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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
O C dos BRIC e o B de Brasil: a engenharia da educação em engenharia
Quando Mao Tse Tug anunciou o “Grande Salto Para Frente” da China, o mundo todo tremeu. Mas, foi um rebate falso.
Fracassou o plano do Grande Ditador de fabricar milhões de toneladas de ferro gusa em fornos domésticos, comunitários, pela população chinesa, num esforço patriótico para lançar a China na vanguarda industrial mundial.
Viu-se que o ferro gusa produzido, em fornos domésticos, não tinha a qualidade esperada. Faltavam: tecnologia, conhecimento, especialização, instalações industriais, enfim faltavam engenheiros.
Mais tarde a China daria um grande salto para frente. Mas antes deu um grande salto pra frente na preparação tecnológica, precedida pelo salto na engenharia, precedido pelo salto na formação em massa de engenheiros. Em quantidades chinesas, como nunca se viu no mundo.
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Methuen e a Teoria da Dependência
As opções que são feitas por uma nação através de seus dirigentes tem um tanto de visão de estadista e um outro tanto de vocação cultural e predisposição (talvez, predestinação) do povo.
Este Tratado é um exemplo típico onde o governante pensou estar fazendo a melhor escolha para e com o seu povo, que sem exigir sacrifícios do povo português o levou à sua inversão na importância histórica, enquanto outro povo, o inglês, liderado por estadistas de verdade se preocupou menos com o presente e mais com o futuro e através de sacrifícios extremos no passado conduziram a nação por um caminho sem volta para o sucesso por mais de oito séculos no futuro.
Esta é a explicação de como quatro países inverteram os seus papéis e as suas trajetórias históricas em pouco mais de oito séculos; quase um milênio de histórias.
São quatro nações européias: Portugal, Espanha, Inglaterra, e França.
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
A vingança da mulher
Deveríamos pedir a condenação coletiva de todos os homens (gênero masculino apenas) pelas continuadas violações cometidas contra as mulheres, principalmente estabelecendo por mais de 10 mil anos uma supremacia tal que tem hegemonicamente excluído a mulher de qualquer iniciativa importante para a humanidade.
Os homens criaram praticamente tudo que existe na vida moderna sem permitir a menor participação feminina, pois criaram, entre outras coisas:
1. Submarino:
2. Navio a vapor
3. Aviões
4. Automóveis
5. Computador
6. Sistemas Operacionais digitalizados e analógicos para dispositivos computadorizados
7. Helicópteros
8. Hélice
9. Geradores elétricos
10. Solda Elétrica
11. Caneta esferográfica
12. Máquina de lavar roupa
13. Secadores de cabelo
14. Chapinha elétrica de cerâmica
15. Microprocessadores de semicondutor
Inventaram, descobriram a
1. Física,
2. Química
3. Matemática
4. Geografia
5. Filosofia
6. Psicologia
7. Medicina
8. Antropologia
9. Sociologia
10. Astronáutica
11. Astrologia
12. Engenharias
13. Eletricidade e Magnetismo
E, enfim, não deixaram praticamente quase nada para as mulheres descobrirem ou inventarem.
Este fato deixou as mulheres em uma situação tal que as mesmas encontram-se sem condições de provarem as suas habilidades e qualidades intelectuais por total ausência de qualquer oportunidade deixada pelos machos.
As mulheres não somente não conseguem conviver com esta realidade histórica patente, quase um atestado de total incompetência, ou, de inapetência intelectual, como pretendem construir representações teoricas insustentáveis empiricamente para justificarem a sua aparente inferioridade e pseudo-inveja do sucesso extraordinário do estilo macho de sucesso.
Se recorrermos à História geral das civilizações, veremos, sem exceções, em todas as culturas e todas as subculturas, em todas as Eras, em toda parte dos continentes e subcontinentes, a mesma repetição do mantra. Queremos entender o porquê desta divisão do trabalho social que teria aparentemente privilegiado o macho em detrimento da fêmea do homo sapiens.
Não é preciso recorrer à Antropologia para perceber que na divisão do trabalho social ao longo dos séculos de evolução da espécie humana que o macho não fora sempre a parte privilegiada na divisão do trabalho social. Ao contrário.
Esta será a quadricentésima vez que leio um manifesto feminista e reproduzo este excerto sem ainda lograr uma refutação a altura! Aqui vai:
“Bem que eu exultaria em concordar que a mulher chegou lá! Adoro torcer pelos oprimidos, até por solidariedade mecânica, pois sou negro e sei o que é isso. Os politicamente inocentes criaram um falso clima de que a mulher finalmente chegou lá! Quem dera que fosse verdade! Nós os negros e as mulheres temos uma enorme caminhada a percorrer para provarmos a nossa competência diante da dianteira do homem branco ocidental. Os homens criaram praticamente tudo que existe na vida moderna sem permitir a menor participação feminina.
Não existe nenhum fato histórico comprovando a teoria de que o homem oprimiu historicamente a mulher deixando-a neste estado de total submissão e desimportância tal que precisou de um movimento internacional de libertação e liberalização. Seria uma conspiração machista transnacional e intertemporal em uma época em que os continentes nem se imaginavam as existências uns dos outros, nas eras de pré colonização (pré-colombiana) e pré descobrimentos das Índias, Américas e África; quanto devaneio..!
Podemos antecipar a conclusão de que somente com a invenção das máquinas na Revolução Industrial que realmente o macho ganhou proeminência e alcançou o protagonismo na civilização humana.
Recorrendo à História cultural da humanidade em geral, isto nunca deveria ser feito, pois generalizações levam a falta de precisão e de exatidão das conclusões, mas neste caso esta concessão pode ser feita com toda a segurança. É que o trabalho humano antes da Revolução Industrial era inimaginavelmente penoso.
O ser humano teve que recorrer a muitos artifícios complicados e com baixíssima eficiência mecânica, econômica e social, tais como: a utilização da força animal e principalmente ao trabalho escravo.
Tudo tinha que ser produzido artesanalmente. As ferramentas eram as mais rústicas e imprecisas, ineficientes, e tinham que ser produzidas pelo próprio artífice.
As guerras eram olho-a-olho, uma carnificina que transformava qualquer imagem de um açougue ou matadouro em um inocente passeio dominical.
Assim, a mulher ficava com a melhor parte do trabalho social. Ficava com o trabalho mais leve, mais fácil, menos penoso. Se fosse bonita poderia ser leiloada para ser esposa. Não servia para o trabalho escravo, pois era muito fraca fisicamente. Não tinha valor de venda em muitas das civilizações. Era quase sempre uma mercadoria de segunda ou de terceira categoria.
Servia para a reprodução da raça humana, para o prazer sexual e para atividades domésticas. Este foi o papel da mulher, embora o papel do homem fosse o de trabalhar duramente durante toda a sua vida sem poder descansar. O macho caçava, pescava, guerreava, construía as edificações de pedras, de barro, de madeira, de materiais de fortuna, construía as ferramentas, as armas, os navios, as carruagens, as cidades, as fortalezas, enfim o trabalho masculino não tinha nada de charmoso que interessasse às mulheres.
Com a Revolução Industrial as oportunidades para uma nova divisão do trabalho social mudou radicalmente o mundo para as mulheres, e para os homens. O trabalho industrial, embora penoso, não se comparava ao trabalho anterior. O trabalho anterior à RI era um martírio. O novo trabalho na RI era estritamente técnico. A parte mais penosa e difícil passou a ser executado pelas máquinas.
Entrando na era da automatização, da telemática e da informática o trabalho humano passou a ser essencialmente intelectual.
A partir de então a mulher passou a se interessar e a lutar por uma participação no bolo do mercado de trabalho intelectual.
O macho saiu na frente em decorrência do seu protagonismo na criação das máquinas e de tudo que se relacionasse com a criação e concepção tecnológica e científica que produziu a era das Revoluções Tecnológicas a partir da RI.
Podemos concluir que de inocente o gênero feminino nunca teve nada. Apenas surfou na História da civilização humana esperando o melhor momento para continuar tirando vantagens da divisão do trabalho social para sua subespécie. O macho, somente pode usufruir séculos de sacrifício durante os últimos duzentos anos da civilização com a RI e agora terá de dividir este privilégio senão sucumbir à fêmea.
Corre na internet uma teoria bastante interessante de que a mulher consegue ser superior ao homem na execução de tarefas simultâneas, as quais o homem não consegue fazer o mesmo.
Se observarmos nestes testes, estas tarefas simultâneas são todas tarefas estritamente femininas, tais como: maquiar-se, cozinhar, assistir a novela, falar ao celular, pintar as unhas, cuidar das panelas cozinhando e ao mesmo tempo cuidar das crianças, e, falar ao telefone, enfim tarefas condicionadas pela repetição diária doméstica.
O autor desta experiência viciada esquece-se que a cabine de uma aeronave ou de um navio possui mais de quatrocentos mostradores que são monitorados pelo comandante e pelo seu vice-comandante; esquece-se que o volante de um bólido de corrida de fórmula um possui mais de vinte botões de controle que comandam desde a regulagem dos freios dianteiro e traseiro, diferencial, mistura do combustível, controle de tração, desmultiplicação da direção, comunicação com a equipe, controle do aerofólio traseiro, consumo de combustível, tudo simultaneamente.
