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terça-feira, 17 de julho de 2012

Griffe Eurozona: o que é?

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Blogger-Griffe Eurozona: o que é?


Se a Europa fosse produtora de alimentos estes seriam os mais caros do mundo. Por que a Eurozona é uma griffe.

Tudo o que é produzido na Eurozona possui o privilégio da griffe Eurozona. Desde o chocolate, que não é plantado na Eurozona, às roupas, o café, vinhos, queijos, enfim, a Eurozona é um Midas em que tudo que toca vira ouro.

Que bom seria se os produtos africanos gozassem da mesma sorte!

Por quê?

Griffe é um galicismo que é o nome da etiqueta costurada na parte interna da peça de vestimenta com o nome do fabricante ou do produtor.

Durante a Idade média para ser um produtor e consequentemente um manufatureiro de objetos era necessário passar do estágio de aprendiz para o estágio de profissional associado a uma guilda para obter a permissão do exercício profissional.

Com esta autorização obtinha-se a reserva de mercado para produzir dentro de padrões previamente estabelecidos e fiscalizado pelos mestres das corporações de ofícios.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Alimentos: fim da Era dos alimentos baratos. (Ecoinocentes, ecólatras, ecoterroristas)

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Os eco inocentes


Não existe a sustentabilidade na Agricultura.
As florestas e a agricultura humana consomem nutrientes e reduzem o estoque de nutrientes do solo indistintamente.






Muitas vezes eco inocentes úteis são instrumentalizados através de uma eco onda de eco fábulas que se espalham por todos os lugares onde pode vicejar eco ilusões sobre supostos inimigos da natureza.



Então são disseminados eco alarmes falsos pelos eco próceres sobre eco catástrofes que se anunciam iminentes sobre o pseudo eco equilíbrio natural ameaçado por alguma intervenção humana sobre o meioambiente terrestre.



Eco debilóides completamente estranhos à ciência biológica espalharam eco bobagens iludindo e aumentando o grau de eco pânico entre os desavisados, criando uma legião de eco-lófobos, eco picaretas e ecoterroristas em todo o mundo, principalmente entre artistas decadentes, jovens eco ingênuos e pessoas ávidas por participarem de algo realmente relevante. Mas o resultado deste processo de eco recrutamento e eco arregimentação de eco militantes foi a criação de uma legião de ecólatras liderados pelos ecocêntricos que desprezam a raça humana.



Aonde querem chegar com a sua pregação eco alarmista, sobretudo contra os produtores de alimentos e sobre a produção de energia?



São estes os insumos mais importantes, depois do oxigênio, para a vida humana na Terra.

O que significa a sustentabilidade?


Há cerca de 580 milhões de anos surgiam os primeiros seres vegetais. Eram produtores, isto é: produziam o seu próprio alimento, produziam matéria carbônica, produziam oxigênio e eram autótrofos.




Antes disso a Terra era um esferóide quente, liso e estéril, porque não havia solo, nutrientes e seres vivos.



Existiam quatro continentes no Cambriano, três pequenos mais ou menos na região entre os trópicos: Laurentia (parte central da América do Norte), Báltica (parte da Europa) e Sibéria (mesma região no oeste russo); e um supercontinente no sul: Gondwana.



Todos esses continentes eram de simples rocha nua e estéril, já que neste período ainda não existiam plantas, ainda que alguns especialistas acreditem que nas regiões mais úmidas poderia crescer um manto composto de fungos, algas e líquens.



Os climas do mundo eram bem mais quentes; não havia nenhuma glaciação. A maior parte dos continentes se colocavam nas latitudes tropicais e temperadas do sul, que suportaram o crescimento de recifes extensivos de espécies do grupo Archaeocyatha na água rasa no Cambriano Inferior.



O hemisfério norte era quase totalmente coberto por um oceano colossal, ao qual os paleontólogos deram o nome de Panthalassa. Também havia oceanos menores separando os continentes no hemisfério sul.



Autotrofismo ou autotrofia (grego trofein, alimentar-se), em biologia, é o nome dado à qualidade do ser vivo de produzir seu próprio alimento a partir da fixação de dióxido de carbono, por meio de fotossíntese ou quimiossíntese. É o oposto de heterotrofismo. Os seres vivos com essa característica são chamados de autótrofos ou autotróficos.



Estão entre eles bactérias (Cyanobacteria), protistas (algas), e algumas plantas. Os animais e os fungos são heterótrofos.



Os líquens são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou cianobactéria (o fotobionte). Alguns taxonomistas classificam os líquens na sua própria divisão (Mycophycophyta), mas isto ignora o fato de que os componentes pertencem a linhagens separadas.



Por outro lado o fungo é o componente dominante do talo do líquen e são usualmente classificados como fungos. Podem ser encontrados nos mais diversos habitats, de geleiras, rochas, árvores, folhas, desertos e são excelentes colonizadores primários. São geralmente estudados pelos botânicos, apesar de não serem verdadeiras plantas.



Vale destacar que segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica o termo Líquens ou Líquenes está em desuso, sendo mais adequado o termo Fungos Liquenizados.



Os musgos são representantes do grupo das briófitas e como tal são desprovidos de vasos de condução e tecidos. São constituídos por caulóides, rizóides e filóides. São plantas criptógamas, isto é, que possui o órgão reprodutor escondido, ou que não possuem flores. Preferem viver em lugares úmidos (são dependentes da água para a reprodução, cuja fase dominante é a gametofítica), e preferem lugares com sombra (umbrófitas). Geralmente atingem poucos centímetros de altura justamente por não possuírem vasos de condução de seiva.



