração de Produto contém as práticas específicas associadas à geração da melhor sequência de integração possível, envolvendo a integração de componentes de produto e a entrega do produto ao cliente.
A Integração de Produto utiliza práticas específicas das áreas de processo Verificação e Validação ao implementar o processo de integração de produto. As práticas de verificação possibilitam a verificação das interfaces e dos requisitos de interface de componentes de produto antes da integração do produto.
Esse é um evento essencial no processo de integração.
Durante a integração de produto no ambiente operacional, utilizam-se as práticas específicas da área de processo Validação.
Recursão e Iteração dos Processos de Engenharia
A maioria dos padrões de processo reconhece que há duas formas para se aplicar processos: recursão e iteração.
A recursão ocorre quando um processo é aplicado a níveis sucessivos de elementos de um sistema em uma estrutura de sistemas.
Os resultados da aplicação em um nível são utilizados como entradas para o próximo nível na estrutura do sistema.
Por exemplo, o processo de verificação pode ser aplicado tanto ao produto final completo quanto a componentes principais, até a componentes que fazem parte de outros componentes.
O grau de recursão em que o processo de verificação é aplicado depende inteiramente do tamanho e da complexidade do produto final.
A iteração ocorre quando a execução do processo é repetida no mesmo nível do sistema.
Pela implementação de um processo, criam-se novas informações que realimentam processos associados.
Geralmente, essas novas informações fazem surgir questões que devem ser resolvidas antes do processo terminar.
Por exemplo, provavelmente haverá iterações entre desenvolvimento de requisitos e a solução técnica.
As questões que surgirem podem ser resolvidas com a reaplicação dos processos.
As iterações podem assegurar qualidade antes da aplicação do próximo processo.
Como se vê, as improvisações do trabalho de campo dos repórteres causam um prejuízo irreparável à qualidade do trabalho jornalístico, e produz um nível de qualidade extremamente precário ao espectador que vai nivelando para baixo os programas telejornalísticos.
O mesmo se pode dizer dos programas diversos de auditório e Talk Shows onde se depende exclusivamente do talento do apresentador para suprir as lacunas, surpresas, imprevistos e eventualidades durante a gravação do programa, quase que totalmente formatado para produzir instantâneos de excentricidades elas mesmas inesperadas que se tornam com a sua bizarrice a atração do próprio programa onde os erros e gafes viram a atração macabra do gênero midiático.
A improvisação é a chave para o fracasso.
Nunca improvise; se for preciso planeje o improviso; se for inevitável ensaie o improviso.
O arnettismo do jornalismo moderno
O jornalismo é a quinta pior profissão do mundo segundo uma lista internacional de uma empresa de consultoria (CareerCast.com) sobre as melhores e piores profissões do mundo, ocupando o 195º lugar entre as 200 melhores.
O cinema possui um elenco de histórias verídicas e ficções sobre jornalismo inescrupuloso:
A Montanha dos Sete Abutres
A Montanha dos Sete Abutres (1951) é o filme de longa metragem que Billy Wilder realizou logo após seu maior e mais celebrado clássico, Crepúsculo dos Deuses. A acidez do filme anterior continua na história de um jornalista inescrupuloso que faz de tudo para voltar a ter prestígio, retardando o salvamento de um mineiro que está preso nos escombros para se alimentar da comoção da população da pequena cidade em que foi trabalhar.
A Embriaguez do Sucesso
A Embriaguez do Sucesso, de 1957, é o primeiro filme de Alexander Mackendrick (Quinteto de Morte) nos EUA. Burt Lancaster (O Leopardo) é o colunista de fofocas inescrupuloso que encontra em Tony Curtis (Quanto Mais Quente Melhor) um jovem ambicioso para ficar à sua sombra. É uma das críticas mais cruéis ao sistema, e uma das grandes atuações de Lancaster para o cinema.
A Doce vida
Federico Fellini (Oito e Meio) realizou em A Doce Vida, um afresco romano sobre o desejo pela celebridade. Um jornalista de origem humilde enfrenta uma crise de consciência por estar sempre atrás de fofocas da alta sociedade, usando-as como fonte para seus artigos. Entre seu trabalho superficial e seus problemas pessoais (como a tentativa de suicídio da namorada), é mostrada uma sociedade decadente e hedonista.
