seção de comentários sobre temas sociais do professor politólogo e filósofo Roberto Rocha "o Neguinho"
quinta-feira, 8 de setembro de 2022
我的絕望,不朽死去
My hopelessness, immortality died
내 절망
교배를 위한 음악
Musica per incroci
Música para el mestizaje
交配のための音楽
Mele no ka hanau kea
Musique pour métissage
Musik für die Kreuzung
Minha desesperança
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Minha desesperança
Acreditava que a Rainha Elisabeth II nunca morreria, assim perdi a esperança na possibilidade da vida eterna, a única pessoa que desafiou a morte.
Morreu antes do Zelenski derrotar os russos, antes do Zelenski receber o prêmio Nobel, antes de ver o Zelenski receber a nomeação de secretário geral da ONU, antes do Zelenski ser nomeado o primeiro papa ucraniano, morreu antes da posse do terceiro mandato de Lula, e o pior, morreu antes da Duquesa de Cornuália, Camila, a defenestrada por todos, a esposa bastarda de Charles chamada de a “dama do chifre e princesa do adultério” do Reino Unido.
Morreu sem ver a volta do principe Henry ao reino da família real britânica, falido e no anonimato, pedindo perdão pela insolência de desprezar um título de nobreza mais cobiçado do mundo, e que seria ocupado e compartilhado por uma mulher negra, e empoderada da ralé mais baixa da sociedade canadense. Não posso acreditar que a Rainha eterna não vai ao funeral de Pelé.
Morreu sem saber da decisão tomada pelo STF sobre a questão da terra ser plana ou não, sem saber se foram os chinas que espalharam a CV19, tantas coisas que ela ficou sem saber, mas não contou o segredo mais bem guardado do mundo sobre a paternidade do príncipe Henry.
E agora, morre sem ver a derrota da Rússia e a OTAN chegando até os confins da China, incluindo Taiwan, Japão, Brasil, Austrália, enfim todos os países do Atlântico, aquele oceano que para a OTAN emenda com o Mediterrâneo, Pacífico, Índico, Pérsico e todo lugar onde houver um pequeno lago, com Mar Vermelho, Adriático, Aral, entra pela foz do rio Amazonas e chega até o lago Titicaca na Bolívia, de todos os oceanos atlânticos do mundo.
Ficamos todos órfãos, a única alegria da rainha em toda a sua vida monótona e sofrida foi comparecer ao enterro de sua arquirrival a princesa de Gales, mas nem pode comemorar, o mundo estava de luto e cego de amor pela usurpadora de coroas.
Resta saber se algum negro vai lá no enterro da família real já que o único parente casado com uma negra pediu afastamento do serviço real e foi morar lá na Cocalifórnia.
E para qualquer outra celebridade que tiver o azar
de falecer na data de hoje nunca será lembrada na História dos
cronistas fúnebres totalmente eclipsado e obscurecido pela morte
inacreditável da maior da maior efemeride de obituário da mais
célebre imortal da humanidade.
Музыка для скрещивания
雜交音樂
Music for crossbreeding
Música para cruzamento da espécies
Música para cruzamento da espécies
Vivemos a fase da trilha sonora da música para cruzamento, para o acasalamento da espécie homo sapiens no Brasil.
Justamente nós brasileiros que saímos da era da modinha da música para se espremer no vaso sanitário, segura o Tchan, dançando em cima da boca da garrafa, a gente fazia o coco, fazia o xixi, tudo na boquinha da garrafa, e era o grito para o início da era e da fase bucal, era entrar na divisa ou fronteira da zona do beijo duplo, triplo, era beijar e sair logo à procura de outras bocas distraídas, assim foi a iniciação sexual no rito de passagem pós adolescência tardia de milhões de paulistanos que libertos do protocolo rigoroso da Paulicéia formal dos escritórios da Avenida Paulista, sem terninhos, sem tailleur, sem salto alto, e sem protocolo social quatrocentão, a paulistada se liberava de quatro séculos de educação nos colégios mais caros do Brasil, com uniformes de gala, uniformes de aula, uniformes de festa, e a beca impecável de formatura, finalizando a luxuosa vestimenta de baile de depois das formaturas.
Agora estamos fechando a fase do modo pós romance, onde celebramos com grande pompa os amores frustrados, os romances fracassados, a traição, a depressão amorosa, tudo que pode ser a outra face de um romance idealizado do século passado virou apenas a lamentação temática dos amores fracassados, o tema da melancolia amorosa explorada de todos os ângulos, com muita bebedeira, muitas horas nas redes sociais se vingando da separação para mostrar que agora a fila andou, tudo segue em frente muito melhor, apesar da dor imensa da separação, essa a trilha sonora que se encerra no novo milênio no Brasuca, e assim o sertanejo disputa com o funk brasileiro que se vinga de anos de machismo tóxico e a vagina domina a dança, as mulheres se agacham para mostrar a vagina e esfregar no cavalheiro a sua vagina que agora é a coreografia principal do funk, os garotos apenas aparam a pélvis das meninas quase ajoelhadas para esfregar na garoto o poder da vagina e fazer a rendição dos falos mas nas condições impostas pela testosterona feminina.
Vai longe a era dos bailes onde os quadris desenhavam uma meia lua com pequenos e vigorosos movimentos apenas insinuando uma distante sensualidade, tudo muito discreto com muitos acordes complexos com melodias extremamente elaboradas em muitas camadas sonoras com dissonantes já aguardados pelos ouvidos treinados a uma sonoridade bastante variada e colorida de novidades que pareciam nunca mais acabar a cada semana dezenas de músicos trabalhando durante meses inteiros para detonar os salões com novíssimas coreografias que acompanhavam as novidades de contraponto e fuga inspiradas nos acordes clássicos de Beethoven, Rachmaninoff, Handel, Puccini, Barh muitas frases plagiadas de clássicos como Tchaikovsky e harmonias sofisticadas tiradas de opus de Mozart, foi a era da música lapidada nos salões das grandes discotecas, não dava para ser artista sem estudar muita teoria musical, a era disco acabou com a invenção da variante dela chamada disco techno, com rifes repetidos no sintetizador eletrônico e na bateria eletrônica com os DJ e MC construindo o tema sobre uma base da disco fazendo ao vivo a mixagem e o drive em cima da agulha de uma vitrola muito cara sempre em cima de um disco de vinil.
E agora o que vem depois dessa avalanche de perturbações sonoras e insinuações eróticas; chegamos ao limite? Então a moda volta ao ponto de início como uma espiral se reinventando do passado e refazendo tudo como se fosse novo, afinal as nova geração nunca ouviu o passado, e o passado é o remake de quem acha que é tudo novo.