Esquece-se que os astronautas passam por um treinamento onde dentro das piores condições possíveis físicas e psicológicas tem de responder perguntas sobre operações aritméticas e sobre coisas comuns, sem interromper as suas ações.
Penso que foi um grande deboche esta afirmação, até por que se assim fosse verdade seria um caso muito sério a ser considerado, pois que se a capacidade de concentração masculina fosse uma desvantagem, teríamos que ensiná-la as mulheres, diante do resultado que o macho monofunção conseguiu com o seu sucesso absoluto no mundo civilizado como realizador e inventor de sucesso.
Até aceito que houve muita coisa que poderia ser diferente, mas, praticamente, 2,5 milhões de anos de evolução da espécie homo-sapiens, mais 5000 anos de civilização organizada, com governo, escrita, História, para que, somente com o advento de Betty Friedman e outras feministas, as mulheres acordassem desta letargia e desta paralisia e dessem o grito de liberdade e igualdade, isto merece por si só uma sessão completa de análise com um bom psicanalista.
Enquanto o gênero macho criava as Ciências, a Filosofia, a História, a Geografia, a Geometria, a Matemática, a Física, a Química, a Engenharia, o Teatro, a Pintura, a Escultura, a Poesia, as Artes, as Letras, a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia, a Pedagogia, a Medicina, onde esteve, e, o que esteve fazendo o gênero fêmea?
A mulher esteve assistindo a tudo passivamente, e agora quer culpar o macho por fazer as guerras, governar o mundo, formatar o mundo machista? Acordai mulher, mas não para apenas culpar o macho por tudo. Antes, talvez, devesse fazer o mea culpa pela total indolência e apatia diante do protagonismo histórico do macho, branco, ocidental, enquanto a mulher permaneceu coadjuvante, figurante, ausente da História da civilização humana!
As mulheres andam confusas com a sua emancipação. Se vc perceber, o novo papel da mulher na sociedade não representa simplesmente igualdade: representa a masculinização do padrão de comportamento feminino.
Se a mulher emancipada pretendia a sua evolução e igualdade, não deveria copiar o comportamento reprovado, e sim construir novos papéis sociais para ela e também para um novo homem.
A maioria das mulheres emancipadas trocou a estreiteza da perspectiva e a estreiteza da falta de liberdade do casamento pela estreiteza de liberdade e pela estreiteza de perspectiva do trabalho fora-de-casa e acabaram se frustrando diante das promessas de um mundinho maravilhoso prometido pela revolução feminista.
O que vemos do feminizmo hoje é apenas uma cópia feminilizada do homem machista travestida de mulher emancipada da cozinha.
Era só isso? O trabalhar fora-de-casa era o objetivo? Liberdade sexual foi conquistada pelos Hipies e não pelas feministas, fora a descoberta da pílula anticoncepcional que empurrou a revolução sexual aos padrões que existem hoje.
É o crepúsculo do macho que se avizinha. Já se foi o tempo em que ser macho era sinônimo de arrojo e perícia, para não falar de inteligência e pioneirismo em todos os aspectos mais dinâmicos das atividades humanas da nossa civilização e das culturas em todos os continentes e em todos os tempos. Não.
Esta Era está encerrada, definitivamente, pois que a mulher assumiu o protagonismo da humanidade.
As empresas de seguro de acidentes foram as primeiras a perceberem e a darem oportunidade às mulheres para obterem vantagens desta nova realidade. Os legisladores perceberam há muito tempo que as mulheres deveriam cuidar da prole quando o casal se dissolve, os filhos preferem a companhia de suas mães à de seus pais masculinos.
Quando se procura uma mão-de-obra cuidadosa, precisa, atenciosa, delicada, paciente e complexa, se recorre ao recrutamento das operárias e tecnólogas.
As estatísticas do INEP-MEC são devastadoras para a subespécie masculina: as meninas têm o melhor desempenho global de notas no ensino Fundamental; no ensino médio é uma avalanche de vantagens para as meninas-alunas em relação aos meninos-alunos.
A evasão escolar dos meninos, no ensino médio, é o dobro da evasão escolar das meninas, e a defasagem de notas é ainda maior em favor das meninas.
Prosseguido, as meninas já são a maioria nos cursos superiores, nas pós-graduações que incluem especialização, mestrado e doutorado. Onde também o desempenho acadêmico das mulheres é superior ao de homens.
Em algumas profissões já existe a hegemonia feminina indiscutível no Brasil, são elas a maioria das advogadas, médicas, enfermeiras, professoras, diretoras pedagógicas, empresárias médias e micros, só ainda não superaram os homens nos cursos de engenharia em geral, mas são maioria nos cursos de Matemática e Estatística.
O que falta para elas assumirem o controle da sociedade? Só tempo. É uma questão de tempo para o Brasil e o mundo virarem uma Islândia ou uma Suécia.
Não resta nada ao macho a fazer diante disso a não ser aceitar e acatar a marcha irreversível da redenção ou vingança feminina, com ou sem a interferência masculina, é inelutável.
O avanço desta estatística talvez nos explique o avanço da homoafetividade na sociedade, visto que o mundo se torna cada vez mais feminino, o estilo feminino de ser se transforma em modelo de comportamento social e de símbolo de sucesso profissional e pessoal.
Vivemos uma nova era de incerteza nas relações de gênero, étnicas, religiosa e nacionais. Explico. O mundo tal como o conhecemos hoje é um mundo formatado pelo macho branco, cristão e ocidental.
Todas as conquistas científicas, intelectuais, sociais, morais e artísticas foram o resultado do trabalho em 99,9% dos machos, brancos, cristãos e ocidentais da espécie terrestre.
Nada de orientais, dos negros, asiáticos, muçulmanos e outros credos, e das mulheres nas listas de inventores, descobridores, teóricos, filósofos, artistas na criação da cultura do mundo. Estes excluídos não participaram da construção da cultura humana de forma relevante.
Não existiu uma filósofa ao nível de Sócrates ou de Platão; não existiu uma artista ao nível de Leonardo da Vinci; não existiu uma compositora ou instrumentista ao nível de Beethoven; não existiu uma líder política ao nível de Napoleão; não existiu uma conquistadora ao nível de Marco Pólo. Algumas rainhas, uma faraó, e alguns traços na História, esporádicos, fora da curva estatística, estes foram as participações e legados femininos para a humanidade.
Como será o mundo daqui pra frente com as mulheres, os orientais, os muçulmanos, os budista, os católicos e os negros no protagonismo do mundo?
A outra vertente desta descoberta sobre o comportamento da nova mulher é que a mulher busca inconscientemente uma poderosa revanche, beirando em alguns casos a uma vingança total contra o macho da espécie.
O companheirismo desaparece por completo das relações sociais entre homens e mulheres, pode-se observar-se este comportamento mutante nas mais diversas demonstrações de mudanças dos papéis sociais.
Ninguém mais estranha a invasão e a ocupação, sem nenhum pudor de postos de trabalhos e de profissões, atividades e atitudes que eram completamente masculinas, pelas mulheres.
Nenhuma barreira parece querer ficar de pé neste momento de quebra de tabus. Dos tabus sexuais aos tabus religiosos.
Parece que o último bastião será quebrado quando tivermos uma papisa.
Nenhum reduto do machismo tenderá a ficar de pé.
O grande feito desta revolução é que o macho acha isso tudo normal, e não percebe que as mulheres estão em guerra não declarada contra a humilhação proporcionada pela hegemonia histórica que o macho da espécie lhes impôs e lhes legou como se fosse uma surra justa pela indolência e apatia da mulher gênero durante todos os períodos históricos da humanidade.
As mulheres preferem, nesta guerra, usar com mais intensidade e eficácia, de sua arma mais poderosa: a sedução sexual. É a sua arma de maior poder de fogo e de eficiência inigualável contra o macho.
Algumas, e não é um número pequeno delas, ainda escolhem o confronto direto com o macho com conseqüências que todos conhecemos. Para reequilibrar o balanço de forças vale-se de arranjos no código penal (Lei Maria da Penha) para lhes discriminar positivamente como a parte frágil a ser tutelada preferencialmente pela justiça em confronto com o macho.
Qualquer que seja a posição ocupada pela fêmea nesta luta significa um arranjo tático para a estratégia global que objetiva a derrota total do macho. As posições táticas utilizadas nesta guerra de posição ocupam os diversificados postos de combate onde melhor poder a mulher utilizar-se das vantagens do terreno e da fortuna. Assim, desde os postos de combate mais discretos como o papel de filha, irmã, amiga, vizinha, colega de trabalho ou de escola, até os postos mais complicados e imbricados, como o papel de esposa, chefe, companheira, sócia, parente de primeiro e segundo graus, onde o processo de reconhecimento dos privilégios imanentes aos papéis requer uma complicada administração de compromissos legais e civis difíceis de ser desemaranhado, o que favorece a tomada de posições e de privilégios automaticamente em virtude de sua importantíssima posição de compromisso.
Vai levar algum tempo para o macho perceber que as pessoas que ele mais admira e que ama estão tramando contra a espécie que ele representa.
Mas, se ele tiver em conta que a fêmea está defendendo muito mais do que a sua própria vida, está defendendo o seu status social, está disputando prestígio, está disputando o poder, então ele acordará para o fato mais importante que aconteceu na história da civilização humana, e que somente poderia se dar entre os animais racionais, exclusivamente, tal luta para a inversão de papéis sociais. O compartilhamento destes papéis não é o bastante se não a derrota do macho. Lição de Machiavel.
