Lacração, ou dizer a verdade, assim os tucanos introduziram no Brasil o eufemismo, que é dizer as mesmas coisas com as nuanças culturais idiomáticas que desviam as palavras de seu sentido conotativo, mas os filólogos sabem que não existem sinônimos, cada palavra tem um peso próprio na língua e na subcultura que somente faz sentido ali, por isso a tradução da palavra Nego pelos estrangeiros e por lacradores teve uma repercussão mundial quando Nelson Piquet disse que nego tava jogando o carro do Vespa pra fora da pista, mas nego é o genérico de cara, de galera, de pessoa, de gente, mas nego é negro, é cor de pele, é condição social, é condição étnica, assim como manga é fruta, manga é uma curva no cano de junção no encanamento, manga é parte da peça da camisa que cobre o ombro, mas manga é gíria na Paraíba, então entramos na era dos tucanos do PSDB que mudaram a categorias das coisas mudando as palavras, então menor delinquente passou a ser menor em conflito com a lei, prostituta e garota de programa passou a ser mulher que proporciona lazer masculino adulto, pobre passou a ser pessoa excluída do sistema capitalista cuja inclusão não é desejada pelos mesmos comunistas por se tratar de um sistema econômico desigual e iníquo, morro com favela passou a ser comunidade acima do asfalto, acreditam que mudando os nomes mudam as circunstâncias, quem nasce no nordeste do Brasil não pode ser chamado de nordestino, quem nasce preto não pode ser chamado de preto, quem é pobre não pode ser chamado de pobre, assim a maior torcida de futebol do Brasil constituída da maior fração de pessoas negras, pobres, de bandidos, e de nordestinos não pode ser conhecida como urubú, a mesma torcida invisível que deserta quando o time Flamengo está perdendo e surge brotando de todos os lados quando o flamengo é campeão porque a única vitória do pobre, do preto, do bandido, do nordestino na vida que eles podem comemorar é quando o flamengo vence. Difícil engolir.
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