terça-feira, 23 de julho de 2024

Olhando a religião a partir da Fenomenologia

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Olhando a religião a partir da Fenomenologia

Preâmbulo:

A terra não é o centro do universo;

Nunca houve o bigbang;

Biden foi derrotado;

TPI e ONU não têm eficácia;

Deus Yahweh não está no céu;

A idade Média termina em 2025

Infelizmente não haverá a terceira guerra por falta de papel higiênico.



Consequências deste corolário vestibular:

A ciência da Matemática não existe no mundo concreto e real, a Matemática é um conjunto fechado de proposições cognitivas que só fazem sentido no mundo abstrato, fechado e controlado da Matemática.



Não se pode dividir nenhum algarismo por zero, o resultado pela teoria dos limites que é um processo algorítmico de aproximações sucessivas que se permite saber se na vizinhança de um determinado ponto ou limite o que aconteceria caso fosse possível encontrar esse ponto ou esse limite, portanto, uma especulação sobre algo que não conhecemos a partir de algo que conhecemos, portanto, pela teoria do limite uma divisão por zero seria um número de quociente tão grande; um número assim seria infinitamente tão grande quanto o universo.



No mundo real, poderíamos matematicamente acabar com a fome e a pobreza do mundo todo dividindo um dólar americano, que é a moeda internacional do mundo, por zero, o resultado matemático seria um número tão grande quanto seja o universo todo: ilimitado!



O cérebro fisiologicamente possui apenas líquidos de sangue, água, enzimas, e impulsos elétricos e magnéticos, reações bioquímicas nos neurônios, mas não contém uma única letra, ou uma única palavra ou frase, ou qualquer texto gravado nele, não possui o cérebro nenhuma imagem, no entanto, sabemos que estão lá as informações do mesmo modo que na memória eletrônica do celular, ou do notebook, ou do tablet não existe qualquer informação, apenas correntes elétricas fluindo de modo organizado em um protocolo de dados e de instruções e endereços lógicos codificados, e controlados. Onde estão as informações no computador, no disco rígido, no pen drive, se não podemos ver?



O mundo simbólico invisível é o único mundo existente, por isso Deus não existe no mundo físico, Deus nem se importa se você acredita nele ou não. Não faz diferença, como não faz diferença você gostar ou não de Matemática, a Matemática não liga nem se importa com isso, nem com você.



Perguntar se alguém acredita em Deus é tão inútil como descobrir mais uma estrela no céu onde apenas na nossa galáxia a Via Láctea possui 400 bilhões delas, talvez um trilhão, não vai mudar nada na sua vida, não tem a menor importância, exceto o sol, o restante delas, as estrelas no céu, não vão ter alguma influência na sua vida.



Desde a minha infância eu fui uma criança infame, cética com relação à ciência, sempre duvidei dos cânones científicos, gostava de desconstruir o conhecimento tradicional portanto, a minha aplicação da curiosidade despojada no campo da ciência para o campo espiritual foi mais fácil.



Todo progresso importante da tecnologia não foi uma evolução, mas uma ruptura com o conhecimento maduro da época em que aconteceu, e sempre uma ruptura provocará a reação dos próprios membros da comunidade científica tradicional que tanto esforço de muitas décadas de dedicação foram dispendidos, e se precisa de ter-se um desprendimento para esquecer tudo do velho e reaprender o novo, e poucos cientistas têm capacidade para essa resignação, ao contrário, as pessoas arrogantes de seu conhecimento são resilientes aos novos conhecimentos, seja intelectual ou não. Assim como um cego de nascença pode nunca saber como é uma cor, ou uma pessoa com daltonismo nunca poderia saber o que é uma cor, o ignorante também não tem como saber se ele é estúpido e ignorante.



A questão da existência concreta do universo é um problema apenas para as pessoas que já rejeitaram a fenomenologia, aquelas que não acreditam na “matrix”, literalmente.



Então, eu menino sempre imaginei uma nova ciência; o que se percebe é que estamos limitados pelo conhecimento científico do passado, tudo precisa ser reinventado, até o método científico, Perguntar se Deus existe pode parecer inteligente, mas é a pergunta mais imbecil para se fazer a um físico de campo quântico. Não vai encontrar imagens nem textos dentro de um chip de celular ou de computador, existe um protocolo para se inserir e resgatar informação, assim estão os nerônios do cérebro, não dá para se ver o som, nem a força da gravidade, nem a energia elétrica, nem o cheiro, nem o pensamento, nem a dor, quase tudo que se considere interessante e importante não pode ser visto, não dá pra ver as informações entrando e saindo da antena do celular que acontece o tempo todo, portanto, perguntar se existe a eletricidade sem poder ver sem poder ver a radiação que sai do urânio 235 que pode matar você sem você saber, sem sentir dor, sem sentir qualquer sensação, apenas você morre sem saber de que está morrendo.



