sexta-feira, 25 de maio de 2012

Minhas Poesias e Poemas

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Minhas Poesias e Poemas

0 - NINI




Promessa ferindo o ar

Faz meu coração mudar de cor

Repica o sino matinal

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Alimentos: fim da Era dos alimentos baratos. (Ecoinocentes, ecólatras, ecoterroristas)

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Os eco inocentes


Não existe a sustentabilidade na Agricultura.
As florestas e a agricultura humana consomem nutrientes e reduzem o estoque de nutrientes do solo indistintamente.






Muitas vezes eco inocentes úteis são instrumentalizados através de uma eco onda de eco fábulas que se espalham por todos os lugares onde pode vicejar eco ilusões sobre supostos inimigos da natureza.



Então são disseminados eco alarmes falsos pelos eco próceres sobre eco catástrofes que se anunciam iminentes sobre o pseudo eco equilíbrio natural ameaçado por alguma intervenção humana sobre o meioambiente terrestre.



Eco debilóides completamente estranhos à ciência biológica espalharam eco bobagens iludindo e aumentando o grau de eco pânico entre os desavisados, criando uma legião de eco-lófobos, eco picaretas e ecoterroristas em todo o mundo, principalmente entre artistas decadentes, jovens eco ingênuos e pessoas ávidas por participarem de algo realmente relevante. Mas o resultado deste processo de eco recrutamento e eco arregimentação de eco militantes foi a criação de uma legião de ecólatras liderados pelos ecocêntricos que desprezam a raça humana.



Aonde querem chegar com a sua pregação eco alarmista, sobretudo contra os produtores de alimentos e sobre a produção de energia?



São estes os insumos mais importantes, depois do oxigênio, para a vida humana na Terra.

O que significa a sustentabilidade?


Há cerca de 580 milhões de anos surgiam os primeiros seres vegetais. Eram produtores, isto é: produziam o seu próprio alimento, produziam matéria carbônica, produziam oxigênio e eram autótrofos.




Antes disso a Terra era um esferóide quente, liso e estéril, porque não havia solo, nutrientes e seres vivos.



Existiam quatro continentes no Cambriano, três pequenos mais ou menos na região entre os trópicos: Laurentia (parte central da América do Norte), Báltica (parte da Europa) e Sibéria (mesma região no oeste russo); e um supercontinente no sul: Gondwana.



Todos esses continentes eram de simples rocha nua e estéril, já que neste período ainda não existiam plantas, ainda que alguns especialistas acreditem que nas regiões mais úmidas poderia crescer um manto composto de fungos, algas e líquens.



Os climas do mundo eram bem mais quentes; não havia nenhuma glaciação. A maior parte dos continentes se colocavam nas latitudes tropicais e temperadas do sul, que suportaram o crescimento de recifes extensivos de espécies do grupo Archaeocyatha na água rasa no Cambriano Inferior.



O hemisfério norte era quase totalmente coberto por um oceano colossal, ao qual os paleontólogos deram o nome de Panthalassa. Também havia oceanos menores separando os continentes no hemisfério sul.



Autotrofismo ou autotrofia (grego trofein, alimentar-se), em biologia, é o nome dado à qualidade do ser vivo de produzir seu próprio alimento a partir da fixação de dióxido de carbono, por meio de fotossíntese ou quimiossíntese. É o oposto de heterotrofismo. Os seres vivos com essa característica são chamados de autótrofos ou autotróficos.



Estão entre eles bactérias (Cyanobacteria), protistas (algas), e algumas plantas. Os animais e os fungos são heterótrofos.



Os líquens são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou cianobactéria (o fotobionte). Alguns taxonomistas classificam os líquens na sua própria divisão (Mycophycophyta), mas isto ignora o fato de que os componentes pertencem a linhagens separadas.



Por outro lado o fungo é o componente dominante do talo do líquen e são usualmente classificados como fungos. Podem ser encontrados nos mais diversos habitats, de geleiras, rochas, árvores, folhas, desertos e são excelentes colonizadores primários. São geralmente estudados pelos botânicos, apesar de não serem verdadeiras plantas.



Vale destacar que segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica o termo Líquens ou Líquenes está em desuso, sendo mais adequado o termo Fungos Liquenizados.



Os musgos são representantes do grupo das briófitas e como tal são desprovidos de vasos de condução e tecidos. São constituídos por caulóides, rizóides e filóides. São plantas criptógamas, isto é, que possui o órgão reprodutor escondido, ou que não possuem flores. Preferem viver em lugares úmidos (são dependentes da água para a reprodução, cuja fase dominante é a gametofítica), e preferem lugares com sombra (umbrófitas). Geralmente atingem poucos centímetros de altura justamente por não possuírem vasos de condução de seiva.



Líquen – é formado por um fungo (responsável pela sua estrutura, obtenção de água e sais minerais, além de proteger o líquen dos raios solares) e por uma alga (que forma uma camada paralela à superfície superior e metaboliza os carboidratos). O líquen prolifera nos substratos mais variados: rochas, solo, casca de árvores e madeira. Vivem em ambientes onde nem fungos, nem algas sobreviveriam, tolerando condições climáticas extremas (de –196°C a 60°C). Apesar disso são sensíveis à poluição, não se desenvolvendo em cidades.







Musgo – Através da meiose, surgem os esporos que germinam formando novas plantas. Podem ser rizóides, filóides ou caulóides. Pode originar partes filamentosas ou ramificadas. Às vezes confundido com os liquens, são plantas briófitas, vivendo em ambientes úmidos e até sob imersão.



Foram estes seres toscos, rústicos e simples que prepararam o solo e o ar da atmosfera para o surgimento das plantas heterotróficas, briófitas, pteridófitas modernas.



Seres Heterótrofos são os seres vivos que para conseguir o seu alimento precisam consumir outro ser vivo. Por isso, os heterótrofos são consumidores, pois apenas consomem a energia e a matéria orgânica de outro ser vivo. Todos os animais, algumas bactérias, os protozoários e os fungos são heterótrofos.



Portanto, foram os seres vivos primários que prepararam a Terra desbastando as rochas, fixando o carbono mineral, no solo, produzindo o oxigênio e acumulando fertilizantes no solo para as plantas modernas consumirem este estoque disponível em solos cobertos por densas florestas durante cerca de 160 milhões de anos, formando este estoque de solo fértil para as plantas e animais heterotróficos.



Estas florestas modernas tropicais, savanas, cerrados, a agricultura estão consumindo, da mesma forma que as plantations, os suprimentos e estoques acumulados no solo fértil pelos liquens, musgos e fungos durante 160 milhões de anos.





Significa que a reposição dos nutrientes e matérias férteis do solo é apenas feita parcialmente pela tal agricultura de sustentabilidade, que é a reciclagem de uma fração deste estoque de nutrientes que estão fixados nas plantas heterótrofas.



Uma grande parte deste material fixado nas plantas se perde naturalmente, não podendo voltar ao solo como nutriente ou matéria prima.



Esta equação produtores-consumidores tende a ser negativa por causa da diminuição dos produtores autrótofos, e pelo aumento dos consumidores heterótrofos.



É claro que o aumento do consumo humano interfere no esgotamento dos nutrientes do solo, mas enquanto houver vegetal consumidor heterotrófico, seja uma floresta tropical, savana, cerrado ou qualquer vegetal heterótrofo indistintamente, o processo de desgaste e consumo do estoque acumulado de solo e no solo de nutrientes pelos líquens, cianobactérias, algas e fungos há 580 milhões de anos irá esgotar-se por que a sua reposição atual é mais lenta do que a taxa de consumo do estoque de nutrientes do solo que permitiu a expansão dos vegetais superiores heterótrofos nestes 420 milhões de anos.



São estes os insumos mais importantes, depois do oxigênio, para a vida humana na Terra.



Sabemos que os eco fanáticos e eco misantropos já escolheram quem preferem salvar de uma pseudo eco catástrofe: os animais e os vegetais. O ser humano não merece estar aqui, segundo suas eco prioridades.



Antes de 1973 o preço do barril do petróleo era de cerca de US $ 0,80 para 158 litros de petróleo bruto. Em uma tacada, por motivos não conexos, os produtores árabes da OPEP fizeram o preço disparar para os atuais US $ 100,00 o barril de 158 litros de petróleo bruto.



O preço do minério de ferro estava sendo oferecido até o ano de 2004 por cerca de R$ 20,97 a tonelada. Em uma penada a direção da Empresa Vale fez o mesmo preço do minério de ferro saltar para cerca de R$ 280,00 a tonelada bruta.



Para se produzirem 30 litros de leite uma vaca precisa beber cerca de 50 litros de água diariamente, consumir cerca de 30 kg de capim. Isto significa que entre a irrigação e o consumo indireto de água cada vaca precisa de cerca de 80 litros de água diariamente. Cada kilograma de carne bovina consome cerca de 15 mil litros de água.



O produtor de leite corre todos os riscos possíveis, desde a febre Aftosa, carrapato, seca, morte por acidente, despesas diretas e indiretas com remédios, vacinas e mão-de-obra, cuidados veterinários, entre outros não mencionados.



Basta uma penada e um dia veremos, com toda a certeza, o litro do leite saltar para R$ 50,00 ao invés dos R$ 2,00 atuais.



O kilograma de carne de primeira saltará para R$ 200,00 o quilograma, e nunca mais regredirá aos atuais R$ 20,00, sendo que a diferenciação entre cortes tenderá a desaparecer, por que os riscos e os custos de produção somados aos argumentos mencionados indicam que isto virá em breve.



Quais os argumentos para que não houvesse resistência ao aumento súbito dos preços petróleo e do minério de ferro? É por que não existe a possibilidade de duas safras de petróleo e do minério de ferro. Mas, por outro lado, o estoque de solo e de nutrientes também está se esgotando lentamente desde a sua acumulação quando não existiam ainda as plantas na Terra há 580 milhões de anos.



Quanto ao leite e a carne a razão para isto é que os produtores de carne e leite não se deram conta de que a sua atividade é altamente arriscada, penosa, mal remunerada e o seu produto não tem substituto, é altamente perecível, delicado e sujeito ao crivo de suas características organolépticas.



Os caipiras são ridicularizados por quê a sua remuneração não permite que saiam do estágio do Jeca Tatu. São os Mazzaropis folclóricos pela sua indigência material, social e intelectual. Vivem na pobreza extrema e não têm consciência da alienação a que estão submetidos pelo sistema de produção agrícola.



Não fazem idéia de que a sua remuneração pelo seu trabalho, a garantia e o seguro pelos riscos permanentes e contínuos que correm em suas atividades mal cobrem a sua mera sobrevivência.



Não são compensados pela periculosidade, pela insalubridade, pela informalidade, pelo excesso de horas extras não ou mal remuneradas ou reconhecidas, pelo alerta permanente do plantão meteorológico, pela dedicação total, pela sua experiência.



Ficam sujeitos aos caprichos da natureza selvagem que é amoral, impiedosa, inconseqüente, indecifrável, incognoscível, indiferente e mortal.



As suas mãos, pés, pele sofrem um desgaste para o qual os animais do campo receberam o couro natural para protegê-lo das intempéries, que mal o homem consegue imitar para protegê-lo.



De que adianta todos os cuidados nos restaurantes, principalmente aqueles finos delicados de alto status, da cozinha gourmet, se todos os cuidados com a higiene dos funcionários que possuem ficha e carteira de saúde, usam gorros, aventais limpíssimos, cozinha esterilizada, talheres, pratos e utensílios limpos, lavados, esterilizados, se os alimentos que ali entram foram produzidos, colhidos e transportados por agricultores que sequer têm sanitários para fezes humanas, não higienizam as mãos depois de tocarem em coisas impuras e indizíveis, caminham descalços ou mal vestidos, misturados às fezes e excrementos de animais, restos de plantas mortas e podres, terra, água muitas vezes impróprias para a irrigação, estábulos e animais misturados aos depósitos e estações de preparação e acondicionamento para embarque de alimentos.



São agricultores, que ao contrário dos cozinheiros dos restaurantes sofisticados, não usam gorro para proteger os alimentos dos cabelos, não possuem cartão de controle de saúde, não fazem exames periódicos de saúde, podem estar com lepra, tuberculose, gripados, asmáticos, tossindo, espirrando e cospindo sobre os alimentos e seus recipientes de transporte, moram em lugares que não possuem torneiras, pias, vasos sanitários, sem sistema de coleta de esgoto animal e humano, o mesmo pode-se dizer dos pescadores arriscando as suas vidas em embarcações toscas, manipulando peixes que não foram vacinados, que passam por conveses imundos, misturados a trabalhadores fumando cigarros, cigarrilhas, cigarros de palha, cachimbos, charutos.



Este é o preço baixo com que remuneramos esta atividade dos coletores e produtores de alimentos, retirando deles qualquer possibilidade de elevarem o nível mínimo de higiene por que os preços dos produtores é muitíssimo baixo. Insuficiente para manter um mínimo padrão de conforto, higiene, estrutura e condições para o exercício mínimo decente das suas tarefas de produtores de alimentos.



Temos que fazer agora uma opção: queremos viver com um mínimo de custos, como os índios ou os africanos, ou queremos o padrão de uma civilização?



A solução não está na produção outra música “We are the world” para ajudar os pobres africanos a produzirem alimentos. A solução é dar aos países e regiões produtoras de alimentos o preço justo. Eles seriam ricos o bastante para não precisarem das músicas de Michael Jackson pedindo à América para salvá-los da fome!



O mercado é uma instituição imperfeita. Sabemos disso. Por causa de certas distorções mercadológicas os oligopsônios de commodities alimentícias internacionais ditaram um patamar para os preços agrícolas aviltando toda a cadeia de produção e suprimentos alimentícios, perpetuando uma cadeia de miséria neste setor da economia e do trabalho.



As alternativas que restam aos agricultores não são muitas para os produtores rurais fugirem dos altos custos e dos altíssimos riscos da sua atividade e dos baixos preços de venda de sua produção: a) Subsídio para a agricultura – proibido pela Organização Mundial do Comércio;


b) Trabalho escravo – um crime contra a humanidade, mas, nem por isso rejeitado;

c) Aviltamento da produção;

d) Uso indiscriminado de defensivo agrícola de alto impacto ambiental e extremamente pernicioso às saúdes: animal e humana;

e) Plantations, devastando gigantescas áreas inclusive com a monocultura;

f) Exploração e precarização dos trabalhadores rurais através de salários in natura ou baixíssima remuneração financeira, benefícios indiretos (casa, residência precária, divisão dos lucros ou das culturas, rateio das despesas e dos custos de subsistência familiar);

g) Contrato perpétuo através do endividamento crescente dos empregados escravizados.

 

Então, chegará o dia em que o sonho de deixar o campo e vir para os confortos da cidade, onde ele não mais precisará fazer quase tudo, onde tem tudo à mão, desde o pão do café pronto para ser adquirido na padaria ali na esquina, as ferramentas e peças de reposição, os médicos, os especialistas ao seu dispor, as oficinas e todos os profissionais de todo gênero ali a alguns kilômetros será coisa do passado.



Não é assim no campo atualmente. O primeiro socorro não existe. Tem que ser ele próprio o médico, o parteiro, o veterinário, o socorrista, o bombeiro, o carpinteiro, o ferreiro, o motorista, o tratorista, o engenheiro, o armeiro, enfim o homem do campo tem de ser o faz tudo autossuficiente, como fora os seus ancestrais Neandertais das cavernas.

Não pode contar com os recursos da sociedade moderna e afluente. Não tem a companhia de outros humanos em seu isolamento voluntário da humanidade, na solidão da natureza.



E ainda é muito mal remunerado e recompensado por isso. Não existe um monumento na cidade reconhecendo o seu sacrifício para dar o alimento para a humanidade.



A realidade é que estamos nos alimentando à custa da miséria do trabalhador rural. Assim como teve um dia o fim da escravidão negra, com certeza o dia final do fim da exploração da mão-de-obra do campo vai chegar com ou sem revolução. Esta era de privilégios da vida na cidade será somente coisa do passado. Não existem mais as condições objetivas, subjetivas e materiais para se postergar a revolução no campo. Por que nós da cidade dependemos deles; atualmente parece o contrário. É um absurdo insustentável.



Os alimentos hoje ocupam uma parcela insignificante do rendimento e das despesas das pessoas. Mas isto vai mudar em futuro certo. No futuro os alimentos serão a mais importante despesa do ser humano. Comer e se alimentar será um privilégio para quem puder pagar por isto.



Assim como o mundo reconheceu e aceitou sem embargo os saltos que nivelaram os preços do petróleo e do minério de ferro à sua verdadeira dimensão em importância destes insumos menos importantes do que os alimentos, que não são meras comodidades industriais. O mesmo acontecerá aos preços dos alimentos. Atualmente os alimentos estão sendo tratados pelos seres humanos em CEASAs sujas, transportados em caixotes precários, sendo rejeitados para consumo muitas vezes por causa de seu aspecto estático feio embora apto para consumo.



Mas isto irá mudar radicalmente e os eco inocentes e eco inconsequentes terão colaborado definitivamente para esta escalada irreversível da nova recolocação dos preços daquilo que é o principal insumo da humanidade, embora ainda não reconhecido, deixando para trás na lista de produtos importantes; o computador, o celular, o tablet, o automóvel, o ouro, as obras de arte, o lazer, a energia, o petróleo, enfim o alimento irá receber das pessoas o devido valor, onde teremos os melhores cuidados com eles, acondicionando-os e transportando os alimentos em recipientes totalmente estabilizados, esterilizados, blindados, protegidos, bem acomodados por que a sua manipulação e custos exigirá profissionais da mais alta competência e conhecimento técnico, para proteger a mercadoria mais importante da civilização humana.



