disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XX
O MODISMO CONGLOBADO
O MODISMO CONGLOBADO
Afinal: o que é a moda? É uma imposição que a todos submete na passividade autoritária, ou uma onda que surge arrebatadora para depois submergir sem deixar seqüelas?
Quem faz a moda, afinal? São os artistas, os modistas, os políticos, a rua ou o cartel da moda?
o autor
O Modismo conglobado
Nada existe mais fascinante e glamuroso do que a moda. A moda é vista como uma onda que varre o velho, ou, transforma o atual em velho, e o substitui pelo recente que é ou vira novo; poucos resistem, parece uma nuvem que se forma sem ninguém saber de onde veio e nem para onde ela vai. Será mesmo?
Um novo tipo de padronagem de tecido, cores novas e um corte inovador com todos os moldes para todos os números e tipos físicos. Poderia acontecer das empresas e profissionais envolvidos nesta indústria do vestuário extremamente cara e complexa serem comandados ou ficarem à mercê do acaso?
seção de comentários sobre temas sociais do professor politólogo e filósofo Roberto Rocha "o Neguinho"
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Sistemismo: Capítulo XIX
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XIX
MARKETING CONGLOBADO
MARKETING CONGLOBADO
O maior desafio para a humanidade chegar ao novo século é reunir as ilhas de auto-suficiência, interligando-as por pontes de colaboração em busca da eficiência sistêmica, administrando e eliminando as redundâncias legadas pela antigo dogma competição do mercado, porquê, entre outros motivos, o mercado é imperfeito, por isto o sobrevivente ou o vencedor da disputa de mercado nem sempre é o melhor produto ou a melhor firma. A vitória na competição de mercado depende tanto de competência como de outros fatores como oportunidade, sorte, malícia e truculência.
o autor
CAPÍTULO - XIX
MARKETING CONGLOBADO
MARKETING CONGLOBADO
O maior desafio para a humanidade chegar ao novo século é reunir as ilhas de auto-suficiência, interligando-as por pontes de colaboração em busca da eficiência sistêmica, administrando e eliminando as redundâncias legadas pela antigo dogma competição do mercado, porquê, entre outros motivos, o mercado é imperfeito, por isto o sobrevivente ou o vencedor da disputa de mercado nem sempre é o melhor produto ou a melhor firma. A vitória na competição de mercado depende tanto de competência como de outros fatores como oportunidade, sorte, malícia e truculência.
o autor
Sistemismo: Capítulo XVIII
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XVIII
LIDERANÇA CONGLOBADA
LIDERANÇA CONGLOBADA
A liderança é antes de tudo uma necessidade de comunicação, talvez por isso mesmo se confunda tanto os comunicadores e empresas de comunicação e mídia com a própria liderança e com o poder, mas, a recíproca neste caso não é verdadeira.
o autor
Liderança Conglobada
A liderança é antes de tudo uma necessidade de comunicação dentro do grupo, para isto a liderança tem que ser visível, talvez por estes motivos os grandes comunicadores se transformem no paradigma universal de liderança, o que também confunde as grandes empresas de comunicação, como as grandes redes de televisão, jornal ou rádio, com o poder.
CAPÍTULO - XVIII
LIDERANÇA CONGLOBADA
LIDERANÇA CONGLOBADA
A liderança é antes de tudo uma necessidade de comunicação, talvez por isso mesmo se confunda tanto os comunicadores e empresas de comunicação e mídia com a própria liderança e com o poder, mas, a recíproca neste caso não é verdadeira.
o autor
Liderança Conglobada
A liderança é antes de tudo uma necessidade de comunicação dentro do grupo, para isto a liderança tem que ser visível, talvez por estes motivos os grandes comunicadores se transformem no paradigma universal de liderança, o que também confunde as grandes empresas de comunicação, como as grandes redes de televisão, jornal ou rádio, com o poder.
Sistemismo: Capítulo XVII
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XVII
POLÍTICA E CONGLOBADO
POLÍTICA E CONGLOBADO
A profissionalização dos quadros políticos é uma esperança para os políticos recuperarem a credibilidade e para a política ser exercitada nos mais altos padrões da ética e do conhecimento humano, como já fora feito na Dinastia Han, onde toda a aristocracia nobiliárquica fora substituída por uma aristocracia meritocrática, formando um forte quadro burocrático, então o resultado foram as grandes obras que a China nos deu como a Grande Muralha. Um intelectual sempre pode saber onde errou, o insipiente nunca sabe nem onde acertou.
CAPÍTULO - XVII
POLÍTICA E CONGLOBADO
POLÍTICA E CONGLOBADO
A profissionalização dos quadros políticos é uma esperança para os políticos recuperarem a credibilidade e para a política ser exercitada nos mais altos padrões da ética e do conhecimento humano, como já fora feito na Dinastia Han, onde toda a aristocracia nobiliárquica fora substituída por uma aristocracia meritocrática, formando um forte quadro burocrático, então o resultado foram as grandes obras que a China nos deu como a Grande Muralha. Um intelectual sempre pode saber onde errou, o insipiente nunca sabe nem onde acertou.
Sistemismo: Capítulo XVI
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XVI
O QUE É SOCIETARISMO?
O QUE É SOCIETARISMO?
O ser humano é muito mais do que um produto do meio social: ele depende do meio para produzir coisas, utilidades, a sua cultura é o resultado da interação lenta e de um processo de reelaboração e refinamento do conhecimento formal e informal constante e infinito.
o autor.
O que é societarismo?
O societarismo está alicerçado sobre três categorias analíticas básicas e sobre algumas intervenientes sem as quais a sua categorização metodológica ficaria incompleta.
CAPÍTULO - XVI
O QUE É SOCIETARISMO?
O QUE É SOCIETARISMO?
O ser humano é muito mais do que um produto do meio social: ele depende do meio para produzir coisas, utilidades, a sua cultura é o resultado da interação lenta e de um processo de reelaboração e refinamento do conhecimento formal e informal constante e infinito.
o autor.
O que é societarismo?
O societarismo está alicerçado sobre três categorias analíticas básicas e sobre algumas intervenientes sem as quais a sua categorização metodológica ficaria incompleta.
Sistemismo: Capítulo XV
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XV
O ANTICONGLOBADO
O ANTICONGLOBADO
O sistema é confundido freqüentemente com suas mazelas, na verdade o maior inimigo do sistema societário é o individualismo levado ao limite do egoísmo, que acaba por revelar-se autofágico
o autor.
O Anticonglobado
Embora o societarismo seja um processo recentemente estudado da organização da sociedade humana, diretamente ou indiretamente o sistema social há muito serviu-se de seus princípios, compulsoriamente, ou contingencialmente em busca da racionalização das interações sociais, apesar disto, muitos indivíduos parecem ignorar tais princípios, mantendo-se na marginalidade, o que também não é fato recente nem desconhecido.
CAPÍTULO - XV
O ANTICONGLOBADO
O ANTICONGLOBADO
O sistema é confundido freqüentemente com suas mazelas, na verdade o maior inimigo do sistema societário é o individualismo levado ao limite do egoísmo, que acaba por revelar-se autofágico
o autor.
O Anticonglobado
Embora o societarismo seja um processo recentemente estudado da organização da sociedade humana, diretamente ou indiretamente o sistema social há muito serviu-se de seus princípios, compulsoriamente, ou contingencialmente em busca da racionalização das interações sociais, apesar disto, muitos indivíduos parecem ignorar tais princípios, mantendo-se na marginalidade, o que também não é fato recente nem desconhecido.
Sistemismo: Capítulo XIV
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XIV
SERIA O SISTEMISMO UMA TEORIA DE CONGLOBADO?
SERIA O SISTEMISMO UMA TEORIA DE CONGLOBADO?
O estudo do comportamento dos grupos tem ainda uma importância maior no estudo do societarismo dentro dos princípios sociológicos das relações do grupos com o poder, onde se estudam as interações entre os atores e agentes sociais e as instituições.
o autor
Seria o Sistemismo uma Teoria de Conglobado?
CAPÍTULO - XIV
SERIA O SISTEMISMO UMA TEORIA DE CONGLOBADO?
SERIA O SISTEMISMO UMA TEORIA DE CONGLOBADO?
O estudo do comportamento dos grupos tem ainda uma importância maior no estudo do societarismo dentro dos princípios sociológicos das relações do grupos com o poder, onde se estudam as interações entre os atores e agentes sociais e as instituições.
o autor
Seria o Sistemismo uma Teoria de Conglobado?
Sistemismo: Capítulo XIII
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XIII
DO HOMEM NEOLÍTICO À CIVILIZAÇÃO CONGLOBADA
DO HOMEM NEOLÍTICO À CIVILIZAÇÃO CONGLOBADA
A espécie humana sempre competiu pelo domínio completo da natureza e esta disputa foi e é mais feroz quando ocorre dentro da própria espécie, e para conseguir a supremacia não se exclui a possibilidade de eliminação e extinção de todas as outras que não servirem a este intento de dominação. Este comportamento é tão antigo quanto a própria vida na terra.
o autor
Do Homem Neolítico à Civilização Conglobada
Especula-se que a espécie humana venha evoluindo geneticamente de várias espécies de homos até chegar ao homo-sapiens, passando por fases e saltando degraus evolutivos, sempre em escala ascendente de aperfeiçoamento intelectual e físico, o que caracteriza um processo de saltos evolutivos. Mas o que será que acontecera nestas transições, nos períodos entre o fim de uma fase e o início de outra mais evoluída: o homo4 anterior simplesmente desaparecera para dar lugar à nova espécie de momo mais evoluída e avançada?
CAPÍTULO - XIII
DO HOMEM NEOLÍTICO À CIVILIZAÇÃO CONGLOBADA
DO HOMEM NEOLÍTICO À CIVILIZAÇÃO CONGLOBADA
A espécie humana sempre competiu pelo domínio completo da natureza e esta disputa foi e é mais feroz quando ocorre dentro da própria espécie, e para conseguir a supremacia não se exclui a possibilidade de eliminação e extinção de todas as outras que não servirem a este intento de dominação. Este comportamento é tão antigo quanto a própria vida na terra.
o autor
Do Homem Neolítico à Civilização Conglobada
Especula-se que a espécie humana venha evoluindo geneticamente de várias espécies de homos até chegar ao homo-sapiens, passando por fases e saltando degraus evolutivos, sempre em escala ascendente de aperfeiçoamento intelectual e físico, o que caracteriza um processo de saltos evolutivos. Mas o que será que acontecera nestas transições, nos períodos entre o fim de uma fase e o início de outra mais evoluída: o homo4 anterior simplesmente desaparecera para dar lugar à nova espécie de momo mais evoluída e avançada?