Líquen – é formado por um fungo (responsável pela sua estrutura, obtenção de água e sais minerais, além de proteger o líquen dos raios solares) e por uma alga (que forma uma camada paralela à superfície superior e metaboliza os carboidratos). O líquen prolifera nos substratos mais variados: rochas, solo, casca de árvores e madeira. Vivem em ambientes onde nem fungos, nem algas sobreviveriam, tolerando condições climáticas extremas (de –196°C a 60°C). Apesar disso são sensíveis à poluição, não se desenvolvendo em cidades.







Musgo – Através da meiose, surgem os esporos que germinam formando novas plantas. Podem ser rizóides, filóides ou caulóides. Pode originar partes filamentosas ou ramificadas. Às vezes confundido com os liquens, são plantas briófitas, vivendo em ambientes úmidos e até sob imersão.



Foram estes seres toscos, rústicos e simples que prepararam o solo e o ar da atmosfera para o surgimento das plantas heterotróficas, briófitas, pteridófitas modernas.



Seres Heterótrofos são os seres vivos que para conseguir o seu alimento precisam consumir outro ser vivo. Por isso, os heterótrofos são consumidores, pois apenas consomem a energia e a matéria orgânica de outro ser vivo. Todos os animais, algumas bactérias, os protozoários e os fungos são heterótrofos.



Portanto, foram os seres vivos primários que prepararam a Terra desbastando as rochas, fixando o carbono mineral, no solo, produzindo o oxigênio e acumulando fertilizantes no solo para as plantas modernas consumirem este estoque disponível em solos cobertos por densas florestas durante cerca de 160 milhões de anos, formando este estoque de solo fértil para as plantas e animais heterotróficos.



Estas florestas modernas tropicais, savanas, cerrados, a agricultura estão consumindo, da mesma forma que as plantations, os suprimentos e estoques acumulados no solo fértil pelos liquens, musgos e fungos durante 160 milhões de anos.





Significa que a reposição dos nutrientes e matérias férteis do solo é apenas feita parcialmente pela tal agricultura de sustentabilidade, que é a reciclagem de uma fração deste estoque de nutrientes que estão fixados nas plantas heterótrofas.



Uma grande parte deste material fixado nas plantas se perde naturalmente, não podendo voltar ao solo como nutriente ou matéria prima.



Esta equação produtores-consumidores tende a ser negativa por causa da diminuição dos produtores autrótofos, e pelo aumento dos consumidores heterótrofos.



É claro que o aumento do consumo humano interfere no esgotamento dos nutrientes do solo, mas enquanto houver vegetal consumidor heterotrófico, seja uma floresta tropical, savana, cerrado ou qualquer vegetal heterótrofo indistintamente, o processo de desgaste e consumo do estoque acumulado de solo e no solo de nutrientes pelos líquens, cianobactérias, algas e fungos há 580 milhões de anos irá esgotar-se por que a sua reposição atual é mais lenta do que a taxa de consumo do estoque de nutrientes do solo que permitiu a expansão dos vegetais superiores heterótrofos nestes 420 milhões de anos.



São estes os insumos mais importantes, depois do oxigênio, para a vida humana na Terra.



Sabemos que os eco fanáticos e eco misantropos já escolheram quem preferem salvar de uma pseudo eco catástrofe: os animais e os vegetais. O ser humano não merece estar aqui, segundo suas eco prioridades.



Antes de 1973 o preço do barril do petróleo era de cerca de US $ 0,80 para 158 litros de petróleo bruto. Em uma tacada, por motivos não conexos, os produtores árabes da OPEP fizeram o preço disparar para os atuais US $ 100,00 o barril de 158 litros de petróleo bruto.



O preço do minério de ferro estava sendo oferecido até o ano de 2004 por cerca de R$ 20,97 a tonelada. Em uma penada a direção da Empresa Vale fez o mesmo preço do minério de ferro saltar para cerca de R$ 280,00 a tonelada bruta.



Para se produzirem 30 litros de leite uma vaca precisa beber cerca de 50 litros de água diariamente, consumir cerca de 30 kg de capim. Isto significa que entre a irrigação e o consumo indireto de água cada vaca precisa de cerca de 80 litros de água diariamente. Cada kilograma de carne bovina consome cerca de 15 mil litros de água.



O produtor de leite corre todos os riscos possíveis, desde a febre Aftosa, carrapato, seca, morte por acidente, despesas diretas e indiretas com remédios, vacinas e mão-de-obra, cuidados veterinários, entre outros não mencionados.



Basta uma penada e um dia veremos, com toda a certeza, o litro do leite saltar para R$ 50,00 ao invés dos R$ 2,00 atuais.



O kilograma de carne de primeira saltará para R$ 200,00 o quilograma, e nunca mais regredirá aos atuais R$ 20,00, sendo que a diferenciação entre cortes tenderá a desaparecer, por que os riscos e os custos de produção somados aos argumentos mencionados indicam que isto virá em breve.



Quais os argumentos para que não houvesse resistência ao aumento súbito dos preços petróleo e do minério de ferro? É por que não existe a possibilidade de duas safras de petróleo e do minério de ferro. Mas, por outro lado, o estoque de solo e de nutrientes também está se esgotando lentamente desde a sua acumulação quando não existiam ainda as plantas na Terra há 580 milhões de anos.



Quanto ao leite e a carne a razão para isto é que os produtores de carne e leite não se deram conta de que a sua atividade é altamente arriscada, penosa, mal remunerada e o seu produto não tem substituto, é altamente perecível, delicado e sujeito ao crivo de suas características organolépticas.



Os caipiras são ridicularizados por quê a sua remuneração não permite que saiam do estágio do Jeca Tatu. São os Mazzaropis folclóricos pela sua indigência material, social e intelectual. Vivem na pobreza extrema e não têm consciência da alienação a que estão submetidos pelo sistema de produção agrícola.



