domingo, 14 de novembro de 2021

Deus Yahweh dos cristãos

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

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Preciso de referências para quem nunca teve curiosidade de ver o post do meu currículum, obviamente todo currículo é uma versão limitada e sintética da vida de uma pessoa com as passagens mais proeminentes nem sempre as mais importantes e significativas ou interessantes, o currículo é apenas uma pálida imagem da vida riquíssima de qualquer ser humano por melhor que tenham sidos os esforços para destacar ali sua passagem breve pela terra.

Dito isso, no meu currículo não consta que a minha mãe já falecida que prezava muito pela formação moral e ética sempre fazia com que nós os filhos fizéssemos o que era melhor em lugar de fazer o que seria mais agradável ou interessante, assim nos ensinava a olhar nossos deveres e obrigações em lugar dos direitos e benesses da vida.

Minha mãe sempre procurava saber daquilo que não gostávamos de fazer e as coisas que sempre negligenciávamos e aquilo que nos incomodava para nos obrigar a fazer justamente aquilo que era melhor para a nossa própria vida e comportamento social e espiritual essa ideia de sacrifício estava presente desde os filósofos gregos seguidores do ascetismo, daqueles estóicos e dos seguidores do cínicos despojados de coisas supérfluas e insignificantes.

Minha mãe costumava interpretar aquilo que era melhor para nós mesmo que não soubéssemos o que era melhor na sua interpretação do que era importante para seus filhos.

Guardando-se as devidas proporções vejo este comportamento na igreja dentro da religião ou seita cristã a tentativa de reinterpretar a vontade de Deus, então Deus não gosta deste ou daquele comportamento; se fizer assim Deus irá se agradar e vai te recompensar por isso; se fizer isso Deus irá se enfurecer e te castigar ou negar indiferentemente o seu desejo e súplica; então a necessidade de querer interpretar e adivinhar o desejo de Deus causa uma agonia enorme porque sei disso quando minha mãe tentava interpretar os meus sentimentos e vontades de acordo com as suas próprias expectativas daquilo que no seu juízo seria o certo.

Quando tomamos a vontade de Deus como se fosse a nossa vontade traduzida naquilo que nas nossas expectativas seria a vontade de Deus a cada ato ou omissão que praticamos estamos tomando o lugar de Deus e decidindo em nome de Deus sem sabermos se era exatamente a vontade de Deus, com fazia a minha mãe em sua sabedoria limitada e na sua expectativa sobre um conjunto de informações incompletas sobre a sua limitada capacidade cognitiva, assim, todas as coisas que ouvimos ou fazemos pensando em agradar a vontade Deus não passa de expectativas e de especulações diletantes que não podem ser demonstradas e comprovadas sobre aquilo que seria a verdadeira vontade de Deus, beirando a heresia e a ignorância atrevida e um insulto a verdadeira vontade de Deus que seria imperscrutável e insondável completamente fora da nossa compreensão e entendimento, por isso um insulto a  Deus o divino e eterno criador do universo. Mais respeito gente!

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