Rede de intrigas
Dirigido por Sidney Lumet (Um Dia de Cão), Rede de Intrigas (1976) é a história do âncora de um telejornal (Peter Finch, de Horizonte Perdido) que, ao receber a notícia de que seria demitido, declara a intenção de se suicidar no ar. Como a audiência sobe, a diretora decide mantê-lo no cargo. Mais uma crítica aos meios de comunicação e à busca pela audiência a qualquer custo. Peter Finch já havia morrido quando foi indicado ao Oscar de melhor ator pelo papel do âncora. Ele foi o primeiro a ser premiado postumanente pela academia na categoria.
O Preço de Uma Verdade
O Preço de Uma Verdade (2003) é a estréia do talentoso Billy Ray (Quebra de Confiança). Baseado em fatos reais, o filme conta a história do jornalista Stephen Glass (Hayden Christensen, de Jumper). Ainda jovem, conseguiu entrar no primeiro time do respeitado jornal The New Republic, de Washington, entre 1995 e 1998. Mas, dos 41 textos publicados, 27 eram total ou parcialmente inventados e copiados. Quando a farsa vem à tona desenvolve-se uma interessante discussão sobre a ética no jornalismo, e sobre até que ponto um editor deve ir para defender seu redator.
Paparazzi
Bo Laramie (Cole Hauser) é um ator de cinema em franca ascenção. Mas, como o sucesso tem seu preço, o astro começa a ser persistentemente perseguido pelos fotógrafos conhecidos como paparazzi, daqueles que acompanham de perto a vida dos astros. Fazendo o que podem para conseguir as melhores e mais invasoras fotos, uma dessas investidas quase acaba com a morte de Bo. Depois disso, o ator resolve investir em uma vingança contra esses profissionais. Especialmente um deles, Rex Harper (Tom Sizemore).
Tudo começou, ou se intensificou com o repórter Peter Arnett da CNN durante a Guerra do Iraque, a segunda intervenção dos EUA feita pelo Pr. George Bush ali, até se tornar uma escola predominante do jornalismo moderno, a partir das transmissões dos eventos dos bombardeios incessantes, massivos e cirúrgicos das chamadas armas inteligentes de 4ª geração do arsenal de Washington na Guerra do Iraque: era o início do jornalismo desestruturado, sem coordenação e totalmente voluntarista, beirando um free lancer mercenário.
Existe um tipo de categoria de procedimentos e processos de atuação jornalística predominante hoje em dia, principalmente em reportagens jornalísticas, em que as matérias aparecem sem nenhuma preparação, sem agenda, sem continuidade, sem organização como se fossem ingredientes de uma massa para cozinhar sem ser executada a cocção do material. Então esta massa é servida crua, fria e sem misturar. Este é o estilo de jornalismo moderno, que eu prefiro chamar de arnettiano.
Quem é o seu criador?
Peter Arnett
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Peter Arnett
Peter Arnett em 1994.
Nascimento 13 de novembro de 1934
Riverton, Nova Zelândia
Nacionalidade
Ocupação Jornalista
Prêmios Prêmio Pulitzer de Jornalismo (1966)
Peter Gregg Arnett (Riverton, 13 de novembro de 1934) é um jornalista norte-americano nascido na Nova Zelândia, que começou a carreira trabalhando para o National Geographic Magazine e depois fez fama e prestígio como jornalista de redes de televisão, especialmente a CNN, e correspondente de guerra da Associated Press, recebendo em 1966 o Prêmio Pulitzer por seu trabalho no Vietnã.
Os primeiros anos de Arnett no jornalismo foram no Sudeste Asiático, especialmente em Bangkok, na Tailândia, num pequeno jornal em língua inglesa no Laos..[1] Depois disso, ele foi para o Vietnã, onde começou a trabalhar para a agência de notícias Associated Press escreveu importantes artigos sobre a situação no país e sobre a guerra que atraíram a ira do governo norte-americano.[1] Fisicamente destemido, Arnett participou de diversas operações ao lado das tropas americanas, incluindo o relato da traumática batalha na Colina 875, onde soldados tentaram resgatar outro grupo cercado pelos vietnamitas onde quase todos pereceram no combate, durante o resgate.