Sistemismo: Capítulo XII
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - XII
O CLERICALISMO CONGLOBADO
O CLERICALISMO CONGLOBADO
A religião é fé não se baseiam na ciência para que não possam ser contestadas pela ciência. A importância da religião não permite excluí-la nem ignorá-la sob pena de deixar este ensaio coxo.
o autor
O Clericalismo Conglobado
CAPÍTULO - XII
O CLERICALISMO CONGLOBADO
O CLERICALISMO CONGLOBADO
A religião é fé não se baseiam na ciência para que não possam ser contestadas pela ciência. A importância da religião não permite excluí-la nem ignorá-la sob pena de deixar este ensaio coxo.
o autor
O Clericalismo Conglobado
Sistemismo: Capítulo XI
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO XI
A UNIDADE FAMILIAR NO ESTADO CONGLOBADO
A UNIDADE FAMILIAR NO ESTADO CONGLOBADO
Estado e família são instituições importantes demais na vida dos indivíduos, pois são compulsórias e exigem altruísmo, coesão e fidelidade.
o autor
A Unidade Familiar no Estado Conglobado
O estado é a parte mais visível do poder institucionalizado, mesmo sendo uma entidade abstrata é o máximo a que a civilização humana conseguiu chegar na construção de uma estrutura hierárquica coletiva; todas as demais tentativas de criação de uma entidade supra-estatal tem sido um total fracasso ou não mostraram-se consistentes, quer sejam organismos multilaterais de investimento, pesquisa, jurisdicionários, de cooperação, de controle e de decisão, tais como a Organização das Nações Unidas – ONU, Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN, Banco Mundial – BM,
CAPÍTULO XI
A UNIDADE FAMILIAR NO ESTADO CONGLOBADO
A UNIDADE FAMILIAR NO ESTADO CONGLOBADO
Estado e família são instituições importantes demais na vida dos indivíduos, pois são compulsórias e exigem altruísmo, coesão e fidelidade.
o autor
A Unidade Familiar no Estado Conglobado
O estado é a parte mais visível do poder institucionalizado, mesmo sendo uma entidade abstrata é o máximo a que a civilização humana conseguiu chegar na construção de uma estrutura hierárquica coletiva; todas as demais tentativas de criação de uma entidade supra-estatal tem sido um total fracasso ou não mostraram-se consistentes, quer sejam organismos multilaterais de investimento, pesquisa, jurisdicionários, de cooperação, de controle e de decisão, tais como a Organização das Nações Unidas – ONU, Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN, Banco Mundial – BM,
Sistemismo: Capítulo X
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO – X
EDUCAÇÃO E ÉTICA DO SOCIETARISMO
EDUCAÇÃO E ÉTICA DO SOCIETARISMO
A pedra de toque da ideologia do societarismo é o aspecto ético representado pelo princípio do altruísmo, que antes de ser um estereótipo do arquétipo religioso-filosófico é uma poderosa maneira de obter a coesão a despeito da subordinação.
o autor
Educação e Ética do Societarismo
O societarismo prega através de seus princípios éticos a primazia do coletivo sobre o individual, desde que não a faça através do esmagamento do livre arbítrio, sem represálias e sem coerção, coação e constrangimentos, cada membro da sociedade deve ser convencido desta idéia e então decidir voluntariamente mudar o seu comportamento para aderir ao societarismo.
Tanto na busca de uma estrutura estável, quanto na administração descentralizada e desconcentrada no topo e concentrada e descentralizada na base deve-se ter em mente os pressupostos da auto-suficiência e da autodeterminação humana individual na busca do ideal de bem-estar e da eficiência na concretização dos objetivos de prosperidade, segurança, satisfação e de oportunidades equânimes.
CAPÍTULO – X
EDUCAÇÃO E ÉTICA DO SOCIETARISMO
EDUCAÇÃO E ÉTICA DO SOCIETARISMO
A pedra de toque da ideologia do societarismo é o aspecto ético representado pelo princípio do altruísmo, que antes de ser um estereótipo do arquétipo religioso-filosófico é uma poderosa maneira de obter a coesão a despeito da subordinação.
o autor
Educação e Ética do Societarismo
O societarismo prega através de seus princípios éticos a primazia do coletivo sobre o individual, desde que não a faça através do esmagamento do livre arbítrio, sem represálias e sem coerção, coação e constrangimentos, cada membro da sociedade deve ser convencido desta idéia e então decidir voluntariamente mudar o seu comportamento para aderir ao societarismo.
Tanto na busca de uma estrutura estável, quanto na administração descentralizada e desconcentrada no topo e concentrada e descentralizada na base deve-se ter em mente os pressupostos da auto-suficiência e da autodeterminação humana individual na busca do ideal de bem-estar e da eficiência na concretização dos objetivos de prosperidade, segurança, satisfação e de oportunidades equânimes.
Sistemismo: Capítulo IX
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO – IX
COMO TIRAR PROVEITO DO CONGLOBADO
COMO TIRAR PROVEITO DO CONGLOBADO
Saber fazer o conglobado trabalhar para nós e não contra nós, como numa network, sem atitudes predatórias e marginais, dentro das regras sistêmicas, não só é possível como é o objetivo final do societarismo.
o autor
Como Tirar Proveito do Conglobado
CAPÍTULO – IX
COMO TIRAR PROVEITO DO CONGLOBADO
COMO TIRAR PROVEITO DO CONGLOBADO
Saber fazer o conglobado trabalhar para nós e não contra nós, como numa network, sem atitudes predatórias e marginais, dentro das regras sistêmicas, não só é possível como é o objetivo final do societarismo.
o autor
Como Tirar Proveito do Conglobado
Sistemismo: Capítulo VIII
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO – VIII
O FUTURO: ENTRE A ANARQUIA E O TOTALITARISMO
O FUTURO: ENTRE A ANARQUIA E O TOTALITARISMO
O pêndulo da História oscila entre uma e outra tendência e, dependendo do grau de civilização se em maior ou menor grau de evolução, poder superar ou não este processo hesitante e partir para o conglobado em sua forma plena.
o autor
O Futuro: Entre a Anarquia e o Totalitarismo
A natureza só produz protótipos. Nada pode ser reproduzido na natureza, tudo nela é singular. Melhor do que qualquer assinatura eletrônica é a assinatura única do fundo dos olhos, não existem duas iguais, assim como o DNA, exceto nos gêmeos univitelinos. Não existem duas folhas iguais na mesma planta, na mesma espécie, nem em toda a flora. A natureza não faz cópias.
CAPÍTULO – VIII
O FUTURO: ENTRE A ANARQUIA E O TOTALITARISMO
O FUTURO: ENTRE A ANARQUIA E O TOTALITARISMO
O pêndulo da História oscila entre uma e outra tendência e, dependendo do grau de civilização se em maior ou menor grau de evolução, poder superar ou não este processo hesitante e partir para o conglobado em sua forma plena.
o autor
O Futuro: Entre a Anarquia e o Totalitarismo
A natureza só produz protótipos. Nada pode ser reproduzido na natureza, tudo nela é singular. Melhor do que qualquer assinatura eletrônica é a assinatura única do fundo dos olhos, não existem duas iguais, assim como o DNA, exceto nos gêmeos univitelinos. Não existem duas folhas iguais na mesma planta, na mesma espécie, nem em toda a flora. A natureza não faz cópias.
Sistemismo: Capítulo VII
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO – VII
CONFRONTAÇÃO MILITAR ENTRE OS CONGLOBADOS: AS GRANDES BATALHAS
CONFRONTAÇÃO MILITAR ENTRE OS CONGLOBADOS: AS GRANDES BATALHAS
É nas guerras que os países sacrificam-se até o seu limite mostrando todo o seu potencial e fazendo o máximo do que são capazes, nestas circunstâncias o que conta é o tamanho, a quantidade e a qualidade do material humano, uma vez que as armas, assim como as máquinas, são apenas artefatos utilizados para exponenciar o esforço humano.
o autor
Confrontação Militar Entre os Conglobados: As Grandes Batalhas
CAPÍTULO – VII
CONFRONTAÇÃO MILITAR ENTRE OS CONGLOBADOS: AS GRANDES BATALHAS
CONFRONTAÇÃO MILITAR ENTRE OS CONGLOBADOS: AS GRANDES BATALHAS
É nas guerras que os países sacrificam-se até o seu limite mostrando todo o seu potencial e fazendo o máximo do que são capazes, nestas circunstâncias o que conta é o tamanho, a quantidade e a qualidade do material humano, uma vez que as armas, assim como as máquinas, são apenas artefatos utilizados para exponenciar o esforço humano.
o autor
Confrontação Militar Entre os Conglobados: As Grandes Batalhas
Sistemismo: Capítulo VI
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO – VI
CONFRONTO IDEOLÓGICO DE CONGLOBADOS: CAPITALISMO VERSUS COMUNISMO
CONFRONTO IDEOLÓGICO DE CONGLOBADOS: CAPITALISMO VERSUS COMUNISMO
O sistema de divisão do trabalho social veio para ficar: não é mais possível imaginarmos a vida confortável e segura sem o seu concurso. Somos todos escravos do sistema de divisão do trabalho, dos produtos produzidos em larga escala, dos profissionais e especialistas de todo o gênero e eles dependem de nós para a sua subsistência, não há como retroceder neste processo, não há como escapar deste compromisso. A divisão do trabalho social foi, sem dúvida, uma das maiores invenções da cultura humana de todos os tempos, mais importante do que a invenção roda, do fogo, da agricultura, da escrita, da bússola, do ferro, do bronze e da linguagem. A organização e divisão do trabalho social das abelhas o provam, pois elas não conhecem a roda, o fogo, a agricultura, a escrita, a bússola, o ferro, o bronze e a linguagem.
o autor
Confronto Ideológico de Conglobados: Capitalismo versus Comunismo
CAPÍTULO – VI
CONFRONTO IDEOLÓGICO DE CONGLOBADOS: CAPITALISMO VERSUS COMUNISMO
CONFRONTO IDEOLÓGICO DE CONGLOBADOS: CAPITALISMO VERSUS COMUNISMO
O sistema de divisão do trabalho social veio para ficar: não é mais possível imaginarmos a vida confortável e segura sem o seu concurso. Somos todos escravos do sistema de divisão do trabalho, dos produtos produzidos em larga escala, dos profissionais e especialistas de todo o gênero e eles dependem de nós para a sua subsistência, não há como retroceder neste processo, não há como escapar deste compromisso. A divisão do trabalho social foi, sem dúvida, uma das maiores invenções da cultura humana de todos os tempos, mais importante do que a invenção roda, do fogo, da agricultura, da escrita, da bússola, do ferro, do bronze e da linguagem. A organização e divisão do trabalho social das abelhas o provam, pois elas não conhecem a roda, o fogo, a agricultura, a escrita, a bússola, o ferro, o bronze e a linguagem.
o autor
Confronto Ideológico de Conglobados: Capitalismo versus Comunismo
Sistemismo: Capítulo V
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - V
OS CONGLOBADOS DO CRIME
OS CONGLOBADOS DO CRIME
Não existe vazio de poder: quando e onde o estado ausenta-se os marginais fazem-se presentes e então a população fica à mercê de seus caprichos, pois em sendo o seu papel insubstituível para o sistema nem mesmo a religião pode substituir o estado.
o autor
Os Conglobados do Crime
A Máfia siciliana ao Sul da Itália é o melhor exemplo de organização de conglobado, que, a princípio, parece contrariar alguns conceitos básicos estabelecidos para o conglobado, mas como se poderá confirmar só foi possível o seu surgimento e a sua consolidação, embora cruel, porquê, paradoxalmente, foi destes princípios do conglobado que a Máfia siciliana originou-se.
