quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Vitimização dos escravos e das mulheres, erro histórico?

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Livro biográfico "Meu irmão Billy" Amazon.com 


Qual foi o fato histórico quando todas as mulheres do mundo inteiro foram colocadas na condição de desimportância total para a humanidade e o homem foi declarado hostil ao direito de igualdade?

Essa pergunta jamais respondida pelas feministas vem junto com outra: quantos homens foram feitos escravos por sistemas criados por outros homens? 
 
Faz parte da mitologia humana a fantasia da utopia do paraíso terrestre, não menos pior e ridícula do que a outra utopia da igualdade, como se não bastasse a lei da dialética de que não existe duas folhas de árvore iguais no universo inteiro, as nossas melhores distopias são ainda a da igualdade e a distopia da felicidade no paraíso eterno. Na terra.

Quantos homens trabalharam para outros homens como na condição de escravidão sem receberem remuneração e as mulheres sim eram consideradas portadoras de mesmas condições de escravas tal como os escravos, neste caso as mulheres feitoras dos escravos não foram solidárias às mulheres escravizadas?

É preciso também considerar como eram os contratos de  trabalho na antiguidade, no império romano, no império egípcio, na renascença, na era colonial nas américas, então comparamos com as condições dos escravos em cada época, fazer um corte comparativo atemporal é inútil e ilógico.

O recorte do assunto com o corte mulheres/homens não facilita e nem soluciona nem problematiza corretamente a questão dos direitos humanos.

A violência contra os homens a partir de outros homens é estatisticamente maior de homem para homem do que a violência de homem sobre a mulher, simplesmente porque o agente protagonista da humanidade é o homem, simplesmente porque é assim.

Homem é o protagonista porque se mostrou mais hábil do que a mulher, e nada pode mudar isso; homens habitantes do círculo polar são mais produtivos em projetos intelectuais por causa do clima que os obriga a ficarem isolados durante quase nove meses por ano para se abrigarem do frio, então o macho Lê mais, medita mais e inventa mais neste período de meditação forçada. 

O que impediu a mulher de fazer o mesmo? Alguma lei as obriga a não procurarem tarefas cansativas e extasiantes, de ler e escrever e estudar? 

A preguiça e o alheiamento a indiferença a apatia da mulher são os responsáveis únicas pelo seu lugar na história da civilização, uma parte dessa restrição cabe ao fato da gestação e criação da prole ocuparem muito do seu tempo de vida adulta.

Como foi possível durante 350 anos pessoas adultas embarcarem sem coação em uma embarcação e se submeterem a viagens longas para chegarem a lugar desconhecido para começarem uma atividade igualmente desconhecida com riscos conhecidos ?
 
De quem estamos falando?
Os marinheiros do século XIV embarcavam nas caravelas e naus portuguesas e espanholas, com pagamento adiantado de um ano que eram entregues para a família que não embarcavam justamente por causa dos riscos das viagens marítimas onde de cada três embarcações que partiam da Europa uma nunca retornava.

Que tipo de contrato era esse para o enorme risco em troca de dinheiro que bem poderia ser ganho de outra forma? 

Que tipo de empreendimento é esse onde as possibilidades de lucro envolviam um risco inaceitável?

Um contrato que lhe fosse oferecido agora em 2021, onde está garantida: habitação, sexo à vontade, comida, assistência médica, emprego certo para você e os seus filhos, sem obrigação de cuidar da sua prole, sem riscos de pagamento de pensão alimentícia, sem perda de bens por dívida, sem divórcio, sem casamento, sem fidelidade?

Acabei de descrever um contrato de um escravo negro africano do século XVII no Brasil ou na Antilha, ou  em qualquer parte.

Para muitos hoje em dia tal contrato seria a solução melhor para uma vida miserável de favelado e excluído mas a  moral liberal atual se negaria a reconhecer que os escravos viviam em um sistema muito melhor do que os miseráveis sem teto e os sub-assalariados.

Vivemos a era dos direitos humanos que nos foram ditados sem uma consulta popular ampla sem consultarem aqueles a quem são endereçados estes direitos, e o que é pior, são imposições dos ricos países abastados apenas para nos punirem por não podermos ter as mesmas possibilidades de riquezas.

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