Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
A sociedade que não deu certo
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Muitas coisas deram certo nos EUA, exceto seu estilo de vida.
Assistimos a ascensão de grupos temáticos tentando construir uma sociedade perfeita baseada no conceito de sustentabilidade, não significa automóveis e aviões movidos a eletricidade, isso é como comer sushi em lugar de carne vermelha bovina, apenas faz a maquiagem no problema com uma solução apena cosmética.
O padrão de consumo dos norte americanos é tão escandalosamente abusivo e uma aberração que se fosse reproduzido pelos habitantes da Índia ou da China esgotaria imediatamente os recursos de: água potável da terra, de petróleo, de energia elétrica gerada, de aço, de cimento, de metais nobres; enfim, tudo aquilo que aprendemos na escola como os melhores indicadores de progresso e de país desenvolvido não passava de mau exemplo, como: consumo per capta de sabonetes, consumo per capta de água, consumo per capta de papel, consumo per capta de sapatos, consumo per capta de plásticos, consumo per capta de tecidos, consumo per capta de madeira, consumo per capta de energia elétrica, consumo per capta de tintas, consumo per capta de perfumes, consumo per capta de aço, consumo per capta de canetas, consumo per capta de livros, consumo per capta de relógios, consumo per capta de carne, consumo per capta de vidros; a lista de consumo per capta dos cidadãos norte americanos é espantosamente uma aberração tanto quanto com relação ao estoque de recursos da terra como com relação à distribuição completamente heterogênea destes recursos pela população da terra.
Não é preciso ensinar como o mundo deve ser auto sustentável, patrocinando uma menina autista que vive num Estado com ar condicionado nas casas consumindo energia elétrica no verão e com aquecedores a gás poluente ou a eletricidade no inverno, madeira nas lareiras e produção de relógios de um milhão de dólares, automóveis de 1000 horse power, aviões supersônicos de guerra, mísseis com explosivos, os melhores canhões anti aéreos do mundo, carros blindados de combate, munições de guerra, enquanto os africanos da Nigéria, da República Centro Africana, em Moçambique, em Eritreia, vivem de acordo com os recursos naturais, sem abuso dos agrotóxicos, fertilizantes tóxicos, confinamento de animais para abate, sem poluir os seus rios e queimada das florestas, mas este estilo de vida foi taxado não de sustentável, mas de estilo sub desenvolvido, atrasado e não civilizado.
Até para recusarem os seus estilos de vida, os europeus e os neo europeus não admitem humildemente que sustentabilidade já existe e está na África negra e na América Latina, pode copiar, sem arrogância e sem a pretensão de ensinar aos brasileiros como devem preservar a Amazônia e o Pantanal do rio Paraná.
Brasileiros, africanos e paraguaios agradecem e podem ensinar juntamente como os africanos eram felizes antes da chegada do progresso europeu colonizador, imperialista, capitalista, comunista e arrogante.
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