CAPÍTULO - V
OS CONGLOBADOS DO CRIME
OS CONGLOBADOS DO CRIME
Não existe vazio de poder: quando e onde o estado ausenta-se os marginais fazem-se presentes e então a população fica à mercê de seus caprichos, pois em sendo o seu papel insubstituível para o sistema nem mesmo a religião pode substituir o estado.
o autor
Os Conglobados do Crime
A Máfia siciliana ao Sul da Itália é o melhor exemplo de organização de conglobado, que, a princípio, parece contrariar alguns conceitos básicos estabelecidos para o conglobado, mas como se poderá confirmar só foi possível o seu surgimento e a sua consolidação, embora cruel, porquê, paradoxalmente, foi destes princípios do conglobado que a Máfia siciliana originou-se.
Sistemismo Capítulo IV
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO – IV
CONGLOBADO MILITAR: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
CONGLOBADO MILITAR: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
A guerra é o resultado do conflito de vontades, e nesta circunstância não é possível impor a vontade sem o recurso do uso da violência.
o autor
O Conglobado Militar: Estrutura e Composição
As organizações militares nos dão uma amostra concreta e muito clara do que representa uma organização e a importância do conglobado. Sua função é preparar-se para lutar e o seu objetivo é vencer a guerra.
A guerra é o resultado do conflito de vontades, e nestas circunstâncias não é possível impor a vontade sem o recurso do uso da violência.
CAPÍTULO – IV
CONGLOBADO MILITAR: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
CONGLOBADO MILITAR: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
A guerra é o resultado do conflito de vontades, e nesta circunstância não é possível impor a vontade sem o recurso do uso da violência.
o autor
O Conglobado Militar: Estrutura e Composição
As organizações militares nos dão uma amostra concreta e muito clara do que representa uma organização e a importância do conglobado. Sua função é preparar-se para lutar e o seu objetivo é vencer a guerra.
A guerra é o resultado do conflito de vontades, e nestas circunstâncias não é possível impor a vontade sem o recurso do uso da violência.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Sistemismo: capítulo III
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - III
OS GRANDE CONGLOBADOS ECONÔMICOS
OS GRANDES CONGLOBADOS ECONÔMICOS
Pobre nação cuja única forma de poder que o povo pode sonhar é a do poder econômico.
o autor
Os Grandes Conglobados Econômicos
O que haveria em comum entre: Cingapura, Grã-Bretanha, Austrália, Dinamarca, Ex-Alemanha Ocidental, Nova Zelândia, Suécia e Uruguai?
Como e porquê comparar países aparentemente tão díspares, como estes mencionados?
Tabela-III.1 Dados do Banco Mundial e Almanaque Abril para os anos de 1982 e 1983
US$ valores correntes
CAPÍTULO - III
OS GRANDE CONGLOBADOS ECONÔMICOS
OS GRANDES CONGLOBADOS ECONÔMICOS
Pobre nação cuja única forma de poder que o povo pode sonhar é a do poder econômico.
o autor
Os Grandes Conglobados Econômicos
O que haveria em comum entre: Cingapura, Grã-Bretanha, Austrália, Dinamarca, Ex-Alemanha Ocidental, Nova Zelândia, Suécia e Uruguai?
Como e porquê comparar países aparentemente tão díspares, como estes mencionados?
Tabela-III.1 Dados do Banco Mundial e Almanaque Abril para os anos de 1982 e 1983
US$ valores correntes
Sistemismo: Capítulo II
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - II
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O CONGLOBADO NA HISTÓRIA: OS GRANDES IMPÉRIOS
O CONGLOBADO NA HISTÓRIA: OS GRANDES IMPÉRIOS
O maior erro que um líder pode cometer é desconhecer a História, e maior catástrofe para um povo é quando os seus líderes e dirigentes repetem experiências históricas mal-sucedidas por ignorância do passado.
o autor
O Conglobado na História: os Grandes Impérios
A história da civilização pode remontar a mais de 500 mil anos, não obstante, o interesse maior concentra-se nesses últimos 10 mil. Por quê os historiadores dedicam a esse período recente as maiores constatações e esforços de pesquisa?
A resposta é que as maiores conquistas da nossa civilização só foram possíveis com a formação da massa crítica responsável pela detonação do processo crescente de progresso e de realizações notáveis da espécie humana.
A aglutinação do homem primitivo formou a massa crítica, tornando possível resolver, definitivamente, as necessidades mais prementes de sobrevivência da espécie humana.
CAPÍTULO - II
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O CONGLOBADO NA HISTÓRIA: OS GRANDES IMPÉRIOS
O CONGLOBADO NA HISTÓRIA: OS GRANDES IMPÉRIOS
O maior erro que um líder pode cometer é desconhecer a História, e maior catástrofe para um povo é quando os seus líderes e dirigentes repetem experiências históricas mal-sucedidas por ignorância do passado.
o autor
O Conglobado na História: os Grandes Impérios
A história da civilização pode remontar a mais de 500 mil anos, não obstante, o interesse maior concentra-se nesses últimos 10 mil. Por quê os historiadores dedicam a esse período recente as maiores constatações e esforços de pesquisa?
A resposta é que as maiores conquistas da nossa civilização só foram possíveis com a formação da massa crítica responsável pela detonação do processo crescente de progresso e de realizações notáveis da espécie humana.
A aglutinação do homem primitivo formou a massa crítica, tornando possível resolver, definitivamente, as necessidades mais prementes de sobrevivência da espécie humana.
Sistemismo: Capítulo I
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - I
O CONGLOBADO ECOLÓGICO
O CONGLOBADO ECOLÓGICO
A mãe natureza chora por seu filho, o homem, que como toda criança rebelde não quer respeitar as suas sábias leis, por isso sofre com os seus próprios erros.
o autor.
O Conglobado Ecológico
O estudo das ciências, em quase todas as áreas do conhecimento humano, remete-nos sempre de volta ao estado primitivo da natureza e do mundo selvagem: porquê nada ali é forjado ou produzido pela simples vontade ditada pela autoridade; tudo ali subordina-se às leis naturais, e aos arranjos estruturais e contingentes, sejam estas leis conhecidas ou não pelo observador ou pelo cientista. Este é o campo ideal para as descobertas das leis e dos conceitos básicos.
A questão que se coloca é a do comportamento do indivíduo e a sua interação com o grupo e com o ambiente, como, quando e porque ocorrem esta interações, ou, colocando de outra maneira: porque as abelhas vivem em colônias e outros animais, como os chimpanzés, passam boa parte de suas vida vivendo solitariamente?
Bodeenheimer (1932) dizia que “Não é correto acreditar que cada animal é sempre conduzido por seus órgãos dos sentidos à procura de condições ótimas”. A sobrevivência das espécies é, sem dúvida, muito mais dura do que a maioria das pessoas comuns imaginam.
É preciso evitar a tentação do reducionismo que consiste no raciocínio simplista de cair no erro finalista que “Consiste em crer que tudo é perfeito na natureza e que, em todos os casos, os seres vivos se [sic] encontram nas condições de meio que lhe são mais favoráveis”.
Poucos animais levam vida solitária, mesmo feridos ou doentes, os macacos, animais altamente sociais, insistentemente tentam permanecer e acompanhar o seu bando, ou qualquer outro, inclusive de outras espécies de macacos. Mesmo os animais solitários, também mantém a sua própria organização social, pois estão sempre atentos aos seus vizinhos.
O fato de pertencerem a um grupo social permite a sobrevivência de animais, que em vida solitária, pereceriam ou teriam menos sucesso reprodutivo. A vida em grupo pode proporcionar maior proteção; muitos animais só conseguem sucesso na criação da prole se cooperarem com o parceiro; é daí que evolui a ligação entre o casal, os indivíduos que executam bem esta atividade ou escolhem bem o parceiro adequado têm mais chances de perpetuarem os seus descendentes, caso contrário não reforçar-se-ia esta característica herditário-funcional na espécie, segundo os princípio evolucionista.
É fácil constatar que aves que se alimentam em ambientes abertos precisam estar sempre alertas para os predadores. Precisam balancear o tempo despendido com o comer e o tempo despendido evitando serem comidas. Muitas aves solucionam este problema vivendo em bandos e tirando vantagem da vigilância efetuada pelas companheiras. Assim, à medida que o tamanho do bando aumenta, cai a proporção de tempo que cada animal despende olhando em redor e aumenta o número total de animais vigilantes. O tempo do predador também diminui à medida que o tamanho do bando aumenta.
Os peixes, as aves e os primatas, freqüentemente cerram fileiras quando aparece um predador. A aglomeração pode ser causada pelo fato de ser vantajoso para cada animal colocar-se no centro do grupo e, dessa forma, deixar outros animeis entre ele e o predador. Mesmo aves que não vivem normalmente em bandos podem agrupar-se temporariamente para afugentar um predador, esse comportamento fá-lo perceber que foi descoberto e subtrair-lhe o elemento surpresa.
Quando as fontes de alimento são abundantes, dispersas e relativamente estáveis os animais podem procurar os alimentos sozinhos, caso contrário, é muito difícil um indivíduo encontrar sozinho o alimento; quando uma das aves encontra alimento, os demais membros do bando alteram o seu comportamento e passam a procurar na mesma área ou no mesmo tipo de lugar onde o alimento foi encontrado.
As abelhas, formigas, térmites, marimbondos, construíram as suas sociedades com uma organização baseada no sistema de castas, em que a posição de cada indivíduo é bem definida e as suas atribuições também; é uma estrutura extremamente rígida, cuja adequação é tão crítica, que já é determinada geneticamente e que só pode ser mudada em situações especiais, desde que em função da coletividade, notando-se que, entre as formigas por exemplo, as guerreiras, aquelas que são as responsáveis pela segurança do formigueiro, chegam a ter até vinte vezes o peso de uma formiga operária; este dimorfismo é irreversível na forma adulta.