Como reconhecer uma guerrilheira androfóbica
Muitas tentam superar esta dificuldade no relacionamento fóbico com o macho tentando transformar o macho em uma simulação da forma e jeito feminino. Geralmente tem uma imagem do macho totalmente oposta à imagem feminina, portanto, plausível de ser modelada e transformada em algo mais assimilável ao jeito feminino de ser. Assim estas dedicadas transformadoras vêem o macho como algo a ser trabalhado, lapidado e transformado de sua versão malcheirosa, cheia de espinhos no rosto, peluda, bruta, malvestida, barulhenta, áspera, grosseira, indelicada, insensível, desatenta, assim sonham em transformar o macho numa espécie de bambi doméstico para o seu desfrute, às vezes sem combinar isso antes, durante e depois do início da operação de transformação.
Se você é mulher e não gosta do jeito masculino, tenho uma péssima notícia para você: a culpa não é masculina. Você nasceu assim ou em algum momento de sua vida você foi afastada da convivência com o sexo masculino, a figura do pai ausente está deixando uma lacuna em seu modelo de masculinidade afetiva, ou pode ter sido pior: você provavelmente sofreu violência sexual masculina e isto é a pior de todas as experiências na vida de uma pessoa.
Muitas gerações têm sido gestadas em série de famílias onde o pai fica ausente durante todo o ciclo de desenvolvimento dos infantes, isto significa que a única imagem e modelo destes filhos é o da mãe que substitui o pai ausente. Esta circunstância em algumas regiões do Brasil é tão frequente que as meninas desenvolvem um instinto de aversão e comportamento extremamente agressivo com os seus futuros parceiros porque já está introjetada na cultura que a mulher deve ser sempre o único referencial de uma família.
O matriarcado está em alguns casos implantado em mais de cinco gerações sem sofrer descontinuidade, o que seria para alguns um problema, passa a ser um estilo de vida.
"Paraíba masculina muié macho sim-senhor" de Luiz Gonzaga parece ser uma profecia que se autorrealizou nas cidades pequenas principalmente do Nordeste do Brasil, e em todas as favelas dos centros urbanos onde grassa a miséria e a pobreza.
Em Brasília houve um tempo em que durante a campanha de erradicação das favelas, aqui chamadas invasões -(CEI daí o nome da maior cidade do Distrito Federal se chamar CEIlândia), os títulos de propriedades das casas e lotes distribuídos aos favelados serem nominais às mulheres e não ao casal ou ao marido.
Como reconhecer uma militante ativista?
Se casada, ela sempre procura humilhar publicamente o seu marido; vive cobrando dele maior participação na casa apenas para destacar e valorizar a sua participação e controle de iniciativas domésticas; não compartilha de suas vitórias profissionais, e progressos, avanços, melhoras, evolução e promoções, no trabalho, na escolaridade, nos esportes e emocionalmente; todo progresso e sucesso dele vem acompanhado de cobranças e desestímulos, tentando desvalorizar, desconstituir e desconstruir os seus méritos.
Adora pegá-lo em alguma falha, gosta de torturá-lo com cobranças sobre o seu esquecimento da data de seu aniversário, lembrança da data de seu primeiro encontro, de seu primeiro beijo, do dia de seu pedido de noivado, nem tente esquecer do dia dos namorados, da data do casamento e do primeiro encontro. Tudo é importante demais, apenas para fazê-lo sentir-lo culpado.
Não perde uma oportunidade para humilhá-lo publicamente, diante dos sogros e sogras, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, vizinhos e filhos, está sempre debochando, fazendo piadas, observações desmerecedoras e depreciativas contra o seu companheiro.
Adora vê-lo em situações embaraçosas e em aperto financeiro, atolado em dívidas e derrotado quer seja no seu time de futebol, quer seja num domingo de rodada de baralho. Qualquer arena de disputa é terreno ideal para tentar derrotá-lo. Adora contar vantagens e se vangloriar, mesmo que fantasiando e fabulando sobre si mesma.
O seu maior prazer é fazê-lo se sentir inferior, derrotado, humilhado e desmotivado.
Até oferece o seu consolo, o seu próprio colo para recebê-lo em seu choro de frustração, e quando isto acontece oferece-lhe toda a solidariedade de quem é superior, para que ele se sinta protegido e agasalhado, mas somente enquanto durar aquele clima ou situação de desespero e frustração do macho dependente e carente.
Pede a opinião do companheiro apenas para poder contrariá-lo, para provar que ele estava errado.
Não pede favor: exige que se cumpram as obrigações ou o que acredita serem as obrigações do companheiro ou cônjuge.
Sabe e adora cobrar deveres e obrigações, mas, desobriga-se de cumprir os seus deveres e obrigações, e nunca admite estar incorrendo em erros ou faltas, não aceita ser cobrada, afinal, não pode ser considerada ainda a chefe da casa quanto às obrigações e deveres formais.
Administra a sua vida privada, profissional e pública sem participar as suas decisões e escolhas ao seu companheiro cônjuge. Gosta de surpreender a família com compras domésticas, viagens e mudanças repentinas sem nenhuma participação dos membros da família em seus planos e metas.
Vive casada como se vivesse só em sua casa, sem se importar com a opinião e vontade de seu parceiro. Tudo isso para dar uma prova cabal de que é independente e acima de tudo autossuficiente.
Quando entra em guerra declarada procura vestir-se de modo extremamente vulgar e chamativo, com roupas curtas, decotes generosos, roupas muito justas e com muitos detalhes chamativos, cores fortes e com muito brilho. Capricha na maquilagem e nos penteados, não descuida da apresentação pessoal, investe num bom tratamento de pele, cabelos, academia de ginástica, dentista, procura ter a sua própria condução e conta corrente independentes.
Pode chegar ao limite da incontinência para comprometer o emprego ou a atividade econômica do companheiro, assediar o seu chefe, bajular os seus patrões, para destituí-lo do maior orgulho de um homem: o seu ganha-pão. É o máximo da humilhação que pode submeter o seu companheiro e rival. Deixá-lo desempregado e totalmente à sua mercê econômica.
Não suportaria a idéia de morar na casa adquirida por ele, andar no carro dele, e comer e ter as suas despesas pessoais custeadas pelo seu companheiro.
Gosta de exibir o seu talão de cheques e de controlar o seu carnet de financiamento dos bens móveis e imóveis, jóias, calçados e roupas.
Adora pagar a conta do restaurante, do bar e do hotel para o seu companheiro. Poder vê-lo dependente e submisso é o seu sonho de consumo.
Não suporta perder uma discussão sequer para outro macho, isso inclui o seu companheiro, pois sempre encontra argumentos para prolongar ou para encerrar uma discussão, onde a última palavra é sempre a sua. Deseja sempre a concordância e a aprovação para as suas idéias e desejos, caso contrário, despeja sobre ele dezenas de horas de argumentos e justificativas até fazê-lo perceber que é inútil prosseguir em sua tentativa de opor-se a ela.
Está sempre um passo à frente no planejamento de alguma iniciativa doméstica para sempre surpreender o seu companheiro, e deixá-lo perplexo com a sua inteligência e total domínio das decisões relativas à manutenção do lar.
Consegue relacionar-se muito melhor com homens de situação econômica e intelectual inferior à sua, mas, não se inibe diante de homens de capacidade econômica, intelectual e profissional superiores às suas.
Esta guerreira obstinada não reconhece as regras e normas civis, éticas, religiosas, tradicionais, e arma um barraco quando precisar. Não tem pudor nem espere dela compreensão e bondade, é violenta, fria, impulsiva, inconseqüente e por vezes irracional.
Não estabelece limites para a sua ação. É destemida e atirada, não espere que ela cumpra os acordos, pois a palavra decência não existe em seu vocabulário, muito menos conhece o que é dignidade.
A única coisa feia para ela é perder. Vencer e ganhar sempre são o seu lema.
Esta guerra nunca será declarada, como o são os conflitos modernos, isto exigiria muita dignidade dos contendores. E esta dignidade e cavalheirismo não existem mais.
Mulheres sensatas não culpam os homens por uma situação de opressão machista. Pergunte-se: porque somente agora as mulheres se descobriram oprimidas pelo machismo? Pergunte-se se existe algum fato na História da humanidade que comprove que o machismo existiu? Há duzentos anos passados a sobrevivência da espécie humana esteve dividida entre o macho e a fêmea humanos.
A fêmea cuidava da prole e da subsistência doméstica e o macho caçava, lutava, trabalhava com as ferramentas que ele mesmo elaborava. O trabalho era tão penoso que a humanidade vivia escravizando povos mais desorganizados e civilizações menos providas para explorar as poucas fontes de energia disponíveis. Desde muitos milênios cortando árvores, quebrando pedras, arrastando e empilhando massas, o macho inventou as máquinas para ajudá-lo a trabalhar. Foi somente com a descoberta pelo macho da eletricidade, da roda, do parafuso, do plano inclinado, da alavanca, da roldana, do machado, da Geometria, da Química que foi possível substituir o trabalho escravo pelo trabalho das máquinas. Então a Inglaterra que fez a Revolução Industrial foi a primeira a combater a escravidão humana para espalhar as suas máquinas a vapor pelo mundo. Onde esteva a mulher todo este tempo, em que as guerras eram travadas olho-a-olho enfiando a espada e a lança no ventre do inimigo e carregando o mundo nas costas e no lombo dos animais? Respondo: sendo exploradas pelo machismo, em casa, cuidando dos filhos e da alimentação enquanto o macho opressor carregava o mundo com suor e sangue. O trabalho humano mudou muito hoje.