Seus artigos da frente de combate, reproduzidos em centenas de jornais de todo o mundo, focavam principalmente as histórias com soldados comuns e civis, e lhe causaram problemas com o governo norte-americano por serem considerados negativos para a causa da guerra, fazendo com que o General William Westmoreland, comandante das forças americanas no Vietnã, e o Presidente Lyndon Johnson, pressionassem a AP para retirá-lo do Vietnã, sem resultado. Sua mais famosa reportagem da guerra foi a declaração, dada em 7 de fevereiro de 1968 por um oficial não-identificado do exército, de que a 'vila de Ben Tre precisou ser totalmente destruída para ser salva'. Em 2004, a escritora de direita Mona Charen diria em seu livro Useful Idiots, que a declaração teria sido fabricada por Arnett.[2]
Ele foi um dos poucos jornalistas ocidentais a se encontrarem em Saigon quando a cidade caiu frente aos exércitos norte-vietnamitas em abril de 1975, e esteve com os soldados invasores que lhe explicaram como haviam feito para tomar a cidade, em sua última ofensiva da guerra.
Guerra do Golfo
A fama mundial de Arnett, entretanto, veio com a Guerra do Golfo, quando trabalhava como repórter para a rede de televisão a cabo CNN, e foi o único jornalista a cobrir ao vivo a guerra direto de Bagdá, nos primeiros dias do bombardeio norte-americano à cidade. Suas reportagens dramáticas geralmente eram feitas tendo ao fundo o som de explosões e sirenes de aviso antiaéreo, vistas e ouvidas no mundo todo. Junto com Bernard Shaw e John Holliman, ele fez uma série de matérias contínuas de Bagdá durante as primeiras intensas dezesseis horas da guerra, em 17 de janeiro de 1991.
Apesar de cerca de 40 jornalistas internacionais estarem presentes em Bagdá, no Hotel Al-Rashid, naquele momento apenas a CNN possuía os meios de se comunicar com o mundo exterior devido à nova tecnologia do telefone por satélite, disponível apenas para a estação. Os outros jornalistas na cidade, assim como seus dois colegas da CNN, deixaram Bagdá em poucos dias, o que transformou Arnett no único jornalista estrangeiro em operação em Bagdá. Suas reportagens sobre os danos causados a instalações civis pelos bombardeios foram mal recebidas pelo comando da coalização que, antes da guerra, com seu uso contante dos termos 'bombas inteligentes' e 'precisão cirúrgica, pretendiam projetar uma imagem que os danos civis nos bombardeios seriam mínimos.
Em 25 de janeiro a Casa Branca fez um comunicado de que Arnett estava sendo usado como uma ferramenta de desinformação da inteligência iraquiana e a CNN recebeu uma carta assinada por 34 membros do Congresso dos Estados Unidos acusando-o de ser um jornalista 'impatriota'.
Entre suas mais controversas reportagens, ficou famosa aquela sobre o bombardeio de uma fábrica de leite para crianças, supostamente identificada pela inteligência das forças da Coalizão como uma fábrica de armas bacteriológicas.
Durante o começo da guerra, ele também conseguiu o feito de realizar uma entrevista com o líder iraquiano Saddam Hussein.
A Guerra do Golfo se tornou a primeira guerra a ser vista ao vivo e inteiramente pela tv, e Arnett teve o mérito, a sorte e o prestígio de ser o único, durante cinco semanas, a transmitir sozinho uma guerra vista do 'outro lado'.
Vida pessoal e honrarias
Além do Prêmo Pulitzer de Jornalismo recebido por suas matérias na Guerra do Vietnam, ele foi condecorado por seu país de nascimento com a Ordem do Mérito da Nova Zelândia (New Zealand Order of Merit) e teve o privilégio de ser o primeiro jornalista a transmitir uma reportagem em tv de alta definição, durante sua cobertura da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos, em dezembro de 2001.
Arnett foi casado por dezenove anos (1964-1983) com uma sul-vietnamita, Nina Nguyen, com quem teve um casal de filhos. Sua filha, Elza, também é jornalista e já trabalhou no The Washington Post e Boston Globe..[3]
Em 1994, escreveu o best-seller 'Ao Vivo do Campo de Batalha' (Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 Years in the World's War Zones), em que conta histórias de seu trabalho como correspondente de guerra em lugares tão diferentes do mundo quanto Vietnam, Laos, Indonésia, Chipre, Iraque e Afeganistão.
Referências
1. ↑ a b The Death of Supply Column 21 Columbia Journalism Review
2. ↑ "Peter Arnett: Whose Man in Baghdad?", Mona Charen, Jewish World Review
3. ↑ Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 years in the World's War Zones.
Com se viu, foram as circunstâncias materiais e principalmente políticas de trabalho de Peter durante a Guerra do Golfo, a do Iraque, que obrigaram Arnett a inventar um novo tipo de jornalismo instantâneo, sem trabalho de revisão, radical, visceral, sem pauta, sem agenda, sem planejamento, sem análise, em fim, uma torrente de dados que muitas vezes não continham informações, outras vezes eram informações sem contexto, um amontoado de imagens e de reportagens confusas como um filme sem texto, sem roteiro e sem script.