Assim acontece à rainha e aos machos, que, não chega a ser um exemplo de organização perfeita, mas a julgar pela sua sobrevivência e pela resistência mais do que comprovada às tentativas de extermínio, principalmente pelo homem, é que têm sido lembradas quando se fala em sociedades organizadas. A sua força reside na quantidade, por motivos óbvios, e a maior virtude, na sua meticulosa organização, sem as quais não seria possível alimentar e proteger o grupo, geralmente numeroso.
Por isso o efeito grupo tem sido observado nos animais e foram constatados indicadores importantes de sobrevivência para espécies em seu habitat; com muita constância, observou-se que o número crítico para a população de elefantes, na África, sobreviver está em torno de no mínimo 25 indivíduos por grupo.
Mesmo no Peru, cuja produção de guano, importante fonte de fosfato de cálcio derivado das fezes das aves marinhas cormorão, está condicionada à existência de um mínimo de 10 mil indivíduos desta espécie, pois abaixo desse limiar a sobrevivência da espécie fica seriamente comprometida; para as renas, os grupos constituídos de menos de trezentos indivíduos está condenado a desaparecer de seu próprio habitat; lobos em grupos podem abater grandes animais, que isolados são presas fáceis; os bisões, bois almiscarados, muitos outros ruminantes defendem-se eficazmente quando reunidos em bandos, pois são mais pares de olhos para vigiar, procurar alimentos e até mesmo mais forças para lutar contra os inimigos.
Porém, nada disso, no entanto, evita que as populações passem por dois momentos críticos para a sua sobrevivência, independentemente de quaisquer outros fatores: o primeiro momento é justamente aquele momento da formação do núcleo pioneiro, antes mesmo de ser atingido o número mínimo de indivíduos que assegure a sobrevivência e a continuidade da espécie, qual depende principalmente de elevado altruísmo destes indivíduos pioneiros ou de condições ambientais extremamente favoráveis para o estabelecimento da colônia para este núcleo fixar-se; o outro momento crítico, aliás muito óbvio, é quando a população atinge o clímax e o tamanho do grupo depende do chamado fator limitante, pois não importa a abundância de elementos necessários e disponíveis para a sobrevivência da espécie, o fator limitante será sempre, dentre estes elementos, aquele que existir em menor disponibilidade, cuja escassez limitará severamente a sobrevivência da população, por exemplo pode haver abundância de alimentos prediletos e haver uma severa restrição de água, comprometendo a manutenção da população por este fator limitante.
A organização social das abelhas não nos deixa dúvidas de que a divisão do trabalho social e conseqüentemente, a especialização e organização são elementos imanentes ao processo de gerência dos grandes sistemas, a divisão espacial, a divisão dos alimentos, os rituais de acasalamento, a comunicação entre os indivíduos são bem definidos e poucas modificações são incorporadas ao longo do tempo; tudo está bem determinado e este processo tem resolvido a maior parte de seus problemas e garantido eficazmente a sobrevivência da espécie, especialmente entre as abelhas (Apis mellífera).
Numa colônia, durante o verão, a qual consiste de uma fêmea reprodutiva, (a rainha), vários milhares de fêmeas estéreis (as operárias) e algumas centenas de machos férteis (os zangões), além da prole imatura.
A colônia habita uma câmara natural ou artificial (colméia) na qual são construídos os favos de cera para acomodar as larvas e armazenar pólen e mel. Os zangões pouco fazem além de fertilizarem as rainhas durante o inverno; a colônia consiste na rainha e nas operárias, que sobrevivem graças ao alimento armazenado.
A produção de ovos recomeça na primavera seguinte. A rainha pode copular com vários machos num único vôo e armazena o esperma então recebido. Normalmente a rainha põe apenas ovos fertilizados (diplóides), os quais originam fêmeas. Três dias após a ovoposição, os ovos eclodem e libertam as larvas que são alimentadas por cinco dias, pois as sociedades altamente integradas de animais podem ter uma complicada rede de relações de dominância entre os membros dos vertebrados, e, uma distinta linha hierárquica de distribuição de alimentos entre os insetos.
Então as larvas transformam-se em pupas contidas em cócons dentro das células de cera. As operárias adultas emergem 21 dias depois da ovoposição; as rainhas emergem alguns dias antes; os zangões, alguns dias depois.
Durante seus dois primeiros dias de vida as larvas normalmente recebem geléia real secretada pelas operárias, como alimento. Depois desse período recebem quantidades cada vez maiores de mel. Com esta dieta as larvas transformam-se em fêmeas estéreis (operárias).
Para que haja a evolução do comportamento animal, é necessário que sejam herdados genes que comandem este comportamento; mesmo no caso de transmissão cultural, os animais devem herdar a capacidade de aprender e usar o comportamento que lhe é exposto.
O comportamento que se observa é o resultado da interação entre as instruções herdadas, e do ambiente em que o organismo se desenvolve; posto isto, e, considerando-se que os ovos não fertilizados originem zangões haplóides, entendemos que a importância deste sistema haplo-diplóide reside nos fatos de que se as larvas de ovos fecundados (diplóides) forem criadas com dieta especial poderão transformar-se em novas rainhas; os ovos não fecundados têm apenas a herança genética da fêmea; quando uma rainha fertiliza um dos gametas como o esperma guardado, cada filha recebe os mesmos genes do pai, desde que machos haplóides só podem produzir um tipo de gameta. A rainha, sendo diplóide, produz gametas que não são idênticos, já que ocorre um rearranjo ao acaso nos cromossomos homólogos durante a fase reducional da meiose, por isso as filhas têm em comum, em média, metade dos genes recebidos da mãe. Uma vez que elas recebem da mãe apenas a metade do seu total de genes, essa proporção em comum representa um quarto do seu genótipo.
Quando os genes recebidos da mãe e do pai são considerados juntos, notamos que as irmãs têm em comum, em média, três quartos dos seus genes: 0,5 do zangão e 0,25 da rainha em fII. Desse modo, as irmãs são mais próximas, geneticamente, umas das outras do que o são as mães das filhas ou dos filhos, isso explica, em parte, como tem evoluído o altruísmo, geneticamente, das operárias pois a regra básica de sobrevivência e evolução das espécies é que: o sistema prevalece sobre o individual, considerando que “Este comportamento é o marca-passo da evolução, pois a função do organismo, expressa em seu comportamento, é mudada em muitas gerações, de acordo com a experiência do organismo ”.
A rainha produz sinais químicos (ferormônios) que inibem a postura de ovos pelas operárias e que também impedem-nas de criarem novas rainhas. Se a rainha morre ou fica muito velha, as operárias criam uma nova rainha a partir de uma larva, alimentando-a com geléia real e, diferentemente do que foi feito para as operárias, com pouco mel. Sem a inibição causada pelos ferormônios algumas operárias produzem ovos não fertilizados, que originam zangãos.
Há ainda outras circunstâncias em que se produzem novas rainhas: a rainha mais velha então juntamente com algumas operárias enxameia e estabelece uma nova colônia.
As operárias fazem tudo na colônia, exceto por ovos. Nos meados do verão as operárias vivem apenas quatro a seis semanas e suas atividades são controladas de acordo com a idade: operárias entre zero e três dias de idade limpam células e mantém as larvas aquecidas; operárias entre três e seis dias alimentam as larvas novas e a rainha; de quatorze a dezoito dias, secretam cera, constroem favos e limpam a colméia; de dezoito a vinte dias, guardam a entrada; de vinte a quarenta dias, saem à procura de pólen e néctar (operárias coletoras).
Este esquema, no entanto, não é rígido, podendo ser modificado de acordo com as necessidades da colônia; por exemplo, se a colméia estiver muito aquecida, as operárias que estão fazendo trabalho externo passam a coletar água, que é usada na colméia para o resfriamento através da evaporação. As danças são executadas pelas abelhas com a finalidade de comunicar a direção e a distância da fonte de alimento.
Se comparada à complexidade da cultura humana e a sua dependência da linguagem escrita e falada, a transmissão cultural de comportamento observada em animais pode parecer trivial; no entanto, ela talvez sugira o modo pelo qual a cultura humana teve início. Contrariando o que escreveu Mandeville em seu ensaio Fábula das Abelhas, as abelhas não são instintivamente egoístas, nem trabalham de modo voluntarista como quis fazer acreditar em sua parábola sobre o mercado livre utilizando as abelhas como paradigma.
Assim, na natureza, para grupos extremamente grandes, este tipo de organização é o que tem produzido os melhores resultados, haja vista que estas espécies não correm o menor risco de extinção, ao contrário da ave cormorão, que apesar de formarem grupos gigantescos, não gozariam desta mesma estabilidade para a sua sobrevivência; entre outras diferenças, a mais importante é sem dúvida a organização.
O poder é bem visível, pertence à rainha, é incontestável e isto traz ordem e tranqüilidade para a comunidade, toda energia é empregada para o bem comum, por isso mesmo, alguns indivíduos tem se sacrificado até a morte, para assegurar a tranqüilidade e sobrevivência do seu sistema ou de sua sociedade hipercomunitarista.
Outros tipos de organizações sociais são encontradas na natureza, especialmente entre os pássaros que por terem elevado nível de mobilidade (aqueles que podem voar), destacam-se especialmente de outros grupos, por terem, em conseqüência deste fato, laços muito tênues de cooperação intra-específica: a decisão de pertencer a um bando cabe a cada indivíduo, como por exemplo, os pássaros chamados Parus major, que vivem em florestas da Europa e da Ásia. Durante o inverno os animais formam bandos pouco coesos com cerca de doze indivíduos (às vezes até cinco) que podem agregar aves adicionais de outras espécies. Estas aves alimentam-se de insetos, aranhas, sementes e frutas. Os bandos ocupam áreas de moradias não defendidas com superposição parcial de territórios e com cerca de quatro ha de área para um bando de até doze indivíduos.
A associação dos animais aumenta a probabilidade de um animal encontrar alimento, embora, por outro lado, haja também bastante disputa pelo alimento; não raro um animal ameaça e ataca outro roubando-lhe o alimento, pois mesmo onde haja abundância, pode haver disputas acirradas sobre os itens que oferecem as melhores qualificações dentre os demais.
Durante o período de janeiro a março, esta fase de organização social (fase de bando) é paulatinamente substituída pela fase territorial. A formação de casais ocorre no inverno. Os pares começam a passar mais tempo longe do bando a ele voltando durante à tarde e durante os períodos mais frios. Cada casal estabelece um território que no fim de março já é bem defendido. Locais convenientes para a construção do ninho, em geral cavidades de árvores, são inspecionados pelo macho, e a fêmea é atraída por esse comportamento. A fêmea constrói o ninho e ali põe um conjunto de cinco a onze ovos no fim de abril ou começo de maio.
