terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Hollywood isms

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

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Claro, como Disney existe, para cumprir um pacto cultural, segundo a Antropologia, as lendas, os mitos são acordos culturais a que se submetem pessoas saudáveis e normais, que conscientemente se sujeitam aos valores sociais em todas as suas dimensões do pacto social fundador do Estado de Direito.

Cumprimos as leis, não é suficiente, tem os costumes e a moral, e a educação e um pouco de hipocrisia social que nos faz tão simpáticos e contidos, educados a maior parte do tempo, para não cometermos pequenas indiscrições públicas e respeitarmos os limites de aceitação social.

Vencida essa etapa básica não podemos cometer pequenos deslizes com as mãos, com os olhos e com as palavras, mesmo que não sejam contravenções e crimes, tudo faz parte da solidariedade mecânica e da solidariedade orgânica, para nossa convivência minimamente civilizada.

Hollywood está propondo um novo pacto para participarmos da nossa hipocrisia social diária, não fossem os XX episódios de Rambo XX, dos 300 capítulos de Schwatzneager contra todos os inimigos sociais, o Homem Aranha sujando todos os prédios com suas teias não recicláveis, então agora temos que engolir uma nova lição de feminismo, mulheres valentes que subjugam homens nos filmes de ação. 

A mensagem do delegado de polícia já bastante ambígua pede que os homens nunca reajam a um assalto, para proteger a sua integridade, mas as mulheres não são em momento algum alertadas para que nunca reajam aos homens maridos, namorados, amantes masculinos, não pode admitir oficialmente a sua fragilidade física, mulheres precisam denunciar toda forma de hegemonismo masculino, a policia ou a batgirl vai chegar imediatamente e fazer a prisão e o divórcio instantâneo, ou, sepultamento, porque os atos são irreversíveis, seja uma foto vazada ou vídeo vazado na rede social ou uma fratura de costela não tem reparo nem volta no tempo para desfazer o dano, não importa o tamanho do dano, nenhum castigo pode reparar ou desfazer o prejuízo. 

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