terça-feira, 19 de outubro de 2021

O dedo médico e o exame da próstata

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

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Os argumentos contrários ao exame de toque com o dedo para diagnosticar problemas na próstata se resume ao argumento moralista ofensivo não apenas para a inteligência como ofensivo à moralidade ética, disfarçados em crítica anti machista.

Mas existe um outro argumento que por mais bizarro que seja aos defensores da diversidade sexual e outras ideias modernetes sobre novos costumes sexuais tão novos quanto Sodoma e Gomorra quanto a decadência moral da Roma antiga que é a promiscuidade sexual disfarçada de liberdade sexual.

O argumento científico vem da corrente do positivismo que apresentada por Augusto Comte teve origem anterior com a lógica de Galileo e com Rene Descartes ambos alunos das ideias de Aristóteles.

Depois do positivismo os instrumentos de medição assumiram o protagonismo na ciência, então todas as observações e opiniões se transmutaram em meros números, tudo é número ou deve ser representado objetivamente por números, assim Fourier começou a estudar a propagação do calor com a famosa equação diferencial de uma somatória de senos e cossenos para representar o fenômeno do calor encerrando toda a discussão transcendental sobre o mistério do calor.

Ainda ficam as questões práticas de como o médico passa para o residente estudante de medicina as sensações corretas de reconhecimento de uma próstata saudável para uma situação de patologia e como graduar essa escala de patologia com o simples contato com o dedo do examinador? Quem nunca tentou encontrar um objeto dentro de uma sacola sem olhar para dentro da sacola sabe como é difícil a sensibilidade tátil para localizar uma simples chave dentro da sacola sem usar os olhos, os nossos sentidos nos enganam quando reconhecer a textura, a dureza e as formas em 3D. Exame bizarro!

Acabei de ter um debate acalorado com um amigo de longa data onde ele me repreendia sobre não ter feito o famoso dedo no cú ou dedo no anus e ele obviamente repetindo o lugar comum me chamou de machista com medo de ter o cú invadido pelo dedo do médico, eu retruquei que o médico poderia até enfiar o pênis se isso fosse necessário , eu não me importo, mas o problema é que fui professor durante 12 anos de Metodologia Científica e de Técnica de Pesquisa Científica, e não poderia violar tais princípios que ensinei e cobrei dos meus alunos.

Então sugeri ao amigo que confia na sensibilidade dos dedos de seu médico que quis me recomendar que fosse até uma mercearia e pedisse um punhado de pó de café, vinte punhados de feijão em grão, 35 punhados de arroz e 45 punhados de açúcar e colocasse no posto de gasolina um pouco de combustível com a bomba de gasolina desligada.

Obviamente nenhum estabelecimento usa os olhos nem os dedos ou as mãos para calibrar a quantidade de mercadorias, um mecânico de automóvel seria capaz de reconhecer uma peça quebrada mas é incapaz de perceber a deformação de um cilindro ou de um pistão apenas usando os dedos precisa de um instrumento capaz de medir milésimos de milímetros  e isso a mão humana é incerta, inexata e imprecisa..

Não me venham mais confundir um dedo com um raio X ou com um tomógrafo de ressonância magnética ou com o ultra som, laparoscópio, microcâmeras, o dedo não pode competir com eles, por favor! Mas se a bolha misândrica e emasculação do andrógino quer ver o macho sendo dedado não existe argumentação suficiente, eu sugiro usar o pênis que possui muito mais sensibilidade do que qualquer dedo.

Pode expandir o potencial dos dedos usando o dedo no exame de garganta, exame de vagina, exame de automóvel, de exame abertura de vela de ignição regulagem de válvulas no motor do automóvel as possibilidades da precisão do dedo são infinitas.

Então, a escolha do pênis em lugar do dedo fica bem clara essa defesa do exame da invasão digital no exame de próstata.

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