A cooperação entre os membros do casal dura todo o período de construção do ninho, cópula e postura de ovos. O macho alimenta a fêmea numa contribuição vital para contrabalançar o desgaste da fêmea ao por ovos. Apenas a fêmea incuba os ovos, mas o macho continua a alimentá-la. Os ovos e, posteriormente, os filhotes estão expostos à predação, os esquilos (Neosciurus carolinensis) e as fuinhas (Mustela nivalis) que procuram-nos para se alimentarem; contra esses inimigos os pais pouco podem fazer.
Os ovos eclodem e os filhotes são então alimentados pelos pais e, por volta do 18° ou do 20° dia de vida os filhotes voam do ninho. Em média cada casal cria seis filhotes. Os pais ainda alimentam os filhotes depois que estes deixam o ninho, mas em menos de duas semanas os filhotes tornam-se praticamente independentes.
Os jovens lutam bastante e muitos deles desaparecem da população. Durante setembro-outubro o comportamento territorial reacende-se, mas à medida que o inverno aproxima-se formam-se novos bandos. Os adultos são sedentários e vivem perto de seus territórios de verão; por outro lado os jovens podem dispersar-se por vários quilômetros antes de juntarem-se a um bando. A mortalidade varia consideravelmente de ano para ano e parece estar relacionada com a disponibilidade de alimentos. Cerca de 17% dos jovens sobrevive até a estação de reprodução seguinte; já para os adultos a taxa de sobrevivência é de 50%.
Conseqüentemente os indivíduos que possuem maior capacidade de aprendizagem, os mais hábeis, os mais dotados, conseguem em algumas ocasiões certa ascendência sobre os demais membros de seu grupo.
Como quase tudo o que o indivíduo consegue para si é fruto quase que exclusivamente de seu esforço individual não se pode mesmo esperar grades obras arquitetônicas, ou produtos altamente elaborados desta espécie sem organização rígida e conglobadada como se pode atestar na observação das espécies em geral, como de fato ocorre na natureza; não basta adaptação ao habitat, é preciso cooperação; para que haja cooperação eficiente é preciso que haja organização; para haver organização há que haver hierarquia; para efetuar estas funções cada espécie conseguiu resolver estes problemas dentro de suas limitações e habilidades específicas, como se observa na população de cervo vermelho (Cervus elaphus).
Dividida em grupos de fêmeas e de grupo de machos, fora da época de reprodução, desde dez até várias centenas de indivíduos. Estes últimos grupos são menores e menos estáveis (machos).
Os grupos de fêmeas incluem tanto as fêmeas adultas como seus filhotes, inclusive filhotes machos que tenham até três anos de idade. As fêmeas têm áreas de moradia com superposição territorial, e os grupos, freqüentemente, fissionam-se em subgrupos matrilineares (grupos liderados pelas fêmeas mais velhas, a matriarca), os quais podem conter três ou mais gerações de fêmeas com seus filhotes.
Sob a liderança de uma das fêmeas mais velhas este grupo move-se pela área de moradia; a parte da área de moradia utilizada num determinado dia depende das condições climáticas; a sobrevivência do grupo envolve interações altamente complexas entre indivíduos, grupos, meio-ambiente, carências, disponibilidades e habilidades.
Com três anos de idade os jovens machos deixam as suas mães e unem-se aos bandos de machos. Os machos adultos movem-se em áreas de cerca de oito km2 que tendem a ser periféricas e ligeiramente superpostas às das fêmeas. Nos grupos de machos o status de cada indivíduo depende de seu tamanho e do tamanho dos seus chifres. Durante a estação de reprodução, que começa ao fim de dezembro, os machos tornam-se agressivos entre si e o grupo desmancha-se; cada macho dirige-se para a sua área preferencial de acasalamento. Cada macho compete com outros pela possessão das fêmeas.
Os machos bramem constantemente, controlam seus bandos de dez a vinte fêmeas com seus filhotes, e defendem-no de outros machos. As fêmeas tornam-se férteis em geral no seu terceiro ano de vida. Os machos mais competentes têm cerca de sete anos ou mais, no entanto, mesmo estes ficam exaustos durante o processo de controlar e de defender o grupo de fêmeas, chegando a perder 25% do peso e acabam sendo expulsos por outros machos. O macho não age como líder de seu harém; em situações de perigo o macho abandona o grupo de fêmeas.
Podemos ver que num grupo assim organizado pode haver comportamento egoísta e altruísta, além do mais confirma-se que em grupos fracamente organizados a coesão entre os membros também é muito precária, resultando em problemas para a elaboração de produtos altamente sofisticados, e, perigos e riscos maiores para a sobrevivência.
Após a época de reprodução a estrutura de grupos de fêmeas / grupo de machos é retomada. Os chifres, que só crescem nos machos, são perdidos durante a primavera e imediatamente outros recomeçam a nascer. Antes de parir as fêmeas deixam o grupo, afastam os seus filhos dos anos precedentes e procuram locais isolados. Os novos filhotes mantém-se escondidos nos primeiros sete a dez dias durante os quais as mães vão até eles para alimentá-los. Após esse período eles seguem suas mães, que subseqüentemente reúnem-se ao bando. A amamentação dura de oito a dez meses.
Vale aqui lembrar que o processo de seleção natural é um fenômeno individual, aleatório, onde a mutação ao acaso dos genes não foi confirmada e nem proposto como mecanismo de evolução natural com relação à seleção de populações; a seleção natural caminha no sentido de garantir a adaptação dos indivíduos às mutações do ambiente e não à sobrevivência dos grupos, como poderia supor-se de imediato; a pergunta não respondida pelos etólogos e evolucionistas, é: se o comportamento individual dos organismos que os leva a procurarem a aproximação do grupo não pode ser determinada geneticamente, como o seria na seleção por grupos, se houvesse, o que, então, os fazem procurarem, ou formarem os grupos durante alguns momentos de suas vidas?
Estudando a espécie dos Babuínos comuns (Papio cynocephalus) das savanas cujas populações dividem-se em grupos de vinte a duzentos animais, incluindo vários machos adultos, onde normalmente o número de fêmeas adultas é superior ao de machos adultos, vemos que não há animais solitários. Os grupos são permanentes e coesos, embora machos jovens geralmente mudem de grupo. A estrutura do grupo não sofre alterações com a mudança das estações.
Os grupos ocupam área de moradia de até quarenta km2. As áreas de diversos bandos podem se sobrepor mas o encontro de bandos é infreqüente, dada a tendência que os grupos tem de se evitar. Os grupos pernoitam em árvores altas, ou em escarpas rochosas, para ficarem afastados de predadores.
Ao nascer do sol os animais saem dos seus abrigos e iniciam o seu dia de deslocamento e alimentação. Uma grande parte do tempo é despendido à procura do alimento, para o que o grupo espalha-se na savana, pois à medida que se sobe a pirâmide de nível trófico a fonte primária de energia incorporada aos alimentos vai ficando cada vez mais distante dos organismos mais sofisticados e complexos fisiologicamente, isto é: a disponibilidade e a existência do alimento vai fatalmente depender cada vez mais do trabalho de outras espécies, cuja cadeia alimentar pode chegar às dezenas.
Tipicamente os machos mais jovens ocupam posições periféricas em relação às fêmeas e filhotes. Os machos adultos são capazes de enfrentar predadores de pequeno porte, mas em geral eles fogem com o resto do grupo à procura de um local seguro. As fêmeas, após cinco anos, tornam-se receptivas sexualmente durante poucos dias de seu ciclo menstrual mensal. Cada fêmea passa a maior parte da vida ou prenhe ou em lactação, mas, devido à reprodução dos Babuínos não ser sazonal, quase sempre há no bando algumas fêmeas disponíveis para o acasalamento.
Os machos amadurecidos aos dez anos competem pelo acesso às fêmeas que são promíscuas. As mães amamentam os filhotes por seis a oito meses e carregam-nos até que sejam fortes o suficiente para locomoverem-se independentemente. Os machos tem pouca participação na criação dos filhotes.
Da mesma forma que os primatas do gênero Macaca, o núcleo do grupo é constituído por um sistema de parentes de genealogia matrilinear e grande parte das interações sociais do grupo ocorre entre parentes; os babuínos não reconhecem o pai. As fêmeas jovens ajudam a cuidar de seus irmãos mais novos, os quais são o pivô de intensa interação social. Grande parte do comportamento social é aprendido, ou pelo menos desenvolve-se apenas em ambientes onde for possível a prática social. Há também a ocorrência de uma subcultura na qual os grupos têm lugares tradicionais para dormir e dessedentarem-se; a informação sobre a utilização do ambiente é orientada pelos animais mais velhos, que podem chegar aos vinte anos.
Os macacos, cuja inteligência assemelha-se muito à dos humanos, não formam grandes grupos, raras tarefas são feitas em conjunto, sua inteligência e auto-suficiência lhe permite desdenhar até mesmo, em certos momentos, a própria proteção que o grupo lhe proporciona; a outra pergunta pode então ser reformulada para: seria isto auto-suficiência? Seria talvez uma tentativa evolutiva de compensar-se um muito maior número de indivíduos mais simplificados fisiologicamente com poucos porém altamente sofisticados indivíduos?
Os Chimpanzés (Pan troglodytes) cuja sociedade não é um exemplo de grupo coeso, tendo uma estrutura aberta, na qual encontramos pequenos grupos temporários de até seis indivíduos dependendo da disponibilidade de alimento; esses indivíduos viajam juntos pela mata, embora freqüentemente o conjunto divida-se e torne a reunir-se. Esse conjunto pode ser composto de animais de qualquer classe de idade ou sexo, em qualquer combinação. A única regra é que os filhotes mantenham-se junto às suas mães.
Animais solitários também são freqüentemente encontrados. Apesar dessa fluidez, crê-se que em uma determinada área os indivíduos que formam esses conjuntos temporários sejam membros de uma mesma comunidade de até quarenta indivíduos, que contêm vários machos adultos.
Diferentemente dos babuínos estes animais nunca deslocam-se juntos como uma unidade. A principal evidência desta estrutura vem do fato de que em qualquer área ocorre o mesmo com os animais que formariam as comunidade vizinhas. Acredita-se que cada comunidade tenha uma área de moradia de dez a vinte km2; algumas partes desta área são defendidas através de conflitos sangrentos e até fatais, particularmente entre os machos. Dentro da área de moradia cada macho ou fêmea tem suas áreas prediletas que são defendidas por seus donos.
