terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Justiça da Charia

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Justiça da Charia

Convém explicar aqui o livro de Jó que faz parte do Talmud e de todas as versões de bíblias, desde o primeiro cânon tentativa de se estabelecer a versão autêntica.

A essência da história de Jó é tão simplesmente explicar que o mal pode acontecer mesmo para as pessoas santificadas, puras e fiéis a Deus, quando Deus faz aquela aposta com o anjo de Luz para testar a fé de Jó em Deus.

Acontece que ninguém sabia que não era um castigo tirar a vida de seus filhos, tirar a riqueza de Jó e mesmo assim sem o saber Jó vai perguntando porque tanto castigo por que tanta maldição, e pela regra da causalidade toda consequência possui uma causa anterior, então a causa de seu sofrimento deveria ser racional já que ele nada fez contra qualquer mandamento ou lei de Deus.

A lenda de Jó deveria deixar claro que nem tudo que acontece na vida tem uma causa baseada no merecimento ou na culpa ou recompensa pela obediência a Deus, nem sempre.

E esta lição contrasta com a destruição do mundo pelo dilúvio afogando bebês que certamente não tinham tido tempo para cometer qualquer pecado então não mereceram o castigo do afogamento, assim como os autistas, os doentes mentais, mas o castigo foi linear e indiscriminado. Esta é o comportamento de Deus que criou o bem o mal e nunca se submete ao julgamento e às regras humanas e nem às suas próprias regras.

Esse paradoxo da justiça absoluta divina do Deus de Jó nos remete a analisar sem pré julgamento como as formas de julgamento desses grupos são extremamente subjetivas e não tomam por base a aplicação correta da Charia, esses grupos se tornam extremamente violentos contra muçulmanos e não muçulmanos.


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