O agricultor obterá o status de mais alta importância dentre todas as profissões. O meteorologista será o profissional mais respeitado do que o Papa, do que os dirigentes, magistrados, professores, policiais e militares. É da sua palavra que dependerá a sorte do enorme risco a que o produtor rural hoje arca solitariamente sem ser reconhecido pelos analistas de riscos desta que é a atividade mais arriscada de todas as aventuras humanas que é lutar contra a natureza em sua força destrutiva e totalmente tirana.



Será esta uma nova era onde os outrora países e continentes produtores de alimentos considerados atrasados, subdesenvolvidos, produtores primários: África, Ásia, América Latina, Austrália, e os continentes e os países com extensa área territorial agricultáveis, as atividades agropecuárias serão reconhecidos verdadeiramente como as atividades econômicas, sociais mais importantes, e não mais as atuais atividades industriais dos países e continentes produtores de quinquilharias efêmeras e supérfluas, supervalorizadas como o Faceboock, X-box e outras dezenas de coisas completamente dispensáveis que substituíram indevidamente aquilo que deveria ser o maior empreendimento humano: a sua sobrevivência material.



Os eco iludidos com toda a sua eco arrogância serão calados pela realidade e os eco terroristas serão os inimigos mais rejeitados dentre todas as categorias mais baixas dos delinqüentes da sociedade, muito mais abaixo que os traficantes de órgãos e de entorpecentes, serão mais odiados que os traficantes de escravas sexuais, do que os pedófilos, mais desprezados que os estupradores, ladrões e corruptos.




http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2012/06/sustentabilidade-agricola-e-possivel.html

http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2011/07/roberto-da-silva-rocha-professor.html

terça-feira, 15 de maio de 2012

Liberdade: O Vai-e-vem No Eterno Retorno (Nietzche)

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

O Vai-e-vem No Eterno Retorno (Nietzche)






[Eterno retorno] é a lei de um mundo sem ser, sem unidade, sem identidade. (Deleuze)



Eterno Retorno é um conceito desenvolvido pelo filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900), considerado por ele próprio um dos seus pensamentos mais aterrorizadores. Foi durante um passeio em 1881 que Nietzsche refletiu sobre os sentidos das vivências em alternâncias que se “repetem”. Embora em várias de suas obras encontremos pistas do que seria o Eterno Retorno, é na sua obra A Gaia Ciência (1882), um dos mais belos livros antes de Nietzsche sofrer das baixas de sua saúde, que ele nos brinda com a idéia mais nítida do que seria esse conceito:



“E

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Opressão masculina-ocidental estética sobre o feminino

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Opressão masculina-ocidental estética sobre o feminino





É muito cômodo para nós cristãos ocidentais atribuirmos defeitos aos nossos irmãos orientais normalmente muçulmanos quando apontamos os dedos em direção àquilo que julgamos equivocadamente e preconceituosamente como baixezas e opressão dos homens sobre as mulheres constrangidas ao uso do véu, da Burka e da extirpação do clitóris.



Em contrapartida veja só o que as mulheres muçulmanas não são obrigadas a suportarem:

a) cabeça enfiada numa coifa de 60º graus Célcius por mais de hora para secar os cabelos;

b) violenta arrancada de fios de pelos pelo corpo com ceras fervendo, fitas adesivas e outras traquitanas de tortura para arrancar os pelos antiestéticos das pernas, braços, ventre e partes íntimas;

c) câmaras de torturas para suar, sentir dor, cansar, correndo, retorcendo o corpo, esticando, dobrando os membros do corpo para perder massa e ganhar as formas não naturais contra a sua característica genética de seu biotipo, se baixinha, alta, magra, gorda ou atlética;

d) repuxar, puxar, encolher, esticar, alisar, ondular os cabelos;

e) lixar, cortar, deixar crescer e pintar as unhas, passando horas nessas câmaras de recondicionamento humano chamados eufemisticamente de salões de beleza, na verdade, casas de reforma estética e tortura física e mental;

f) cirurgias para eliminação de varizes, estrias, celulites, camadas de gordura e enxertos de silicone em todas as partes salientes;

g) esticar a pele para eliminar os sinais da idade, uso de botox e outras substâncias tóxicas paralisantes, cirurgias de implante e restauração da pele;

h) por fim, tentar se enfiar em roupas tão estreitas quanto possível dois a quatro números abaixo do manequim para parecer mais apetitosa.

Tudo isso por causa da ditadura da estética hiper competitiva e opressora dos ocidentais que são impiedosos e não perdoam uma abacaxi, abusada, agourenta, Amélia, anta, arremedo, assombração, atalho, atraso, atropelo, avesso, azarenta, bagaceira, bagaço, bagulho, baiacu, baleia, bandida, banguela, barafunda, baranga, barraqueira, besta, biscate, bisonha, bizarra, bolada, bola-fora, bomba, borrão, brega, breguete, bruaca, brucutu, bruxa, bucha, bucho, cabocla, cabulosa, cachorra, cadela, cafofo, caída, caixão, camarão, canalha, cangaceira, canhão, canhestra, cansaço, capeta, capivara, carapuça, carcaça, carranca, casqueta, castigo, catimbeira, caveira, cetáceo, cilada, cloaca, cobra, coiote, coisa, comichão, consolo, contrabando, contramão, contrapeso, contrarregra, Creuza, danada, débito, defunta, delito, demente, derrame, descarga, descarrego, desencanto, desengano, desgosto, desgraça, desmanche, despacho, diabólica, diarréia, doidivana, dragão, encalhada, encosto, encrenca, engano, entrona, erro, escória, escorpião, escrota, esparrela, espinho, espora, esqueleto, esquisita, estressada, estrupício, ex, facinha, facínora, fajuta, fantasma, faquir, farinha, farsante, feia, feiosa, feiúra, fera, fiapo, ficante, figura, figuraça, finada, fossa, forasteira, fumaça, furacão, furiosa, gabiroba, gabiru, galinha, gambiarra, garapa, gasolina, gatuna, jiló, goiaba, gorila, gosma, gravame, gravosa, inerte, infame, jabiraca, jaburu, jaca, jacu, janota, jegue, jibóia, jumenta, kenga, lacraia, lambisgoia, latrina, lerda, leviana, limão, louca, macaca, macumba, mala, mal-acabada, mal-amada, maldição, maliciosa, marmita, marmota, marombada, marrenta, matula, medonha, meia-boca, meiga, mentecapta, minhoca, mocréia, moleca, molóide, monstra, Morgana, mucureba, mula, muquirana, muxiba, nóia, noiada, ouriço, pacu, paia, palha, peba, pecadora, pênalti, penitência, penosa, perdição, perdida, perigo, perigosa, periguete, perua, pesadelo, picareta, pilantra, piolho, pirada, piranha, pitombeira, porcaria, poucamonta, purgante, quimera, Raimunda, raio-X, rapariga, rascunho, raspa, rasteira, ratazana, rebordosa, redonda, refugo, rejeito, remendo, resto, reviravolta, ridícula, roliça, roubada, safada, sanhaço, sapa, sapatão, sarnenta, serpente, suplício, tanajura, taquara, tenebrosa, titia, trabuco, traiçoeira, trombada, troncha, trouxa, tribufu, turú, urubu, urucubaca, vaca, vagabunda, vampira, velhaca, venenosa, verruga, xarope, zero, zoada, por causa do auto padrão de exigência estética dos ocidentais que não deixam sequer as suas mulheres envelhecerem em paz, naturalmente como qualquer espécie animal.
O conceito de beleza é uma invenção feminina, segundo o filósofo Rousseau, quando da pré-história a fêmea humana criou-o para se distinguir das outras demais fêmeas para prender e chamar a atenção do macho da espécie homo.




Acontece que o macho pré-histórico era nômade e promíscuo. Para o macho toda mulher era igual, sem distinção, qualquer uma servia, a não ser por uma eventual doença ou velhice.



Não havia sido ainda naquela época estabelecidas na cultura e na Biologia a co-relação de causa e de feito entre o sexo, o macho e a reprodução.



Acontecia que as fêmeas, também promíscuas e infiéis como os machos, passavam por duas ocasiões em suas existências em que precisavam da presença companheira que eram no momento final da gravidez, no parto, e na fase de aleitamento das crias, quando precisavam ser auxiliadas no parto e na fase pós-parto para cumprirem as suas atividades.



Assim a fêmea precisou inventar a família, e consequentemente o amor moral, enquanto o macho somente conhecia o amor físico, sexual, casual.



Então a fêmea inventou a beleza, começando a se enfeitar para atrair o macho e sedentarizá-lo, para ele sempre se lembrar daquela fêmea, mostrar que ela era diferente das demais fêmeas, bonita, usando adornos, cuidando dos cabelos, chamando a atenção para partes do corpo e para a sua identidade que era principalmente o seu rosto, começando assim uma competição com outras fêmeas pela atenção do macho.



As fêmeas passaram a verificar as coisas que atraíam mais os machos em seus corpos para destacá-las, e esconder as partes consideradas menos atrativas, para criar laços afetivos e morais. Assim for inventado o conceito de beleza.



Que engenharia!



A mulher inventou a família, o amor moral, a beleza, a monogamia, o ciúme, para manter a exclusividade e a fidelidade do macho através do afeto.




Gostou do Blog O blog lhe foi útil Colabore para o autor Faça doações de valores A partir de US $ 1,00 Do you like this blog Is it useful to you donate from US $ 1,00 Bank Santander number 033 Brazil Agency 2139 Current 01014014-4 Bank of Brazil Agency 5197-7 Acount 257 333-4

terça-feira, 10 de abril de 2012

Repórter Peter Arnett e O arnettismo no jornalismo moderno

disponivel na AMAZON.COM livros 

prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

O arnettismo do jornalismo moderno


O jornalismo é a quinta pior profissão do mundo segundo uma lista internacional de uma empresa de consultoria (CareerCast.com) sobre as melhores e piores profissões do mundo, ocupando o 195º lugar entre as 200 melhores.

O cinema possui um elenco de histórias verídicas e ficções sobre jornalismo inescrupuloso:

A Montanha dos Sete Abutres



A Montanha dos Sete Abutres (1951) é o filme de longa metragem que Billy Wilder realizou logo após seu maior e mais celebrado clássico, Crepúsculo dos Deuses. A acidez do filme anterior continua na história de um jornalista inescrupuloso que faz de tudo para voltar a ter prestígio, retardando o salvamento de um mineiro que está preso nos escombros para se alimentar da comoção da população da pequena cidade em que foi trabalhar.



A Embriaguez do Sucesso

A Embriaguez do Sucesso, de 1957, é o primeiro filme de Alexander Mackendrick (Quinteto de Morte) nos EUA. Burt Lancaster (O Leopardo) é o colunista de fofocas inescrupuloso que encontra em Tony Curtis (Quanto Mais Quente Melhor) um jovem ambicioso para ficar à sua sombra. É uma das críticas mais cruéis ao sistema, e uma das grandes atuações de Lancaster para o cinema.

A Doce vida

Federico Fellini (Oito e Meio) realizou em A Doce Vida, um afresco romano sobre o desejo pela celebridade. Um jornalista de origem humilde enfrenta uma crise de consciência por estar sempre atrás de fofocas da alta sociedade, usando-as como fonte para seus artigos. Entre seu trabalho superficial e seus problemas pessoais (como a tentativa de suicídio da namorada), é mostrada uma sociedade decadente e hedonista.

Rede de intrigas

Dirigido por Sidney Lumet (Um Dia de Cão), Rede de Intrigas (1976) é a história do âncora de um telejornal (Peter Finch, de Horizonte Perdido) que, ao receber a notícia de que seria demitido, declara a intenção de se suicidar no ar. Como a audiência sobe, a diretora decide mantê-lo no cargo. Mais uma crítica aos meios de comunicação e à busca pela audiência a qualquer custo. Peter Finch já havia morrido quando foi indicado ao Oscar de melhor ator pelo papel do âncora. Ele foi o primeiro a ser premiado postumanente pela academia na categoria.



O Preço de Uma Verdade

O Preço de Uma Verdade (2003) é a estréia do talentoso Billy Ray (Quebra de Confiança). Baseado em fatos reais, o filme conta a história do jornalista Stephen Glass (Hayden Christensen, de Jumper). Ainda jovem, conseguiu entrar no primeiro time do respeitado jornal The New Republic, de Washington, entre 1995 e 1998. Mas, dos 41 textos publicados, 27 eram total ou parcialmente inventados e copiados. Quando a farsa vem à tona desenvolve-se uma interessante discussão sobre a ética no jornalismo, e sobre até que ponto um editor deve ir para defender seu redator.



Paparazzi

Bo Laramie (Cole Hauser) é um ator de cinema em franca ascenção. Mas, como o sucesso tem seu preço, o astro começa a ser persistentemente perseguido pelos fotógrafos conhecidos como paparazzi, daqueles que acompanham de perto a vida dos astros. Fazendo o que podem para conseguir as melhores e mais invasoras fotos, uma dessas investidas quase acaba com a morte de Bo. Depois disso, o ator resolve investir em uma vingança contra esses profissionais. Especialmente um deles, Rex Harper (Tom Sizemore).

Tudo começou, ou se intensificou com o repórter Peter Arnett da CNN durante a Guerra do Iraque, a segunda intervenção dos EUA feita pelo Pr. George Bush ali, até se tornar uma escola predominante do jornalismo moderno, a partir das transmissões dos eventos dos bombardeios incessantes, massivos e cirúrgicos das chamadas armas inteligentes de 4ª geração do arsenal de Washington na Guerra do Iraque: era o início do jornalismo desestruturado, sem coordenação e totalmente voluntarista, beirando um free lancer mercenário.

Existe um tipo de categoria de procedimentos e processos de atuação jornalística predominante hoje em dia, principalmente em reportagens jornalísticas, em que as matérias aparecem sem nenhuma preparação, sem agenda, sem continuidade, sem organização como se fossem ingredientes de uma massa para cozinhar sem ser executada a cocção do material. Então esta massa é servida crua, fria e sem misturar. Este é o estilo de jornalismo moderno, que eu prefiro chamar de arnettiano.

Quem é o seu criador?

Peter Arnett

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Peter Arnett



Peter Arnett em 1994.

Nascimento 13 de novembro de 1934

Riverton, Nova Zelândia


Nacionalidade


Ocupação Jornalista


Prêmios Prêmio Pulitzer de Jornalismo (1966)


Peter Gregg Arnett (Riverton, 13 de novembro de 1934) é um jornalista norte-americano nascido na Nova Zelândia, que começou a carreira trabalhando para o National Geographic Magazine e depois fez fama e prestígio como jornalista de redes de televisão, especialmente a CNN, e correspondente de guerra da Associated Press, recebendo em 1966 o Prêmio Pulitzer por seu trabalho no Vietnã.

Os primeiros anos de Arnett no jornalismo foram no Sudeste Asiático, especialmente em Bangkok, na Tailândia, num pequeno jornal em língua inglesa no Laos..[1] Depois disso, ele foi para o Vietnã, onde começou a trabalhar para a agência de notícias Associated Press escreveu importantes artigos sobre a situação no país e sobre a guerra que atraíram a ira do governo norte-americano.[1] Fisicamente destemido, Arnett participou de diversas operações ao lado das tropas americanas, incluindo o relato da traumática batalha na Colina 875, onde soldados tentaram resgatar outro grupo cercado pelos vietnamitas onde quase todos pereceram no combate, durante o resgate.

Seus artigos da frente de combate, reproduzidos em centenas de jornais de todo o mundo, focavam principalmente as histórias com soldados comuns e civis, e lhe causaram problemas com o governo norte-americano por serem considerados negativos para a causa da guerra, fazendo com que o General William Westmoreland, comandante das forças americanas no Vietnã, e o Presidente Lyndon Johnson, pressionassem a AP para retirá-lo do Vietnã, sem resultado. Sua mais famosa reportagem da guerra foi a declaração, dada em 7 de fevereiro de 1968 por um oficial não-identificado do exército, de que a 'vila de Ben Tre precisou ser totalmente destruída para ser salva'. Em 2004, a escritora de direita Mona Charen diria em seu livro Useful Idiots, que a declaração teria sido fabricada por Arnett.[2]

Ele foi um dos poucos jornalistas ocidentais a se encontrarem em Saigon quando a cidade caiu frente aos exércitos norte-vietnamitas em abril de 1975, e esteve com os soldados invasores que lhe explicaram como haviam feito para tomar a cidade, em sua última ofensiva da guerra.

Guerra do Golfo

A fama mundial de Arnett, entretanto, veio com a Guerra do Golfo, quando trabalhava como repórter para a rede de televisão a cabo CNN, e foi o único jornalista a cobrir ao vivo a guerra direto de Bagdá, nos primeiros dias do bombardeio norte-americano à cidade. Suas reportagens dramáticas geralmente eram feitas tendo ao fundo o som de explosões e sirenes de aviso antiaéreo, vistas e ouvidas no mundo todo. Junto com Bernard Shaw e John Holliman, ele fez uma série de matérias contínuas de Bagdá durante as primeiras intensas dezesseis horas da guerra, em 17 de janeiro de 1991.

Apesar de cerca de 40 jornalistas internacionais estarem presentes em Bagdá, no Hotel Al-Rashid, naquele momento apenas a CNN possuía os meios de se comunicar com o mundo exterior devido à nova tecnologia do telefone por satélite, disponível apenas para a estação. Os outros jornalistas na cidade, assim como seus dois colegas da CNN, deixaram Bagdá em poucos dias, o que transformou Arnett no único jornalista estrangeiro em operação em Bagdá. Suas reportagens sobre os danos causados a instalações civis pelos bombardeios foram mal recebidas pelo comando da coalização que, antes da guerra, com seu uso contante dos termos 'bombas inteligentes' e 'precisão cirúrgica, pretendiam projetar uma imagem que os danos civis nos bombardeios seriam mínimos.