Foram as circunstâncias precárias que forjaram este tipo de jornalismo. Ao mesmo tempo em que ele lutava contra o controle das informações pelos militares do Governo Americano e cuidando para não quebrar algum segredo que colocasse um risco os esforço das tropas norteamericanas, ele não poderia fazer uma idéia muito precisa dos danos eventuais que as suas informações poderiam causar à causa da guerra.
Mas não era esta a sua preocupação a não ser sobreviver para passar para os espectadores o seu testemunho da Guerra do Golfo. Isto ele fez.
As consequências desta técnica jornalística foram revolucionárias! Corromperam os fundamentos da informação jornalísticas em toda a parte!
O jornalismo informativo é formatado através de agendas pautadas em torno de um grupo de quesitos básicos indispensáveis para a integridade das informções, os quais são a busca das respostas para as seguintes questões, quesitos:
a) Quem?
b) O que?
c) Quando?
d) Onde?
e) Por quê?
f) Como?
g) Quantos?
h) Qual?
i) Para quê?
Qualquer texto ou matéria jornalística tem que responder e cobrir minimamente estes quesitos para merecer o título de texto informativo com consistência. Qualquer coisa diferente disso não merece a certificação de trabalho profissional jornalístico, qualquer aluno mediano de comunicação sabe disso.
Vou além: a metodologia científica exige, entre outras coisas para garantir a validação interna da texto, seja uma minuta, seja uma dissertação, seja um apontamento, que os pronomes relativos sejam devidamente substituídos pelos substantivos, e que não se faça concessão à subjetividade, principalmente aos juízos de valores.
O que vemos hoje, e o que se viu na invenção de Peter Arnett foi no mínimo uma completa falta de compromisso com a exatidão da informação que vinha de forma bruta, sem formatação, sem revisão e principalment sem cumprir os requisitos da metodologia científica e dos fundamentos básicos da informação estruturada e correta.
Os erros cometidos durante a avalanche de palavras soltas, despejadas, por Arnett viraram um mantra para o jornalismo moderno que se viu desobrigado de prestar informação, ou de sequer organizá-la: O padrão do jornalismo moderno consiste do seguinte roteiro;
a) o âncora do jornal apresenta a manchete;
b) a seguir o jornalista ao vivo é chapado para intervir para detalhar a manchete;
c) o que se vê, então é a repetição da manchete pelo jornalista-repórter, já anteriormente anunciada pelo âncora do jornal;
d) passa o jornalista-repórter a entrevistar os atores e testemunhas sobre o fato assunto da manchete principal, então, o entrevistado é arguído e instado, induzido pelo repórter, a responder e confirmar os fatos e dados já anunciados pela manchete do âncora e repetidos pelo repórter que o interpela ao vivo;
e) assim outros transeúntes são da mesma forma instados a repetirem os mesmo fatos induzidos pela intervenção conduzida pelo repórter ao vivo;
f) finalmente um especialista é introduzido em cena e conduzido, induzido, pelas perguntas dirigidas pelo repórter ou pelo âncora a repetir e confirmar as mesmas informações e dados citados pelo âncora, pelo repórter ao vivo, pelos transeuntes, pelas testemunhas ocasionais.
Este processo repete-se ad nauseum até ao final do programa jornalístico ou documentário televisivo.
Anteriormente, as escolas de comunicação chamavam, e ainda alertam os alunos, para o tipo especial de mídia visual e auditiva que é a televisão e mídias de vídeo em geral, que diferentemente do rádio, têm na imagem a sua principal força informativa, a palavras entram, ou somente deveriam entrar, como um áudio auxiliar secundariamente para explicar e informar aquilo que não pode ser deduzido da imagem, acrescentando e detalhando com precisão os fatos mostrados pela imagem.
Quando o contrário disso é o que ocorre acontece o que os mestres de comunicação chamam de dupla representação: que é quando o narrador se restringe a descrever aquilo que a imagem já está mostrando.
Quantos erros se cometem neste caso do jornalismo moderno de inspiração arnettiana?
a) Dupla representação;
b) Repetição da informação, duplicidade de informação;
c) Falta de coordenação, o que implica em risco de contradições e repetições;
d) Falta de sequência das narrativas. Falta de um fio condutor na narração;
e) Falta de informações precisas dos quesitos ausentes ou incompletos da informação jornalística.
f) Falta consistência nos dados não revisados, não confrontados, e de apresentação estruturada das informações.
