disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Camelô
Imagine o cenário onde um ambulante carrega duzentos kg de suas mercadorias da rua para a sua casa e vice-versa, diariamente.
Imagine outro cenário onde um ambulante esteja carregando oito metros cúbicos de mercadoria da rua para a sua casa e vice-versa, diariamente.
Imagine um novo cenário onde um ambulante está carregando duzentos kg e oito metros cúbicos de mercadorias da rua para a sua casa diariamente e vice-versa.
Imagine um último cenário onde um ambulante carrega duzentos kg e oito metros cúbicos de mercadoria da rua para a sua casa, monta e desmonta os estandes para as mercadorias, monta e desmonta a sua barraca coberta, e manipula ali na rua quinhentos reais, diariamente, a céu aberto.
a) Poderia um negócio, desse porte, prosperar na rua, indefinidamente, no tempo?
b) Poderia um negócio, desse porte, prosperar e competir com um estabelecimento instalado, regularmente e legalmente, em um imóvel comercial?
Se as respostas forem não e não então podemos concluir que o camelô não constitui problemas: urbano, comercial, fiscal, social, policial, criminal, urbanístico nem compete com o comércio local fixo.
A venda de rua é o vestibular de admissão para o futuro comerciante e empreendedor legalizado, por isso deveria ser incentivado em sua ação, acolhida, protegida, regida, regularizada e regulada pelo Estado capitalista liberal.