sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Estado de hostilidade, estado de beligerância, estado de guerra

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

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Dos três estados possíveis nas Relações Internacionais antes da etapa final de declaração de guerra de modo formal as relações internacionais passam por estágios de tensão do mais leve ao mais tenso durante os quais passamos por violações psíquica com a população passivamente assistindo aos acordos de coxia secretos dos quais não temos acesso nem através da rede social, pois as mídia tem corrente política e sua própria agenda e já escolheram qual o seu lado na política e ideologia.

Parece um raciocínio manco tentar ainda dividir o mundo entre direita e esquerda, aliás, desde a revolução francesa o sentido da terminologia ideológica de esquerda direita original era de estados gerais verso estado; então, depois, significava grupo de oposição; a ideia de esquerda já significou comunismo, e atualmente, o sentido de esquerda hoje é uma mistura de progressismo social com capitalismo regulado com o esquema estado + iniciativa privada + capital estrangeiro, aquele modelo do regime militar da fase final do desenvolvimentismo brasileiro.

Entre estas três fases ficamos agora perdidos e com a incerteza de qual fase nos encontramos agora diante das rupturas e encobrimentos que vão das sansões internacionais unilaterais sem o aval da Assembleia Geral da ONU ou de qualquer organismo Multilateral de mediação, e sem arbitragens transnacionais em que castigos do império são administrados em doses cavalares que são anunciadas com grandes vozes na mídia, e na calada da noite aí então as exceções acontecem forçadas pela realidade da escassez de matérias prima de produtos estratégicos e são obrigados a recuar das sansões aceitar secretamente o petróleo sansionado da Venezuela, da Rússia e do Irã que acabam clandestinamente não oficialmente nas refinarias dos EUA mesmo que oficialmente o boicote dos EUA a esses países vale apenas contra seus aliados e para a mídia chapa branca. 

Depois da longínqua pós era do distante império Mongol estamos diante do neo império Mongoloide.

Antes de chegar ao estado de guerra passamos por escaramuças, desgaste diplomático, movimentos diversionistas, e a procura de álibis e pretextos completamente desconectados entre fatos e consequências, como por exemplo o episódio do assassinato do arquiduque de Áustria Ferdinando, então percebe-se que as relações internacionais seguem um roteiro de negacionista explícito que apenas encobre as verdadeiras intenções de sempre que conduzem às guerras, não necessariamente nesta ordem de importância: territórios novos; água; acesso ao mar; minérios e minerais; petróleo; religião; etnias; comércio; vingança.

Parlamentos precisam ser a última instância a ser convencida da necessidade de declaração de guerra, e o único argumento capaz de levar os parlamentares a declaração de guerra é se levar à opinião pública a ideia de um grande ultraje à honra do país e a ameaça de uma grande desgraça inevitável de ordem mortal e moral ou religiosa, então entra a guerra de opinião a única capaz de levar um parlamento a apoiar uma guerra, começam bradar os nomes mais infames dos adjetivos adjudicados ao inimigo como: ditador sanguinário; genocida de criancinhas; anti preservacionista, exterminador de florestas, negacionista de tratamentos médicos anti pandemias, racista, homo fóbico, misógino, assassino, violento, mentiroso, tarado, imoral, infiel, adúltero, fascista, pedófilo, exterminador de andorinhas, corrupto, antissionistas, machista, narco presidente, destruidor da natureza e meio ambiente; sempre de ordem psicológica para fazer a guerra de posição gramsciana.

Todas as guerras são declaradas com um argumento fútil do tipo moralista como fez Hitler contra o falso suposto perigo judeu; como a guerra fria contra os supostos antropófagos comunistas; contra as armas químicas de destruição em massa imaginárias; contra destruição da democracia diferente do padrão e da cultura democrática americana; contra a violação dos direitos humanos branco anglo saxão protestante puritano; nunca se declarou uma guerra pelo verdadeiro motivo que é sempre pelo petróleo; pro titânio; pro urânio; pro carvão; pro nióbio; até guerras pelo cumprimento das escrituras sagradas da bíblia pela terra santa de Israel ou pelo Alcorão, contra o massacre das baleias, índios e tartarugas; diversionismo e disfarce sempre falsos argumentos emocionais encobrindo a verdadeira intenção nunca dita, escrita ou mostrada.

Se falta petróleo os Estados compram petróleo do Estado exportador de petróleo, não pode inventar guerras para roubar petróleo contra o perigo muçulmano terrorista pois a base do terrorismo com certeza está na represália anticolonialista antecedente, certamente com raízes no colonialismo e imperialismo praticado e pelas provocações e pelas práticas abusivas de comércio assimétrico.

Se falta minério de ferro, aço, alumínio, suco de laranja, café são produtos cujas as  compras não podem violar as regras e os acordos bilaterais de comércio com imposição de sobretaxas e cotas de importação para protecionismo insano contra produtos que sequer poderiam ser produzidos no círculo polar como bananas e laranjas.

Já não há mais tempo para fazer alguém acreditar que existem governos bonzinho e governo demoníaco, todos tem apenas interesses que devem ser negociados nos fóruns de forma direta e honesta sem capas de hipocrisia de falsidades de coisas como aliado não aliado, amigo e parceiro, inimigo, o único parceiro de um país é a satisfação das suas necessidades nacionais e o reconhecimento público pela opinião pública que é o único juiz estando essa opinião certa ou não.

É como o casamento, o macho entra com o dinheiro e a fêmea entra com a vagina, simples de explicar e difícil de implementar contra o discurso moralista ocidental cristão falso moralista, porque até a prostituta entrega o serviço prestado contra o pagamento, não é a mesma coisa quando se trata de casal, o serviço prestado nem sempre é o combinado.



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