Não fazem idéia de que a sua remuneração pelo seu trabalho, a garantia e o seguro pelos riscos permanentes e contínuos que correm em suas atividades mal cobrem a sua mera sobrevivência.



Não são compensados pela periculosidade, pela insalubridade, pela informalidade, pelo excesso de horas extras não ou mal remuneradas ou reconhecidas, pelo alerta permanente do plantão meteorológico, pela dedicação total, pela sua experiência.



Ficam sujeitos aos caprichos da natureza selvagem que é amoral, impiedosa, inconseqüente, indecifrável, incognoscível, indiferente e mortal.



As suas mãos, pés, pele sofrem um desgaste para o qual os animais do campo receberam o couro natural para protegê-lo das intempéries, que mal o homem consegue imitar para protegê-lo.



De que adianta todos os cuidados nos restaurantes, principalmente aqueles finos delicados de alto status, da cozinha gourmet, se todos os cuidados com a higiene dos funcionários que possuem ficha e carteira de saúde, usam gorros, aventais limpíssimos, cozinha esterilizada, talheres, pratos e utensílios limpos, lavados, esterilizados, se os alimentos que ali entram foram produzidos, colhidos e transportados por agricultores que sequer têm sanitários para fezes humanas, não higienizam as mãos depois de tocarem em coisas impuras e indizíveis, caminham descalços ou mal vestidos, misturados às fezes e excrementos de animais, restos de plantas mortas e podres, terra, água muitas vezes impróprias para a irrigação, estábulos e animais misturados aos depósitos e estações de preparação e acondicionamento para embarque de alimentos.



São agricultores, que ao contrário dos cozinheiros dos restaurantes sofisticados, não usam gorro para proteger os alimentos dos cabelos, não possuem cartão de controle de saúde, não fazem exames periódicos de saúde, podem estar com lepra, tuberculose, gripados, asmáticos, tossindo, espirrando e cospindo sobre os alimentos e seus recipientes de transporte, moram em lugares que não possuem torneiras, pias, vasos sanitários, sem sistema de coleta de esgoto animal e humano, o mesmo pode-se dizer dos pescadores arriscando as suas vidas em embarcações toscas, manipulando peixes que não foram vacinados, que passam por conveses imundos, misturados a trabalhadores fumando cigarros, cigarrilhas, cigarros de palha, cachimbos, charutos.



Este é o preço baixo com que remuneramos esta atividade dos coletores e produtores de alimentos, retirando deles qualquer possibilidade de elevarem o nível mínimo de higiene por que os preços dos produtores é muitíssimo baixo. Insuficiente para manter um mínimo padrão de conforto, higiene, estrutura e condições para o exercício mínimo decente das suas tarefas de produtores de alimentos.



Temos que fazer agora uma opção: queremos viver com um mínimo de custos, como os índios ou os africanos, ou queremos o padrão de uma civilização?



A solução não está na produção outra música “We are the world” para ajudar os pobres africanos a produzirem alimentos. A solução é dar aos países e regiões produtoras de alimentos o preço justo. Eles seriam ricos o bastante para não precisarem das músicas de Michael Jackson pedindo à América para salvá-los da fome!



O mercado é uma instituição imperfeita. Sabemos disso. Por causa de certas distorções mercadológicas os oligopsônios de commodities alimentícias internacionais ditaram um patamar para os preços agrícolas aviltando toda a cadeia de produção e suprimentos alimentícios, perpetuando uma cadeia de miséria neste setor da economia e do trabalho.



As alternativas que restam aos agricultores não são muitas para os produtores rurais fugirem dos altos custos e dos altíssimos riscos da sua atividade e dos baixos preços de venda de sua produção: a) Subsídio para a agricultura – proibido pela Organização Mundial do Comércio;


b) Trabalho escravo – um crime contra a humanidade, mas, nem por isso rejeitado;

c) Aviltamento da produção;

d) Uso indiscriminado de defensivo agrícola de alto impacto ambiental e extremamente pernicioso às saúdes: animal e humana;

e) Plantations, devastando gigantescas áreas inclusive com a monocultura;

f) Exploração e precarização dos trabalhadores rurais através de salários in natura ou baixíssima remuneração financeira, benefícios indiretos (casa, residência precária, divisão dos lucros ou das culturas, rateio das despesas e dos custos de subsistência familiar);

g) Contrato perpétuo através do endividamento crescente dos empregados escravizados.

 

Então, chegará o dia em que o sonho de deixar o campo e vir para os confortos da cidade, onde ele não mais precisará fazer quase tudo, onde tem tudo à mão, desde o pão do café pronto para ser adquirido na padaria ali na esquina, as ferramentas e peças de reposição, os médicos, os especialistas ao seu dispor, as oficinas e todos os profissionais de todo gênero ali a alguns kilômetros será coisa do passado.



Não é assim no campo atualmente. O primeiro socorro não existe. Tem que ser ele próprio o médico, o parteiro, o veterinário, o socorrista, o bombeiro, o carpinteiro, o ferreiro, o motorista, o tratorista, o engenheiro, o armeiro, enfim o homem do campo tem de ser o faz tudo autossuficiente, como fora os seus ancestrais Neandertais das cavernas.

Não pode contar com os recursos da sociedade moderna e afluente. Não tem a companhia de outros humanos em seu isolamento voluntário da humanidade, na solidão da natureza.



E ainda é muito mal remunerado e recompensado por isso. Não existe um monumento na cidade reconhecendo o seu sacrifício para dar o alimento para a humanidade.



A realidade é que estamos nos alimentando à custa da miséria do trabalhador rural. Assim como teve um dia o fim da escravidão negra, com certeza o dia final do fim da exploração da mão-de-obra do campo vai chegar com ou sem revolução. Esta era de privilégios da vida na cidade será somente coisa do passado. Não existem mais as condições objetivas, subjetivas e materiais para se postergar a revolução no campo. Por que nós da cidade dependemos deles; atualmente parece o contrário. É um absurdo insustentável.