Em 25 de janeiro a Casa Branca fez um comunicado de que Arnett estava sendo usado como uma ferramenta de desinformação da inteligência iraquiana e a CNN recebeu uma carta assinada por 34 membros do Congresso dos Estados Unidos acusando-o de ser um jornalista 'impatriota'.

Entre suas mais controversas reportagens, ficou famosa aquela sobre o bombardeio de uma fábrica de leite para crianças, supostamente identificada pela inteligência das forças da Coalizão como uma fábrica de armas bacteriológicas.

Durante o começo da guerra, ele também conseguiu o feito de realizar uma entrevista com o líder iraquiano Saddam Hussein.

A Guerra do Golfo se tornou a primeira guerra a ser vista ao vivo e inteiramente pela tv, e Arnett teve o mérito, a sorte e o prestígio de ser o único, durante cinco semanas, a transmitir sozinho uma guerra vista do 'outro lado'.

Vida pessoal e honrarias

Além do Prêmo Pulitzer de Jornalismo recebido por suas matérias na Guerra do Vietnam, ele foi condecorado por seu país de nascimento com a Ordem do Mérito da Nova Zelândia (New Zealand Order of Merit) e teve o privilégio de ser o primeiro jornalista a transmitir uma reportagem em tv de alta definição, durante sua cobertura da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos, em dezembro de 2001.

Arnett foi casado por dezenove anos (1964-1983) com uma sul-vietnamita, Nina Nguyen, com quem teve um casal de filhos. Sua filha, Elza, também é jornalista e já trabalhou no The Washington Post e Boston Globe..[3]

Em 1994, escreveu o best-seller 'Ao Vivo do Campo de Batalha' (Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 Years in the World's War Zones), em que conta histórias de seu trabalho como correspondente de guerra em lugares tão diferentes do mundo quanto Vietnam, Laos, Indonésia, Chipre, Iraque e Afeganistão.

Referências

1. ↑ a b The Death of Supply Column 21 Columbia Journalism Review

2. ↑ "Peter Arnett: Whose Man in Baghdad?", Mona Charen, Jewish World Review

3. ↑ Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 years in the World's War Zones.

Com se viu, foram as circunstâncias materiais e principalmente políticas de trabalho de Peter durante a Guerra do Golfo, a do Iraque, que obrigaram Arnett a inventar um novo tipo de jornalismo instantâneo, sem trabalho de revisão, radical, visceral, sem pauta, sem agenda, sem planejamento, sem análise, em fim, uma torrente de dados que muitas vezes não continham informações, outras vezes eram informações sem contexto, um amontoado de imagens e de reportagens confusas como um filme sem texto, sem roteiro e sem script.

Foram as circunstâncias precárias que forjaram este tipo de jornalismo. Ao mesmo tempo em que ele lutava contra o controle das informações pelos militares do Governo Americano e cuidando para não quebrar algum segredo que colocasse um risco os esforço das tropas norteamericanas, ele não poderia fazer uma idéia muito precisa dos danos eventuais que as suas informações poderiam causar à causa da guerra.

Mas não era esta a sua preocupação a não ser sobreviver para passar para os espectadores o seu testemunho da Guerra do Golfo. Isto ele fez.

As consequências desta técnica jornalística foram revolucionárias! Corromperam os fundamentos da informação jornalísticas em toda a parte!

O jornalismo informativo é formatado através de agendas pautadas em torno de um grupo de quesitos básicos indispensáveis para a integridade das informções, os quais são a busca das respostas para as seguintes questões, quesitos:

a) Quem?

b) O que?

c) Quando?

d) Onde?

e) Por quê?

f) Como?

g) Quantos?

h) Qual?

i) Para quê?

Qualquer texto ou matéria jornalística tem que responder e cobrir minimamente estes quesitos para merecer o título de texto informativo com consistência. Qualquer coisa diferente disso não merece a certificação de trabalho profissional jornalístico, qualquer aluno mediano de comunicação sabe disso.

Vou além: a metodologia científica exige, entre outras coisas para garantir a validação interna da texto, seja uma minuta, seja uma dissertação, seja um apontamento, que os pronomes relativos sejam devidamente substituídos pelos substantivos, e que não se faça concessão à subjetividade, principalmente aos juízos de valores.

O que vemos hoje, e o que se viu na invenção de Peter Arnett foi no mínimo uma completa falta de compromisso com a exatidão da informação que vinha de forma bruta, sem formatação, sem revisão e principalment sem cumprir os requisitos da metodologia científica e dos fundamentos básicos da informação estruturada e correta.

Os erros cometidos durante a avalanche de palavras soltas, despejadas, por Arnett viraram um mantra para o jornalismo moderno que se viu desobrigado de prestar informação, ou de sequer organizá-la: O padrão do jornalismo moderno consiste do seguinte roteiro;

a) o âncora do jornal apresenta a manchete;

b) a seguir o jornalista ao vivo é chapado para intervir para detalhar a manchete;

c) o que se vê, então é a repetição da manchete pelo jornalista-repórter, já anteriormente anunciada pelo âncora do jornal;

d) passa o jornalista-repórter a entrevistar os atores e testemunhas sobre o fato assunto da manchete principal, então, o entrevistado é arguído e instado, induzido pelo repórter, a responder e confirmar os fatos e dados já anunciados pela manchete do âncora e repetidos pelo repórter que o interpela ao vivo;

e) assim outros transeúntes são da mesma forma instados a repetirem os mesmo fatos induzidos pela intervenção conduzida pelo repórter ao vivo;

f) finalmente um especialista é introduzido em cena e conduzido, induzido, pelas perguntas dirigidas pelo repórter ou pelo âncora a repetir e confirmar as mesmas informações e dados citados pelo âncora, pelo repórter ao vivo, pelos transeuntes, pelas testemunhas ocasionais.

Este processo repete-se ad nauseum até ao final do programa jornalístico ou documentário televisivo.

Anteriormente, as escolas de comunicação chamavam, e ainda alertam os alunos, para o tipo especial de mídia visual e auditiva que é a televisão e mídias de vídeo em geral, que diferentemente do rádio, têm na imagem a sua principal força informativa, a palavras entram, ou somente deveriam entrar, como um áudio auxiliar secundariamente para explicar e informar aquilo que não pode ser deduzido da imagem, acrescentando e detalhando com precisão os fatos mostrados pela imagem.

Quando o contrário disso é o que ocorre acontece o que os mestres de comunicação chamam de dupla representação: que é quando o narrador se restringe a descrever aquilo que a imagem já está mostrando.

Quantos erros se cometem neste caso do jornalismo moderno de inspiração arnettiana?

a) Dupla representação;

b) Repetição da informação, duplicidade de informação;

c) Falta de coordenação, o que implica em risco de contradições e repetições;

d) Falta de sequência das narrativas. Falta de um fio condutor na narração;

e) Falta de informações precisas dos quesitos ausentes ou incompletos da informação jornalística.

f) Falta consistência nos dados não revisados, não confrontados, e de apresentação estruturada das informações.

Este método de trabalho torna as informações voláteis, pouco confiáveis, descartáveis, efêmeras e desconectadas entre si o que as tornam inúteis como material de consulta secundário, pois não se vale do uso do método de pesquisa de campo, pois lhes falta precisão, método e planejamento.

As consequências deste processo é que as informações cruzadas de fonte diversas divergem em precisão com relação aos dados objetivos, como: hora, data, quantidade, volume, amplitude, enfim, a precisão dos dados fica totalmente comprometida já que não existe prazo nem a preocupação de checar as fontes e os dados que são digeridos à medida em que chegam até os jornalistas-repórteres arnettianos.

O imediatismo e a instantaneidade da disseminação dos eventos prevalecem sobre a precisão e sobre o conteúdo e formatação da informação.

Sem um coordenador, sem diretor, sem roteirista, sem redator, sem revisor e sem produtor o repórter assume o controle e o centro da matéria, assim vemos desfilar no lugar da reportagem um show de exibicionismo e narcisismo onde o repórter domina a tela em primeiro-plano na maior parte do espaço e do tempo da reportagem, dificultando, e se sobrepondo às imagens que deveriam preencher o espaço do assunto ali mostrado e ilustrado.

Chegamos à era do repórter-protagonista da matéria jornalística. Nessa nova era o espetáculo e a vaidade são os que preenchem a produção estética secundarizando o material jornalístico que passa a ser o mero pretexto para a apresentação e para a promoção pessoal do jornalista, eclipsando os personagens, o cenário e a ação em curso que deveriam dominar totalmente a tela, encobrindo o desempenho dos entrevistados, objetivando evidenciar a astúcia e a desenvoltura do entrevistador sobre o entrevistado, numa completa inversão dos interesses.

O improviso é a principal estratégia do repórter em campo. O improviso é o estágio final que antecede, precede e determina o estágio final da mais completa decadência e desestruturação organizacional.

Antes de chegar a este estágio terminal desorganizativo a organização já precarizou-se perambulando pelo estágio do bombeiro que apaga incêncios, já perdeu todo o controle de suas cautelas orçamentárias, perdeu o controle das funções e atividades planejadas e principalmente perdeu o controle das despesas e das receitas.

Para fugir deste descontrole criou-se a última palavra em planejamento organizacional do momento, o qual certifica as empresas de acordo com a sua competência gerencial, chamado CMMI: Capacidade e Maturidade do Modelo Integracional da administração empresarial.

CMMI consiste em:

A área de processo Desenvolvimento de Requisitos identifica as necessidades do cliente e traduz essas necessidades em requisitos de produto.

O conjunto de requisitos de produto é analisado para gerar uma solução conceitual de alto nível.

Esse conjunto de requisitos é então alocado para estabelecer um conjunto inicial de requisitos de produto.

Outros requisitos que ajudam a definir o produto são derivados e alocados

aos componentes de produto.

Esse conjunto de requisitos de produto e de componentes de produto descreve claramente o desempenho do produto, suas características de design e seus requisitos de verificação, de forma que o desenvolvedor possa entendê-los e utilizá-los.

A área de processo Desenvolvimento de Requisitos fornece requisitos para a área de processo Solução Técnica, onde os requisitos são convertidos em arquitetura do produto, design de componentes de produto e no próprio componente de produto (por exemplo, código e fabricação).

Os requisitos também são fornecidos à área de processo Integração de Produto, em que os componentes de produto são combinados e as interfaces são verificadas para assegurar que os requisitos de interface fornecidos pelo Desenvolvimento de Requisitos sejam atendidos.

A área de processo Gestão de Requisitos mantém os requisitos. Ela descreve atividades para obter e controlar mudanças de requisitos e assegurar que outros planos e dados relevantes se mantenham atualizados. Além disso, fornece rastreabilidade de requisitos, desde o cliente até o produto ou o componente de produto.

A Gestão de Requisitos assegura que as mudanças ocorridas nos requisitos sejam refletidas em planos, atividades e produtos de trabalho do projeto.

Esse ciclo de mudanças pode afetar todas as outras áreas de processo de Engenharia.

Assim, a gestão de requisitos é uma sequência de eventos dinâmica e frequentemente recursiva.

A área de processo Gestão de Requisitos é fundamental para um processo de Engenharia controlado e disciplinado.

A área de processo Solução Técnica desenvolve pacotes de dados técnicos para componentes de produto que serão utilizados pela área de processo Integração de Produto ou pela área de processo Gestão de Contrato com Fornecedores.

Soluções alternativas são examinadas a fim de escolher o design ótimo com base em critérios previamente estabelecidos.

Esses critérios podem variar significativamente para os diversos produtos, dependendo do tipo, ambiente operacional, requisitos de desempenho, requisitos de suporte, e custo ou prazo de entrega do produto.

A tarefa de escolha da solução final faz uso de práticas específicas da área de processo Análise e Tomada de Decisões.

A área de processo Solução Técnica se apóia nas práticas específicas da área de processo Verificação para realizar verificações de design e revisões por pares durante o design e antes da construção final.

A área de processo Verificação assegura que produtos de trabalho selecionados satisfaçam aos seus requisitos especificados, selecionando métodos para sua verificação em relação aos requisitos especificados.

Geralmente, a verificação é um processo incremental, iniciado com a verificação de componentes de produto e concluído com a verificação de produtos completos.

A verificação também envolve revisão por pares, que é um método comprovado para a remoção efetiva e antecipada de defeitos e proporciona um conhecimento valioso sobre os produtos de trabalho e componentes de produto que estão sendo desenvolvidos.

A área de processo Validação valida produtos, de forma incremental, com relação às necessidades do cliente.

A validação pode ser realizada no ambiente real de operação ou em um ambiente operacional simulado.

Um aspecto importante para esta área de processo é o alinhamento dos requisitos de validação com o cliente.

O escopo da área de processo Validação engloba validação de produtos, componentes de produto, produtos de trabalho intermediários e processos. Frequentemente, esses elementos podem ter que ser verificados e validados novamente.

Questões críticas encontradas durante a validação são normalmente solucionadas por meio da área de processo Desenvolvimento de Requisitos ou Solução Técnica.

A área de processo Integração de Produto contém as práticas específicas associadas à geração da melhor sequência de integração possível, envolvendo a integração de componentes de produto e a entrega do produto ao cliente.

A Integração de Produto utiliza práticas específicas das áreas de processo Verificação e Validação ao implementar o processo de integração de produto. As práticas de verificação possibilitam a verificação das interfaces e dos requisitos de interface de componentes de produto antes da integração do produto.

Esse é um evento essencial no processo de integração.

Durante a integração de produto no ambiente operacional, utilizam-se as práticas específicas da área de processo Validação.

Recursão e Iteração dos Processos de Engenharia

A maioria dos padrões de processo reconhece que há duas formas para se aplicar processos: recursão e iteração.

A recursão ocorre quando um processo é aplicado a níveis sucessivos de elementos de um sistema em uma estrutura de sistemas.

Os resultados da aplicação em um nível são utilizados como entradas para o próximo nível na estrutura do sistema.

Por exemplo, o processo de verificação pode ser aplicado tanto ao produto final completo quanto a componentes principais, até a componentes que fazem parte de outros componentes.

O grau de recursão em que o processo de verificação é aplicado depende inteiramente do tamanho e da complexidade do produto final.

A iteração ocorre quando a execução do processo é repetida no mesmo nível do sistema.

Pela implementação de um processo, criam-se novas informações que realimentam processos associados.

Geralmente, essas novas informações fazem surgir questões que devem ser resolvidas antes do processo terminar.

Por exemplo, provavelmente haverá iterações entre desenvolvimento de requisitos e a solução técnica.

As questões que surgirem podem ser resolvidas com a reaplicação dos processos.

As iterações podem assegurar qualidade antes da aplicação do próximo processo.

Como se vê, as improvisações do trabalho de campo dos repórteres causam um prejuízo irreparável à qualidade do trabalho jornalístico, e produz um nível de qualidade extremamente precário ao espectador que vai nivelando para baixo os programas telejornalísticos.



O mesmo se pode dizer dos programas diversos de auditório e Talk Shows onde se depende exclusivamente do talento do apresentador para suprir as lacunas, surpresas, imprevistos e eventualidades durante a gravação do programa, quase que totalmente formatado para produzir instantâneos de excentricidades elas mesmas inesperadas que se tornam com a sua bizarrice a atração do próprio programa onde os erros e gafes viram a atração macabra do gênero midiático.

A improvisação é a chave para o fracasso.



Nunca improvise; se for preciso planeje o improviso; se for inevitável ensaie o improviso.















terça-feira, 20 de março de 2012

A Bolha-Brasil não pode explodir

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

O C dos BRIC e o B de Brasil: a engenharia da educação em engenharia

Quando Mao Tse Tug anunciou o “Grande Salto Para Frente” da China, o mundo todo tremeu. Mas, foi um rebate falso.

Fracassou o plano do Grande Ditador de fabricar milhões de toneladas de ferro gusa em fornos domésticos, comunitários, pela população chinesa, num esforço patriótico para lançar a China na vanguarda industrial mundial.

Viu-se que o ferro gusa produzido, em fornos domésticos, não tinha a qualidade esperada. Faltavam: tecnologia, conhecimento, especialização, instalações industriais, enfim faltavam engenheiros.

Mais tarde a China daria um grande salto para frente. Mas antes deu um grande salto pra frente na preparação tecnológica, precedida pelo salto na engenharia, precedido pelo salto na formação em massa de engenheiros. Em quantidades chinesas, como nunca se viu no mundo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Tratado de Methuen e a Dependência Tecnológica do Brasil

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Methuen e a Teoria da Dependência


As opções que são feitas por uma nação através de seus dirigentes tem um tanto de visão de estadista e um outro tanto de vocação cultural e predisposição (talvez, predestinação) do povo.

Este Tratado é um exemplo típico onde o governante pensou estar fazendo a melhor escolha para e com o seu povo, que sem exigir sacrifícios do povo português o levou à sua inversão na importância histórica, enquanto outro povo, o inglês, liderado por estadistas de verdade se preocupou menos com o presente e mais com o futuro e através de sacrifícios extremos no passado conduziram a nação por um caminho sem volta para o sucesso por mais de oito séculos no futuro.

Esta é a explicação de como quatro países inverteram os seus papéis e as suas trajetórias históricas em pouco mais de oito séculos; quase um milênio de histórias.

São quatro nações européias: Portugal, Espanha, Inglaterra, e França.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A vingança da mulher

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

A vingança da mulher




Deveríamos pedir a condenação coletiva de todos os homens (gênero masculino apenas) pelas continuadas violações cometidas contra as mulheres, principalmente estabelecendo por mais de 10 mil anos uma supremacia tal que tem hegemonicamente excluído a mulher de qualquer iniciativa importante para a humanidade.