Um macho pode monopolizar uma fêmea no cio, mas a associação de casais por longos períodos não existe, sendo a promiscuidade uma regra. Os animais constroem ninhos nos quais passam as noites, mas têm uma base permanente; dessa forma as mães carregam os filhos continuamente; o contato mãe-filho não é interrompido durante pelo menos os primeiros três meses de vida do filhote. O período em que o filho depende da mãe é extraordinário; a amamentação prolonga-se até o filhote ter três ou mesmo quatro anos e meio.
Por isto, estes animais são passíveis de manutenção em cativeiro, individualmente, ao contrário de um inseto que nas mesmas condições de isolamento de sua colônia morreria em algumas horas, desde que desprovido da ambientação e de elementos que ajudam a manter o seu metabolismo, alimentação e proteção de seu habitat natural, pois a sua estrutura fisiológica não está preparada para prover-lhe os meios e os recursos de que necessitaria para a sua própria subsistência; à medida que outras funções orgânicas fossem sendo incorporadas ao seu sistema orgânico a sua complexidade consequentemente iria aumentar, e também o seu porte físico: então deixaria de ser um inseto.
Assim vimos nascer o conceito de sociedade, da cooperação dos indivíduos, da agregação sem cooperação, da colônia onde há interação física entre os indivíduos, dos grupos ocasionais, das populações contemporâneas da mesma espécie, a necessidade de comunicação alterando os padrões de comportamento entre os organismos, a necessidade de coordenação e hierarquia.
Uma outra lição da natureza é que na guerra da sobrevivência ou da conquista do território vale o maior número de indivíduos, senão vejamos: a abelha possui uma estrutura fisiológica e um porte relativamente simples, se comparada com um mamífero, que é altamente complexo, e avantajado; isto nos leva à questão; valeria a pena ser auto-suficiente?
Na verdade o problema passa a ser: como reunir indivíduos sofisticados, quase autônomos para um trabalho organizado cooperativamente? Ou, através da subordinação? Se tal puder ser conseguido, então estaremos muito perto daquele modelo ideal espreitado pela evolução das espécies; em que pese ser o egoísmo um comportamento verificado freqüentemente em muitas espécies, produzindo o comportamento típico dos indivíduos solitários, esta é uma forma muito poderosa e indissociável dos seres animais superiores.
Seria então o altruísmo o oposto da auto-suficiência? Podemos dizer que o altruísmo seria o ponto máximo de integração do indivíduo com o grupo e, que no seu grau máximo, pode chegar à simbiose. O altruísmo, neste caso, é o egoísmo em grupo, que passa assim, o grupo, a exercer a função de indivíduo, e, neste caso, o egoísmo stricto sensu seria um desvio social do indivíduo em relação ao grupo, caracterizando o indivíduo solitário um desajustado social.
Este acaso e outros mais informam-nos com é importante a vida comunitária e nos dão valiosas informações sobre o relacionamento entre seres vivos, os seus variados tipos de interações e formas de organização, mostrando a riqueza de soluções que a natureza dispõe e exibe em cada caso, buscando a solução para o mesmo problema que é o da organização do sistema de divisão do trabalho social ao nível ecológico, sendo que em alguns casos pode-se mesmo notar uma forte semelhança com algumas formas de organização de distintas civilizações humanas, através da História, nas várias culturas e etnias espalhadas pelos continentes.
CAPÍTULO - I
O CONGLOBADO ECOLÓGICO
O CONGLOBADO ECOLÓGICO
A mãe natureza chora por seu filho, o homem, que como toda criança rebelde não quer respeitar as suas sábias leis, por isso sofre com os seus próprios erros.
o autor.
O Conglobado Ecológico
O estudo das ciências, em quase todas as áreas do conhecimento humano, remete-nos sempre de volta ao estado primitivo da natureza e do mundo selvagem: porquê nada ali é forjado ou produzido pela simples vontade ditada pela autoridade; tudo ali subordina-se às leis naturais, e aos arranjos estruturais e contingentes, sejam estas leis conhecidas ou não pelo observador ou pelo cientista. Este é o campo ideal para as descobertas das leis e dos conceitos básicos.
A questão que se coloca é a do comportamento do indivíduo e a sua interação com o grupo e com o ambiente, como, quando e porque ocorrem esta interações, ou, colocando de outra maneira: porque as abelhas vivem em colônias e outros animais, como os chimpanzés, passam boa parte de suas vida vivendo solitariamente?
Bodeenheimer (1932) dizia que “Não é correto acreditar que cada animal é sempre conduzido por seus órgãos dos sentidos à procura de condições ótimas”. A sobrevivência das espécies é, sem dúvida, muito mais dura do que a maioria das pessoas comuns imaginam.
É preciso evitar a tentação do reducionismo que consiste no raciocínio simplista de cair no erro finalista que “Consiste em crer que tudo é perfeito na natureza e que, em todos os casos, os seres vivos se [sic] encontram nas condições de meio que lhe são mais favoráveis”.
Poucos animais levam vida solitária, mesmo feridos ou doentes, os macacos, animais altamente sociais, insistentemente tentam permanecer e acompanhar o seu bando, ou qualquer outro, inclusive de outras espécies de macacos. Mesmo os animais solitários, também mantém a sua própria organização social, pois estão sempre atentos aos seus vizinhos.
O fato de pertencerem a um grupo social permite a sobrevivência de animais, que em vida solitária, pereceriam ou teriam menos sucesso reprodutivo. A vida em grupo pode proporcionar maior proteção; muitos animais só conseguem sucesso na criação da prole se cooperarem com o parceiro; é daí que evolui a ligação entre o casal, os indivíduos que executam bem esta atividade ou escolhem bem o parceiro adequado têm mais chances de perpetuarem os seus descendentes, caso contrário não reforçar-se-ia esta característica herditário-funcional na espécie, segundo os princípio evolucionista.
É fácil constatar que aves que se alimentam em ambientes abertos precisam estar sempre alertas para os predadores. Precisam balancear o tempo despendido com o comer e o tempo despendido evitando serem comidas. Muitas aves solucionam este problema vivendo em bandos e tirando vantagem da vigilância efetuada pelas companheiras. Assim, à medida que o tamanho do bando aumenta, cai a proporção de tempo que cada animal despende olhando em redor e aumenta o número total de animais vigilantes. O tempo do predador também diminui à medida que o tamanho do bando aumenta.
Os peixes, as aves e os primatas, freqüentemente cerram fileiras quando aparece um predador. A aglomeração pode ser causada pelo fato de ser vantajoso para cada animal colocar-se no centro do grupo e, dessa forma, deixar outros animeis entre ele e o predador. Mesmo aves que não vivem normalmente em bandos podem agrupar-se temporariamente para afugentar um predador, esse comportamento fá-lo perceber que foi descoberto e subtrair-lhe o elemento surpresa.
Quando as fontes de alimento são abundantes, dispersas e relativamente estáveis os animais podem procurar os alimentos sozinhos, caso contrário, é muito difícil um indivíduo encontrar sozinho o alimento; quando uma das aves encontra alimento, os demais membros do bando alteram o seu comportamento e passam a procurar na mesma área ou no mesmo tipo de lugar onde o alimento foi encontrado.
As abelhas, formigas, térmites, marimbondos, construíram as suas sociedades com uma organização baseada no sistema de castas, em que a posição de cada indivíduo é bem definida e as suas atribuições também; é uma estrutura extremamente rígida, cuja adequação é tão crítica, que já é determinada geneticamente e que só pode ser mudada em situações especiais, desde que em função da coletividade, notando-se que, entre as formigas por exemplo, as guerreiras, aquelas que são as responsáveis pela segurança do formigueiro, chegam a ter até vinte vezes o peso de uma formiga operária; este dimorfismo é irreversível na forma adulta.
Assim acontece à rainha e aos machos, que, não chega a ser um exemplo de organização perfeita, mas a julgar pela sua sobrevivência e pela resistência mais do que comprovada às tentativas de extermínio, principalmente pelo homem, é que têm sido lembradas quando se fala em sociedades organizadas. A sua força reside na quantidade, por motivos óbvios, e a maior virtude, na sua meticulosa organização, sem as quais não seria possível alimentar e proteger o grupo, geralmente numeroso.
Por isso o efeito grupo tem sido observado nos animais e foram constatados indicadores importantes de sobrevivência para espécies em seu habitat; com muita constância, observou-se que o número crítico para a população de elefantes, na África, sobreviver está em torno de no mínimo 25 indivíduos por grupo.
Mesmo no Peru, cuja produção de guano, importante fonte de fosfato de cálcio derivado das fezes das aves marinhas cormorão, está condicionada à existência de um mínimo de 10 mil indivíduos desta espécie, pois abaixo desse limiar a sobrevivência da espécie fica seriamente comprometida; para as renas, os grupos constituídos de menos de trezentos indivíduos está condenado a desaparecer de seu próprio habitat; lobos em grupos podem abater grandes animais, que isolados são presas fáceis; os bisões, bois almiscarados, muitos outros ruminantes defendem-se eficazmente quando reunidos em bandos, pois são mais pares de olhos para vigiar, procurar alimentos e até mesmo mais forças para lutar contra os inimigos.
Porém, nada disso, no entanto, evita que as populações passem por dois momentos críticos para a sua sobrevivência, independentemente de quaisquer outros fatores: o primeiro momento é justamente aquele momento da formação do núcleo pioneiro, antes mesmo de ser atingido o número mínimo de indivíduos que assegure a sobrevivência e a continuidade da espécie, qual depende principalmente de elevado altruísmo destes indivíduos pioneiros ou de condições ambientais extremamente favoráveis para o estabelecimento da colônia para este núcleo fixar-se; o outro momento crítico, aliás muito óbvio, é quando a população atinge o clímax e o tamanho do grupo depende do chamado fator limitante, pois não importa a abundância de elementos necessários e disponíveis para a sobrevivência da espécie, o fator limitante será sempre, dentre estes elementos, aquele que existir em menor disponibilidade, cuja escassez limitará severamente a sobrevivência da população, por exemplo pode haver abundância de alimentos prediletos e haver uma severa restrição de água, comprometendo a manutenção da população por este fator limitante.
A organização social das abelhas não nos deixa dúvidas de que a divisão do trabalho social e conseqüentemente, a especialização e organização são elementos imanentes ao processo de gerência dos grandes sistemas, a divisão espacial, a divisão dos alimentos, os rituais de acasalamento, a comunicação entre os indivíduos são bem definidos e poucas modificações são incorporadas ao longo do tempo; tudo está bem determinado e este processo tem resolvido a maior parte de seus problemas e garantido eficazmente a sobrevivência da espécie, especialmente entre as abelhas (Apis mellífera).