Não existe a dependência da força bruta humana, as máquinas fazem quase tudo. É este mundo que as feministas reivindicam.
Um mundinho sem trabalho braçal. Para justificar a sua histórica lerdeza e completo alheiamento da história da civilização a mulher vem culpar o macho por não ter participado deste progresso. A mulher foi durante milhões de anos privilegiada sendo poupada de todo o labor árduo e perigoso, foi protegida e sustentado pelo trabalho masculino pesado. Agora que o trabalho humano é atrás de uma máquina ou computador, quando até um paraplégico consegue dirigir uma carreta, um navio, um avião a mulher se apresenta toda faceira arrogando a sua condição de igualdade ignorando que o macho nunca foi nem será o seu algoz. Exigimos pedidos de desculpas às feministas, por essa falsa acusação. O Machões.
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Bolha Brasil: o apagão de conhecimento
I - Estação Espacial Internacional
Parabéns para o Brasil que o PT de Lula nos legou nestes dois mandatos gloriosos, onde os avanços nunca antes tidos na História do Brasil aconteceram pelas mãos de ninguém menos do que o representante legítimo do povão que chegou ao poder nunca antes na nossa elitista História nada gloriosa desde o Brasil Colônia.
O que vou relatar aqui se insere naquela velha circunstância histórica em que séculos de desprezo pela nação nos legaram vícios da elite dominante que explorou o País, servindo-se muito bem dele e da nação para vangloriar-se na Europa, passear e curtir os ganhos-Brasil lá fora, nas estações de esquis, nos cafés, nos cassinos, falando fluentemente Francês, Inglês, Alemão, e envergonhadamente, o Português.
A nossa elite sempre gostou de mandar seus filhos estudarem na Europa, agravando aqui no Brasil a idéia de que os títulos pós-graduados somente têm valor quando escritos em língua estrangeira, embora as nossas melhores universidades sigam à risca toda a bibliografia vinda do exterior, seus programas de treinamento são totalmente clonados das melhores universidades americanas e européias. Mas os títulos daqui não têm o mesmo valor segundo a nossa tradição.
Esta elite que despreza o Brasil e os brasileiros, acostumada a se abastecer no exterior, despreza tudo que é nacional, nunca deu valor ao que aqui é e pode ser desenvolvido pelos caboclinhos brazucas.
Esta elite agora pensa que pode comprar conhecimento tecnológico no exterior. Por isso tem encontrado enormes dificuldades para suprir as lacunas do Estado nesta nova fase que se apresenta o Brasil como ator político destacado no cenário das relações internacionais.
Os baluartes do mundo da tecnologia investiram décadas de pesquisas, treinando gente, gastando tempo e dinheiro, espionando, copiando, patenteando invenções e no desenvolvimento de invenções para obterem vantagens comparativas no mercado internacional, e em alguns casos, obterem a superioridade absoluta em certas tecnologias.
A nossa elite, acanhada, quis guardar para si o acesso exclusivo ao conhecimento científico. Mas, ocorre que o conhecimento científico precisa de massa crítica para florescer. As pesquisas precisam de continuidade. A elite não dá conta sozinha de produzir e de reproduzir a competência intelectual, precisa da participação em massa da massa, do povão.
A elite nunca sonhou em partilhar e compartilhar os seus privilégios de classe com o povão, seria um enorme risco retirar de seus dependentes a garantia da continuidade, dos privilegiados e preguiçosos descendentes.
Mas, mesmo assim, fora oferecido ao Brasil compartilhar e desenvolver a sua própria pesquisa num projeto de maior importância para a humanidade: o consórcio da Estação Espacial Internacional. O que fez a nossa elite de estreiteza visionária? Recusou a oferta generosa. Tecnologia nunca se vendeu na história da humanidade! Vende-se tecnologia obsoleta. Tecnologia se cria ou se rouba!
Mas, a nossa elite acostumada a ir às compras, na Europa, ainda acredita em se poder encontrar um supermercado de tecnologias à venda! Quanta ilusão!
A nossa elite está esperando os “trouxas” desenvolverem a tecnologia lá na estação espacial para quando eles descerem de lá nos venderem aqui na Terra!
II - Compra de aviões projeto FX
Abriu-se uma licitação internacional para a compra de tecnologia avançada embarcada nos aviões militares de caça para a nossa gloriosa Força Aérea Brasileira – FAB.
Este processo começou no mandato de Collor de Melo, atravessou o mandato de Itamar Franco, passou pelos dois mandatos do Presidente Fernando Henrique, e depois atravessou os dois mandatos do presidente Lula da Silva, e ainda aguarda no mandato de Dilma Roussef.
O que impede o processo ser concluído, em resumo? A transferência de tecnologia terá que fazer parte do pacote de venda dos aviões.
Imagine que a nossa elite vive ainda acreditando que depois de toda a corrida espacial, da Guerra Fria, e de trilhões de dólares, francos e rublos os países idiotas vão nos vender a tecnologia desenvolvida durante quase 70 anos na aviação, eletrônica, processamento de sinais digitais, técnicas de construção, fórmulas de cálculos de engenharia para perfis aerodinâmicos de alto desempenho!
Durante a Segunda Grande Guerra Mundial mesmo sob um dilúvio de bombas alemãs desabando sobre o seu território, com o penoso sacrifício de milhares de civis sendo arrasados pelos Stukas, Heinkel, V2, V1, os ingleses a tudo suportaram, com o auxílio inquestionável dos EUA, seu maior aliado contra os alemães. Com tudo isso, os ingleses esconderam muitos segredos tecnológicos dos norteamericanos, que poderiam ajudar ao EUA a ajudar a encerrar a guerra mais rápido e com grande poupança de vidas aliadas, civis e militares. Os ingleses esconderam dos EUA, durante a guerra: a invenção dos freios a disco, que poderiam abreviar o esforço de pouso de aeronaves embarcadas em porta-aviões em 80%, permitir que grandes bombardeiros pousassem em pistas muito mais curtas, e que pilotos com aviões avariados pousassem com maior segurança. Esconderam também dos norteamericanos as suas pesquisas sobre computadores eletrônicos, turborreatores, e radares.
Os EUA não possuem um único material em seus inventários das forças armadas, USARMY, USAF, USMC Marines, USNAVY que não tenha sido produzido nas indústrias norteamericanas. E o Brasil acredita que vai vender aeronaves Tucano para os EUA.
Durante a década de 80, a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas projetou a formação de cerca de 300 mil matemáticos por ano! Entre engenheiros, estatísticos, físicos e matemáticos para suportar a corrida tecnológica com o seu mais bem preparado adversário na Guerra Fria, os Estados Unidos da América do Norte!
E o Brasil ficava deitado em berço esplêndido, subvalorizando os seus engenheiros, sem falar dos físicos que eram formados apenas para serem professores, juntamente com as levas de matemáticos, isto a uma taxa anual de alguns milhares, quando muito não passavam de 20 mil formados por ano, enquanto isso as nossas universidades continuam a despejar milhares de médicos (60 mil, incluindo auxil. e terapeutas) e de advogados (70 mil) na maior advocracia do mundo, perdendo em número de advogados por habitante apenas para o Japão. (O Brasil forma por ano: 277 mil Cientistas Sociais - Campeão mundial neste setor é o País do Blá-blá-blá, como diria o Ex-ministro Sérgio Motta: "masturbação sociológica", - 200 mil Educadores e 108 mil administradores. Veja quanto os países protagonistas da tecnologia lançam de engenheiros por ano: China 1.640 mil/ano; Índia 640 mil/ano, EUA 201 mil/ano; Rússia 190 mil/ano; Japão 177 mil/ano; França 103 mil/ano; Alemanha 66 mil/ano; Inglaterra 60 mil/ano, Espanha 50 mil/ano; Polônia 50 mil/ano; Itália 36 mil/ano).
Advogados e médicos não constroem e projetam submarinos atômicos, aviões de caça avançados, programas de computadores militares estratégicos, computadores, chips de computadores e tecnologia de ponta.
A grande falha na revolução educacional de Cuba, que se difere das revoluções educacionais em Corea do Sul, Japão, URSS, EUA é que faltou ênfase nas Ciências Matemáticas em Cuba.
A Matemática é tão importante para a humanidade que na entrada da academia grega de filosofia estava escrito "Não entre aqui quem não souber Geometria" condição sine qua nom para ser filósofo; Augusto Comte o pai da Sociologia declarou que a Matemática é a Ciência base para todas as demais ciências.
O Brasil não pode dar as costa ao ensino das ciências ligadas à Matemática. Não existiria tecnologia sem ela.
Assim, ficamos no papel de quem espera Godot chegar e ele nunca chega para nos vender a tecnologia. E também não corremos atrás do tempo perdido na criação de cérebros preparados para não somente criar tecnologia, mas até para copiar tecnologia se precisa de técnicos preparados para compreendê-la e depreende-la na engenharia reversa.
Alguém precisa dizer aos nossos governantes que tecnologia se conquista ou se rouba!