Os homens criaram praticamente tudo que existe na vida moderna sem permitir a menor participação feminina, pois criaram, entre outras coisas:



1. Submarino:

2. Navio a vapor

3. Aviões

4. Automóveis

5. Computador

6. Sistemas Operacionais digitalizados e analógicos para dispositivos computadorizados

7. Helicópteros

8. Hélice

9. Geradores elétricos

10. Solda Elétrica

11. Caneta esferográfica

12. Máquina de lavar roupa

13. Secadores de cabelo

14. Chapinha elétrica de cerâmica

15. Microprocessadores de semicondutor



Inventaram, descobriram a

1. Física,

2. Química

3. Matemática

4. Geografia

5. Filosofia

6. Psicologia

7. Medicina

8. Antropologia

9. Sociologia

10. Astronáutica

11. Astrologia

12. Engenharias

13. Eletricidade e Magnetismo



E, enfim, não deixaram praticamente quase nada para as mulheres descobrirem ou inventarem.



Este fato deixou as mulheres em uma situação tal que as mesmas encontram-se sem condições de provarem as suas habilidades e qualidades intelectuais por total ausência de qualquer oportunidade deixada pelos machos.



As mulheres não somente não conseguem conviver com esta realidade histórica patente, quase um atestado de total incompetência, ou, de inapetência intelectual, como pretendem construir representações teoricas insustentáveis empiricamente para justificarem a sua aparente inferioridade e pseudo-inveja do sucesso extraordinário do estilo macho de sucesso.



Se recorrermos à História geral das civilizações, veremos, sem exceções, em todas as culturas e todas as subculturas, em todas as Eras, em toda parte dos continentes e subcontinentes, a mesma repetição do mantra. Queremos entender o porquê desta divisão do trabalho social que teria aparentemente privilegiado o macho em detrimento da fêmea do homo sapiens.



Não é preciso recorrer à Antropologia para perceber que na divisão do trabalho social ao longo dos séculos de evolução da espécie humana que o macho não fora sempre a parte privilegiada na divisão do trabalho social. Ao contrário.

Esta será a quadricentésima vez que leio um manifesto feminista e reproduzo este excerto sem ainda lograr uma refutação a altura! Aqui vai:


“Bem que eu exultaria em concordar que a mulher chegou lá! Adoro torcer pelos oprimidos, até por solidariedade mecânica, pois sou negro e sei o que é isso. Os politicamente inocentes criaram um falso clima de que a mulher finalmente chegou lá! Quem dera que fosse verdade! Nós os negros e as mulheres temos uma enorme caminhada a percorrer para provarmos a nossa competência diante da dianteira do homem branco ocidental. Os homens criaram praticamente tudo que existe na vida moderna sem permitir a menor participação feminina.

Não existe nenhum fato histórico comprovando a teoria de que o homem oprimiu historicamente a mulher deixando-a neste estado de total submissão e desimportância tal que precisou de um movimento internacional de libertação e liberalização. Seria uma conspiração machista transnacional e intertemporal em uma época em que os continentes nem se imaginavam as existências uns dos outros, nas eras de pré colonização (pré-colombiana) e pré descobrimentos das Índias, Américas e África; quanto devaneio..!

Podemos antecipar a conclusão de que somente com a invenção das máquinas na Revolução Industrial que realmente o macho ganhou proeminência e alcançou o protagonismo na civilização humana.



Recorrendo à História cultural da humanidade em geral, isto nunca deveria ser feito, pois generalizações levam a falta de precisão e de exatidão das conclusões, mas neste caso esta concessão pode ser feita com toda a segurança. É que o trabalho humano antes da Revolução Industrial era inimaginavelmente penoso.



O ser humano teve que recorrer a muitos artifícios complicados e com baixíssima eficiência mecânica, econômica e social, tais como: a utilização da força animal e principalmente ao trabalho escravo.



Tudo tinha que ser produzido artesanalmente. As ferramentas eram as mais rústicas e imprecisas, ineficientes, e tinham que ser produzidas pelo próprio artífice.



As guerras eram olho-a-olho, uma carnificina que transformava qualquer imagem de um açougue ou matadouro em um inocente passeio dominical.



Assim, a mulher ficava com a melhor parte do trabalho social. Ficava com o trabalho mais leve, mais fácil, menos penoso. Se fosse bonita poderia ser leiloada para ser esposa. Não servia para o trabalho escravo, pois era muito fraca fisicamente. Não tinha valor de venda em muitas das civilizações. Era quase sempre uma mercadoria de segunda ou de terceira categoria.



Servia para a reprodução da raça humana, para o prazer sexual e para atividades domésticas. Este foi o papel da mulher, embora o papel do homem fosse o de trabalhar duramente durante toda a sua vida sem poder descansar. O macho caçava, pescava, guerreava, construía as edificações de pedras, de barro, de madeira, de materiais de fortuna, construía as ferramentas, as armas, os navios, as carruagens, as cidades, as fortalezas, enfim o trabalho masculino não tinha nada de charmoso que interessasse às mulheres.





Com a Revolução Industrial as oportunidades para uma nova divisão do trabalho social mudou radicalmente o mundo para as mulheres, e para os homens. O trabalho industrial, embora penoso, não se comparava ao trabalho anterior. O trabalho anterior à RI era um martírio. O novo trabalho na RI era estritamente técnico. A parte mais penosa e difícil passou a ser executado pelas máquinas.



Entrando na era da automatização, da telemática e da informática o trabalho humano passou a ser essencialmente intelectual.



A partir de então a mulher passou a se interessar e a lutar por uma participação no bolo do mercado de trabalho intelectual.



O macho saiu na frente em decorrência do seu protagonismo na criação das máquinas e de tudo que se relacionasse com a criação e concepção tecnológica e científica que produziu a era das Revoluções Tecnológicas a partir da RI.





Podemos concluir que de inocente o gênero feminino nunca teve nada. Apenas surfou na História da civilização humana esperando o melhor momento para continuar tirando vantagens da divisão do trabalho social para sua subespécie. O macho, somente pode usufruir séculos de sacrifício durante os últimos duzentos anos da civilização com a RI e agora terá de dividir este privilégio senão sucumbir à fêmea.



Corre na internet uma teoria bastante interessante de que a mulher consegue ser superior ao homem na execução de tarefas simultâneas, as quais o homem não consegue fazer o mesmo.



Se observarmos nestes testes, estas tarefas simultâneas são todas tarefas estritamente femininas, tais como: maquiar-se, cozinhar, assistir a novela, falar ao celular, pintar as unhas, cuidar das panelas cozinhando e ao mesmo tempo cuidar das crianças, e, falar ao telefone, enfim tarefas condicionadas pela repetição diária doméstica.



O autor desta experiência viciada esquece-se que a cabine de uma aeronave ou de um navio possui mais de quatrocentos mostradores que são monitorados pelo comandante e pelo seu vice-comandante; esquece-se que o volante de um bólido de corrida de fórmula um possui mais de vinte botões de controle que comandam desde a regulagem dos freios dianteiro e traseiro, diferencial, mistura do combustível, controle de tração, desmultiplicação da direção, comunicação com a equipe, controle do aerofólio traseiro, consumo de combustível, tudo simultaneamente.



Esquece-se que os astronautas passam por um treinamento onde dentro das piores condições possíveis físicas e psicológicas tem de responder perguntas sobre operações aritméticas e sobre coisas comuns, sem interromper as suas ações.



Penso que foi um grande deboche esta afirmação, até por que se assim fosse verdade seria um caso muito sério a ser considerado, pois que se a capacidade de concentração masculina fosse uma desvantagem, teríamos que ensiná-la as mulheres, diante do resultado que o macho monofunção conseguiu com o seu sucesso absoluto no mundo civilizado como realizador e inventor de sucesso.



Até aceito que houve muita coisa que poderia ser diferente, mas, praticamente, 2,5 milhões de anos de evolução da espécie homo-sapiens, mais 5000 anos de civilização organizada, com governo, escrita, História, para que, somente com o advento de Betty Friedman e outras feministas, as mulheres acordassem desta letargia e desta paralisia e dessem o grito de liberdade e igualdade, isto merece por si só uma sessão completa de análise com um bom psicanalista.



Enquanto o gênero macho criava as Ciências, a Filosofia, a História, a Geografia, a Geometria, a Matemática, a Física, a Química, a Engenharia, o Teatro, a Pintura, a Escultura, a Poesia, as Artes, as Letras, a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia, a Pedagogia, a Medicina, onde esteve, e, o que esteve fazendo o gênero fêmea?



A mulher esteve assistindo a tudo passivamente, e agora quer culpar o macho por fazer as guerras, governar o mundo, formatar o mundo machista? Acordai mulher, mas não para apenas culpar o macho por tudo. Antes, talvez, devesse fazer o mea culpa pela total indolência e apatia diante do protagonismo histórico do macho, branco, ocidental, enquanto a mulher permaneceu coadjuvante, figurante, ausente da História da civilização humana!



As mulheres andam confusas com a sua emancipação. Se vc perceber, o novo papel da mulher na sociedade não representa simplesmente igualdade: representa a masculinização do padrão de comportamento feminino.



Se a mulher emancipada pretendia a sua evolução e igualdade, não deveria copiar o comportamento reprovado, e sim construir novos papéis sociais para ela e também para um novo homem.



A maioria das mulheres emancipadas trocou a estreiteza da perspectiva e a estreiteza da falta de liberdade do casamento pela estreiteza de liberdade e pela estreiteza de perspectiva do trabalho fora-de-casa e acabaram se frustrando diante das promessas de um mundinho maravilhoso prometido pela revolução feminista.



O que vemos do feminizmo hoje é apenas uma cópia feminilizada do homem machista travestida de mulher emancipada da cozinha.



Era só isso? O trabalhar fora-de-casa era o objetivo? Liberdade sexual foi conquistada pelos Hipies e não pelas feministas, fora a descoberta da pílula anticoncepcional que empurrou a revolução sexual aos padrões que existem hoje.



É o crepúsculo do macho que se avizinha. Já se foi o tempo em que ser macho era sinônimo de arrojo e perícia, para não falar de inteligência e pioneirismo em todos os aspectos mais dinâmicos das atividades humanas da nossa civilização e das culturas em todos os continentes e em todos os tempos. Não.



Esta Era está encerrada, definitivamente, pois que a mulher assumiu o protagonismo da humanidade.



As empresas de seguro de acidentes foram as primeiras a perceberem e a darem oportunidade às mulheres para obterem vantagens desta nova realidade. Os legisladores perceberam há muito tempo que as mulheres deveriam cuidar da prole quando o casal se dissolve, os filhos preferem a companhia de suas mães à de seus pais masculinos.



Quando se procura uma mão-de-obra cuidadosa, precisa, atenciosa, delicada, paciente e complexa, se recorre ao recrutamento das operárias e tecnólogas.



As estatísticas do INEP-MEC são devastadoras para a subespécie masculina: as meninas têm o melhor desempenho global de notas no ensino Fundamental; no ensino médio é uma avalanche de vantagens para as meninas-alunas em relação aos meninos-alunos.



A evasão escolar dos meninos, no ensino médio, é o dobro da evasão escolar das meninas, e a defasagem de notas é ainda maior em favor das meninas.



Prosseguido, as meninas já são a maioria nos cursos superiores, nas pós-graduações que incluem especialização, mestrado e doutorado. Onde também o desempenho acadêmico das mulheres é superior ao de homens.



Em algumas profissões já existe a hegemonia feminina indiscutível no Brasil, são elas a maioria das advogadas, médicas, enfermeiras, professoras, diretoras pedagógicas, empresárias médias e micros, só ainda não superaram os homens nos cursos de engenharia em geral, mas são maioria nos cursos de Matemática e Estatística.



O que falta para elas assumirem o controle da sociedade? Só tempo. É uma questão de tempo para o Brasil e o mundo virarem uma Islândia ou uma Suécia.



Não resta nada ao macho a fazer diante disso a não ser aceitar e acatar a marcha irreversível da redenção ou vingança feminina, com ou sem a interferência masculina, é inelutável.



O avanço desta estatística talvez nos explique o avanço da homoafetividade na sociedade, visto que o mundo se torna cada vez mais feminino, o estilo feminino de ser se transforma em modelo de comportamento social e de símbolo de sucesso profissional e pessoal.



Vivemos uma nova era de incerteza nas relações de gênero, étnicas, religiosa e nacionais. Explico. O mundo tal como o conhecemos hoje é um mundo formatado pelo macho branco, cristão e ocidental.



Todas as conquistas científicas, intelectuais, sociais, morais e artísticas foram o resultado do trabalho em 99,9% dos machos, brancos, cristãos e ocidentais da espécie terrestre.



Nada de orientais, dos negros, asiáticos, muçulmanos e outros credos, e das mulheres nas listas de inventores, descobridores, teóricos, filósofos, artistas na criação da cultura do mundo. Estes excluídos não participaram da construção da cultura humana de forma relevante.



Não existiu uma filósofa ao nível de Sócrates ou de Platão; não existiu uma artista ao nível de Leonardo da Vinci; não existiu uma compositora ou instrumentista ao nível de Beethoven; não existiu uma líder política ao nível de Napoleão; não existiu uma conquistadora ao nível de Marco Pólo. Algumas rainhas, uma faraó, e alguns traços na História, esporádicos, fora da curva estatística, estes foram as participações e legados femininos para a humanidade.



Como será o mundo daqui pra frente com as mulheres, os orientais, os muçulmanos, os budista, os católicos e os negros no protagonismo do mundo?



A outra vertente desta descoberta sobre o comportamento da nova mulher é que a mulher busca inconscientemente uma poderosa revanche, beirando em alguns casos a uma vingança total contra o macho da espécie.



O companheirismo desaparece por completo das relações sociais entre homens e mulheres, pode-se observar-se este comportamento mutante nas mais diversas demonstrações de mudanças dos papéis sociais.



Ninguém mais estranha a invasão e a ocupação, sem nenhum pudor de postos de trabalhos e de profissões, atividades e atitudes que eram completamente masculinas, pelas mulheres.



Nenhuma barreira parece querer ficar de pé neste momento de quebra de tabus. Dos tabus sexuais aos tabus religiosos.



Parece que o último bastião será quebrado quando tivermos uma papisa.



Nenhum reduto do machismo tenderá a ficar de pé.



O grande feito desta revolução é que o macho acha isso tudo normal, e não percebe que as mulheres estão em guerra não declarada contra a humilhação proporcionada pela hegemonia histórica que o macho da espécie lhes impôs e lhes legou como se fosse uma surra justa pela indolência e apatia da mulher gênero durante todos os períodos históricos da humanidade.



As mulheres preferem, nesta guerra, usar com mais intensidade e eficácia, de sua arma mais poderosa: a sedução sexual. É a sua arma de maior poder de fogo e de eficiência inigualável contra o macho.



Algumas, e não é um número pequeno delas, ainda escolhem o confronto direto com o macho com conseqüências que todos conhecemos. Para reequilibrar o balanço de forças vale-se de arranjos no código penal (Lei Maria da Penha) para lhes discriminar positivamente como a parte frágil a ser tutelada preferencialmente pela justiça em confronto com o macho.



Qualquer que seja a posição ocupada pela fêmea nesta luta significa um arranjo tático para a estratégia global que objetiva a derrota total do macho. As posições táticas utilizadas nesta guerra de posição ocupam os diversificados postos de combate onde melhor poder a mulher utilizar-se das vantagens do terreno e da fortuna. Assim, desde os postos de combate mais discretos como o papel de filha, irmã, amiga, vizinha, colega de trabalho ou de escola, até os postos mais complicados e imbricados, como o papel de esposa, chefe, companheira, sócia, parente de primeiro e segundo graus, onde o processo de reconhecimento dos privilégios imanentes aos papéis requer uma complicada administração de compromissos legais e civis difíceis de ser desemaranhado, o que favorece a tomada de posições e de privilégios automaticamente em virtude de sua importantíssima posição de compromisso.



Vai levar algum tempo para o macho perceber que as pessoas que ele mais admira e que ama estão tramando contra a espécie que ele representa.



Mas, se ele tiver em conta que a fêmea está defendendo muito mais do que a sua própria vida, está defendendo o seu status social, está disputando prestígio, está disputando o poder, então ele acordará para o fato mais importante que aconteceu na história da civilização humana, e que somente poderia se dar entre os animais racionais, exclusivamente, tal luta para a inversão de papéis sociais. O compartilhamento destes papéis não é o bastante se não a derrota do macho. Lição de Machiavel.



Como reconhecer uma guerrilheira androfóbica



Muitas tentam superar esta dificuldade no relacionamento fóbico com o macho tentando transformar o macho em uma simulação da forma e jeito feminino. Geralmente tem uma imagem do macho totalmente oposta à imagem feminina, portanto, plausível de ser modelada e transformada em algo mais assimilável ao jeito feminino de ser. Assim estas dedicadas transformadoras vêem o macho como algo a ser trabalhado, lapidado e transformado de sua versão malcheirosa, cheia de espinhos no rosto, peluda, bruta, malvestida, barulhenta, áspera, grosseira, indelicada, insensível, desatenta, assim sonham em transformar o macho numa espécie de bambi doméstico para o seu desfrute, às vezes sem combinar isso antes, durante e depois do início da operação de transformação.



Se você é mulher e não gosta do jeito masculino, tenho uma péssima notícia para você: a culpa não é masculina. Você nasceu assim ou em algum momento de sua vida você foi afastada da convivência com o sexo masculino, a figura do pai ausente está deixando uma lacuna em seu modelo de masculinidade afetiva, ou pode ter sido pior: você provavelmente sofreu violência sexual masculina e isto é a pior de todas as experiências na vida de uma pessoa.