Os alimentos hoje ocupam uma parcela insignificante do rendimento e das despesas das pessoas. Mas isto vai mudar em futuro certo. No futuro os alimentos serão a mais importante despesa do ser humano. Comer e se alimentar será um privilégio para quem puder pagar por isto.



Assim como o mundo reconheceu e aceitou sem embargo os saltos que nivelaram os preços do petróleo e do minério de ferro à sua verdadeira dimensão em importância destes insumos menos importantes do que os alimentos, que não são meras comodidades industriais. O mesmo acontecerá aos preços dos alimentos. Atualmente os alimentos estão sendo tratados pelos seres humanos em CEASAs sujas, transportados em caixotes precários, sendo rejeitados para consumo muitas vezes por causa de seu aspecto estático feio embora apto para consumo.



Mas isto irá mudar radicalmente e os eco inocentes e eco inconsequentes terão colaborado definitivamente para esta escalada irreversível da nova recolocação dos preços daquilo que é o principal insumo da humanidade, embora ainda não reconhecido, deixando para trás na lista de produtos importantes; o computador, o celular, o tablet, o automóvel, o ouro, as obras de arte, o lazer, a energia, o petróleo, enfim o alimento irá receber das pessoas o devido valor, onde teremos os melhores cuidados com eles, acondicionando-os e transportando os alimentos em recipientes totalmente estabilizados, esterilizados, blindados, protegidos, bem acomodados por que a sua manipulação e custos exigirá profissionais da mais alta competência e conhecimento técnico, para proteger a mercadoria mais importante da civilização humana.



O agricultor obterá o status de mais alta importância dentre todas as profissões. O meteorologista será o profissional mais respeitado do que o Papa, do que os dirigentes, magistrados, professores, policiais e militares. É da sua palavra que dependerá a sorte do enorme risco a que o produtor rural hoje arca solitariamente sem ser reconhecido pelos analistas de riscos desta que é a atividade mais arriscada de todas as aventuras humanas que é lutar contra a natureza em sua força destrutiva e totalmente tirana.



Será esta uma nova era onde os outrora países e continentes produtores de alimentos considerados atrasados, subdesenvolvidos, produtores primários: África, Ásia, América Latina, Austrália, e os continentes e os países com extensa área territorial agricultáveis, as atividades agropecuárias serão reconhecidos verdadeiramente como as atividades econômicas, sociais mais importantes, e não mais as atuais atividades industriais dos países e continentes produtores de quinquilharias efêmeras e supérfluas, supervalorizadas como o Faceboock, X-box e outras dezenas de coisas completamente dispensáveis que substituíram indevidamente aquilo que deveria ser o maior empreendimento humano: a sua sobrevivência material.



Os eco iludidos com toda a sua eco arrogância serão calados pela realidade e os eco terroristas serão os inimigos mais rejeitados dentre todas as categorias mais baixas dos delinqüentes da sociedade, muito mais abaixo que os traficantes de órgãos e de entorpecentes, serão mais odiados que os traficantes de escravas sexuais, do que os pedófilos, mais desprezados que os estupradores, ladrões e corruptos.




http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2012/06/sustentabilidade-agricola-e-possivel.html

http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2011/07/roberto-da-silva-rocha-professor.html

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Individualismo Racionalista

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Individualismo racional suicida

O Corpo Teórico do Liberalismo

O utilitarismo forma uma das bases do liberalismo.

Esta base conceptual do liberalismo contém um dilema teórico que compreende as relações entre o dever e o prazer.

Nesta óptica o indivíduo faz um balanço entre o prazer e o dever e deverá minimizar os deveres para obter um máximo de prazer, assim o balanço da utilidade ou da vantagem individual resume-se à economia de esforço para sair da desvantagem.

As bases do pensamento teórico utilitarista deixam sem resposta se o emprego do cálculo utilitarista, em vista da dificuldade de se tomar uma decisão que contrarie os seus princípios, pode tornar-se uma ameaça social, ou, uma ameaça à coletividade.

Justamente porque a minimização do dever pode fazer o indivíduo desestruturar a sociedade inviabilizando o progresso; ou, se a maximização sem limites do prazer pode tornar a competição no mercado selvagem e descontrolada, destruindo a ordem social pela ausência de regras e limites definidos.

A solução do liberalismo de Bentham para este dilema é que as pessoas, na sua grande maioria, são perfeitamente capazes de autorregulamentação, autocontenção, autocontrole.

A despeito disto é preciso reduzir-se o poder do governo na direção do individualismo democrático:[1]
de obedecer pontualmente, para censurar livremente.

O conjunto de princípios utilitaristas juntamente com as idéias de liberalismo econômico, liberdade intelectual, tolerância religiosa deveriam estar centrados na questão do balanço entre a liberdade e a autoridade exercidas por quem não pode ter nenhum privilégio por ser autoridade (Estado, ou, governo minimalista).

O utilitarismo, consequentemente, aboliu a concepção de bem-comum e não consegue conceber o que seria o bem geral, nesse caso, esta concepção platônica torna-se um absurdo teórico para os utilitaristas, assim como a concepção de bem-comum de Rousseau na qual o homem saiu do estado-de-natureza onde era totalmente livre, para obedecer a um governante.

Para Bentham, isto seria uma troca irracional que transforma a idéia do contrato social numa aberração ou contradição na perspectiva utilitarista.

É a promessa da segurança que levaria ao contrato social. Não é contrato social que criaria a expectativa da segurança.