Este método de trabalho torna as informações voláteis, pouco confiáveis, descartáveis, efêmeras e desconectadas entre si o que as tornam inúteis como material de consulta secundário, pois não se vale do uso do método de pesquisa de campo, pois lhes falta precisão, método e planejamento.
As consequências deste processo é que as informações cruzadas de fonte diversas divergem em precisão com relação aos dados objetivos, como: hora, data, quantidade, volume, amplitude, enfim, a precisão dos dados fica totalmente comprometida já que não existe prazo nem a preocupação de checar as fontes e os dados que são digeridos à medida em que chegam até os jornalistas-repórteres arnettianos.
O imediatismo e a instantaneidade da disseminação dos eventos prevalecem sobre a precisão e sobre o conteúdo e formatação da informação.
Sem um coordenador, sem diretor, sem roteirista, sem redator, sem revisor e sem produtor o repórter assume o controle e o centro da matéria, assim vemos desfilar no lugar da reportagem um show de exibicionismo e narcisismo onde o repórter domina a tela em primeiro-plano na maior parte do espaço e do tempo da reportagem, dificultando, e se sobrepondo às imagens que deveriam preencher o espaço do assunto ali mostrado e ilustrado.
Chegamos à era do repórter-protagonista da matéria jornalística. Nessa nova era o espetáculo e a vaidade são os que preenchem a produção estética secundarizando o material jornalístico que passa a ser o mero pretexto para a apresentação e para a promoção pessoal do jornalista, eclipsando os personagens, o cenário e a ação em curso que deveriam dominar totalmente a tela, encobrindo o desempenho dos entrevistados, objetivando evidenciar a astúcia e a desenvoltura do entrevistador sobre o entrevistado, numa completa inversão dos interesses.
O improviso é a principal estratégia do repórter em campo. O improviso é o estágio final que antecede, precede e determina o estágio final da mais completa decadência e desestruturação organizacional.
Antes de chegar a este estágio terminal desorganizativo a organização já precarizou-se perambulando pelo estágio do bombeiro que apaga incêncios, já perdeu todo o controle de suas cautelas orçamentárias, perdeu o controle das funções e atividades planejadas e principalmente perdeu o controle das despesas e das receitas.
Para fugir deste descontrole criou-se a última palavra em planejamento organizacional do momento, o qual certifica as empresas de acordo com a sua competência gerencial, chamado CMMI: Capacidade e Maturidade do Modelo Integracional da administração empresarial.
CMMI consiste em:
A área de processo Desenvolvimento de Requisitos identifica as necessidades do cliente e traduz essas necessidades em requisitos de produto.
O conjunto de requisitos de produto é analisado para gerar uma solução conceitual de alto nível.
Esse conjunto de requisitos é então alocado para estabelecer um conjunto inicial de requisitos de produto.
Outros requisitos que ajudam a definir o produto são derivados e alocados
aos componentes de produto.
Esse conjunto de requisitos de produto e de componentes de produto descreve claramente o desempenho do produto, suas características de design e seus requisitos de verificação, de forma que o desenvolvedor possa entendê-los e utilizá-los.
A área de processo Desenvolvimento de Requisitos fornece requisitos para a área de processo Solução Técnica, onde os requisitos são convertidos em arquitetura do produto, design de componentes de produto e no próprio componente de produto (por exemplo, código e fabricação).
Os requisitos também são fornecidos à área de processo Integração de Produto, em que os componentes de produto são combinados e as interfaces são verificadas para assegurar que os requisitos de interface fornecidos pelo Desenvolvimento de Requisitos sejam atendidos.
A área de processo Gestão de Requisitos mantém os requisitos. Ela descreve atividades para obter e controlar mudanças de requisitos e assegurar que outros planos e dados relevantes se mantenham atualizados. Além disso, fornece rastreabilidade de requisitos, desde o cliente até o produto ou o componente de produto.
A Gestão de Requisitos assegura que as mudanças ocorridas nos requisitos sejam refletidas em planos, atividades e produtos de trabalho do projeto.
Esse ciclo de mudanças pode afetar todas as outras áreas de processo de Engenharia.
Assim, a gestão de requisitos é uma sequência de eventos dinâmica e frequentemente recursiva.
A área de processo Gestão de Requisitos é fundamental para um processo de Engenharia controlado e disciplinado.