Muitas gerações têm sido gestadas em série de famílias onde o pai fica ausente durante todo o ciclo de desenvolvimento dos infantes, isto significa que a única imagem e modelo destes filhos é o da mãe que substitui o pai ausente. Esta circunstância em algumas regiões do Brasil é tão frequente que as meninas desenvolvem um instinto de aversão e comportamento extremamente agressivo com os seus futuros parceiros porque já está introjetada na cultura que a mulher deve ser sempre o único referencial de uma família.



O matriarcado está em alguns casos implantado em mais de cinco gerações sem sofrer descontinuidade, o que seria para alguns um problema, passa a ser um estilo de vida.



"Paraíba masculina muié macho sim-senhor" de Luiz Gonzaga parece ser uma profecia que se autorrealizou nas cidades pequenas principalmente do Nordeste do Brasil, e em todas as favelas dos centros urbanos onde grassa a miséria e a pobreza.



Em Brasília houve um tempo em que durante a campanha de erradicação das favelas, aqui chamadas invasões -(CEI daí o nome da maior cidade do Distrito Federal se chamar CEIlândia), os títulos de propriedades das casas e lotes distribuídos aos favelados serem nominais às mulheres e não ao casal ou ao marido.



Como reconhecer uma militante ativista?



Se casada, ela sempre procura humilhar publicamente o seu marido; vive cobrando dele maior participação na casa apenas para destacar e valorizar a sua participação e controle de iniciativas domésticas; não compartilha de suas vitórias profissionais, e progressos, avanços, melhoras, evolução e promoções, no trabalho, na escolaridade, nos esportes e emocionalmente; todo progresso e sucesso dele vem acompanhado de cobranças e desestímulos, tentando desvalorizar, desconstituir e desconstruir os seus méritos.



Adora pegá-lo em alguma falha, gosta de torturá-lo com cobranças sobre o seu esquecimento da data de seu aniversário, lembrança da data de seu primeiro encontro, de seu primeiro beijo, do dia de seu pedido de noivado, nem tente esquecer do dia dos namorados, da data do casamento e do primeiro encontro. Tudo é importante demais, apenas para fazê-lo sentir-lo culpado.



Não perde uma oportunidade para humilhá-lo publicamente, diante dos sogros e sogras, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, vizinhos e filhos, está sempre debochando, fazendo piadas, observações desmerecedoras e depreciativas contra o seu companheiro.

Adora vê-lo em situações embaraçosas e em aperto financeiro, atolado em dívidas e derrotado quer seja no seu time de futebol, quer seja num domingo de rodada de baralho. Qualquer arena de disputa é terreno ideal para tentar derrotá-lo. Adora contar vantagens e se vangloriar, mesmo que fantasiando e fabulando sobre si mesma.



O seu maior prazer é fazê-lo se sentir inferior, derrotado, humilhado e desmotivado.

Até oferece o seu consolo, o seu próprio colo para recebê-lo em seu choro de frustração, e quando isto acontece oferece-lhe toda a solidariedade de quem é superior, para que ele se sinta protegido e agasalhado, mas somente enquanto durar aquele clima ou situação de desespero e frustração do macho dependente e carente.



Pede a opinião do companheiro apenas para poder contrariá-lo, para provar que ele estava errado.



Não pede favor: exige que se cumpram as obrigações ou o que acredita serem as obrigações do companheiro ou cônjuge.



Sabe e adora cobrar deveres e obrigações, mas, desobriga-se de cumprir os seus deveres e obrigações, e nunca admite estar incorrendo em erros ou faltas, não aceita ser cobrada, afinal, não pode ser considerada ainda a chefe da casa quanto às obrigações e deveres formais.



Administra a sua vida privada, profissional e pública sem participar as suas decisões e escolhas ao seu companheiro cônjuge. Gosta de surpreender a família com compras domésticas, viagens e mudanças repentinas sem nenhuma participação dos membros da família em seus planos e metas.



Vive casada como se vivesse só em sua casa, sem se importar com a opinião e vontade de seu parceiro. Tudo isso para dar uma prova cabal de que é independente e acima de tudo autossuficiente.



Quando entra em guerra declarada procura vestir-se de modo extremamente vulgar e chamativo, com roupas curtas, decotes generosos, roupas muito justas e com muitos detalhes chamativos, cores fortes e com muito brilho. Capricha na maquilagem e nos penteados, não descuida da apresentação pessoal, investe num bom tratamento de pele, cabelos, academia de ginástica, dentista, procura ter a sua própria condução e conta corrente independentes.



Pode chegar ao limite da incontinência para comprometer o emprego ou a atividade econômica do companheiro, assediar o seu chefe, bajular os seus patrões, para destituí-lo do maior orgulho de um homem: o seu ganha-pão. É o máximo da humilhação que pode submeter o seu companheiro e rival. Deixá-lo desempregado e totalmente à sua mercê econômica.



Não suportaria a idéia de morar na casa adquirida por ele, andar no carro dele, e comer e ter as suas despesas pessoais custeadas pelo seu companheiro.



Gosta de exibir o seu talão de cheques e de controlar o seu carnet de financiamento dos bens móveis e imóveis, jóias, calçados e roupas.



Adora pagar a conta do restaurante, do bar e do hotel para o seu companheiro. Poder vê-lo dependente e submisso é o seu sonho de consumo.



Não suporta perder uma discussão sequer para outro macho, isso inclui o seu companheiro, pois sempre encontra argumentos para prolongar ou para encerrar uma discussão, onde a última palavra é sempre a sua. Deseja sempre a concordância e a aprovação para as suas idéias e desejos, caso contrário, despeja sobre ele dezenas de horas de argumentos e justificativas até fazê-lo perceber que é inútil prosseguir em sua tentativa de opor-se a ela.



Está sempre um passo à frente no planejamento de alguma iniciativa doméstica para sempre surpreender o seu companheiro, e deixá-lo perplexo com a sua inteligência e total domínio das decisões relativas à manutenção do lar.



Consegue relacionar-se muito melhor com homens de situação econômica e intelectual inferior à sua, mas, não se inibe diante de homens de capacidade econômica, intelectual e profissional superiores às suas.



Esta guerreira obstinada não reconhece as regras e normas civis, éticas, religiosas, tradicionais, e arma um barraco quando precisar. Não tem pudor nem espere dela compreensão e bondade, é violenta, fria, impulsiva, inconseqüente e por vezes irracional.



Não estabelece limites para a sua ação. É destemida e atirada, não espere que ela cumpra os acordos, pois a palavra decência não existe em seu vocabulário, muito menos conhece o que é dignidade.



A única coisa feia para ela é perder. Vencer e ganhar sempre são o seu lema.



Esta guerra nunca será declarada, como o são os conflitos modernos, isto exigiria muita dignidade dos contendores. E esta dignidade e cavalheirismo não existem mais.

Mulheres sensatas não culpam os homens por uma situação de opressão machista.
Pergunte-se: porque somente agora as mulheres se descobriram oprimidas pelo machismo?
Pergunte-se se existe algum fato na História da humanidade que comprove que o machismo existiu?
Há duzentos anos passados a sobrevivência da espécie humana esteve dividida entre o macho e a fêmea humanos.
A fêmea cuidava da prole e da subsistência doméstica e o macho caçava, lutava, trabalhava com as ferramentas que ele mesmo elaborava.
O trabalho era tão penoso que a humanidade vivia escravizando povos mais desorganizados e civilizações menos providas para explorar as poucas fontes de energia disponíveis.
Desde muitos milênios cortando árvores, quebrando pedras, arrastando e empilhando massas, o macho inventou as máquinas para ajudá-lo a trabalhar.
Foi somente com a descoberta pelo macho da eletricidade, da roda, do parafuso, do plano inclinado, da alavanca, da roldana, do machado, da Geometria, da Química que foi possível substituir o trabalho escravo pelo trabalho das máquinas.
Então a Inglaterra que fez a Revolução Industrial foi a primeira a combater a escravidão humana para espalhar as suas máquinas a vapor pelo mundo.
Onde esteva a mulher todo este tempo, em que as guerras eram travadas olho-a-olho enfiando a espada e a lança no ventre do inimigo e carregando o mundo nas costas e no lombo dos animais?
Respondo: sendo exploradas pelo machismo, em casa, cuidando dos filhos e da alimentação enquanto o macho opressor carregava o mundo com suor e sangue.
O trabalho humano mudou muito hoje.
Não existe a dependência da força bruta humana, as máquinas fazem quase tudo.
É este mundo que as feministas reivindicam.
Um mundinho sem trabalho braçal.
Para justificar a sua histórica lerdeza e completo alheiamento da história da civilização a mulher vem culpar o macho por não ter participado deste progresso.
A mulher foi durante milhões de anos privilegiada sendo poupada de todo o labor árduo e perigoso, foi protegida e sustentado pelo trabalho masculino pesado.
Agora que o trabalho humano é atrás de uma máquina ou computador, quando até um paraplégico consegue dirigir uma carreta, um navio, um avião a mulher se apresenta toda faceira arrogando a sua condição de igualdade ignorando que o macho nunca foi nem será o seu algoz.
Exigimos pedidos de desculpas às feministas, por essa falsa acusação.
O Machões.
Gostou do Blog O blog lhe foi útil Colabore para o autor Faça doações de valores A partir de US $ 1,00 Do you like this blog Is it useful to you donate from US $ 1,00 Bank Santander number 033 Brazil Agency 2139 Current 01014014-4 Bank of Brazil Agency 5197-7 Acount 257 333-4

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Bolha Brasil vai Explodir: o apagão de conhecimento

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Bolha Brasil: o apagão de conhecimento


I - Estação Espacial Internacional

Parabéns para o Brasil que o PT de Lula nos legou nestes dois mandatos gloriosos, onde os avanços nunca antes tidos na História do Brasil aconteceram pelas mãos de ninguém menos do que o representante legítimo do povão que chegou ao poder nunca antes na nossa elitista História nada gloriosa desde o Brasil Colônia.

O que vou relatar aqui se insere naquela velha circunstância histórica em que séculos de desprezo pela nação nos legaram vícios da elite dominante que explorou o País, servindo-se muito bem dele e da nação para vangloriar-se na Europa, passear e curtir os ganhos-Brasil lá fora, nas estações de esquis, nos cafés, nos cassinos, falando fluentemente Francês, Inglês, Alemão, e envergonhadamente, o Português.

A nossa elite sempre gostou de mandar seus filhos estudarem na Europa, agravando aqui no Brasil a idéia de que os títulos pós-graduados somente têm valor quando escritos em língua estrangeira, embora as nossas melhores universidades sigam à risca toda a bibliografia vinda do exterior, seus programas de treinamento são totalmente clonados das melhores universidades americanas e européias. Mas os títulos daqui não têm o mesmo valor segundo a nossa tradição.

Esta elite que despreza o Brasil e os brasileiros, acostumada a se abastecer no exterior, despreza tudo que é nacional, nunca deu valor ao que aqui é e pode ser desenvolvido pelos caboclinhos brazucas.

Esta elite agora pensa que pode comprar conhecimento tecnológico no exterior. Por isso tem encontrado enormes dificuldades para suprir as lacunas do Estado nesta nova fase que se apresenta o Brasil como ator político destacado no cenário das relações internacionais.

Os baluartes do mundo da tecnologia investiram décadas de pesquisas, treinando gente, gastando tempo e dinheiro, espionando, copiando, patenteando invenções e no desenvolvimento de invenções para obterem vantagens comparativas no mercado internacional, e em alguns casos, obterem a superioridade absoluta em certas tecnologias.

A nossa elite, acanhada, quis guardar para si o acesso exclusivo ao conhecimento científico. Mas, ocorre que o conhecimento científico precisa de massa crítica para florescer. As pesquisas precisam de continuidade. A elite não dá conta sozinha de produzir e de reproduzir a competência intelectual, precisa da participação em massa da massa, do povão.

A elite nunca sonhou em partilhar e compartilhar os seus privilégios de classe com o povão, seria um enorme risco retirar de seus dependentes a garantia da continuidade, dos privilegiados e preguiçosos descendentes.

Mas, mesmo assim, fora oferecido ao Brasil compartilhar e desenvolver a sua própria pesquisa num projeto de maior importância para a humanidade: o consórcio da Estação Espacial Internacional. O que fez a nossa elite de estreiteza visionária? Recusou a oferta generosa. Tecnologia nunca se vendeu na história da humanidade! Vende-se tecnologia obsoleta. Tecnologia se cria ou se rouba!

Mas, a nossa elite acostumada a ir às compras, na Europa, ainda acredita em se poder encontrar um supermercado de tecnologias à venda! Quanta ilusão!

A nossa elite está esperando os “trouxas” desenvolverem a tecnologia lá na estação espacial para quando eles descerem de lá nos venderem aqui na Terra!

II - Compra de aviões projeto FX




Abriu-se uma licitação internacional para a compra de tecnologia avançada embarcada nos aviões militares de caça para a nossa gloriosa Força Aérea Brasileira – FAB.

Este processo começou no mandato de Collor de Melo, atravessou o mandato de Itamar Franco, passou pelos dois mandatos do Presidente Fernando Henrique, e depois atravessou os dois mandatos do presidente Lula da Silva, e ainda aguarda no mandato de Dilma Roussef.

O que impede o processo ser concluído, em resumo? A transferência de tecnologia terá que fazer parte do pacote de venda dos aviões.

Imagine que a nossa elite vive ainda acreditando que depois de toda a corrida espacial, da Guerra Fria, e de trilhões de dólares, francos e rublos os países idiotas vão nos vender a tecnologia desenvolvida durante quase 70 anos na aviação, eletrônica, processamento de sinais digitais, técnicas de construção, fórmulas de cálculos de engenharia para perfis aerodinâmicos de alto desempenho!

Durante a Segunda Grande Guerra Mundial mesmo sob um dilúvio de bombas alemãs desabando sobre o seu território, com o penoso sacrifício de milhares de civis sendo arrasados pelos Stukas, Heinkel, V2, V1, os ingleses a tudo suportaram, com o auxílio inquestionável dos EUA, seu maior aliado contra os alemães. Com tudo isso, os ingleses esconderam muitos segredos tecnológicos dos norteamericanos, que poderiam ajudar ao EUA a ajudar a encerrar a guerra mais rápido e com grande poupança de vidas aliadas, civis e militares. Os ingleses esconderam dos EUA, durante a guerra: a invenção dos freios a disco, que poderiam abreviar o esforço de pouso de aeronaves embarcadas em porta-aviões em 80%, permitir que grandes bombardeiros pousassem em pistas muito mais curtas, e que pilotos com aviões avariados pousassem com maior segurança. Esconderam também dos norteamericanos as suas pesquisas sobre computadores eletrônicos, turborreatores, e radares.

Os EUA não possuem um único material em seus inventários das forças armadas, USARMY, USAF, USMC Marines, USNAVY que não tenha sido produzido nas indústrias norteamericanas. E o Brasil acredita que vai vender aeronaves Tucano para os EUA.

Durante a década de 80, a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas projetou a formação de cerca de 300 mil matemáticos por ano! Entre engenheiros, estatísticos, físicos e matemáticos para suportar a corrida tecnológica com o seu mais bem preparado adversário na Guerra Fria, os Estados Unidos da América do Norte!

E o Brasil ficava deitado em berço esplêndido, subvalorizando os seus engenheiros, sem falar dos físicos que eram formados apenas para serem professores, juntamente com as levas de matemáticos, isto a uma taxa anual de alguns milhares, quando muito não passavam de 20 mil formados por ano, enquanto isso as nossas universidades continuam a despejar milhares de médicos (60 mil, incluindo auxil. e terapeutas) e de advogados (70 mil) na maior advocracia do mundo, perdendo em número de advogados por habitante apenas para o Japão.  (O Brasil forma por ano: 277 mil Cientistas Sociais - Campeão mundial neste setor é o País do Blá-blá-blá, como diria o Ex-ministro Sérgio Motta: "masturbação sociológica", - 200 mil Educadores e 108 mil administradores. Veja quanto os países protagonistas da tecnologia lançam de engenheiros por ano:  China 1.640 mil/ano;  Índia 640 mil/ano, EUA 201 mil/ano; Rússia 190 mil/ano; Japão 177 mil/ano; França 103 mil/ano; Alemanha 66 mil/ano; Inglaterra 60 mil/ano, Espanha 50 mil/ano; Polônia 50 mil/ano; Itália 36 mil/ano).

Advogados e médicos não constroem e projetam submarinos atômicos, aviões de caça avançados, programas de computadores militares estratégicos, computadores, chips de computadores e tecnologia de ponta.

A grande falha na revolução educacional de Cuba, que se difere das revoluções educacionais em Corea do Sul, Japão, URSS, EUA é que faltou ênfase nas Ciências Matemáticas em Cuba.

A Matemática é tão importante para a humanidade que na entrada da academia grega de filosofia estava escrito "Não entre aqui quem não souber Geometria" condição sine qua nom para ser filósofo; Augusto Comte o pai da Sociologia declarou que a Matemática é a Ciência base para todas as demais ciências.

O Brasil não pode dar as costa ao ensino das ciências ligadas à Matemática. Não existiria tecnologia sem ela.

Assim, ficamos no papel de quem espera Godot chegar e ele nunca chega para nos vender a tecnologia. E também não corremos atrás do tempo perdido na criação de cérebros preparados para não somente criar tecnologia, mas até para copiar tecnologia se precisa de técnicos preparados para compreendê-la e depreende-la na engenharia reversa.

Alguém precisa dizer aos nossos governantes que tecnologia se conquista ou se rouba!

Seja como for, o Brasil não irá a lugar algum apenas pensando em pequenas aquisições condicionadas a uma improvável e fantasiosa transferência de tecnologia. Somente alcançará seus objetivos se abrir os olhos para reais parcerias de desenvolvimento, caminhando aí sim para obter tecnologia própria no futuro.