Deus está nessa categoria das entidades que não cumprem com os parâmetros e variáveis experimentais, faz parte de uma nova natureza de entidades para as quais a ciência ainda não tratou com a dedicação que deve aos outros campos de conhecimento avançados, mas não quer dizer que não interfere ou deixa de interferir.



Desde muitos milênios o ser humano primitivo já percebeu algumas anomalias do campo invisível que possui forças muito sutis que modernamente a ciência do comportamento chama timidamente de parapsicologia, são campos de eventos ligados à telecinese, adivinhação, comunicação telepática, assim como misturamos isso à práticas religiosas, mas as pessoas mais abertas já perceberam que não se deve nunca zombar de qualquer prática religiosa, parece que o inconsciente coletivo ou outras forças poderosas acabam fazendo com que aconteçam as coisas estranhas e desejadas quando muitas pessoas reunidas pensam e desejam as mesmas coisas e essas coisas muito desejadas acabam acontecendo, independentemente da seita ou da religião, ou dos deuses, ou das entidades nominadas invocadas para realizar o desejo, e isso precisa de um nome e de uma aceitação, ou de uma percepção mais livre de preconceitos porque os fatos existem e são o principal motivo das religiões existirem e mudarem as vidas das pessoas, apenas não se descobriu a fórmula infalível e exata para se controlar estes eventos de modo metódico e regular, com a expectativa de mais assertividade do que ainda temos através dos métodos de invocação destas forças, como: despachos e imolação de animais em sacrifício; orações milagrosas; eventos como peregrinações longas e dolorosas; palavras especiais de unção, parece que às vezes funciona, mas na maioria das vezes não se obtém o resultado esperado sem ser um evento aleatório, mas, os indícios de que o campo espiritual está à espera de alguma religião ou alguém decifre as portas de acesso ao campo das forças mais poderosas do universo que é o campo invisível espiritual.

Nem o gênesis da bíblia ou da Torah se antecipou na criação de uma religião para Adão, Eva, Caim, Abel, Noé, nenhum deles tinha qualquer religião, então Deus Yahweh seleciona um velho chamado Abrão que era um adorador de outros deuses e cria com ele um pacto para fundar uma tradição étnica, cultural e religiosa, cria o judaísmo, cria a linhagem do povo hebreu e com isso nasce uma língua nova o hebraico uma cultura e uma religião.

Então, se a religião não era importante nem para Deus desde Adão e Eva, porquê passou a ser depois de Abraão e exclusivamente para um novo povo, para ninguém mais?

Então, a bíblia relevou qual seja a relativa a importância da religião e a sua relevância e pertinência muito tardiamente pois a religião é uma das instituições de controle social com são também: o Estado, o governo, a família, as leis de Moisés, as leis do Estado, a ética e a moral, a comunidade, a expectativa das pessoas que circulam na nossa órbita social eventualmente ou frequentemente, nos clubes e na vizinhança existem centenas de contratos sociais escritos ou não, como o contrato invisível de convivência no namoro, na amizade, no contraparentesco como cunhados, sogras, então todas as normas e regras sócias pertencem ao sistema mais inclusivo de todos que prevê punições sociais não formais que é a mais abrangente e inclusiva de todas as formas de controle que é a religião.

A religião está acima da gente assim como o estado, o governo, o sistema político porque todos foram criados pela sociedade para estabelecer normas de convivência social toleráveis, então a religião não é sagrada e inviolável, como a democracia pode sofrer mudanças e atualizações, como a democracia não é aquilo que os USA querem impor em todos os países, nem é determinada por um grupo de nações sobre outras, pois existem dezenas de tipos de democracias e de forma de governos variados, com eleições ou sem eleições, com eleições diretas, com líderes indiretos no parlamentarismo, ou com partidos políticos ou sem os partidos políticos, com regras para ser escolhido nas eleições e para cassar políticos eleitos, então a democracia não pode ser ditada porque ela muda constantemente e quem decide quando mudar também é formalizado pelas regras democráticas de exceção ou não.

Religião e democracia não totens sagrados e intocáveis justamente porque foram criados pelos seres humanos para os seres humanos com todas as vicissitudes e limitações e falhas como tudo o que é humano.

A religião foi a maior invenção humana demonstrando uma forma superior de inteligência criar uma entidade superior a todos os homens para submeter todos os seres humanos a esta instituição, uma ideia genial e autojustificável, mas o ser humano precisa sempre ser lembrado disso: nós inventamos a religião.


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