Segundo os utilitaristas esta promessa de segurança é apenas um pretexto para tolher a liberdade. Por isto a forma de governo proposta por Bentham deveria misturar democracia direta, monarquia e aristocracia.

A idéia de cheks and balances é pura quimera doutrinária em face da dificuldade de administrar-se um conjunto de interesses individuais distintos, dentro dessa ótica utilitarista.

Para Bentham o governo deveria restringir-se a proteger o direito à propriedade privada, pois a propriedade representa a poupança do trabalho realizado, ou dos privilégios de classe adquiridos ou confiscados alhures, e guardado para usufruto futuro, ou seja, o dever cumprido no passado que potencialmente pode ser transformado em prazer futuro, quando desfrutado.

John Stuart Mill (1806-1873) formava, com aqueles que ele mesmo chamava de filósofos radicais, o grupo de utilitaristas trabalhando a teoria de utilidade através da perspectiva metodológica do dedutivismo.

Este processo de construção teórica envolvia a descoberta de determinadas leis naturais baseadas em um conjunto de axiomas psicológicos, os quais foram enunciados por Bentham e trabalhados por James Mill (1773-1836).MACAULAY, Thomas Babington [2] (1800-1859) pensador contrário ao grupo dos utilitaristas, partiu deste conjunto de axiomas para fazer a refutação da teoria utilitarista com base nos princípios que engendraram a teoria utilitarista, principalmente aquele princípio segundo o qual as ações humanas seriam comandadas pela / para a busca da maximização do prazer.

Considerada muito apriorística, superficial e irrefutável: um dogma não científico na perspectiva metodológica poperiana[3].

Não encontrava na análise histórica a prova de que as ações humanas, no passado, pudessem ser justificadas pelo princípio da busca do prazer, portanto, o que não poderia ser comprovado factualmente não passaria de conjectura solta num contexto subjetivo sem possibilidade alguma de uma generalização.

Admitiu Mill, John Stuart que este erro teria sido cometido por seu pai, James Mill, e atribuiu o equívoco ao método, não às conclusões.

A confusão metodológica girava em torno das alternativas em discussão que conduzissem à uma teoria histórica paradigmática: estavam em disputa o método histórico, a Filosofia da História e o Positivismo representados pela idéia da Física Social. Mill, John S., na tentativa de desfazer o equívoco, optou por misturar a abordagem histórico-filosófica combinada com a Física Social comteana[4].

A idéia de progresso da História através de etapas definidas, para Mill, John S., era básico no entendimento da Ciência Política.

A princípio, Mill, John S. distinguiu dois estágios de sociedade: o natural, onde os melhores líderes dirigiriam-na, e, o estágio de transição, onde não seriam mais os melhores que dirigiriam a sociedade, semelhantemente ao raciocínio comteano que buscara esta concepção sobre a evolução do desenvolvimento da civilização que partindo do estágio teológico e metafísico chegou ao estágio positivo, ou experimental, segundo esta corrente, Mill, John S. concluiu que mesmo existindo as condições para o progresso ele só surgiria através de idéias novas, dentro das condições de um clima de liberdade onde o balanço entre a estabilidade e a mudança deve ser administrado sem ameaçar a integridade do sistema social, iluminados pela Ciência Positiva e pelo ideal de História defendido pelos socialistas franceses, uma vez que o ideal de igualdade lhe parecia cada vez mais irreversível naquele momento efervescente de perspectivas de mudanças nas relações sociais, na perspectiva de uma democracia radical liberal dos utilitaristas.

O ideal de máximo de prazer com um mínimo de esforço precisava de uma revisão conceitual e teórica para adaptar-se aos princípios da Filosofia de História adotada por Mill, John S., já em sua fase revisionista de sua teoria de utilidade.

Propôs uma mudança de função do governo, de promotor do prazer e minimizador do dever. Para isto Mill, John S., recorreu às bases do epicurismo [5].

Mill, John S., introduziu o fator qualidade para substituir o fator quantidade na definição do imperativo categórico do prazer dentro da sua teoria utilitarista revisada, com isto relativizou este fundamento (categoria analítica, ou imperativo categórico) da teoria utilitarista.

Segundo esta nova versão o prazer não seria um produto evidente, seria mais subjetivo, sofisticado e complexo.Um prazer poderia ser, dentro deste novo entendimento, conseguido até mesmo com muito esforço e com o sacrifício de outros prazeres.

Prazeres superiores evidenciariam indivíduos superiores, que para alcançarem tais prazeres deveriam ser realmente livres. Para isto acontecer o melhor governo seria aquele que fosse aceito pelos cidadãos, desejado e necessário para manter a ordem e promover o progresso, já que o progresso pressupõe ordem, segundo a concepção positivista, a segurança deve ser o objetivo do Estado; ordem significa, principalmente para os liberais, a defesa ao direito da propriedade privada e a liberdade para o funcionamento do mercado econômico.

O Psicologismo de Rousseau, em seu 'Discurso Sobre a Origem das Desigualdades Humanas', faz um ensaio sobre o processo de formação do Estado liberal referido ao valor da propriedade privada e ao contrato social que fundou o Estado liberal.

O marco da criação da sociedade e do Estado liberal, para Rousseau, foi quando surgiu a diferenciação de classes sociais, que foi o momento em que o homem deixou de ser coletor e passou a ser agricultor; começou a acumular, ou guardar para uso futuro, o produto de seu trabalho de caça, pesca, coleta e agricultura, formando um primeiro patrimônio.

A partir do momento que o homem deixou de ser nômade, e cercou / delimitou um pedaço de território para si e disse "isto é meu" então surgiu ali, naquele momento, a sociedade liberal, surgiu o Estado liberal fundado no reconhecimento da propriedade privada por uma autoridade criada para cuidar do direito de propriedade.

