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Se você abriu este post certamente você sabe que é mais difícil não acreditar naquilo que não se vê do que acreditar naquilo que não se vê?
Você não se deu conta que 99% do universo é constituído de coisas que não se vê, de vista desarmada, ou sem um telescópio, microscópio, ou sem um instrumento de detecção, nesta categoria estão: o ar, a força, a velocidade, a distância, a eletricidade, magnetismo, molécula, pensamento, elétron, energia, calor, frio, angústia, dor, saudade, alegria, fome, sabor, som, vento, nossa galáxia, então quase tudo no universo é invisível ou somente existe nos modelos mentais e científicos ou filosóficos, ou empíricos.
Você intelectual cético e ateu já parou e pensou que se você só acreditasse naquilo que se vê e se pode provar e comprovar, então começaríamos a duvidar que a terra seja esférica e finita, que nunca chegou à lua algum ser humano, que não existe vírus, que as doenças não existem, que vegano vive mais, que existe aquecimento global, ou não, então nem sabemos que o mesmo tom de cor azul do céu é percebido da mesma forma por outra pessoa, então acreditar ou não é apenas uma questão de opinião, e a opinião sua ou minha não tem qualquer valor para a ciência, para a filosofia e para a religião.
Portanto, acreditar ou não em Deus não te torna idiota, nem altera a realiza da existência ou não de qualquer coisa, ao contrário do que dizem os pseudos cientistas ateístas.
A maior polêmica da Bíblia, desde a alegoria do Jardim do Éden, seria perscrutar a vontade de Deus e a hermenêutica e a exegese sobre o ponto mais central da doutrina religiosa em si mesma, a epistemologia da própria função da religião e o significado da vida humana na terra.
Porque criaria Deus o homem?
Diferentemente dos animais e dos astros celestes, e do cosmo, o ser humano foi dotado de vontade própria, mesmo estando sujeito também às mesmas leis a que se subordinam tudo e todos os seres no universo, porém o homem é o único dentre tudo no universo que têm essa consciência.
Daqui para frente farei especulações a respeito dos desígnios divinos do Deus Yahweh porquê ele nada revelou a qualquer ser humano das razões de suas decisões de seus atos.
Tudo que está referenciado aqui se refere ao Velho Testamento pré e o pós Abraão considerado o pai do judaísmo a partir de seu neto que foi a descendência das doze tribos de Israel e Judá.
Por isso peço vênia e sinto discordar do Novo Testamento cuja referência, salvo omissões, é mais eloquente no seu silêncio do que nas palavras ali registradas, verifica-se, para meu espanto, a ausência do evangelho escrito pelo próprio Jesus Cristo de seu próprio punho, nenhuma carta escrita de punho de Jesus Cristo, do fato de Jesus nunca deixar a Judeia para pregar o evangelho pelo mundo, pois Jesus Cristo nunca pregou fora das sinagogas e para finalizar não fundou nem conheceu do cristianismo como religião apesar de levar o seu nome.
Fato relevante foram as ausências de quaisquer testemunhos dos ressuscitados que nunca descreveram o que deveria ser o maior testemunho de existência de uma experiência fora da terra pós morte nem céu nem inferno, duas ausências eloquentes em todo o Velho Testamento que juntamente com ausência de menção do diabo ou satanás em todo o Velho Testamento e por fim a ausência no Velho Testamento da descrição do que seria a alma sequer uma menção da alma como é construída no Novo Testamento, assim, o Novo Testamento é uma anátema, paradoxo e contradição do Velho Testamento pelas eloquentes inovações e omissões nunca explicadas.
Dito isso, precisamos estabelecer que alguns princípios que precisam ser aceitos para continuar a ler este excerto sobre Deus Yahweh.
Deus não pode ser julgado nem comparado a nada, não cabe na nossa régua de moralidade, nem de justiça, nem de sabedoria, nem de poder e muito menos de compreensão humana.
Deus sequer é justo, e, também não é injusto, pois um ou outro seria um julgamento de nossa escala ética humana, portanto o que ele faz ou deixa de fazer não tem propósito algum é apenas em razão de sua vontade absoluta.
Entende-se que as coisas boas ou ruins acontecem por nossa própria conta ou risco, para isso a lição do Jardim do Éden nos mostra que Deus não impediu que Eva ou Adão errassem / pecassem, embora pudesse ter impedido não o fez, e embora sabendo que eles o fariam mesmo assim preferiu esperar.
Logo, na nossa expectativa humana sabendo que Deus não se submete à regra e escala temporal espacial ele poderia ler o futuro e prever o que aconteceria se ele criasse Adão e Eva ,e, mesmo assim os criou.
Não faria sentido que Deus sabendo que Eva e Adão não passariam no teste do fruto proibido os submetesse a isso apenas para confirmar a sua previsão, mas quem pode prever o futuro pode também não querer ler o futuro ou saber do futuro preferindo esperar para ser surpreendido pelo futuro, porque prever o futuro é perigoso e inútil, a partir do momento que se sabe o que vai acontecer começa-se a mudar o presente que acaba mudando o futuro, portanto quem prever o futuro pode evitar que o futuro se realize criando o paradoxo temporal de causalidade circular cumulativa repetitiva.
Para evitar que houvesse desequilíbrio entre a moralidade e imoralidade, e desequilíbrio entre a justiça e a injustiça Deus criou o que os budistas chamam a lei de retorno, que é um conjunto de consequências a partir do nosso próprio comportamento dentro das leis de bondade e do amor e da ética entre os seres humanos, assim, as recompensas e os castigos seriam aplicados autonomamente pelas forças espirituais e telúricas do próprio universo.
Nenhuma oração, reza ou súplica pode modificar as consequências dos atos humanos sujeitos às leis das consequências destes atos tal qual as leis da física e da química que não podem ser esquecidas, ignoradas e violadas arbitrariamente, este comportamento do universo se harmoniza como no campo da biologia onde as diversas causas contribuem para a dosagem e graduação das consequências como descrito na ciência da Tectologia criada por Afanasiev e transformada em teoria geral dos sistemas gerais de Bertalanffy.
Está explicado porque não quis Deus criar o homem para dirigir e interferir na sua realidade pois Deus não interfere diretamente no universo e não interfere nos atos humanos para isso existe o tribunal do universo que são as leis do universo e a lei do retorno.
O universo é um gigantesco programa de computador onde Deus Yahweh é o software e uma vez instalado no hardware não pode ser modificado e obedece tão somente e estritamente aos parâmetros e variáveis na natureza previamente estabelecidos.
Eu não sou negro, porque escolhi nascer desta cor negra; eu não sou homem porque escolhi nascer macho; eu não sou brasileiro, porque escolhi nascer no Brasil; eu não sou bonito, porque escolhi nascer bonito; eu não sou inteligente para a Matemática, porque escolhi nascer matemático; enfim temos poucas escolhas a fazer no universo porque uma série de condições já são dadas pelo destino portanto nunca se deve orgulhar ou lamentar seu destino, como um garoto afegão pode ser não muçulmano?