Numa colônia, durante o verão, a qual consiste de uma fêmea reprodutiva, (a rainha), vários milhares de fêmeas estéreis (as operárias) e algumas centenas de machos férteis (os zangões), além da prole imatura.
A colônia habita uma câmara natural ou artificial (colméia) na qual são construídos os favos de cera para acomodar as larvas e armazenar pólen e mel. Os zangões pouco fazem além de fertilizarem as rainhas durante o inverno; a colônia consiste na rainha e nas operárias, que sobrevivem graças ao alimento armazenado.
A produção de ovos recomeça na primavera seguinte. A rainha pode copular com vários machos num único vôo e armazena o esperma então recebido. Normalmente a rainha põe apenas ovos fertilizados (diplóides), os quais originam fêmeas. Três dias após a ovoposição, os ovos eclodem e libertam as larvas que são alimentadas por cinco dias, pois as sociedades altamente integradas de animais podem ter uma complicada rede de relações de dominância entre os membros dos vertebrados, e, uma distinta linha hierárquica de distribuição de alimentos entre os insetos.
Então as larvas transformam-se em pupas contidas em cócons dentro das células de cera. As operárias adultas emergem 21 dias depois da ovoposição; as rainhas emergem alguns dias antes; os zangões, alguns dias depois.
Durante seus dois primeiros dias de vida as larvas normalmente recebem geléia real secretada pelas operárias, como alimento. Depois desse período recebem quantidades cada vez maiores de mel. Com esta dieta as larvas transformam-se em fêmeas estéreis (operárias).
Para que haja a evolução do comportamento animal, é necessário que sejam herdados genes que comandem este comportamento; mesmo no caso de transmissão cultural, os animais devem herdar a capacidade de aprender e usar o comportamento que lhe é exposto.
O comportamento que se observa é o resultado da interação entre as instruções herdadas, e do ambiente em que o organismo se desenvolve; posto isto, e, considerando-se que os ovos não fertilizados originem zangões haplóides, entendemos que a importância deste sistema haplo-diplóide reside nos fatos de que se as larvas de ovos fecundados (diplóides) forem criadas com dieta especial poderão transformar-se em novas rainhas; os ovos não fecundados têm apenas a herança genética da fêmea; quando uma rainha fertiliza um dos gametas como o esperma guardado, cada filha recebe os mesmos genes do pai, desde que machos haplóides só podem produzir um tipo de gameta. A rainha, sendo diplóide, produz gametas que não são idênticos, já que ocorre um rearranjo ao acaso nos cromossomos homólogos durante a fase reducional da meiose, por isso as filhas têm em comum, em média, metade dos genes recebidos da mãe. Uma vez que elas recebem da mãe apenas a metade do seu total de genes, essa proporção em comum representa um quarto do seu genótipo.
Quando os genes recebidos da mãe e do pai são considerados juntos, notamos que as irmãs têm em comum, em média, três quartos dos seus genes: 0,5 do zangão e 0,25 da rainha em fII. Desse modo, as irmãs são mais próximas, geneticamente, umas das outras do que o são as mães das filhas ou dos filhos, isso explica, em parte, como tem evoluído o altruísmo, geneticamente, das operárias pois a regra básica de sobrevivência e evolução das espécies é que: o sistema prevalece sobre o individual, considerando que “Este comportamento é o marca-passo da evolução, pois a função do organismo, expressa em seu comportamento, é mudada em muitas gerações, de acordo com a experiência do organismo ”.
A rainha produz sinais químicos (ferormônios) que inibem a postura de ovos pelas operárias e que também impedem-nas de criarem novas rainhas. Se a rainha morre ou fica muito velha, as operárias criam uma nova rainha a partir de uma larva, alimentando-a com geléia real e, diferentemente do que foi feito para as operárias, com pouco mel. Sem a inibição causada pelos ferormônios algumas operárias produzem ovos não fertilizados, que originam zangãos.
Há ainda outras circunstâncias em que se produzem novas rainhas: a rainha mais velha então juntamente com algumas operárias enxameia e estabelece uma nova colônia.
As operárias fazem tudo na colônia, exceto por ovos. Nos meados do verão as operárias vivem apenas quatro a seis semanas e suas atividades são controladas de acordo com a idade: operárias entre zero e três dias de idade limpam células e mantém as larvas aquecidas; operárias entre três e seis dias alimentam as larvas novas e a rainha; de quatorze a dezoito dias, secretam cera, constroem favos e limpam a colméia; de dezoito a vinte dias, guardam a entrada; de vinte a quarenta dias, saem à procura de pólen e néctar (operárias coletoras).
Este esquema, no entanto, não é rígido, podendo ser modificado de acordo com as necessidades da colônia; por exemplo, se a colméia estiver muito aquecida, as operárias que estão fazendo trabalho externo passam a coletar água, que é usada na colméia para o resfriamento através da evaporação. As danças são executadas pelas abelhas com a finalidade de comunicar a direção e a distância da fonte de alimento.
Se comparada à complexidade da cultura humana e a sua dependência da linguagem escrita e falada, a transmissão cultural de comportamento observada em animais pode parecer trivial; no entanto, ela talvez sugira o modo pelo qual a cultura humana teve início. Contrariando o que escreveu Mandeville em seu ensaio Fábula das Abelhas, as abelhas não são instintivamente egoístas, nem trabalham de modo voluntarista como quis fazer acreditar em sua parábola sobre o mercado livre utilizando as abelhas como paradigma.
Assim, na natureza, para grupos extremamente grandes, este tipo de organização é o que tem produzido os melhores resultados, haja vista que estas espécies não correm o menor risco de extinção, ao contrário da ave cormorão, que apesar de formarem grupos gigantescos, não gozariam desta mesma estabilidade para a sua sobrevivência; entre outras diferenças, a mais importante é sem dúvida a organização.
O poder é bem visível, pertence à rainha, é incontestável e isto traz ordem e tranqüilidade para a comunidade, toda energia é empregada para o bem comum, por isso mesmo, alguns indivíduos tem se sacrificado até a morte, para assegurar a tranqüilidade e sobrevivência do seu sistema ou de sua sociedade hipercomunitarista.
Outros tipos de organizações sociais são encontradas na natureza, especialmente entre os pássaros que por terem elevado nível de mobilidade (aqueles que podem voar), destacam-se especialmente de outros grupos, por terem, em conseqüência deste fato, laços muito tênues de cooperação intra-específica: a decisão de pertencer a um bando cabe a cada indivíduo, como por exemplo, os pássaros chamados Parus major, que vivem em florestas da Europa e da Ásia. Durante o inverno os animais formam bandos pouco coesos com cerca de doze indivíduos (às vezes até cinco) que podem agregar aves adicionais de outras espécies. Estas aves alimentam-se de insetos, aranhas, sementes e frutas. Os bandos ocupam áreas de moradias não defendidas com superposição parcial de territórios e com cerca de quatro ha de área para um bando de até doze indivíduos.
A associação dos animais aumenta a probabilidade de um animal encontrar alimento, embora, por outro lado, haja também bastante disputa pelo alimento; não raro um animal ameaça e ataca outro roubando-lhe o alimento, pois mesmo onde haja abundância, pode haver disputas acirradas sobre os itens que oferecem as melhores qualificações dentre os demais.
Durante o período de janeiro a março, esta fase de organização social (fase de bando) é paulatinamente substituída pela fase territorial. A formação de casais ocorre no inverno. Os pares começam a passar mais tempo longe do bando a ele voltando durante à tarde e durante os períodos mais frios. Cada casal estabelece um território que no fim de março já é bem defendido. Locais convenientes para a construção do ninho, em geral cavidades de árvores, são inspecionados pelo macho, e a fêmea é atraída por esse comportamento. A fêmea constrói o ninho e ali põe um conjunto de cinco a onze ovos no fim de abril ou começo de maio.
A cooperação entre os membros do casal dura todo o período de construção do ninho, cópula e postura de ovos. O macho alimenta a fêmea numa contribuição vital para contrabalançar o desgaste da fêmea ao por ovos. Apenas a fêmea incuba os ovos, mas o macho continua a alimentá-la. Os ovos e, posteriormente, os filhotes estão expostos à predação, os esquilos (Neosciurus carolinensis) e as fuinhas (Mustela nivalis) que procuram-nos para se alimentarem; contra esses inimigos os pais pouco podem fazer.
Os ovos eclodem e os filhotes são então alimentados pelos pais e, por volta do 18° ou do 20° dia de vida os filhotes voam do ninho. Em média cada casal cria seis filhotes. Os pais ainda alimentam os filhotes depois que estes deixam o ninho, mas em menos de duas semanas os filhotes tornam-se praticamente independentes.
Os jovens lutam bastante e muitos deles desaparecem da população. Durante setembro-outubro o comportamento territorial reacende-se, mas à medida que o inverno aproxima-se formam-se novos bandos. Os adultos são sedentários e vivem perto de seus territórios de verão; por outro lado os jovens podem dispersar-se por vários quilômetros antes de juntarem-se a um bando. A mortalidade varia consideravelmente de ano para ano e parece estar relacionada com a disponibilidade de alimentos. Cerca de 17% dos jovens sobrevive até a estação de reprodução seguinte; já para os adultos a taxa de sobrevivência é de 50%.
Conseqüentemente os indivíduos que possuem maior capacidade de aprendizagem, os mais hábeis, os mais dotados, conseguem em algumas ocasiões certa ascendência sobre os demais membros de seu grupo.
Como quase tudo o que o indivíduo consegue para si é fruto quase que exclusivamente de seu esforço individual não se pode mesmo esperar grades obras arquitetônicas, ou produtos altamente elaborados desta espécie sem organização rígida e conglobadada como se pode atestar na observação das espécies em geral, como de fato ocorre na natureza; não basta adaptação ao habitat, é preciso cooperação; para que haja cooperação eficiente é preciso que haja organização; para haver organização há que haver hierarquia; para efetuar estas funções cada espécie conseguiu resolver estes problemas dentro de suas limitações e habilidades específicas, como se observa na população de cervo vermelho (Cervus elaphus).
Dividida em grupos de fêmeas e de grupo de machos, fora da época de reprodução, desde dez até várias centenas de indivíduos. Estes últimos grupos são menores e menos estáveis (machos).
Os grupos de fêmeas incluem tanto as fêmeas adultas como seus filhotes, inclusive filhotes machos que tenham até três anos de idade. As fêmeas têm áreas de moradia com superposição territorial, e os grupos, freqüentemente, fissionam-se em subgrupos matrilineares (grupos liderados pelas fêmeas mais velhas, a matriarca), os quais podem conter três ou mais gerações de fêmeas com seus filhotes.
Sob a liderança de uma das fêmeas mais velhas este grupo move-se pela área de moradia; a parte da área de moradia utilizada num determinado dia depende das condições climáticas; a sobrevivência do grupo envolve interações altamente complexas entre indivíduos, grupos, meio-ambiente, carências, disponibilidades e habilidades.