Segundo Rousseau a sociabilidade do homem não é uma habilidade ou característica natural; o estado da natureza[6] caracteriza-se pela suficiência do instinto selvagem, ao contrário o estado de sociedade que caracteriza-se pela suficiência da razão iluminista, positivista, acima do instinto.

O homem natural é amoral, não compreende vícios nem virtudes, não precisa da sociedade nem do Estado.

O princípio da sociedade, e, dos vícios, surgiu com a posse de bens, ou seja, quando foi declarada a primeira propriedade privada, quando surgiu a diferenciação entre pobres e ricos, entre proprietários e não-proprietários.

Portanto, a desigualdade é quase nula no estado da natureza selvagem (estágio pré-socializado) do homem, as desigualdades resultaram da sociedade, das interações sociais; quando se fala em sociedade, fala-se em desigualdade, fala-se em pobreza e em riquezas, segundo Rousseau.

Para Robert Mitchels [7] quando se fala em organização, fala-se em hierarquia, quando se fala em hierarquia, fala-se em diferenciação social, fala-se em privilégios, portanto, fala-se em elites: não pode haver democracia num sistema organizado hierárquico, segundo Mitchels; para Rousseau, não poderá haver democracia fora do estado selvagem, ou seja, a sociedade é imanentemente antidemocrática segundo Rousseau.

Da vida social nasceram: a riqueza, a pobreza, a beleza ou lascívia, a dominação, a servidão, a paixão romantizada.Da propriedade surgiu a necessidade de cooperação, a princípio, eventual, depois, de curto e médio alcance, depois, de longo prazo que ensejou a construção da sociedade, do Estado e do pacto social, ou, contrato social.

O paradoxo Rousseauniano consiste na negação do princípio de Mandeville [8] onde este último defende a lógica da razão individual como primum movens do indivíduo, a despeito do efeito que isto causaria à racionalidade coletiva onde a racionalidade coletiva resultaria da somatória das lógicas individuais, necessariamente.

Para negar o princípio da racionalidade mandeviliana Rousseau nega qualquer racionalidade derivada da sociedade, pois o homem somente seria racional fora da sociedade, segundo o princípio de que as desigualdades sociais não guardam qualquer relação com as habilidades individuais que diferenciariam os indivíduos, quer dizer, não são as virtudes ou os vícios que criariam diferenciações sociais.As diferenciações sociais, segundo Rousseau, são virtualidades criadas pela e para a sociedade artificial e fictícia sem fundamento na natureza. "A desigualdade não é legítima do ponto de vista natural" [9].

É o efeito grupo-social que criaria as qualidades e defeitos da diferenciação socioeconômica dos indivíduos.

O Suicídio do individualismo

A lógica da razão individual pode levar à irracionalidade coletiva se olhada apenas pela razão individual, senão vejamos.

Mancur Olson explorou de forma definitiva esta razão individual e as catástrofes que pode gerar em uma sociedade baseada apenas nas diretivas de mercado.

O mercado seria o lugar ou uma arena neutra de encontro e do confronto das demandas e das ofertas.

O mercado assim situado na perspectiva capitalista pós-feudal caracteriza-se-ia por um sistema de troca de produtos e serviços mediante o ajuste de preços médios que variam uniformemente a partir da função mercado que é ajustada a partir de duas variáveis: demanda e oferta.

A oferta consiste no volume total de determinada quantidade de mercadoria ou serviço que os produtores oferecem ao mercado ou que estão dispostos a vender; a procura ou demanda representa o lado dos compradores ou consumidores dos produtos e /ou serviços.

A lei da oferta e da demanda diz que quanto maior a oferta mais tende os preços a declinarem, quanto maior a demanda mais tendem os preços a se elevarem (SANDRONI, 1999, p.379).

O equilíbrio entre a oferta e a demanda ocorre quando a quantidade ofertada iguala a quantidade demandada, determinando o preço justo no modelo de concorrência perfeita.

Concorrência perfeita

Partindo do modelo de concorrência perfeita (muitos compradores incapazes de influírem individualmente no preço, consumidores que tenham acesso à informação completa sobre o preço e condições de venda; facilidade de locomoção de mercadorias ou de compradores, homogeneidade dos produtos.

Uma vez examinadas estas condições idealmente concebidas resta analisar a radicalidade destas concepções do mercado.

Francois Quesnay (1694-1774) pregava o liberalismo baseado em dois princípios: propriedade privada e liberdade de ação. Neste caso o Estado deve abster-se de influir nestes dois princípios.

A partir dos princípios de Quesnay o filósofo inglês Adam Smith (1723-1790) desenvolveu a obra-prima do liberalismo, o apotegma da mão-invisível. A mão-invisível é um mecanismo metafísico do mercado capaz de harmonizar os interesses individuais e egoísticos, resultando no bem-comum que entrando no jogo do mercado dos fatores de produção (SANDRONI, 1999. P.565) enquanto imperasse a lei da livre concorrência, sem a intervenção atrapalhada do Estado, garantiria o equilíbrio natural do mercado.

O princípio da não-interferência

O conceito da mão-invisível de mercado criado por Smith e revisado por Arrow e Walrás continua presente na ideologia e no modelo econométrico do catecismo liberal. Não foi refutado, foi reformado.

As idéias do laissez-faire, laissez-passer baseiam-se no princípio da mão-invisível que explicaria a mística do equilíbrio geral dado pelas condições naturais do mercado perfeito.

O princípio da não-interferência é um paradoxo;e mais: é uma aberração, uma concessão à lógica. Para que o princípio do equilíbrio endógeno dado pela mão-invisível seja possível é preciso negar a existência da premissa dos agentes autônomos que formam o mercado.