Seja como for, o Brasil não irá a lugar algum apenas pensando em pequenas aquisições condicionadas a uma improvável e fantasiosa transferência de tecnologia. Somente alcançará seus objetivos se abrir os olhos para reais parcerias de desenvolvimento, caminhando aí sim para obter tecnologia própria no futuro.
Talvez eles acordem para a realidade de que a tecnologia traduz a cultura de uma civilização que vai ali codificada no seu modo particular de perceber a realidade, são maneiras particulares de relação com a ciência. O computador japonês é diferente do chinês, que é diferente do americano, que é diferente do russo, que é diferente do polonês, que é diferente do alemão; a tecnologia reflete não apenas o grau de desenvolvimento do conhecimento senão a forma particular de fazê-lo. Não se copia a cultura. A cultura sempre é amalgamada quando entra em contato com outras culturas diferentes, nunca sai ilesa da interferência de outra cultura da qual entra em contato. Ambas se modificam. Tecnologia é cultura.
A cultura é um fenômeno desconhecido e misterioso. A cultura não pode ser anulada, transferida, censurada ou ensinada. Cultura não desaparece, nem surge do nada. Ditadores sonham que um dia, uma vez, podem submeter um povo ao seu domínio através da sua perspectiva cultural.
Não tem sido assim na História da humanidade. O dominador é o dominado, e o dominado é o dominante.
Assim, o capoeirista poderia ser preso praticando a sua arte marcial, antes da sociedade desistir de domá-la; mas, o Estado e a sociedade não assimilaram a lição. Perseguiram e estigmatizaram pela criminalização e pela exclusão social os primeiros sambistas, os cabeludos, os barbudos, os rockeiros, os hippies, a feijoada, o bikini, a minissaia, a guitarra-elétrica, os artistas populares, o forró, tudo, antes de virar "chique" e ser transformado pela fusão cultural.
Este processo contínuo de transformação que termina na aceitação, não sem antes modificar os ingredientes da cultura insurgente modificando-a através de uma nova síntese, num processo dialético contínuo de reconstrução.
A cultura é uma criação anônima e coletiva. É a ponta do iceberg de subculturas que vão se amalgamando e consolidando à medida que recebe reforços sociais construtivos e destrutivos, incentivos e discriminações.
Nenhum professor sai ileso de uma sala de aula. É melhor não entrar nela quem pensa que vai ensinar alguma coisa aos seus discípulos. O professor e o aluno saem da sala de aula transformados, trocaram experiências sensitivas e cognitivas sem a consciência do processo lento e vigoroso.
A engenharia social consiste em misturar as experiências de etnias e culturas para forjar o novo. Assim como a América não se transformou na Nova-Europa, com a migração dos britânicos e dos germânicos protestantes, uma nova civilização diferente ali se construiu. E assim vai se construindo uma nova civilização contra a vontade dos israelenses no Oriente médio, porque será inevitável que as duas culturas, ou as muitas culturas árabes, ocidental, judia, cristã, muçulmana, fenícia já estarão produzindo as suas variantes de novos islamismos, judaísmos, cristianismos sem que os seus protagonistas o percebam ou o desejem.
Nós do Ocidente não percebemos o quanto o judaísmo nos marcou. Quando acordamos aos domingos e ao invés de irmos trabalhar ou formos para a escola tudo pára: é o costume judaico que nos obriga a guardar e separar o dia de domingo. O costume da monogamia, a supervalorização do dogma da virgindade, e, assim, sem o percebemos foram introjetados no nosso modo de vida elementos culturais alienígenas, mesclados e transformados, alguns destes elementos vão parar nas nossas leis, outros não escritos como guardar o domingo e a virgindade, mesmo não escritos têm enorme importância tanto ou mais do que as normas formais.
Assim, o silvícola domou e domesticou o jesuíta, ensinou-o a gostar do fumo, de tomar banho, a amar e reverenciar a natureza, comer tomate, batata, mandioca, chocolate, o jesuíta que pensou estar interferindo ou destruindo a subcultura inferior não percebeu que foi contaminado por algo que julgava inferior e inútil.
III - Max Holster e a Embraer
A empresa brasileira Embraer tornou-se hoje um paradigma de como o Estado Brasileiro quando investe em formação e tecnologia apresenta resultados equiparados aos mais altos níveis universais.
Os militares nos anos 60 criaram a instituições certas para darem o salto tecnológico que resultou na criação do maior sucesso do complexo educacional-tecnológico-empresarial do Brasil, até então.
Primeiro criaram os instituições de ensino de primeiro nível, com a criação do Instituto Militar de Engenharia - IME, do Instituto de Tecnologia Aeronáutica - ITA, instituições de ensino. Criaram institutos de tecnologia e pesquisa como Centro Técnológico Aeronáutico – CTA, Instituto de Pesquisa da Marinha – IPEM, assim estavam formadas as bases para o surgimento da Embraer.
Para criarem o seu primeiro produto, o ITA contratou o engenheiro francês especialista em estrutura de aviões Max Holster, e firmou um convênio para a utilização de supercomputadores da NASA para efetuarem os delicados e complexos cálculos de engenharia aerodinâmica do projeto de seu primeiro produto que foi a aeronave batizada de Bandeirante.
Sem a participação de Max o projeto certamente seria um fracasso. Outras idéias mirabolantes e nada práticas foram descartadas sob o comando técnico de Max e do major Ozires Silva, o primeiro diretor da Embraer.
Max Holster trouxe o conhecimento avançado que faltava para introduzir no projeto do Bandeirante, e com a sua participação chave projetou a Embraer como uma empresa competente, e firmou o nome do Brasil dentre os três maiores e mais importantes fabricantes mundiais de aviões.
Mas, não fabricamos ainda os motores turbojatos, nem os aviônicos das aeronaves. Como queremos ser líderes em fabricação de aeronaves? Faltou algo na lição de casa. Se tivéssemos nos dedicado a estes setores certamente que o Brasil não estaria de pires nas mãos com o projeto FX encalhado nas docas da tecnologia que deixou de ser desenvolvida a tempo.
IV - A religião católica
O fator cultural do Brasil rebate em uma das bases de nossa formação que é a religião predominante que segundo Sérgio Buarque de Holanda, marca profundamente o modo de ser e de pensar da nossa civilização brasileira.
Em sua teoria sobre o desenvolvimento e o capitalismo o sociólogo alemão Max Weber associou o sistema capitalista ao espírito protestante e o seu jeito de ser.
Sem maiores preâmbulos, e estendendo a tese de Weber sobre o espírito religioso e a sua influência no comportamento social, econômico e político de uma nação, adicionaríamos, com a vênia de Weber o espírito confucionista e o budista aos requisitos religiosos dos países vitoriosos no capitalismo.
Os países católicos desenvolvidos estão alguns degraus abaixo do desenvolvimento capitalista mundial. Todos os países subdesenvolvidos ou são muçulmanos ou são católicos,segundo Weber.
Esta é uma relação complicada, complexa e não muito clara entre a religião e o desenvolvimento social e econômico, mas ela nos estimula a pensar se realmente existe esta relação direta entre certas religiões e o desenvolvimento capitalista.
Um outro fator determinístico do desenvolvimento vem a ser o fator clima. É sabido que as regiões de clima quente não colaboram para o espírito de contrição, meditação, contemplação, recolhimento e calma necessários para o desenvolvimento intelectual, em contraposição o clima severo do frio nas regiões polares deu a oportunidade para que o processo de evolução se deparasse com as três alternativas possíveis para as espécies ali estabelecidas: a) migração; b) adaptação ao meio ambiente; c) adaptação do meio ambiente ao ser humano.
Diferentemente dos esquimós, os povos nórdicos não procuraram se adaptar as intempéries nem se aproveitar dos meios de fortuna para sobreviverem, mas, pelo contrário, estudaram e desenvolveram a tecnologia para modificar o meio ambiente. Esta é a diferença entre conhecimento científico e conhecimento tradicional.
Os povos situados nas latitudes mais baixas se projetaram como os maiores vencedores na tecnologia e no conhecimento, conforme atestam os ganhadores do Prêmio Nobel.
V - Produção de chips de microprocessadores
Os países de ponta já dominaram e domaram as técnicas de difusão de pastilhas de microprocessadores em seu ciclo completo. Nenhuma potência mundial depende desta tecnologia.
O Japão fez a lição de casa e até nos ensinou como obteve esta tecnologia. Fez um filme documentando como foi que roubou esta tecnologia dos laboratórios da Intel nos EUA, logo após a descoberta do chip de computador pelo Dr. Noyce.
Mas estavam preparados para isto. Nesta fase o Brasil dava passos largos para obter a sua tecnologia de chip. Aí então veio o governo collorido e matou as pesquisas avançadas em andamento no Brasil tirando a irrigação de verbas, extinguiu empresas de pesquisa, desbaratou grupos de pesquisa e abriu as portas do mercado brasileiro extinguindo a reserva de mercado de informática, coisa que os EUA mantém até hoje através do Buy American Act que garante a reserva de mercado de tecnologia para as empresas americanas, como se viu recentemente na última tentativa da venda de aviões Tucano da Embraer para as forças armadas dos EUA, barradas por uma concorrente americana, mesmo depois de anunciado o resultado da concorrência internacional onde a Embraer sagrou-se a vencedora.