Talvez eles acordem para a realidade de que a tecnologia traduz a cultura de uma civilização que vai ali codificada no seu modo particular de perceber a realidade, são maneiras particulares de relação com a ciência. O computador japonês é diferente do chinês, que é diferente do americano, que é diferente do russo, que é diferente do polonês, que é diferente do alemão; a tecnologia reflete não apenas o grau de desenvolvimento do conhecimento senão a forma particular de fazê-lo. Não se copia a cultura. A cultura sempre é amalgamada quando entra em contato com outras culturas diferentes, nunca sai ilesa da interferência de outra cultura da qual entra em contato. Ambas se modificam. Tecnologia é cultura.

A cultura é um fenômeno desconhecido e misterioso. A cultura não pode ser anulada, transferida, censurada ou ensinada. Cultura não desaparece, nem surge do nada. Ditadores sonham que um dia, uma vez, podem submeter um povo ao seu domínio através da sua perspectiva cultural.

Não tem sido assim na História da humanidade. O dominador é o dominado, e o dominado é o dominante.

Assim, o capoeirista poderia ser preso praticando a sua arte marcial, antes da sociedade desistir de domá-la; mas, o Estado e a sociedade não assimilaram a lição. Perseguiram e estigmatizaram pela criminalização e pela exclusão social os primeiros sambistas, os cabeludos, os barbudos, os rockeiros, os hippies, a feijoada, o bikini, a minissaia, a guitarra-elétrica, os artistas populares, o forró, tudo, antes de virar "chique" e ser transformado pela fusão cultural.

Este processo contínuo de transformação que termina na aceitação, não sem antes modificar os ingredientes da cultura insurgente modificando-a através de uma nova síntese, num processo dialético contínuo de reconstrução.

A cultura é uma criação anônima e coletiva. É a ponta do iceberg de subculturas que vão se amalgamando e consolidando à medida que recebe reforços sociais construtivos e destrutivos, incentivos e discriminações.

Nenhum professor sai ileso de uma sala de aula. É melhor não entrar nela quem pensa que vai ensinar alguma coisa aos seus discípulos. O professor e o aluno saem da sala de aula transformados, trocaram experiências sensitivas e cognitivas sem a consciência do processo lento e vigoroso.

A engenharia social consiste em misturar as experiências de etnias e culturas para forjar o novo. Assim como a América não se transformou na Nova-Europa, com a migração dos britânicos e dos germânicos protestantes, uma nova civilização diferente ali se construiu. E assim vai se construindo uma nova civilização contra a vontade dos israelenses no Oriente médio, porque será inevitável que as duas culturas, ou as muitas culturas árabes, ocidental, judia, cristã, muçulmana, fenícia já estarão produzindo as suas variantes de novos islamismos, judaísmos, cristianismos sem que os seus protagonistas o percebam ou o desejem.

Nós do Ocidente não percebemos o quanto o judaísmo nos marcou. Quando acordamos aos domingos e ao invés de irmos trabalhar ou formos para a escola tudo pára: é o costume judaico que nos obriga a guardar e separar o dia de domingo. O costume da monogamia, a supervalorização do dogma da virgindade, e, assim, sem o percebemos foram introjetados no nosso modo de vida elementos culturais alienígenas, mesclados e transformados, alguns destes elementos vão parar nas nossas leis, outros não escritos como guardar o domingo e a virgindade, mesmo não escritos têm enorme importância tanto ou mais do que as normas formais.

Assim, o silvícola domou e domesticou o jesuíta, ensinou-o a gostar do fumo, de tomar banho, a amar e reverenciar a natureza, comer tomate, batata, mandioca, chocolate, o jesuíta que pensou estar interferindo ou destruindo a subcultura inferior não percebeu que foi contaminado por algo que julgava inferior e inútil.

III - Max Holster e a Embraer

A empresa brasileira Embraer tornou-se hoje um paradigma de como o Estado Brasileiro quando investe em formação e tecnologia apresenta resultados equiparados aos mais altos níveis universais.

Os militares nos anos 60 criaram a instituições certas para darem o salto tecnológico que resultou na criação do maior sucesso do complexo educacional-tecnológico-empresarial do Brasil, até então.

Primeiro criaram os instituições de ensino de primeiro nível, com a criação do Instituto Militar de Engenharia - IME, do Instituto de Tecnologia Aeronáutica - ITA, instituições de ensino. Criaram institutos de tecnologia e pesquisa como Centro Técnológico Aeronáutico – CTA, Instituto de Pesquisa da Marinha – IPEM, assim estavam formadas as bases para o surgimento da Embraer.

Para criarem o seu primeiro produto, o ITA contratou o engenheiro francês especialista em estrutura de aviões Max Holster, e firmou um convênio para a utilização de supercomputadores da NASA para efetuarem os delicados e complexos cálculos de engenharia aerodinâmica do projeto de seu primeiro produto que foi a aeronave batizada de Bandeirante.

Sem a participação de Max o projeto certamente seria um fracasso. Outras idéias mirabolantes e nada práticas foram descartadas sob o comando técnico de Max e do major Ozires Silva, o primeiro diretor da Embraer.

Max Holster trouxe o conhecimento avançado que faltava para introduzir no projeto do Bandeirante, e com a sua participação chave projetou a Embraer como uma empresa competente, e firmou o nome do Brasil dentre os três maiores e mais importantes fabricantes mundiais de aviões.

Mas, não fabricamos ainda os motores turbojatos, nem os aviônicos das aeronaves. Como queremos ser líderes em fabricação de aeronaves? Faltou algo na lição de casa. Se tivéssemos nos dedicado a estes setores certamente que o Brasil não estaria de pires nas mãos com o projeto FX encalhado nas docas da tecnologia que deixou de ser desenvolvida a tempo.

IV - A religião católica

O fator cultural do Brasil rebate em uma das bases de nossa formação que é a religião predominante que segundo Sérgio Buarque de Holanda, marca profundamente o modo de ser e de pensar da nossa civilização brasileira.

Em sua teoria sobre o desenvolvimento e o capitalismo o sociólogo alemão Max Weber associou o sistema capitalista ao espírito protestante e o seu jeito de ser.

Sem maiores preâmbulos, e estendendo a tese de Weber sobre o espírito religioso e a sua influência no comportamento social, econômico e político de uma nação, adicionaríamos, com a vênia de Weber o espírito confucionista e o budista aos requisitos religiosos dos países vitoriosos no capitalismo.

Os países católicos desenvolvidos estão alguns degraus abaixo do desenvolvimento capitalista mundial. Todos os países subdesenvolvidos ou são muçulmanos ou são católicos,segundo Weber.

Esta é uma relação complicada, complexa e não muito clara entre a religião e o desenvolvimento social e econômico, mas ela nos estimula a pensar se realmente existe esta relação direta entre certas religiões e o desenvolvimento capitalista. Um outro fator determinístico do desenvolvimento vem a ser o fator clima. É sabido que as regiões de clima quente não colaboram para o espírito de contrição, meditação, contemplação, recolhimento e calma necessários para o desenvolvimento intelectual, em contraposição o clima severo do frio nas regiões polares deu a oportunidade para que o processo de evolução se deparasse com as três alternativas possíveis para as espécies ali estabelecidas: a) migração; b) adaptação ao meio ambiente; c) adaptação do meio ambiente ao ser humano. Diferentemente dos esquimós, os povos nórdicos não procuraram se adaptar as intempéries nem se aproveitar dos meios de fortuna para sobreviverem, mas, pelo contrário, estudaram e desenvolveram a tecnologia para modificar o meio ambiente. Esta é a diferença entre conhecimento científico e conhecimento tradicional. Os povos situados nas latitudes mais baixas se projetaram como os maiores vencedores na tecnologia e no conhecimento, conforme atestam os ganhadores do Prêmio Nobel.

V - Produção de chips de microprocessadores

Os países de ponta já dominaram e domaram as técnicas de difusão de pastilhas de microprocessadores em seu ciclo completo. Nenhuma potência mundial depende desta tecnologia.

O Japão fez a lição de casa e até nos ensinou como obteve esta tecnologia. Fez um filme documentando como foi que roubou esta tecnologia dos laboratórios da Intel nos EUA, logo após a descoberta do chip de computador pelo Dr. Noyce.

Mas estavam preparados para isto. Nesta fase o Brasil dava passos largos para obter a sua tecnologia de chip. Aí então veio o governo collorido e matou as pesquisas avançadas em andamento no Brasil tirando a irrigação de verbas, extinguiu empresas de pesquisa, desbaratou grupos de pesquisa e abriu as portas do mercado brasileiro extinguindo a reserva de mercado de informática, coisa que os EUA mantém até hoje através do Buy American Act que garante a reserva de mercado de tecnologia para as empresas americanas, como se viu recentemente na última tentativa da venda de aviões Tucano da Embraer para as forças armadas dos EUA, barradas por uma concorrente americana, mesmo depois de anunciado o resultado da concorrência internacional onde a Embraer sagrou-se a vencedora.

Não é preciso dizer que o domínio da microeletrônica é o passaporte para tudo que vier daqui pra frente. Mas, perdemos o bonde desta história.

VI - Indústria automobilística nacional

Nenhuma potência está ausente do mercado de fabricação de automóveis sem a sua própria indústria nacional de automóveis.

Não se sabe a relação direta que isto tem a ver com o fato de ser potência mundial, mas, nenhumas das potências mundiais apresenta esta ausência. Assim como todas as potências mundiais possuem as suas marcas nacionais de automóveis, nenhuma delas deixou de apresentar um programa de lançamento e construção de naves e lançadores espaciais de satélites artificiais e tripulados.

Dominar a tecnologia espacial e automobilística virou uma referência para ser uma superpotência.

Nenhuma delas prescinde do domínio do processo do controle completo do ciclo da energia nuclear.

Diante destes símbolos, como o Brasil vai estar presente sendo diferente, embora pareça ser mera questão de status?

A explicação é que a pesquisa espacial, o domínio da energia atômica é o certificado de qualidade de um rigoroso e competente sistema de domínio das bases de conhecimentos completas de todos os ramos da tecnologia.

Um submarino nuclear é o artefato tecnológico mais complexo jamais construído pela tecnologia humana, a seguir em nível de complexidade tecnológica vem os engenhos espaciais. O nosso sub nuc precisaria de mais 10 mil novas patentes de invenção e de pelo menos mais 20 mil engenheiros, matemáticos, físicos e químicos com isso e mais dez anos estará concluído o sub e com a sinestesia da complexa evolução nas técnicas de metalurgia, ligas, eletrônica, medição, matemática, hidrodinâmica, sensores, hidroacústica, computação de guerra, e todos os setores relacionados diretamente e indiretamente a indústria naval avançada.

Sem esta certificação não adianta posar de parceiro e ombrear os líderes mundiais em tecnologia.

VII - Ensino e pesquisa: o apagão

O Brasil não vai ser a potência mundial que se anuncia.

Estamos vivendo um apagão de preparação na educação que se comunica com a tecnologia ausente, e este apagão vai estourar a bolha de desenvolvimento que nos movimenta para ocupar os primeiros lugares em desenvolvimento econômico mundial.

Infelizmente este momento está bem próximo. A nossa defasagem tecnológica, educacional vai implodir todo este esforço que colocou o País na aparente vanguarda da economia mundial nestes últimos 10 anos.

Não é a economia quem vai nos explodir, ao contrário do que aconteceu em 2008 nos EUA: o que vai nos explodir é a educação.

Vivemos um gap de educação que não se vai resolver nem que o governo brasileiro invista 100% do PIB nos próximos dez anos, continuamente.

Faltariam professores, universidades, alunos vestibulandos, material didático, pedagogia, incentivos aos alunos para estudarem engenharia ao invés de correrem para os cursos de medicina e de direito.

Todos os países que foram ou são potências mundiais nunca desprezaram a educação e a tecnologia. Não será o nosso País a única exceção. Seria pura fantasia esperar que pudéssemos manter a competitividade com a Índia, que lidera na ciência da Matemática, em programas de computadores, Astronáutica, Engenharias, como a Rússia que lidera em conhecimento tecnológico em todas as áreas de conhecimento básico como Química, Astronáutica, Matemática, Engenharia Naval, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Civil, Medicina, Biologia, Estatística, a China domina as Engenharias, Matemática, Química, Astronáutica, Computação, Metalurgia, e o Brasil: dominando o Direito, Relações Internacionais, a melhor diplomacia do mundo, Novelas de TV, Carnaval, Futebol e Astrologia! O Brasil não tem demanda para poder formar e empregar o grande exército de matemáticos, físicos e engenheiros de que necessitaria para alçar um voo para o primeiro lugar no mundo tecnológico porque está preso ao círculo vicioso de que não precisa de engenheiros porque não possui projetos e programas de pesquisa intensiva e não pode tocar projetos de pesquisa intensiva como o sub nuc porque não tem massa crítica de engenheiros, matemáticos e de físicos. Para sair deste impasse mexicano, sugiro a criação de um poderoso incentivo econômico que vai desviar a nossa juventude do sonho único de serem astros do futebol, e trazer de volta ao país aqueles que levaram para outros países o conhecimento que o Brasil vai precisar dentro de 40 anos para ser a referência número um em tecnologia quântica. A ideia é a de criar um programa de prestação de serviço patriótico civil obrigatório para todo aluno de escola pública que se formar em Matemática, Física, Estatística e Engenharia intensiva em Matemática. Estes egressos fariam uma prova anual para receberem durante toda a sua vida uma bolsa que varia entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00 de acordo com a nota da prova anual de Matemática, Física e Engenharia de uso intensivo de Matemática. Para os Mestres seria paga a quantia vitalícia de R$ 8.000,00 e para os doutores a quantia de R$ 12.000,00. Todos estes bolsistas ficariam durante toda a sua vida à disposição do Estado para prestarem serviços por demanda para resolverem e participarem de problemas e projetos de interesse nacional em empresas atuando no Brasil privadas ou estatais, escolas e instituições de pesquisa, produzindo quando não estiverem atuando nestes projetos algum artigo científico a ser publicado em revistas especializadas acadêmicas uma vez por ano, alternativamente ao trabalho ou prestando assim a contrapartida inclusive lecionando quando preciso for. Assim, dentro de 50 anos estes profissionais estariam colaborando e até formando empresas de consultoria, indústrias e patenteando inventos tecnológicos comerciais e estratégicos sigilosos para o Brasil se ombrear e ocupar o primeiríssimo lugar na tecnologia em todos os ramos.

http://portuguese.ruvr.ru/to_blog/95394461.html

A comunicação social, citando fontes do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, informa sobre um acordo prévio russo-chinês visando o fornecimento para a China de 24 caças Su-35. O contrato poderá facilitar a entrada deste avião russo no mercado mundial, embora a cooperação com a China envolva certos riscos.



Veja as fotos do caça Su-35



O caça Su-35BM virou a última interação da plataforma T-10C. O seu primeiro modelo era o famoso caça Su-27 que, a par da sua modificação, o Su-30 conquistou, nos anos 1990-2000, a fama mundial. Os aviões baseados em plataforma T-10 têm gozado de grande procura nos últimos 20 anos.



Convém notar que foi a China que lhe abriu o caminho para o mercado internacional. O primeiro contrato, prevendo o fornecimento de 20 caças Su-27SK, foi assinado em 1991, enquanto que o segundo, visando a venda de 16 aparelhos do gênero, foi firmado em 1996. Em seguida, foi firmado um acordo de entrega de 100 lotes para a montagem autorizada. Depois disso, a China adquiriu os aviões de marca Su-30MKK.



Aos contratos acima se seguiram os acordos com a Índia, a Malásia, o Vietnam, a Argélia e outros países. Todavia, o sucesso comercial tem um lado reverso. Ao proceder à montagem, a China começou a copiar o caça russo, tendo lançado a produção do avião "local" próprio J-11. Por uma série de características, inclusive o recurso de propulsores e o equipamento de bordo, a versão chinesa copia em muito o original. Mas o processo de reprodução aumentou as potencialidades da indústria de aviação militar chinesa, o que permitiu acelerar a modernização da Força Aérea, a qual, no início dos anos 2000, tinha a seu serviço os engenhos J-6, quase idêntico aos Mig-19 soviéticos dos anos 50 do século XX.



Não é primeira vez que a China manifesta um vivo interesse em relação aos aviões de 5ª geração. Todavia, o destino do Su-27 na China implica reflexões sobre uma eventual repetição da história com o Su-35. Quem poderá garantir que não haja tentativas de copiar o avião russo? As perdas potenciais com isso poderiam ser diminuídas por um significativo lote de cerca de 50 aparelhos voadores. Tal aquisição privaria de sentido a reprodução, enquanto que o dinheiro auferido pelo produtor, poderia ser canalizado para a projeção de engenhos mais sofisticados.



Uma partida de 24 aviões não seria suficiente para aceitar uma hipótese de que, daqui a 10-15 anos, venha surgir no céu um clone chinês. O risco poderá ser diminuído pelo eventual fornecimento da versão simplificada do Su-35 que, provavelmente, será posto em prática. O preço de 1,5 bilhões de dólares por 24 engenhos não parece muito elevado. O preço das versões "top" com base em T- 10 já superou a fasquia de 100 milhões por uma unidade.



O fornecimento da versão simplificada, tomando em conta que a reprodução da máquina levaria 5-7 anos, poderá vir a ser uma opção razoável mas não ideal. O ideal seria a redução de fornecimentos do equipamento hi-tech militar russo àquele país. As perdas potenciais poderiam ser compensadas à custa da encomenda interna.