O princípio da mão-invisível compõe-se das seguintes premissas:

a) os agentes agem de modo egoísta e livres de interferências externas;
b) nenhum dos agentes possui mais recursos de decisão do que os outros;

Silogismo: o resultado das ações dos agentes endógenos e heterogêneos assim definidos em a e b é o equilíbrio que só será perturbado com a quebra de uma destas condições, ou pela ingerência de externalidades.

Ora, qualquer perturbação pode provocar o desequilíbrio, inclusive a perturbação causada pela ação de qualquer agente endógeno no seu livre e cotidiano exercício de agente do mercado.

Partindo-se do princípio de que qualquer demanda é uma perturbação e que qualquer oferta seja uma perturbação no mercado, tanto que qualquer destes atos provoca o sistema a buscar um novo ponto de equilíbrio, então pergunta-se: em que outra condição o mercado pode estar em seu ponto de equilíbrio?

Teremos que examinar as seguintes hipóteses:
1 – O indivíduo racional não sabe o que é melhor para si ao fazer escolhas;
2 – O indivíduo racional não tem idéia ou disposição em custear os efeitos colaterais indesejáveis ou não-antecipados de suas decisões;
3 – O indivíduo racional não pode saber de todas as suas opções de escolha;
4 – O indivíduo racional deseja obter o máximo de vantagens ao fazer sua escolha;
5 – O indivíduo racional faz a sua escolha sem levar em conta as escolhas dos outros indivíduos;
6 – O indivíduo racional faz as suas escolhas baseado estritamente nas escolhas da maior parte dos demais indivíduos;
7 – O indivíduo racional não pode saber antecipadamente as conseqüências de sua escolha para si;
8 – O indivíduo racional não pode saber antecipadamente as conseqüências de sua escolha em relação à maioria dos indivíduos;

Assim, o individualismo metodológico espera que os indivíduos continuem a agir racionalmente em sua ótica racional individual, sem interferência de regras predefinidas e sem controle de uma autoridade, a princípio, sem nenhuma limitação.

Atos conexos

Lista de atos e decisões individuais racionais tidas como inconseqüentes e econômicas, do ponto de vista individual em relação a cada caso citado respectivamente.

1) O indivíduo racionalmente joga no chão da rua uma ponta de seu cigarro. Calcula que uma ponta de cigarro não pode sozinha causar danos ao sistema de captação de águas pluviais da cidade;

2) O indivíduo racionalmente coloca o seu automóvel em funcionamento acreditando que a contribuição da produção de calor e de gases carbônicos do motor de seu automóvel não pode sozinho contribuir para piorar as condições ambientais devido à insignificância de sua participação na poluição do meioambiente;

3) O indivíduo racionalmente desvia a água de chuva de seu quintal para o sistema de captação de águas de esgoto sanitário doméstico, calculando que se somente ele o fizer não causará pesados danos ao sistema de esgotamento sanitário urbano;

4) O indivíduo racionalmente calcula que ao retirar o lixo doméstico de sua casa e ao entregá-lo ao sistema de coleta de lixo urbano resolveu o problema de resíduos definitivamente assim que o caminhão de coleta desaparece ao dobrar a esquina da rua onde mora;

5) O indivíduo racionalmente calcula que o seu voto em qualquer candidato não vai modificar nem alterar o resultado final das eleições, pois a sua participação no processo eleitoral é celular e infinitamente desprezível;

6) O indivíduo racionalmente calcula que adquirindo aquele modelo de automóvel mais comercializado conseguirá alta liquidez quando precisar negociá-lo;

7) O indivíduo racionalmente calcula que ao passar no semáforo fechado obteve uma vantagem, se não causou acidente nesta passagem.

8) O indivíduo racionalmente calcula que ao fazer um pequeno empreendimento irregular, de pequena monta, não causa perturbação ao sistema fiscal;

9) O indivíduo racionalmente calcula que ao decidir ter um filho, ou mais um filho, não contribui individualmente para a superpopulação da Terra, nem produz significativamente um aumento pela demanda dos serviços urbanos de seu município e na perspectiva de impacto das políticas públicas e no contexto internacional;

10) O indivíduo racionalmente calcula que ao adquirir uma unidade de produto pirata ou proibido ilegalmente está fazendo algo insignificante e irrelevante.

11) O indivíduo racionalmente calcula que a sua decisão por uma carreira profissional muito concorrida e com excelentes perspectivas de alta remuneração não está deslocando a distribuição significativamente da repartição do trabalho social, e das tarefas do trabalho social;

12) O indivíduo racionalmente calcula que ao buscar um atalho não deverá ser seguido por outras pessoas, ou por uma quantidade significativa de pessoas;

13) O indivíduo racionalmente calcula que aquele pequeno desperdício de água para lavar a sua calçada ou o seu automóvel não causará grandes danos para a preservação das reservas de água disponível para toda a população;

Vamos à análise das conseqüências da agregação dessas decisões individuais que a princípio, na perspectiva de cada indivíduo de per si, não representavam grandes riscos para a sociedade.

1) O acúmulo de grande quantidade de pontas de cigarros, durante muito tempo, somadas, produz o entupimento dos bueiros e das canalizações de escoamento das águas pluviais, representando riscos de danos graves em caso de uma chuva, mesmo leve, podendo atrapalhar o tráfego de veículos e pessoas nas ruas, ou causar sérios danos de destruição do pavimento e das calçadas pela torrente de água, lembrando que cada metro cúbico de água pesa uma tonelada, e que esta massa se movimentando a 10 km/h representa uma energia cinética de exatamente 3858,02 kg de força, suficiente para arrastar qualquer automóvel e caminhonete. Esta mesma quantidade de água se movimentando a 20 km/h produz uma energia cinética (força equivalente) de 15432,09 Kg.

2) Assim, agregando a decisão de todos os indivíduos, é que chegamos a cerca de cinco milhões de veículos colocados por ano nas ruas do Brasil.