Não é preciso dizer que o domínio da microeletrônica é o passaporte para tudo que vier daqui pra frente. Mas, perdemos o bonde desta história.
VI - Indústria automobilística nacional
Nenhuma potência está ausente do mercado de fabricação de automóveis sem a sua própria indústria nacional de automóveis.
Não se sabe a relação direta que isto tem a ver com o fato de ser potência mundial, mas, nenhumas das potências mundiais apresenta esta ausência. Assim como todas as potências mundiais possuem as suas marcas nacionais de automóveis, nenhuma delas deixou de apresentar um programa de lançamento e construção de naves e lançadores espaciais de satélites artificiais e tripulados.
Dominar a tecnologia espacial e automobilística virou uma referência para ser uma superpotência.
Nenhuma delas prescinde do domínio do processo do controle completo do ciclo da energia nuclear.
Diante destes símbolos, como o Brasil vai estar presente sendo diferente, embora pareça ser mera questão de status?
A explicação é que a pesquisa espacial, o domínio da energia atômica é o certificado de qualidade de um rigoroso e competente sistema de domínio das bases de conhecimentos completas de todos os ramos da tecnologia.
Um submarino nuclear é o artefato tecnológico mais complexo jamais construído pela tecnologia humana, a seguir em nível de complexidade tecnológica vem os engenhos espaciais.
O nosso sub nuc precisaria de mais 10 mil novas patentes de invenção e de pelo menos mais 20 mil engenheiros, matemáticos, físicos e químicos com isso e mais dez anos estará concluído o sub e com a sinestesia da complexa evolução nas técnicas de metalurgia, ligas, eletrônica, medição, matemática, hidrodinâmica, sensores, hidroacústica, computação de guerra, e todos os setores relacionados diretamente e indiretamente a indústria naval avançada.
Sem esta certificação não adianta posar de parceiro e ombrear os líderes mundiais em tecnologia.
VII - Ensino e pesquisa: o apagão
O Brasil não vai ser a potência mundial que se anuncia.
Estamos vivendo um apagão de preparação na educação que se comunica com a tecnologia ausente, e este apagão vai estourar a bolha de desenvolvimento que nos movimenta para ocupar os primeiros lugares em desenvolvimento econômico mundial.
Infelizmente este momento está bem próximo. A nossa defasagem tecnológica, educacional vai implodir todo este esforço que colocou o País na aparente vanguarda da economia mundial nestes últimos 10 anos.
Não é a economia quem vai nos explodir, ao contrário do que aconteceu em 2008 nos EUA: o que vai nos explodir é a educação.
Vivemos um gap de educação que não se vai resolver nem que o governo brasileiro invista 100% do PIB nos próximos dez anos, continuamente.
Faltariam professores, universidades, alunos vestibulandos, material didático, pedagogia, incentivos aos alunos para estudarem engenharia ao invés de correrem para os cursos de medicina e de direito.
Todos os países que foram ou são potências mundiais nunca desprezaram a educação e a tecnologia. Não será o nosso País a única exceção. Seria pura fantasia esperar que pudéssemos manter a competitividade com a Índia, que lidera na ciência da Matemática, em programas de computadores, Astronáutica, Engenharias, como a Rússia que lidera em conhecimento tecnológico em todas as áreas de conhecimento básico como Química, Astronáutica, Matemática, Engenharia Naval, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Civil, Medicina, Biologia, Estatística, a China domina as Engenharias, Matemática, Química, Astronáutica, Computação, Metalurgia, e o Brasil: dominando o Direito, Relações Internacionais, a melhor diplomacia do mundo, Novelas de TV, Carnaval, Futebol e Astrologia!
O Brasil não tem demanda para poder formar e empregar o grande exército de matemáticos, físicos e engenheiros de que necessitaria para alçar um voo para o primeiro lugar no mundo tecnológico porque está preso ao círculo vicioso de que não precisa de engenheiros porque não possui projetos e programas de pesquisa intensiva e não pode tocar projetos de pesquisa intensiva como o sub nuc porque não tem massa crítica de engenheiros, matemáticos e de físicos.
Para sair deste impasse mexicano, sugiro a criação de um poderoso incentivo econômico que vai desviar a nossa juventude do sonho único de serem astros do futebol, e trazer de volta ao país aqueles que levaram para outros países o conhecimento que o Brasil vai precisar dentro de 40 anos para ser a referência número um em tecnologia quântica.
A ideia é a de criar um programa de prestação de serviço patriótico civil obrigatório para todo aluno de escola pública que se formar em Matemática, Física, Estatística e Engenharia intensiva em Matemática.
Estes egressos fariam uma prova anual para receberem durante toda a sua vida uma bolsa que varia entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00 de acordo com a nota da prova anual de Matemática, Física e Engenharia de uso intensivo de Matemática. Para os Mestres seria paga a quantia vitalícia de R$ 8.000,00 e para os doutores a quantia de R$ 12.000,00.
Todos estes bolsistas ficariam durante toda a sua vida à disposição do Estado para prestarem serviços por demanda para resolverem e participarem de problemas e projetos de interesse nacional em empresas atuando no Brasil privadas ou estatais, escolas e instituições de pesquisa, produzindo quando não estiverem atuando nestes projetos algum artigo científico a ser publicado em revistas especializadas acadêmicas uma vez por ano, alternativamente ao trabalho ou prestando assim a contrapartida inclusive lecionando quando preciso for.
Assim, dentro de 50 anos estes profissionais estariam colaborando e até formando empresas de consultoria, indústrias e patenteando inventos tecnológicos comerciais e estratégicos sigilosos para o Brasil se ombrear e ocupar o primeiríssimo lugar na tecnologia em todos os ramos.
A comunicação social, citando fontes do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, informa sobre um acordo prévio russo-chinês visando o fornecimento para a China de 24 caças Su-35. O contrato poderá facilitar a entrada deste avião russo no mercado mundial, embora a cooperação com a China envolva certos riscos.
Veja as fotos do caça Su-35
O caça Su-35BM virou a última interação da plataforma T-10C. O seu primeiro modelo era o famoso caça Su-27 que, a par da sua modificação, o Su-30 conquistou, nos anos 1990-2000, a fama mundial. Os aviões baseados em plataforma T-10 têm gozado de grande procura nos últimos 20 anos.
Convém notar que foi a China que lhe abriu o caminho para o mercado internacional. O primeiro contrato, prevendo o fornecimento de 20 caças Su-27SK, foi assinado em 1991, enquanto que o segundo, visando a venda de 16 aparelhos do gênero, foi firmado em 1996. Em seguida, foi firmado um acordo de entrega de 100 lotes para a montagem autorizada. Depois disso, a China adquiriu os aviões de marca Su-30MKK.
Aos contratos acima se seguiram os acordos com a Índia, a Malásia, o Vietnam, a Argélia e outros países. Todavia, o sucesso comercial tem um lado reverso. Ao proceder à montagem, a China começou a copiar o caça russo, tendo lançado a produção do avião "local" próprio J-11. Por uma série de características, inclusive o recurso de propulsores e o equipamento de bordo, a versão chinesa copia em muito o original. Mas o processo de reprodução aumentou as potencialidades da indústria de aviação militar chinesa, o que permitiu acelerar a modernização da Força Aérea, a qual, no início dos anos 2000, tinha a seu serviço os engenhos J-6, quase idêntico aos Mig-19 soviéticos dos anos 50 do século XX.
Não é primeira vez que a China manifesta um vivo interesse em relação aos aviões de 5ª geração. Todavia, o destino do Su-27 na China implica reflexões sobre uma eventual repetição da história com o Su-35. Quem poderá garantir que não haja tentativas de copiar o avião russo? As perdas potenciais com isso poderiam ser diminuídas por um significativo lote de cerca de 50 aparelhos voadores. Tal aquisição privaria de sentido a reprodução, enquanto que o dinheiro auferido pelo produtor, poderia ser canalizado para a projeção de engenhos mais sofisticados.
Uma partida de 24 aviões não seria suficiente para aceitar uma hipótese de que, daqui a 10-15 anos, venha surgir no céu um clone chinês. O risco poderá ser diminuído pelo eventual fornecimento da versão simplificada do Su-35 que, provavelmente, será posto em prática. O preço de 1,5 bilhões de dólares por 24 engenhos não parece muito elevado. O preço das versões "top" com base em T- 10 já superou a fasquia de 100 milhões por uma unidade.
O fornecimento da versão simplificada, tomando em conta que a reprodução da máquina levaria 5-7 anos, poderá vir a ser uma opção razoável mas não ideal. O ideal seria a redução de fornecimentos do equipamento hi-tech militar russo àquele país. As perdas potenciais poderiam ser compensadas à custa da encomenda interna.
Disputa por cérebros
Ação Civil Pública quer limitar Boeing a contratar apenas 21 engenheiros por ano da Embraer
Empresa americana já contratou quase 100 profissionais da brasileira desde 2022
Em meio à contratação pela Boeing (BOEI34) de quase uma centena de engenheiros extremamente qualificados da Embraer (EMBR3) em São José dos Campos (SP), berço da empresa brasileira (e do setor aeroespacial e de defesa do país), uma Ação Civil Pública (ACP) tenta impor uma série de restrições à gigante americana, por ameaça à soberania nacional.