Disputa por cérebros

Ação Civil Pública quer limitar Boeing a contratar apenas 21 engenheiros por ano da Embraer

Empresa americana já contratou quase 100 profissionais da brasileira desde 2022

 - 

Fuselagens de aviões 737-800 em produção na fábrica da Boeing em Wichita, Kansas, em 2004 (Foto: Larry W. Smith/Getty Images)

Em meio à contratação pela Boeing (BOEI34) de quase uma centena de engenheiros extremamente qualificados da Embraer (EMBR3) em São José dos Campos (SP), berço da empresa brasileira (e do setor aeroespacial e de defesa do país), uma Ação Civil Pública (ACP) tenta impor uma série de restrições à gigante americana, por ameaça à soberania nacional.

InfoMoney mostrou recentemente que, anos após a Boeing desistir de comprar 80% da divisão comercial da Embraer por US$ 4,2 bilhões, a empresa americana tem avançado sobre os talentos da brasileira — e também de outras empresas do setor aeroespacial –, contratando “a elite da engenharia aeroespacial do Brasil”, nas palavras de Roberto Gallo, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).

O foco das contratações tem sido por engenheiros de nível sênior, principalmente das áreas de estratégia e aviônica, de profissionais com anos de experiência e que chefiam importantes áreas de desenvolvimento de aeronaves, com informações privilegiadas de projetos com segredos industriais, como os caças Gripen.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Das mais de 200 contratações feitas pela Boeing nos últimos meses, mais de 90 foram de profissionais da Embraer (veja mais abaixo). E, com o avanço das contratações, a Boeing tem buscado até engenheiros em meio de carreira.

A ação judicial movida pela Abimde e pela AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), quer impedir a Boeing de contratar mais do que 0,6% do quadro de engenheiros por ano de cada uma das Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e das Empresas de Defesa (ED), que atuam no desenvolvimento de Produtos Estratégicos de Defesa (PED). A Embraer é associada tanto à Abimde quanto à AIAB.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Caso o pedido seja atendido, a Boeing seria limitada a contratar apenas 21 engenheiros da Embraer por ano no Brasil, pois a multinacional brasileira tem cerca de 18 mil funcionários atualmente, dos quais 3,5 mil são engenheiros, e praticamente nenhum profissional das empresas menores do polo aeroespacial de São José dos Campos. Ainda não há uma decisão sobre o mérito do processo, que foi movido em novembro pelas associações e pelo escritório Tojal Renault Advogados.

“Eles não cessaram as contratações. Sabemos que, quanto mais o tempo passa, mais a situação se agrava”, afirma Julio Shidara, presidente da AIAB. Gallo, da Abimde, diz que “o volume [de contratações] não é a parte mais importante. Não é só um número alto, é fundamentalmente uma questão do ponto de vista quantitativo. Se tira uma pessoa que tem o conhecimento de todo um ciclo do produto e leva para uma única empresa, qual é a chance de a propriedade intelectual ir parar na mão de uma concorrente? É uma pergunta retórica”.

Enquanto a primeira reportagem mostrou a “disputa por cérebros” entre a Boeing e a Embraer, a desta quarta-feira (22) destaca as acusações da Ação Civil Pública contra a Boeing — e a defesa da gigante americana no processo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ACP também pede que a gigante americana seja multada em R$ 5 milhões por profissional de engenharia contratado acima do limite (e que o valor seja revertido à empresa afetada), além de obrigá-la a pagar à Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate) o mesmo valor que a Embraer e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) já gastaram nos 21 anos do Programa de Especialização em Engenharia (PEE).

O PEE oferece um curso de mestrado profissional – a principal porta de entrada para engenheiros recém-formados na Embraer –, e a empresa brasileira investe cerca de R$ 5 milhões por ano no programa, que em 21 anos de existência já formou 1,6 mil engenheiros (uma média de 76 profissionais por ano). As associações querem que a verba destinada à Funcate seja aplicada em projetos para formar profissionais de engenharia aeronáutica no país, devido à escassez de mão de obra do setor.

“A presença maciça da Boeing atua como um fator de desequilíbrio entre oferta e demanda dos profissionais. Se a Boeing viesse com 10 bilhões pra formar profissionais, não haveria problema”, afirma Leonardo Bissoli, um dos advogados que assinam a ação. “Ninguém quer impedir a Boeing de atuar aqui no Brasil. Quer que haja um equilíbrio para todos os ‘players’ do setor de defesa. É isso o que a ação busca”.

Na ação, a Abimde e a AIAB afirmam ainda que as contratações da Boeing são “inconstitucionais e ilegais”, “porque impõem um processo degenerativo à Base Industrial de Defesa (BID) nacional, possibilitam a transferência de tecnologias militares nacionais e segredos do Estado brasileiro a controle estrangeiro e, consequentemente, colocam em xeque a autonomia tecnológica de defesa, indispensável à garantia da soberania nacional” (veja mais abaixo).

O que diz a Boeing

Antes mesmo de ser intimida a se defender no processo, a Boeing já se manifestou duas vezes. A gigante americana diz que a Abimde e a AIAB “não possuem legitimidade ativa para propor uma Ação Civil Pública” e querem impedir a empresa de “exercer seu direito constitucional de livre contratação de funcionários”. Diz também que “as associações não fornecem qualquer base legal para as medidas extremas pleiteadas” e pede a extinção do processo.

A empresa afirma ainda que a ação, “travestida de uma defesa da soberania nacional”, terá como consequência “arrefecer a concorrência por empregados no Brasil, em um enorme prejuízo à mão de obra brasileira”. “As autoras estão essencialmente sugerindo que não deveria ser permitido que engenheiros brasileiros apliquem para vagas de trabalho da Boeing Brasil, mesmo que a oportunidade aprimore sua carreira, resulte em desenvolvimento profissional ou ofereça maior salário”.

A Boeing chama o limite de 0,6% de contratação, que a Ação Civil Pública tenta impor, de “número irrisório e arbitrário” e diz que “não pode ser impedida de oferecer bons salários e boas posições aos trabalhadores no Brasil”. “As autoras utilizam esta ação para estabelecer cláusulas de não-concorrência com todos os seus antigos empregados sem qualquer custo ou justificativa”, afirma a empresa. “Uma cláusula de não-concorrência geralmente requer uma fundamentação razoável e uma compensação paga, uma vez que limitará o direito do empregado de trabalhar por um período de tempo específico. Entretanto, as autoras querem obter um cheque em branco do Judiciário”.

“Os pedidos formulados pelas autoras não apenas são abusivos, incertos e indeterminados, mas também carecem de qualquer correlação lógica com a prática que as autoras atribuem à Boeing Brasil. As autoras requerem a limitação de contratação em um percentual arbitrário de 0,6%, com base em um cálculo em nota de rodapé da petição inicial, e obrigação pecuniária a ser destinada a uma fundação, sem nexo causal com a suposta prática da Boeing Brasil de contratação de engenheiros e sem revelar qual o real valor requerido que deve ser transferido”, afirma.

A Boeing diz ainda que as associações “não demonstraram indícios mínimos de apropriação de segredos industriais que teriam sido indevidamente obtidos” e pede que a ACP seja rejeitada, “uma vez que o seu pedido é danoso à ordem econômica nacional, à livre iniciativa e à livre concorrência”. Diz também que muitas das associadas à Abimde e à AIAB são empresas estrangeiras com filiais no Brasil, assim como a Boeing (entre as quais estão Airbus, BAE Systems, Collins Aerospace, Pratt & Witney e Saab).

“A hipocrisia da demanda das autoras é clara ao se considerar a tutela de urgência que estão requerendo: que a Boeing Brasil fique proibida de contratar funcionários brasileiros, enquanto as associadas das autoras com acionistas que tenham sede estrangeira […] continuariam livres para contratar profissionais brasileiros. Ao invés de uma Ação Civil Pública apropriada, destinada a salvaguardar a defesa nacional e a soberania, a petição inicial nada mais é do que queixas individuais e heterogêneas de natureza comercial”, afirma a Boeing.

Segundo a empresa americana, que é representada no processo pelo escritório Pinheiro Neto Advogados, as associações “buscaram retratar o que claramente são reclamações comerciais individuais como danos coletivos à defesa e segurança”, mas o propósito da ação é “mascarar uma disputa privada (que possui diferentes leis, jurisdição, requisitos, custos, etc.) como uma ação coletiva”. “Se trata de participantes da indústria competindo por talentos”.

Na sua segunda manifestação no processo, a empresa afirma ser “preocupante que outras empresas da indústria tenham se unido para propor uma ação judicial com o expresso objetivo de limitar as ações da Boeing Brasil para concorrer pelo mercado de trabalho, criando dificuldades para o livre exercício profissional e a livre iniciativa”, e pede que as associações que ingressaram com a ACP “sejam condenadas ao ressarcimento das despesas processuais despendidas pela ré e ao pagamento de honorários advocatícios”.

A empresa americana afirma também que a Abimde e a AIAB “falharam em explicar e demonstrar quais direitos de propriedade intelectual específicos foram violados e qual foi o dano causado”, pois “o segredo industrial é, essencialmente, um direito de propriedade individual”. Diz ainda que “qualquer suposto prejuízo às autoras foi decorrente do próprio livre arbítrio de seus funcionários, que decidiram buscar melhores oportunidades de emprego”.

“Engenheiros brasileiros são livres para trabalhar na empresa que ofertar melhores condições de trabalho, especialmente em um mercado altamente especializado”, afirma a Boeing em sua petição. “A proibição da contratação desses engenheiros por Boeing Brasil, em vista do risco potencial de desvio informacional, sem qualquer mínima evidência da existência de que tal desvio tenha ocorrido, seria abusiva e desproporcional”.

Tenha acesso a uma metodologia única e reconhecida, que vai revolucionar a sua forma de gerenciar projetos. Quero conhecer

“Não há nos autos qualquer elemento de prova e sequer se esforçam as autoras a indicarem quais segredos industriais da Embraer teriam sido indevidamente apropriados”, completa a Boeing. “Além de saltar aos olhos o uso de uma Ação Civil Pública para defesa de interesses individuais da Embraer, a ausência de informações mínimas sobre quais seriam as supostas informações confidenciais estratégicas evidencia não haver qualquer probabilidade de violação do pretenso direito”.

Acordo frustrado, disputa bilionária

A “disputa por cérebros” entre a Boeing e a Embraer no interior de São Paulo ocorre anos após a gigante americana desistir de comprar a divisão comercial da brasileira, em um negócio de US$ 5,2 bilhões. As duas empresas formariam uma joint venture, e a Boeing pagaria US$ 4,2 bilhões à Embraer por 80% da nova empresa (os outros 20% continuariam com a multinacional brasileira).

O negócio foi divulgado pela primeira vez no fim de 2017 e evoluiu para um acordo, mas em abril de 2020, depois de mais de dois anos de negociação e adaptações (a Embraer chegou a segregar toda a sua divisão comercial, para concluir o acordo), a Boeing anunciou a desistência do acordo.

Na ocasião, o mundo vivia a incerteza do início da pandemia de Covid-19 e a Boeing enfrentava uma série de graves problemas com o 737-Max. Dois aviões do modelo caíram em um intervalo de cinco meses, matando 346 pessoas, o que fez com que governos proibissem o 737-Max de voar e companhias aéreas de todo mundo fossem obrigadas a permanecer com suas aeronaves em solo.

Ao anunciar a desistência, a Boeing afirmou que a Embraer não tinha “atendido às condições necessárias” nem cumprido o contrato. A empresa brasileira negou e disse que a Boeing rescindiu “indevidamente” o acordo, “fabricando falsas alegações”. Disse ainda que a americana vinha adotando “um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA (acordo), pela falta de vontade em concluir a transação, pela sua condição financeira, por conta dos problemas com o 737-Max e por outros problemas comerciais e de reputação”.

As duas empresas estão em um processo de arbitragem, que já se arrasta por quase três anos, para definir quem está com a razão (e se uma companhia deve indenizar a outra pelo fim do acordo).

Em seus balanços financeiros, a Embraer diz que “não há garantias com relação ao tempo ou resultado dos procedimentos arbitrais ou qualquer reparação que a Embraer possa receber ou perda que a Embraer possa sofrer como resultado ou com relação a tais procedimentos arbitrais”; já a Boeing afirma que “a disputa está atualmente em arbitragem”, que não pode “estimar razoavelmente uma faixa de perda, se houver”, e que espera que o processo seja concluído “no final de 2023 ou início de 2024”.

Ameaça à soberania nacional

Na Ação Civil Pública, a Abimde e a AIAB afirmam que as contratações da Boeing são “inconstitucionais e ilegais” e “possibilitam a transferência de tecnologias militares nacionais e segredos do Estado brasileiro a controle estrangeiro”. “Consequentemente, colocam em xeque a autonomia tecnológica de defesa, indispensável à garantia da soberania nacional”.

Assinada pelo escritório Tojal Renault Advogados, a petição inicial diz que, no negócio frustrado entre a Boeing e a Embraer, a empresa americana “obteve uma série de informações sigilosas e estratégicas da Embraer – e, consequentemente, de todas as Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e Empresas de Defesa (ED) do setor aeroespacial, já que praticamente todas são prestadoras de serviços e/ou fornecedoras da própria Embraer, a maior empresa de defesa da América Latina”.

As associações dizem que a Boeing “tinha o interesse não apenas em adquirir parcela da aviação comercial da Embraer, mas sim o de obter toda a estrutura de engenharia e desenvolvimento integrado do produto, que tornaram a companhia brasileira ponto de referência mundial na produção de aeronaves”. Dizem ainda que a engenharia aeroespacial brasileira é capitaneada pela Embraer e, em volta dela, “orbitam diversas empresas de excelência e estratégicas à defesa da soberania nacional”.

A ação acusa a Boeing de “se valer das informações estratégicas […] que obteve nessas tratativas para tomar à força a capacidade humana produtiva da área de engenharia aeroespacial nacional”. “Isso em vez de efetivar a parceria, pagar os valores dela decorrentes e obter todas as aprovações regulatórias cabíveis, em um processo que certamente evitaria a desestruturação da indústria de defesa nacional e a eventual divulgação de segredos de estado a estrangeiros”.

Segundo a Abimde e a AIAB, as empresas perderam para a Boeing até 10% dos seus engenheiros e até 70% dos profissionais de áreas específicas e essenciais às suas atividades. “Todas as empresas mais relevantes do setor de defesa aeroespacial já perderam e vêm perdendo engenheiros [para a Boeing]”, afirmam as associações.

Elas citam como exemplos Akaer, Avibrás, AEL Sistemas, Safran e Mac Jee, além de empresas de “pequeno porte” (menos de 50 funcionários), como a Orbital Engenharia, “que é protagonista de importantes projetos de defesa nacional, tais como o Projeto PSM (Plataforma Suborbital de Microgravidade), Projeto 14x (propulsão hipersônica) e o Projeto do Satélite Amazônia 1 (satélite ótico de observação da terra)”.

O processo diz que, mesmo a Embraer, “que é a principal empresa do setor de defesa aeroespacial brasileiro e que tem melhores condições operacionais e econômicas de resistir e enfrentar os atos de aliciamento que estão sendo sistematicamente praticados”, perdeu até novembro “65 profissionais de engenharia altamente especializados, que exerciam, em sua maioria, posições de liderança, e tinham, em média, mais de 13 anos de trabalho na companhia” (esse número já subiu para mais de 90 neste ano).

A ação afirma ainda que a Boeing tem tido uma “preferência pela área de aviônica”. “Não por acaso, é a área de maior escassez de profissionais especializados no âmbito da engenharia aeronáutica, uma vez que são esses profissionais os responsáveis pelo desenvolvimento dos sistemas de integração homem-máquina, ou seja, que desenvolvem os sistemas de navegação, comandos, comunicação, controles de voo e piloto automático”.

Escassez de profissionais

O documento aponta também uma escassez de engenheiros espaciais no mercado, apesar de a Embraer ser líder mundial na aviação comercial de aviões para até 150 passageiros e São José dos Campos ser “um dos principais polos de formação de engenharia aeronáutica no mundo”, que foi “construído ao longo de mais de 70 anos de investimentos do Estado brasileiro em pesquisa, tecnologia e educação, com o objetivo de garantir a autonomia tecnológica necessária à defesa da soberania nacional”.

Segundo a ação, diante da “escassez crônica de engenheiros altamente qualificados” e devido à grande dificuldade de formação desses profissionais, a Boeing está “operando uma sistemática captura profissional de empregados estratégicos”, adotando “estratégias agressivas”. “As proporções do assédio assumem contornos econômicos desastrosos” por causa do seu “notório poderio econômico-financeiro”.

Para tentar “estancar a sangria” e reter seus talentos, o InfoMoney mostrou que a Embraer tem dado aumentos de salários e pagado benefícios aos funcionários, como cursos de formação e qualificação (que profissionais pagavam do próprio bolso). Há relatos de reajustes inclusive para engenheiros que não receberam propostas da Boeing, mas trabalham em áreas estratégicas da empresa.

Mas a multinacional brasileira tem cerca de 18 mil funcionários em todo mundo, dos quais 3,5 mil são engenheiros. Para efeito de comparação, a Boeing tem mais de 150 mil empregados e pretende contratar mais 10 mil em 2023, após já ter contratado 23 mil pessoas em 2022 (mais do que todo o quadro de funcionários da Embraer), segundo a Dow Jones Newswires.

As associações incluíram no processo um parecer técnico de Armando Castelar Pinheiro, economista e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV). Formado em engenharia eletrônica pelo ITA, mestre em matemática pela Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e doutor em economia pela University of California, Castelar afirma que “esse tipo de cooptação é uma forma conhecida de absorver a propriedade intelectual desenvolvida pela empresa de que saem os trabalhadores”.