3) Em uma cidade com cem mil domicílios, ou seja, com uma população de aproximadamente 500 mil habitantes, seriam despejados cerca de dez mil litros de água por minuto, adicionais, no sistema de coleta de esgoto, o que por certo, se não causar uma paralisação do funcionamento do sistema de tratamento de esgotos por excesso de água, poderá causar um colapso no próprio sistema de captação de esgoto, levando ao transbordamento das artérias do sistema. Seria a catástrofe urbana mais indesejada, por tudo que isso representa para a saúde pública.

4) A destinação do lixo representa hoje para a humanidade um de seus maiores desafios, enquanto não resolvido, e já se sabe que existe pelo menos uma gigantesca ilha artificial formada de resíduos que desemborcaram no Oceano Pacífico, drenada pelos rios e escoadouros de águas pluviais urbanas, com aproximadamente dez km de comprimento e pelo menos 1 km de largura, formada principalmente de resíduos plásticos, que cruza a rota dos navios e que pode ser vista até da Estação Espacial Internacional.

5) A vitória de qualquer candidato é o resultado da somatória de cada voto contabilizado, portanto, cada voto contribui para o resultado, seja ele qual for, em uma eleição.

6) Assim, os modelos mais vendidos determinam um padrão de mediocridade, pois que o que mais conta é a liquidez no momento da oferta no mercado de usados, assim vimos serem desprezados qualidades intrínsecas como assessórios de segurança, conforto, acabamento, qualidade de construção, de projeto e de materiais, em função do efeito grupo, em que a quantidade de veículos no mercado faz com que suas qualidades se resuma apenas em ser o mais vendido, muitas vezes defeitos graves são relevados e ocultados, naquelas características típicas de veículos de determinada marca, e até mesmo os consumidores são convencidos das qualidades subjetivas, que na verdade são condicionadas pelo custo de fabricação do modelo popular.

7) Ao burlar uma convenção de trânsito, o condutor colocou em xeque todo o sistema de handicap que são os acordos estabelecidos no contato social que se baseia no princípio que cada qual iria dar a sua parcela de tempo para que o outro veículo, de tempos em tempos, tenha a preferência, assim cada qual cedendo uma fração de seu tempo permite que as vias de trânsito possam fluir sem congestionamentos paralisantes e irracionais.

8) É por este motivo que setores econômicos entraram em total ou quase total colapso, como: videolocadoras, indústria de Compact Disc de músicas, comercialização de DVD, indústria de cigarros, são setores que quase desapareceram por causa da pequena e insignificante decisão, quase inocente de cada consumidor de per si. O gigantesco tráfico de drogas, de produtos contrabandeados, falsificações de dinheiro, perfumes, relógios, tênis, roupas, peças mecânicas, roubo de patentes e modelos industriais. Causam a destruição de empregos, evasão de divisas, contravenção, corrupção e suborno.

9) Cada ser humano aqui presente, foi o resultado de uma decisão que parecia não agravar nem destruir os programas sociais de uma nação. Mas, quando agregamos todas estas fatalidades no total já somamos mais de sete bilhões de habitantes na terra, a maioria obrigada a depender de outro provedor ou do Estado, para a sua subsistência e sobrevivência. Mas ninguém se sentiria culpado nem percebe a sua parcela de contribuição para um número inimaginável de pessoas na Terra.

10) Ele estará aumentando ou agravando o já gigantesco problema do mundo das falsificações, fraudes fiscais, tráfico e das contravenções, suprimindo milhões de empregos no mundo e destruindo setores inteiros da economia produtiva.

11) Imagine todos os estudantes em condições de prestar o exame de ingresso na universidade o fizessem para o curso de Medicina! As outras profissões, depois de algum tempo logo ultrapassariam o valor-trabalho de um médico, distorcendo totalmente o mercado de salário dos médicos, em prejuízo de todos, logo em seguida, faltariam médicos, à medida que uma outra profissão menos qualificada estaria remunerando muito melhor que a remuneração obtida pela população majoritária de médicos.

12) Um atalho sempre é um meio econômico de burlar alguma regra ou uma convenção, e esta vantagem indevida estimula os que estão cumprindo a regra que se sintam em desvantagem a fazerem o mesmo, invalidando a regra ou convenção que regularia e beneficiaria a todos somente se todos a tivessem cumprindo.

13) Em uma cidade com cem mil domicílios é fácil prever que se todos agirem da mesma forma a quantidade de água perdida seria multiplicada por igual valor, numa escala catastrófica para toda a cidade.

A agregação das racionalidades individuais sem considerar o efeito em conjunta delas, não é suficiente para desestimular as pessoas a agirem em escala racional coletiva.

Por isso é necessário uma autoridade para impor pequenas desvantagens individualmente aos cidadãos para que a racionalidade coletiva não seja destruída pela racionalidade individual. A mão-invisível apenas destrói a lógica coletiva social. Roberto da Silva Rocha, university professor and political scientist I am liberal and capitalist. Just believe and I am sure that communism will one day be expanded across the globe with an update. But not this model that failed because of the dictatorship of the proletariat. This model never existed. According to Gramsci at least three estates exist in communism: the organic intellectuals, the mass and the elite of the single party. For Karl there is the elite and the mass. In the Soviet system there were thirty categories of ration cards for food and movable and consumer goods. Identified formally admitted existed the elite of the party, the workers-peasants-military, scientists-doctors-engineer, bureaucrats and the people. Therefore, in any ideology always exists there will be the upper caste and the intermediate castes. The anti-elite in the USSR, Cuba, Vietnam, North Korea, and Brazil with the northeastern and gauchos in the nucleus of the PT, PSOL, PCB pseudo intelectualoides like FHC, CIR ...