O foco das contratações tem sido por engenheiros de nível sênior, principalmente das áreas de estratégia e aviônica, de profissionais com anos de experiência e que chefiam importantes áreas de desenvolvimento de aeronaves, com informações privilegiadas de projetos com segredos industriais, como os caças Gripen.
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Das mais de 200 contratações feitas pela Boeing nos últimos meses, mais de 90 foram de profissionais da Embraer (veja mais abaixo). E, com o avanço das contratações, a Boeing tem buscado até engenheiros em meio de carreira.
A ação judicial movida pela Abimde e pela AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), quer impedir a Boeing de contratar mais do que 0,6% do quadro de engenheiros por ano de cada uma das Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e das Empresas de Defesa (ED), que atuam no desenvolvimento de Produtos Estratégicos de Defesa (PED). A Embraer é associada tanto à Abimde quanto à AIAB.
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Caso o pedido seja atendido, a Boeing seria limitada a contratar apenas 21 engenheiros da Embraer por ano no Brasil, pois a multinacional brasileira tem cerca de 18 mil funcionários atualmente, dos quais 3,5 mil são engenheiros, e praticamente nenhum profissional das empresas menores do polo aeroespacial de São José dos Campos. Ainda não há uma decisão sobre o mérito do processo, que foi movido em novembro pelas associações e pelo escritório Tojal Renault Advogados.
“Eles não cessaram as contratações. Sabemos que, quanto mais o tempo passa, mais a situação se agrava”, afirma Julio Shidara, presidente da AIAB. Gallo, da Abimde, diz que “o volume [de contratações] não é a parte mais importante. Não é só um número alto, é fundamentalmente uma questão do ponto de vista quantitativo. Se tira uma pessoa que tem o conhecimento de todo um ciclo do produto e leva para uma única empresa, qual é a chance de a propriedade intelectual ir parar na mão de uma concorrente? É uma pergunta retórica”.
Enquanto a primeira reportagem mostrou a “disputa por cérebros” entre a Boeing e a Embraer, a desta quarta-feira (22) destaca as acusações da Ação Civil Pública contra a Boeing — e a defesa da gigante americana no processo.
A ACP também pede que a gigante americana seja multada em R$ 5 milhões por profissional de engenharia contratado acima do limite (e que o valor seja revertido à empresa afetada), além de obrigá-la a pagar à Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate) o mesmo valor que a Embraer e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) já gastaram nos 21 anos do Programa de Especialização em Engenharia (PEE).
O PEE oferece um curso de mestrado profissional – a principal porta de entrada para engenheiros recém-formados na Embraer –, e a empresa brasileira investe cerca de R$ 5 milhões por ano no programa, que em 21 anos de existência já formou 1,6 mil engenheiros (uma média de 76 profissionais por ano). As associações querem que a verba destinada à Funcate seja aplicada em projetos para formar profissionais de engenharia aeronáutica no país, devido à escassez de mão de obra do setor.
“A presença maciça da Boeing atua como um fator de desequilíbrio entre oferta e demanda dos profissionais. Se a Boeing viesse com 10 bilhões pra formar profissionais, não haveria problema”, afirma Leonardo Bissoli, um dos advogados que assinam a ação. “Ninguém quer impedir a Boeing de atuar aqui no Brasil. Quer que haja um equilíbrio para todos os ‘players’ do setor de defesa. É isso o que a ação busca”.
Na ação, a Abimde e a AIAB afirmam ainda que as contratações da Boeing são “inconstitucionais e ilegais”, “porque impõem um processo degenerativo à Base Industrial de Defesa (BID) nacional, possibilitam a transferência de tecnologias militares nacionais e segredos do Estado brasileiro a controle estrangeiro e, consequentemente, colocam em xeque a autonomia tecnológica de defesa, indispensável à garantia da soberania nacional” (veja mais abaixo).
O que diz a Boeing
Antes mesmo de ser intimida a se defender no processo, a Boeing já se manifestou duas vezes. A gigante americana diz que a Abimde e a AIAB “não possuem legitimidade ativa para propor uma Ação Civil Pública” e querem impedir a empresa de “exercer seu direito constitucional de livre contratação de funcionários”. Diz também que “as associações não fornecem qualquer base legal para as medidas extremas pleiteadas” e pede a extinção do processo.
A empresa afirma ainda que a ação, “travestida de uma defesa da soberania nacional”, terá como consequência “arrefecer a concorrência por empregados no Brasil, em um enorme prejuízo à mão de obra brasileira”. “As autoras estão essencialmente sugerindo que não deveria ser permitido que engenheiros brasileiros apliquem para vagas de trabalho da Boeing Brasil, mesmo que a oportunidade aprimore sua carreira, resulte em desenvolvimento profissional ou ofereça maior salário”.
A Boeing chama o limite de 0,6% de contratação, que a Ação Civil Pública tenta impor, de “número irrisório e arbitrário” e diz que “não pode ser impedida de oferecer bons salários e boas posições aos trabalhadores no Brasil”. “As autoras utilizam esta ação para estabelecer cláusulas de não-concorrência com todos os seus antigos empregados sem qualquer custo ou justificativa”, afirma a empresa. “Uma cláusula de não-concorrência geralmente requer uma fundamentação razoável e uma compensação paga, uma vez que limitará o direito do empregado de trabalhar por um período de tempo específico. Entretanto, as autoras querem obter um cheque em branco do Judiciário”.
“Os pedidos formulados pelas autoras não apenas são abusivos, incertos e indeterminados, mas também carecem de qualquer correlação lógica com a prática que as autoras atribuem à Boeing Brasil. As autoras requerem a limitação de contratação em um percentual arbitrário de 0,6%, com base em um cálculo em nota de rodapé da petição inicial, e obrigação pecuniária a ser destinada a uma fundação, sem nexo causal com a suposta prática da Boeing Brasil de contratação de engenheiros e sem revelar qual o real valor requerido que deve ser transferido”, afirma.
A Boeing diz ainda que as associações “não demonstraram indícios mínimos de apropriação de segredos industriais que teriam sido indevidamente obtidos” e pede que a ACP seja rejeitada, “uma vez que o seu pedido é danoso à ordem econômica nacional, à livre iniciativa e à livre concorrência”. Diz também que muitas das associadas à Abimde e à AIAB são empresas estrangeiras com filiais no Brasil, assim como a Boeing (entre as quais estão Airbus, BAE Systems, Collins Aerospace, Pratt & Witney e Saab).
“A hipocrisia da demanda das autoras é clara ao se considerar a tutela de urgência que estão requerendo: que a Boeing Brasil fique proibida de contratar funcionários brasileiros, enquanto as associadas das autoras com acionistas que tenham sede estrangeira […] continuariam livres para contratar profissionais brasileiros. Ao invés de uma Ação Civil Pública apropriada, destinada a salvaguardar a defesa nacional e a soberania, a petição inicial nada mais é do que queixas individuais e heterogêneas de natureza comercial”, afirma a Boeing.
Segundo a empresa americana, que é representada no processo pelo escritório Pinheiro Neto Advogados, as associações “buscaram retratar o que claramente são reclamações comerciais individuais como danos coletivos à defesa e segurança”, mas o propósito da ação é “mascarar uma disputa privada (que possui diferentes leis, jurisdição, requisitos, custos, etc.) como uma ação coletiva”. “Se trata de participantes da indústria competindo por talentos”.
Na sua segunda manifestação no processo, a empresa afirma ser “preocupante que outras empresas da indústria tenham se unido para propor uma ação judicial com o expresso objetivo de limitar as ações da Boeing Brasil para concorrer pelo mercado de trabalho, criando dificuldades para o livre exercício profissional e a livre iniciativa”, e pede que as associações que ingressaram com a ACP “sejam condenadas ao ressarcimento das despesas processuais despendidas pela ré e ao pagamento de honorários advocatícios”.
A empresa americana afirma também que a Abimde e a AIAB “falharam em explicar e demonstrar quais direitos de propriedade intelectual específicos foram violados e qual foi o dano causado”, pois “o segredo industrial é, essencialmente, um direito de propriedade individual”. Diz ainda que “qualquer suposto prejuízo às autoras foi decorrente do próprio livre arbítrio de seus funcionários, que decidiram buscar melhores oportunidades de emprego”.
“Engenheiros brasileiros são livres para trabalhar na empresa que ofertar melhores condições de trabalho, especialmente em um mercado altamente especializado”, afirma a Boeing em sua petição. “A proibição da contratação desses engenheiros por Boeing Brasil, em vista do risco potencial de desvio informacional, sem qualquer mínima evidência da existência de que tal desvio tenha ocorrido, seria abusiva e desproporcional”.
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“Não há nos autos qualquer elemento de prova e sequer se esforçam as autoras a indicarem quais segredos industriais da Embraer teriam sido indevidamente apropriados”, completa a Boeing. “Além de saltar aos olhos o uso de uma Ação Civil Pública para defesa de interesses individuais da Embraer, a ausência de informações mínimas sobre quais seriam as supostas informações confidenciais estratégicas evidencia não haver qualquer probabilidade de violação do pretenso direito”.
Acordo frustrado, disputa bilionária
A “disputa por cérebros” entre a Boeing e a Embraer no interior de São Paulo ocorre anos após a gigante americana desistir de comprar a divisão comercial da brasileira, em um negócio de US$ 5,2 bilhões. As duas empresas formariam uma joint venture, e a Boeing pagaria US$ 4,2 bilhões à Embraer por 80% da nova empresa (os outros 20% continuariam com a multinacional brasileira).