A área de processo Solução Técnica desenvolve pacotes de dados técnicos para componentes de produto que serão utilizados pela área de processo Integração de Produto ou pela área de processo Gestão de Contrato com Fornecedores.
Soluções alternativas são examinadas a fim de escolher o design ótimo com base em critérios previamente estabelecidos.
Esses critérios podem variar significativamente para os diversos produtos, dependendo do tipo, ambiente operacional, requisitos de desempenho, requisitos de suporte, e custo ou prazo de entrega do produto.
A tarefa de escolha da solução final faz uso de práticas específicas da área de processo Análise e Tomada de Decisões.
A área de processo Solução Técnica se apóia nas práticas específicas da área de processo Verificação para realizar verificações de design e revisões por pares durante o design e antes da construção final.
A área de processo Verificação assegura que produtos de trabalho selecionados satisfaçam aos seus requisitos especificados, selecionando métodos para sua verificação em relação aos requisitos especificados.
Geralmente, a verificação é um processo incremental, iniciado com a verificação de componentes de produto e concluído com a verificação de produtos completos.
A verificação também envolve revisão por pares, que é um método comprovado para a remoção efetiva e antecipada de defeitos e proporciona um conhecimento valioso sobre os produtos de trabalho e componentes de produto que estão sendo desenvolvidos.
A área de processo Validação valida produtos, de forma incremental, com relação às necessidades do cliente.
A validação pode ser realizada no ambiente real de operação ou em um ambiente operacional simulado.
Um aspecto importante para esta área de processo é o alinhamento dos requisitos de validação com o cliente.
O escopo da área de processo Validação engloba validação de produtos, componentes de produto, produtos de trabalho intermediários e processos. Frequentemente, esses elementos podem ter que ser verificados e validados novamente.
Questões críticas encontradas durante a validação são normalmente solucionadas por meio da área de processo Desenvolvimento de Requisitos ou Solução Técnica.
A área de processo Integração de Produto contém as práticas específicas associadas à geração da melhor sequência de integração possível, envolvendo a integração de componentes de produto e a entrega do produto ao cliente.
A Integração de Produto utiliza práticas específicas das áreas de processo Verificação e Validação ao implementar o processo de integração de produto. As práticas de verificação possibilitam a verificação das interfaces e dos requisitos de interface de componentes de produto antes da integração do produto.
Esse é um evento essencial no processo de integração.
Durante a integração de produto no ambiente operacional, utilizam-se as práticas específicas da área de processo Validação.
Recursão e Iteração dos Processos de Engenharia
A maioria dos padrões de processo reconhece que há duas formas para se aplicar processos: recursão e iteração.
A recursão ocorre quando um processo é aplicado a níveis sucessivos de elementos de um sistema em uma estrutura de sistemas.
Os resultados da aplicação em um nível são utilizados como entradas para o próximo nível na estrutura do sistema.
Por exemplo, o processo de verificação pode ser aplicado tanto ao produto final completo quanto a componentes principais, até a componentes que fazem parte de outros componentes.
O grau de recursão em que o processo de verificação é aplicado depende inteiramente do tamanho e da complexidade do produto final.
A iteração ocorre quando a execução do processo é repetida no mesmo nível do sistema.
Pela implementação de um processo, criam-se novas informações que realimentam processos associados.
Geralmente, essas novas informações fazem surgir questões que devem ser resolvidas antes do processo terminar.
Por exemplo, provavelmente haverá iterações entre desenvolvimento de requisitos e a solução técnica.
As questões que surgirem podem ser resolvidas com a reaplicação dos processos.
As iterações podem assegurar qualidade antes da aplicação do próximo processo.
Como se vê, as improvisações do trabalho de campo dos repórteres causam um prejuízo irreparável à qualidade do trabalho jornalístico, e produz um nível de qualidade extremamente precário ao espectador que vai nivelando para baixo os programas telejornalísticos.
O mesmo se pode dizer dos programas diversos de auditório e Talk Shows onde se depende exclusivamente do talento do apresentador para suprir as lacunas, surpresas, imprevistos e eventualidades durante a gravação do programa, quase que totalmente formatado para produzir instantâneos de excentricidades elas mesmas inesperadas que se tornam com a sua bizarrice a atração do próprio programa onde os erros e gafes viram a atração macabra do gênero midiático.
A improvisação é a chave para o fracasso.
Nunca improvise; se for preciso planeje o improviso; se for inevitável ensaie o improviso.
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