“[O trabalhador] leva esse conhecimento consigo e, quando o recrutamento é feito de forma sistemática, cobrindo as diferentes áreas de operação da empresa de que saem os funcionários, tem-se um conjunto coordenado de informações”, afirma o especialista. “É certamente plausível que, ao contratar um conjunto selecionado de engenheiros até então, ou até pouco antes, empregados nas empresas dos setores aeroespacial e/ou de defesa, uma empresa traga junto o conhecimento que eles detêm sobre os produtos, as tecnologias e os processos desenvolvidos e utilizados por essas empresas. Uma forma, portanto, de adquirir esse conhecimento sem pagar por ele”.

Segundo Castelar, “o Brasil corre um sério risco de retrocesso e desestruturação de seu setor aeroespacial e de defesa, ameaçando não só a sobrevivência das empresas do setor, mas também colocando em risco todo o investimento que o país fez no seu desenvolvimento ao longo de décadas”. “Esse movimento vai de encontro ao interesse coletivo e deveria ser fonte de preocupação para o Estado brasileiro e a sociedade em geral, pelas sérias repercussões que poderia ter para o país”.

“É certo que esse processo agressivo de contratações, promovido em um curto período, em um setor da economia essencial à soberania nacional, precisa sofrer limitações pelo Poder Judiciário, de forma a evitar a captura de segredos de Estado pela Boeing, bem como para evitar a obliteração de toda a base industrial que garante a autonomia tecnológica de defesa, afetando, consequentemente, a soberania nacional”, afirmam as associações na ACP.

“O cenário que se coloca é o de um grupo estrangeiro, com enorme capacidade econômica, tomando à força a capacidade produtiva das empresas que conformam a Base Industrial de Defesa (BID) nacional para a instalação de um escritório de projetos de engenharia, o qual terá por finalidade única constituir propriedades intelectuais que serão remetidas aos EUA, onde serão usufruídos os seus frutos”, diz a ação. ”O Poder Judiciário não pode permitir que o Estado brasileiro se ajoelhe perante outra nação sem a imposição de restrições”.

© 2000-2023 InfoMoney. Todos os direitos reservados.

O InfoMoney preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

IMPORTANTE: O portal www.infomoney.com.br (o "Portal") é de propriedade da Infostocks Informações e Sistemas Ltda. (CNPJ/MF nº 03.082.929/0001-03) ("Infostocks"), sociedades controladas, indiretamente, pela XP Controle Participações S/A (CNPJ/MF nº 09.163.677/0001-15), sociedade holding que controla, dentre outras sociedades, a XP Investimentos Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S/A (CNPJ/MF nº 02.332.886/0001-04) ("XP CCTVM") e a XP Gestão de Recursos Ltda. (CNPJ/MF nº 07.625.200/0001-89) ("XP Gestão"). Apesar de as Sociedades XP estarem sob controle comum, os executivos responsáveis pela Infostocks são independentes e as notícias, matérias e opiniões veiculadas no Portal não são, sob qualquer aspecto, direcionadas e/ou influenciadas por relatórios de análise produzidos por áreas técnicas da XP CCTVM e/ou da XP Gestão, nem por decisões comerciais e de negócio de tais sociedades, sendo produzidos de acordo com o juízo de valor e as convicções próprias da equipe interna da Infostocks.

 



Voltar ao topo



A Bolha da Engenharia no Brasil ASIN: B08XP9878L ASIN: B08ZBRK2Y2

A Concretude do Abstrato ASIN: B08XP8KXS7 ASIN: B08YNVH3BR

A Criação da Civilização Pela Mulher ASIN: B08XNZKKS3 ASIN: B0B9QM987T

A Era do Demônio ASIN: B08XN8LCHL ASIN: B08XLLF1W4

A Inteligênia Emocional ASIN: B08XG58CDQ

A Magia ASIN: B09BK9F371 ASIN: B09BGF8VJ1

A Mentira e a Bíblia ASIN: B08XP2CRRT ASIN: B08XXVJTP3

A Revolta da Natureza ASIN: B08XK3B8C1 ASIN: B08Y4LKGJQ

A Revolução Pedagógica e Tecnológica ASIN: B08XP2XZGX ASIN: B095KQG8SK

Adolescentes:Criação desta Faixa Etária ASIN: B08XP41WYH ASIN: B08Y4FHRXX

Brasília e os Brasiliestinos: Subcultura ASIN: B08Y4T726L

Capitatismo: Capitalismo Estatal na China ASIN: B08XNWRQW5 ASIN: B08Y5KRR45

Castas do Capitalismo ASIN: B08XP98QW4

Coletânea de Sociologia ASIN: B08XP2PNS8 ASIN: B08YQR3ZXY

Comércio Internacional ASIN: B08XP8N2CV ASIN: B08YHWZK7L

Como Treinar o seu Anjo da Guarda ASIN: B0BXVNSJ7V ASIN: B0BXMYJHJR ASIN: B0BXNJ8X1L

Conferência Mundial dos Povos ASIN: B08XJY4F31 ASIN: B08ZQ7NDW4

Conglobado e Societarismo: Sistemismo ASIN: B08XP2GKPP ASIN: B08Y49J31D

Convergência Bíblica ASIN: B08XNZKKFG ASIN: B08XZDTDHM

Crítica da Razão Majoritária ASIN: B08XP3P2BS

Crônica de Nosso Tempo Número 026 ASIN: B0B9ZLVMJN ASIN: B0BB1HJ46Z ASIN: B0B9WCT29K

Crônica de Nosso Tempo Número 27 ASIN: B0BB113HJM ASIN: B0B9R2FMZ4 ASIN: B0B9QLTHX8

Crônicas de Nosso Tempo 001 ASIN: B0B8K6YJV9 ASIN: B0B8C8WHPN ASIN: B0B8BH2PZW

Crônicas de Nosso Tempo 004 SIN: B0B8WL78GF ASIN: B0B8RJK4VC ASIN: B0B8VNQTSQ

Crônicas de Nosso Tempo 005 ASIN: B0B8WRGTPB ASIN: B0B8RCYBGM ASIN: B0B8XPFJ2W

Crônicas de Nosso Tempo Número 002 ASIN: B0B8MT7R82 ASIN: B0B92NT5D9 ASIN: B0B91QJ61K

Crônicas de Nosso Tempo Número 003 ASIN: B0B8TW9S69 ASIN: B0B8VFR8JW SIN: B0B92R8L27

Crônicas de Nosso Tempo Número 006 ASIN: B0B928WZSF ASIN: B0B925X3KC ASIN: B0B928VYSC

Crônicas de Nosso Tempo Número 007 ASIN: B0B94RHDNX ASIN: B0B95ZCCDN ASIN: B0B923ZKYT

Crônicas de Nosso Tempo Número 008 ASIN: B0B94Y7NKX ASIN: B0B92L8G8T ASIN: B0B92FYCRR

Crônicas de Nosso Tempo Número 009 ASIN: B0B963MBZS ASIN: B0B92RJJ9L ASIN: B0B92GL5L6

Crônicas de Nosso Tempo Número 010 ASIN: B0B96MGM5X ASIN: B0B92NT4BD SIN: B0B92TYHGR

Crônicas de Nosso Tempo Número 011 ASIN: B0B9JFQ7CQ ASIN: B0B92HPKRR ASIN: B0B92RBMMS

Crônicas de Nosso Tempo Número 012 ASIN: B0B9KFMMTF ASIN: B0B92V1RT1 ASIN: B0B92L88B2

Crônicas de Nosso Tempo Número 012 ASIN: B0B9KRQMDX ASIN: B0B92RBNNC ASIN: B0B92HCQFY

Crônicas de Nosso Tempo Número 013 ASIN: B0B9KQ7YSR ASIN: B0B92NT7KZ ASIN: B0B92NQ5TF

Crônicas de Nosso Tempo Número 014 SIN: B0B9NYCP73 ASIN: B0B9QTTHTW ASIN: B0B9PTXCSR

Crônicas de Nosso Tempo Número 015 ASIN: B0B9PLBSKM ASIN: B0B9R29G2T ASIN: B0B9QTH5YC

Crônicas de Nosso Tempo Número 016 ASIN: B0B9PZQNVV ASIN: B0B9QGYFWT ASIN: B0B9R31WWT

Crônicas de Nosso Tempo Número 018 ASIN: B0B9PWS3S5 ASIN: B0B9QY89F2 ASIN: B0B9QYBFTZ

Crônicas de Nosso Tempo Número 019 ASIN: B0B9RDLDP3 ASIN: B0B9S3D9QC ASIN: B0B9QTH6K4

Crônicas de Nosso Tempo Número 020 ASIN: B0B9R9LN6M ASIN: B0B9QRBDWQ SIN: B0B9QYPDWY

Crônicas de Nosso Tempo Número 021 ASIN: B0B9RDP5C1 ASIN: B0B9SQT4BP ASIN: B0B9S8HYC4

Crônicas de Nosso Tempo Número 022 ASIN: B0B9RCYRCZ ASIN: B0B9QM6P8G ASIN: B0B9STGHX9

Crônicas de Nosso Tempo Número 023 ASIN: B0B9QSV24Y ASIN: B0B9QRMJHG ASIN: B0B9SGDHFT

Crônicas de Nosso Tempo Número 024 ASIN: B0BB12HVPC ASIN: B0B9QYQPGC ASIN: B0BB1HJ4BC

Crônicas de Nosso Tempo Número 025 ASIN: B0BB14PPF7 ASIN: B0B9QS32S2 ASIN: B0B9YT3Y4P

Crônicas de Nosso Tempo Número 028 ASIN: B0BB47PPX5 ASIN: B0BB5DLG4B ASIN: B0BB5HW4Q4

Crônicas de Nosso Tempo Número 029 ASIN: B0BB54GMQ ASIN: B0BB5MCS5F ASIN: B0BB5KSWQH

Crônicas de Nosso Tempo Número 030 ASIN: B0BB5F2L31 ASIN: B0BB5KJV76 ASIN: B0BB5HBSX9

Crônicas de Nosso Tempo Número 23 ASIN: B0B9YS6J4C ASIN: B0B9QPYH7J ASIN: B0B9QPVFH5

Crônicas de Nosso Tempo Número 31 ASIN: B0BFCFSR8Z ASIN: B0BFFBTLB1 ASIN: B0BF6T5HXP

Crônicas de Nosso Tempo Número 32 ASIN: B0BQX5MYFR ASIN: B0BQXW296T ASIN: B0BQY1Q1HR

Crônicas de Nosso Tempo Número 33 ASIN: B0CBJ5RCDJ ASIN: B0C9SF6FVC ASIN: B0C9SNG71G

Crônicas Publicadas: Jornal Correio Braziliense ASIN: B08XP3WFJ1 ASIN: B08YCXPH2X

Cruztianismo: Temas Diversos ASIN: B08XP26RDS ASIN: B08XY7TCPH

Democfacia: Democracia Antiga e Contemporânea ASIN: B08XP2FPHV ASIN: B09161XXPC

Digital Pandemic: New Normal ASIN: B096Z7RHS9 ASIN: B096TN97X1

Disjunção do Sujeito no Processo Judicial ASIN: B08XP2Z8S3 ASIN: B08YFD49VT

Divisão Social do Trabalho Social ASIN: B08XP6W2GP

Dossier da Campanha Eleitoral 2015 ASIN: B08XPKY182 ASIN: B08YDDV21F

É a Ética, Estúpido! ASIN: B08XP8JZKN ASIN: B08YDS1861

Ecologia e Eurocentrismo ASIN: B08XP8RHF6 ASIN: B08YQMBVRG

Educação: Ideologia e Hegemonia ASIN: B08XGQDBF1 ASIN: B08YDDV1SJ

Embargo Comercial e Sansões Econômicas ASIN: B08XPKPTXV ASIN: B08Y49Y77J

Ensaios de Matemática-Física ASIN: B08XPKMGWD ASIN: B08YNVH3Y1

Eurocentrismo e Subdesenvolvimentismo ASIN: B08XP8YCKY ASIN: B08YNHY2HJ

Física: Livro de Ensaios ASIN: B08XJS98Z9 ASIN: B08YP9NRMY

Friendly Society Sistemism and Societarism ASIN: B0B9T6HCW2 ASIN: B09RG1CSYH ASIN: B0B9QPVD9N

Friendly Society: Systemism ASIN: B09RJYTPQK ASIN: B09RLRHHXQ ASIN: B09RP7R36Y

Gearquia; O Governo do Gelo ASIN: B08XNZH5DT ASIN: B08YF4ZC1R

Greve dos Homens: Homens Deveriam não ASIN: B09R1ZN3PL ASIN: B09R3DHBZB ASIN: B09R3HPJRV

Ideologia Feminista ASIN: B08XKLZZVB ASIN: B08Y4RQHLJ

Livro Religioso Bíblico: Fenomenologia da Religião ASIN: B08XH5XVJW ASIN: B08Y49S64D

Livros Religiosos: Eva, a Libertadora ASIN: B08XP281JP ASIN: B08Z3M2Z9Q

Manual de Campanha Eleitoral ASIN: B08XPNNQS4 ASIN: B08Y49Z457

Manual do Orçamento Participativo no DF ASIN: B08XP2RTNX ASIN: B08Y3LFLKP

Manual do Relações Públicas ASIN: B08XPJ495C ASIN: B08YQCQ2V9

Maria da Penha: Lei 11340 ASIN: B08XN9G97K ASIN: B09S232D96

Maria da Penha’s Law 11340 of Brazil SIN: B09742WKC1 ASIN: B096TRSXMF

Marketing Político: Dissertação de Mestrado ASIN: B08XP2FC2D ASIN: B08Y4LBNX1

Marketing: Manual Prático de Trabalho ASIN: B08XP2LRZL ASIN: B08YQMCHL6

Mensalão: Corrupção em Escala Industrial ASIN: B08XP2VPGK

Methuen: Tratado da Revolução Industrial ASIN: B08XP29GBD ASIN: B08YS62Z67

Meu Irmão Billy ASIN: B09CMBYD13 ASIN: B09CRL4RYM ASIN: B09TMT9BSK

Meu Irmão Billy: Versão de Bolso ASIN: B09DB5HWK6 ASIN: B09CRTRD9P

Micro e Macro: Economia Politicamente Parametrizada ASIN: B08XP1VQ28 ASIN: B08YQCP6YJ

Mini ciclo Administrativo ASIN: B08XP354KL ASIN: B08Y4LD215

O Bode de Ibirapitanga ASIN: B09QJ9WX7K ASIN: B09QFC6MQS ASIN: B09RWJ56PR

O Capitalismo: O Capitalismo como Sistema ASIN: B0BGWX1MZ1 ASIN: B0BGSP55VT ASIN: B0BGN8YBN2

O Cérebro Humano Segundo a Inteligência Artificial ASIN: B08XP8PMKF ASIN: B08Z83VDYF

O Fim da Humanidade: O Risco Antrópico ASIN: B09Q7XNHZQ ASIN: B09Q94KNRP ASIN: B09S664X4S

O Fim do Japão ASIN: B0B4RCM3D6 ASIN: B0B45PQ1YQ ASIN: B0B4QT9J16

O Paradoxo da Vontade de Deus ASIN: B08XP2SKM9 ASIN: B08XS9ZKTL

Opções Tecnológicas Para o Brasil SIN: B08XP6ND5X ASIN: B08YNRZLWT

Pandemia Digital: Novo Normal ASIN: B08ZSLX8KS ASIN: B08XN7HX8D

Pandemia Digital: Novo Normal SIN: B08XHSDXXX ASIN: B08Y6546YP

Papaduck: Festa de Papaduck ASIN: B09PBZZ5M9 SIN: B09PM77ZRX

Participacionismo no Distrito Federal ASIN: B08XP2NBGZ ASIN: B0916443JF

PIX: a Gênesis ASIN: B08XN1N9LD ASIN: B08XL9QHGW

Poesias Líricas ASIN: B08XP7J7QY

Porquê Brasília Odeia os Brasiliestinos ASIN: B08XP2KBF4 ASIN: B09SBVCB7Y ASIN: B09SBRGH29

Quinhentos Quiz de História Contemporânea ASIN: B0B4PWCBY3 ASIN: B0B4NRLJ6 ASIN: B0B434ZV1R

Reserva de Mercado e Política Industrial ASIN: B08XP7PKM9 ASIN: B08Y49YB5S

Responsabilidade Social: Projeto Piloto ASIN: B08XP3ZK21 ASIN: B08YQR61Q6

Revolução Pedagógica: Antropologia ASIN: B08XPK2DGX ASIN: B08Y3XFW7C

Robertina, a Baratinha Filósofa ASIN: B0B4XXTW3X ASIN: B0B4HDP7W7 ASIN: B0B4SPLPXM

Sociodinâmica: Construção de Sociedade ASIN: B08XP1PC5Y ASIN: B08Y4LD87F

Taxas de Câmbio em Ciclos de Regime ASIN: B08XP8R6BD ASIN: B08Y4FJDQS

Teoria do Orçamento Participativo ASIN: B08XPL1QFP ASIN: B08Y3XFSB7

The Lie and the Holy BibleASIN: B097S4WX34 ASIN: B097SLXSY7

Um Modelo de Desenvolvimento para os BRICS ASIN: B08YJMNVZR ASIN: B08YJ4D57F 


http://professorrobertorocha.blogspot.com/2012/02/o-tratado-de-methuen-e-dependencia.html
http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2012/03/bolha-brasil-nao-pode-explodir.html
http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2012/06/opcoes-tecnologicas-que-restam-ao.html Gostou do Blog O blog lhe foi útil Colabore para o autor Faça doações de valores A partir de US $ 1,00 Do you like this blog Is it useful to you donate from US $ 1,00 Bank Santander number 033 Brazil Agency 2139 Current 01014014-4 Bank of Brazil Agency 5197-7 Acount 257 333-4