O negócio foi divulgado pela primeira vez no fim de 2017 e evoluiu para um acordo, mas em abril de 2020, depois de mais de dois anos de negociação e adaptações (a Embraer chegou a segregar toda a sua divisão comercial, para concluir o acordo), a Boeing anunciou a desistência do acordo.
Na ocasião, o mundo vivia a incerteza do início da pandemia de Covid-19 e a Boeing enfrentava uma série de graves problemas com o 737-Max. Dois aviões do modelo caíram em um intervalo de cinco meses, matando 346 pessoas, o que fez com que governos proibissem o 737-Max de voar e companhias aéreas de todo mundo fossem obrigadas a permanecer com suas aeronaves em solo.
Ao anunciar a desistência, a Boeing afirmou que a Embraer não tinha “atendido às condições necessárias” nem cumprido o contrato. A empresa brasileira negou e disse que a Boeing rescindiu “indevidamente” o acordo, “fabricando falsas alegações”. Disse ainda que a americana vinha adotando “um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA (acordo), pela falta de vontade em concluir a transação, pela sua condição financeira, por conta dos problemas com o 737-Max e por outros problemas comerciais e de reputação”.
As duas empresas estão em um processo de arbitragem, que já se arrasta por quase três anos, para definir quem está com a razão (e se uma companhia deve indenizar a outra pelo fim do acordo).
Em seus balanços financeiros, a Embraer diz que “não há garantias com relação ao tempo ou resultado dos procedimentos arbitrais ou qualquer reparação que a Embraer possa receber ou perda que a Embraer possa sofrer como resultado ou com relação a tais procedimentos arbitrais”; já a Boeing afirma que “a disputa está atualmente em arbitragem”, que não pode “estimar razoavelmente uma faixa de perda, se houver”, e que espera que o processo seja concluído “no final de 2023 ou início de 2024”.
Ameaça à soberania nacional
Na Ação Civil Pública, a Abimde e a AIAB afirmam que as contratações da Boeing são “inconstitucionais e ilegais” e “possibilitam a transferência de tecnologias militares nacionais e segredos do Estado brasileiro a controle estrangeiro”. “Consequentemente, colocam em xeque a autonomia tecnológica de defesa, indispensável à garantia da soberania nacional”.
Assinada pelo escritório Tojal Renault Advogados, a petição inicial diz que, no negócio frustrado entre a Boeing e a Embraer, a empresa americana “obteve uma série de informações sigilosas e estratégicas da Embraer – e, consequentemente, de todas as Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e Empresas de Defesa (ED) do setor aeroespacial, já que praticamente todas são prestadoras de serviços e/ou fornecedoras da própria Embraer, a maior empresa de defesa da América Latina”.
As associações dizem que a Boeing “tinha o interesse não apenas em adquirir parcela da aviação comercial da Embraer, mas sim o de obter toda a estrutura de engenharia e desenvolvimento integrado do produto, que tornaram a companhia brasileira ponto de referência mundial na produção de aeronaves”. Dizem ainda que a engenharia aeroespacial brasileira é capitaneada pela Embraer e, em volta dela, “orbitam diversas empresas de excelência e estratégicas à defesa da soberania nacional”.
A ação acusa a Boeing de “se valer das informações estratégicas […] que obteve nessas tratativas para tomar à força a capacidade humana produtiva da área de engenharia aeroespacial nacional”. “Isso em vez de efetivar a parceria, pagar os valores dela decorrentes e obter todas as aprovações regulatórias cabíveis, em um processo que certamente evitaria a desestruturação da indústria de defesa nacional e a eventual divulgação de segredos de estado a estrangeiros”.
Segundo a Abimde e a AIAB, as empresas perderam para a Boeing até 10% dos seus engenheiros e até 70% dos profissionais de áreas específicas e essenciais às suas atividades. “Todas as empresas mais relevantes do setor de defesa aeroespacial já perderam e vêm perdendo engenheiros [para a Boeing]”, afirmam as associações.
Elas citam como exemplos Akaer, Avibrás, AEL Sistemas, Safran e Mac Jee, além de empresas de “pequeno porte” (menos de 50 funcionários), como a Orbital Engenharia, “que é protagonista de importantes projetos de defesa nacional, tais como o Projeto PSM (Plataforma Suborbital de Microgravidade), Projeto 14x (propulsão hipersônica) e o Projeto do Satélite Amazônia 1 (satélite ótico de observação da terra)”.
O processo diz que, mesmo a Embraer, “que é a principal empresa do setor de defesa aeroespacial brasileiro e que tem melhores condições operacionais e econômicas de resistir e enfrentar os atos de aliciamento que estão sendo sistematicamente praticados”, perdeu até novembro “65 profissionais de engenharia altamente especializados, que exerciam, em sua maioria, posições de liderança, e tinham, em média, mais de 13 anos de trabalho na companhia” (esse número já subiu para mais de 90 neste ano).
A ação afirma ainda que a Boeing tem tido uma “preferência pela área de aviônica”. “Não por acaso, é a área de maior escassez de profissionais especializados no âmbito da engenharia aeronáutica, uma vez que são esses profissionais os responsáveis pelo desenvolvimento dos sistemas de integração homem-máquina, ou seja, que desenvolvem os sistemas de navegação, comandos, comunicação, controles de voo e piloto automático”.
Escassez de profissionais
O documento aponta também uma escassez de engenheiros espaciais no mercado, apesar de a Embraer ser líder mundial na aviação comercial de aviões para até 150 passageiros e São José dos Campos ser “um dos principais polos de formação de engenharia aeronáutica no mundo”, que foi “construído ao longo de mais de 70 anos de investimentos do Estado brasileiro em pesquisa, tecnologia e educação, com o objetivo de garantir a autonomia tecnológica necessária à defesa da soberania nacional”.
Segundo a ação, diante da “escassez crônica de engenheiros altamente qualificados” e devido à grande dificuldade de formação desses profissionais, a Boeing está “operando uma sistemática captura profissional de empregados estratégicos”, adotando “estratégias agressivas”. “As proporções do assédio assumem contornos econômicos desastrosos” por causa do seu “notório poderio econômico-financeiro”.
Para tentar “estancar a sangria” e reter seus talentos, o InfoMoney mostrou que a Embraer tem dado aumentos de salários e pagado benefícios aos funcionários, como cursos de formação e qualificação (que profissionais pagavam do próprio bolso). Há relatos de reajustes inclusive para engenheiros que não receberam propostas da Boeing, mas trabalham em áreas estratégicas da empresa.
Mas a multinacional brasileira tem cerca de 18 mil funcionários em todo mundo, dos quais 3,5 mil são engenheiros. Para efeito de comparação, a Boeing tem mais de 150 mil empregados e pretende contratar mais 10 mil em 2023, após já ter contratado 23 mil pessoas em 2022 (mais do que todo o quadro de funcionários da Embraer), segundo a Dow Jones Newswires.
As associações incluíram no processo um parecer técnico de Armando Castelar Pinheiro, economista e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV). Formado em engenharia eletrônica pelo ITA, mestre em matemática pela Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e doutor em economia pela University of California, Castelar afirma que “esse tipo de cooptação é uma forma conhecida de absorver a propriedade intelectual desenvolvida pela empresa de que saem os trabalhadores”.
“[O trabalhador] leva esse conhecimento consigo e, quando o recrutamento é feito de forma sistemática, cobrindo as diferentes áreas de operação da empresa de que saem os funcionários, tem-se um conjunto coordenado de informações”, afirma o especialista. “É certamente plausível que, ao contratar um conjunto selecionado de engenheiros até então, ou até pouco antes, empregados nas empresas dos setores aeroespacial e/ou de defesa, uma empresa traga junto o conhecimento que eles detêm sobre os produtos, as tecnologias e os processos desenvolvidos e utilizados por essas empresas. Uma forma, portanto, de adquirir esse conhecimento sem pagar por ele”.
Segundo Castelar, “o Brasil corre um sério risco de retrocesso e desestruturação de seu setor aeroespacial e de defesa, ameaçando não só a sobrevivência das empresas do setor, mas também colocando em risco todo o investimento que o país fez no seu desenvolvimento ao longo de décadas”. “Esse movimento vai de encontro ao interesse coletivo e deveria ser fonte de preocupação para o Estado brasileiro e a sociedade em geral, pelas sérias repercussões que poderia ter para o país”.
“É certo que esse processo agressivo de contratações, promovido em um curto período, em um setor da economia essencial à soberania nacional, precisa sofrer limitações pelo Poder Judiciário, de forma a evitar a captura de segredos de Estado pela Boeing, bem como para evitar a obliteração de toda a base industrial que garante a autonomia tecnológica de defesa, afetando, consequentemente, a soberania nacional”, afirmam as associações na ACP.
“O cenário que se coloca é o de um grupo estrangeiro, com enorme capacidade econômica, tomando à força a capacidade produtiva das empresas que conformam a Base Industrial de Defesa (BID) nacional para a instalação de um escritório de projetos de engenharia, o qual terá por finalidade única constituir propriedades intelectuais que serão remetidas aos EUA, onde serão usufruídos os seus frutos”, diz a ação. ”O Poder Judiciário não pode permitir que o Estado brasileiro se ajoelhe perante outra nação sem a imposição de restrições”.
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