Com três anos de idade os jovens machos deixam as suas mães e unem-se aos bandos de machos. Os machos adultos movem-se em áreas de cerca de oito km2 que tendem a ser periféricas e ligeiramente superpostas às das fêmeas. Nos grupos de machos o status de cada indivíduo depende de seu tamanho e do tamanho dos seus chifres. Durante a estação de reprodução, que começa ao fim de dezembro, os machos tornam-se agressivos entre si e o grupo desmancha-se; cada macho dirige-se para a sua área preferencial de acasalamento. Cada macho compete com outros pela possessão das fêmeas.
Os machos bramem constantemente, controlam seus bandos de dez a vinte fêmeas com seus filhotes, e defendem-no de outros machos. As fêmeas tornam-se férteis em geral no seu terceiro ano de vida. Os machos mais competentes têm cerca de sete anos ou mais, no entanto, mesmo estes ficam exaustos durante o processo de controlar e de defender o grupo de fêmeas, chegando a perder 25% do peso e acabam sendo expulsos por outros machos. O macho não age como líder de seu harém; em situações de perigo o macho abandona o grupo de fêmeas.
Podemos ver que num grupo assim organizado pode haver comportamento egoísta e altruísta, além do mais confirma-se que em grupos fracamente organizados a coesão entre os membros também é muito precária, resultando em problemas para a elaboração de produtos altamente sofisticados, e, perigos e riscos maiores para a sobrevivência.
Após a época de reprodução a estrutura de grupos de fêmeas / grupo de machos é retomada. Os chifres, que só crescem nos machos, são perdidos durante a primavera e imediatamente outros recomeçam a nascer. Antes de parir as fêmeas deixam o grupo, afastam os seus filhos dos anos precedentes e procuram locais isolados. Os novos filhotes mantém-se escondidos nos primeiros sete a dez dias durante os quais as mães vão até eles para alimentá-los. Após esse período eles seguem suas mães, que subseqüentemente reúnem-se ao bando. A amamentação dura de oito a dez meses.
Vale aqui lembrar que o processo de seleção natural é um fenômeno individual, aleatório, onde a mutação ao acaso dos genes não foi confirmada e nem proposto como mecanismo de evolução natural com relação à seleção de populações; a seleção natural caminha no sentido de garantir a adaptação dos indivíduos às mutações do ambiente e não à sobrevivência dos grupos, como poderia supor-se de imediato; a pergunta não respondida pelos etólogos e evolucionistas, é: se o comportamento individual dos organismos que os leva a procurarem a aproximação do grupo não pode ser determinada geneticamente, como o seria na seleção por grupos, se houvesse, o que, então, os fazem procurarem, ou formarem os grupos durante alguns momentos de suas vidas?
Estudando a espécie dos Babuínos comuns (Papio cynocephalus) das savanas cujas populações dividem-se em grupos de vinte a duzentos animais, incluindo vários machos adultos, onde normalmente o número de fêmeas adultas é superior ao de machos adultos, vemos que não há animais solitários. Os grupos são permanentes e coesos, embora machos jovens geralmente mudem de grupo. A estrutura do grupo não sofre alterações com a mudança das estações.
Os grupos ocupam área de moradia de até quarenta km2. As áreas de diversos bandos podem se sobrepor mas o encontro de bandos é infreqüente, dada a tendência que os grupos tem de se evitar. Os grupos pernoitam em árvores altas, ou em escarpas rochosas, para ficarem afastados de predadores.
Ao nascer do sol os animais saem dos seus abrigos e iniciam o seu dia de deslocamento e alimentação. Uma grande parte do tempo é despendido à procura do alimento, para o que o grupo espalha-se na savana, pois à medida que se sobe a pirâmide de nível trófico a fonte primária de energia incorporada aos alimentos vai ficando cada vez mais distante dos organismos mais sofisticados e complexos fisiologicamente, isto é: a disponibilidade e a existência do alimento vai fatalmente depender cada vez mais do trabalho de outras espécies, cuja cadeia alimentar pode chegar às dezenas.
Tipicamente os machos mais jovens ocupam posições periféricas em relação às fêmeas e filhotes. Os machos adultos são capazes de enfrentar predadores de pequeno porte, mas em geral eles fogem com o resto do grupo à procura de um local seguro. As fêmeas, após cinco anos, tornam-se receptivas sexualmente durante poucos dias de seu ciclo menstrual mensal. Cada fêmea passa a maior parte da vida ou prenhe ou em lactação, mas, devido à reprodução dos Babuínos não ser sazonal, quase sempre há no bando algumas fêmeas disponíveis para o acasalamento.
Os machos amadurecidos aos dez anos competem pelo acesso às fêmeas que são promíscuas. As mães amamentam os filhotes por seis a oito meses e carregam-nos até que sejam fortes o suficiente para locomoverem-se independentemente. Os machos tem pouca participação na criação dos filhotes.
Da mesma forma que os primatas do gênero Macaca, o núcleo do grupo é constituído por um sistema de parentes de genealogia matrilinear e grande parte das interações sociais do grupo ocorre entre parentes; os babuínos não reconhecem o pai. As fêmeas jovens ajudam a cuidar de seus irmãos mais novos, os quais são o pivô de intensa interação social. Grande parte do comportamento social é aprendido, ou pelo menos desenvolve-se apenas em ambientes onde for possível a prática social. Há também a ocorrência de uma subcultura na qual os grupos têm lugares tradicionais para dormir e dessedentarem-se; a informação sobre a utilização do ambiente é orientada pelos animais mais velhos, que podem chegar aos vinte anos.
Os macacos, cuja inteligência assemelha-se muito à dos humanos, não formam grandes grupos, raras tarefas são feitas em conjunto, sua inteligência e auto-suficiência lhe permite desdenhar até mesmo, em certos momentos, a própria proteção que o grupo lhe proporciona; a outra pergunta pode então ser reformulada para: seria isto auto-suficiência? Seria talvez uma tentativa evolutiva de compensar-se um muito maior número de indivíduos mais simplificados fisiologicamente com poucos porém altamente sofisticados indivíduos?
Os Chimpanzés (Pan troglodytes) cuja sociedade não é um exemplo de grupo coeso, tendo uma estrutura aberta, na qual encontramos pequenos grupos temporários de até seis indivíduos dependendo da disponibilidade de alimento; esses indivíduos viajam juntos pela mata, embora freqüentemente o conjunto divida-se e torne a reunir-se. Esse conjunto pode ser composto de animais de qualquer classe de idade ou sexo, em qualquer combinação. A única regra é que os filhotes mantenham-se junto às suas mães.
Animais solitários também são freqüentemente encontrados. Apesar dessa fluidez, crê-se que em uma determinada área os indivíduos que formam esses conjuntos temporários sejam membros de uma mesma comunidade de até quarenta indivíduos, que contêm vários machos adultos.
Diferentemente dos babuínos estes animais nunca deslocam-se juntos como uma unidade. A principal evidência desta estrutura vem do fato de que em qualquer área ocorre o mesmo com os animais que formariam as comunidade vizinhas. Acredita-se que cada comunidade tenha uma área de moradia de dez a vinte km2; algumas partes desta área são defendidas através de conflitos sangrentos e até fatais, particularmente entre os machos. Dentro da área de moradia cada macho ou fêmea tem suas áreas prediletas que são defendidas por seus donos.
Um macho pode monopolizar uma fêmea no cio, mas a associação de casais por longos períodos não existe, sendo a promiscuidade uma regra. Os animais constroem ninhos nos quais passam as noites, mas têm uma base permanente; dessa forma as mães carregam os filhos continuamente; o contato mãe-filho não é interrompido durante pelo menos os primeiros três meses de vida do filhote. O período em que o filho depende da mãe é extraordinário; a amamentação prolonga-se até o filhote ter três ou mesmo quatro anos e meio.
Por isto, estes animais são passíveis de manutenção em cativeiro, individualmente, ao contrário de um inseto que nas mesmas condições de isolamento de sua colônia morreria em algumas horas, desde que desprovido da ambientação e de elementos que ajudam a manter o seu metabolismo, alimentação e proteção de seu habitat natural, pois a sua estrutura fisiológica não está preparada para prover-lhe os meios e os recursos de que necessitaria para a sua própria subsistência; à medida que outras funções orgânicas fossem sendo incorporadas ao seu sistema orgânico a sua complexidade consequentemente iria aumentar, e também o seu porte físico: então deixaria de ser um inseto.
Assim vimos nascer o conceito de sociedade, da cooperação dos indivíduos, da agregação sem cooperação, da colônia onde há interação física entre os indivíduos, dos grupos ocasionais, das populações contemporâneas da mesma espécie, a necessidade de comunicação alterando os padrões de comportamento entre os organismos, a necessidade de coordenação e hierarquia.
Uma outra lição da natureza é que na guerra da sobrevivência ou da conquista do território vale o maior número de indivíduos, senão vejamos: a abelha possui uma estrutura fisiológica e um porte relativamente simples, se comparada com um mamífero, que é altamente complexo, e avantajado; isto nos leva à questão; valeria a pena ser auto-suficiente?
Na verdade o problema passa a ser: como reunir indivíduos sofisticados, quase autônomos para um trabalho organizado cooperativamente? Ou, através da subordinação? Se tal puder ser conseguido, então estaremos muito perto daquele modelo ideal espreitado pela evolução das espécies; em que pese ser o egoísmo um comportamento verificado freqüentemente em muitas espécies, produzindo o comportamento típico dos indivíduos solitários, esta é uma forma muito poderosa e indissociável dos seres animais superiores.
Seria então o altruísmo o oposto da auto-suficiência? Podemos dizer que o altruísmo seria o ponto máximo de integração do indivíduo com o grupo e, que no seu grau máximo, pode chegar à simbiose. O altruísmo, neste caso, é o egoísmo em grupo, que passa assim, o grupo, a exercer a função de indivíduo, e, neste caso, o egoísmo stricto sensu seria um desvio social do indivíduo em relação ao grupo, caracterizando o indivíduo solitário um desajustado social.
Este acaso e outros mais informam-nos com é importante a vida comunitária e nos dão valiosas informações sobre o relacionamento entre seres vivos, os seus variados tipos de interações e formas de organização, mostrando a riqueza de soluções que a natureza dispõe e exibe em cada caso, buscando a solução para o mesmo problema que é o da organização do sistema de divisão do trabalho social ao nível ecológico, sendo que em alguns casos pode-se mesmo notar uma forte semelhança com algumas formas de organização de distintas civilizações humanas, através da História, nas várias culturas e etnias espalhadas pelos continentes.
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