disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO – VI
CONFRONTO IDEOLÓGICO DE CONGLOBADOS: CAPITALISMO VERSUS COMUNISMO
CONFRONTO IDEOLÓGICO DE CONGLOBADOS: CAPITALISMO VERSUS COMUNISMO
O sistema de divisão do trabalho social veio para ficar: não é mais possível imaginarmos a vida confortável e segura sem o seu concurso. Somos todos escravos do sistema de divisão do trabalho, dos produtos produzidos em larga escala, dos profissionais e especialistas de todo o gênero e eles dependem de nós para a sua subsistência, não há como retroceder neste processo, não há como escapar deste compromisso. A divisão do trabalho social foi, sem dúvida, uma das maiores invenções da cultura humana de todos os tempos, mais importante do que a invenção roda, do fogo, da agricultura, da escrita, da bússola, do ferro, do bronze e da linguagem. A organização e divisão do trabalho social das abelhas o provam, pois elas não conhecem a roda, o fogo, a agricultura, a escrita, a bússola, o ferro, o bronze e a linguagem.
o autor
Confronto Ideológico de Conglobados: Capitalismo versus Comunismo
seção de comentários sobre temas sociais do professor politólogo e filósofo Roberto Rocha "o Neguinho"
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Sistemismo: Capítulo V
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - V
OS CONGLOBADOS DO CRIME
OS CONGLOBADOS DO CRIME
Não existe vazio de poder: quando e onde o estado ausenta-se os marginais fazem-se presentes e então a população fica à mercê de seus caprichos, pois em sendo o seu papel insubstituível para o sistema nem mesmo a religião pode substituir o estado.
o autor
Os Conglobados do Crime
A Máfia siciliana ao Sul da Itália é o melhor exemplo de organização de conglobado, que, a princípio, parece contrariar alguns conceitos básicos estabelecidos para o conglobado, mas como se poderá confirmar só foi possível o seu surgimento e a sua consolidação, embora cruel, porquê, paradoxalmente, foi destes princípios do conglobado que a Máfia siciliana originou-se.
CAPÍTULO - V
OS CONGLOBADOS DO CRIME
OS CONGLOBADOS DO CRIME
Não existe vazio de poder: quando e onde o estado ausenta-se os marginais fazem-se presentes e então a população fica à mercê de seus caprichos, pois em sendo o seu papel insubstituível para o sistema nem mesmo a religião pode substituir o estado.
o autor
Os Conglobados do Crime
A Máfia siciliana ao Sul da Itália é o melhor exemplo de organização de conglobado, que, a princípio, parece contrariar alguns conceitos básicos estabelecidos para o conglobado, mas como se poderá confirmar só foi possível o seu surgimento e a sua consolidação, embora cruel, porquê, paradoxalmente, foi destes princípios do conglobado que a Máfia siciliana originou-se.
Sistemismo Capítulo IV
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO – IV
CONGLOBADO MILITAR: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
CONGLOBADO MILITAR: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
A guerra é o resultado do conflito de vontades, e nesta circunstância não é possível impor a vontade sem o recurso do uso da violência.
o autor
O Conglobado Militar: Estrutura e Composição
As organizações militares nos dão uma amostra concreta e muito clara do que representa uma organização e a importância do conglobado. Sua função é preparar-se para lutar e o seu objetivo é vencer a guerra.
A guerra é o resultado do conflito de vontades, e nestas circunstâncias não é possível impor a vontade sem o recurso do uso da violência.
CAPÍTULO – IV
CONGLOBADO MILITAR: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
CONGLOBADO MILITAR: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
A guerra é o resultado do conflito de vontades, e nesta circunstância não é possível impor a vontade sem o recurso do uso da violência.
o autor
O Conglobado Militar: Estrutura e Composição
As organizações militares nos dão uma amostra concreta e muito clara do que representa uma organização e a importância do conglobado. Sua função é preparar-se para lutar e o seu objetivo é vencer a guerra.
A guerra é o resultado do conflito de vontades, e nestas circunstâncias não é possível impor a vontade sem o recurso do uso da violência.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Sistemismo: capítulo III
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - III
OS GRANDE CONGLOBADOS ECONÔMICOS
OS GRANDES CONGLOBADOS ECONÔMICOS
Pobre nação cuja única forma de poder que o povo pode sonhar é a do poder econômico.
o autor
Os Grandes Conglobados Econômicos
O que haveria em comum entre: Cingapura, Grã-Bretanha, Austrália, Dinamarca, Ex-Alemanha Ocidental, Nova Zelândia, Suécia e Uruguai?
Como e porquê comparar países aparentemente tão díspares, como estes mencionados?
Tabela-III.1 Dados do Banco Mundial e Almanaque Abril para os anos de 1982 e 1983
US$ valores correntes
CAPÍTULO - III
OS GRANDE CONGLOBADOS ECONÔMICOS
OS GRANDES CONGLOBADOS ECONÔMICOS
Pobre nação cuja única forma de poder que o povo pode sonhar é a do poder econômico.
o autor
Os Grandes Conglobados Econômicos
O que haveria em comum entre: Cingapura, Grã-Bretanha, Austrália, Dinamarca, Ex-Alemanha Ocidental, Nova Zelândia, Suécia e Uruguai?
Como e porquê comparar países aparentemente tão díspares, como estes mencionados?
Tabela-III.1 Dados do Banco Mundial e Almanaque Abril para os anos de 1982 e 1983
US$ valores correntes
Sistemismo: Capítulo II
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - II
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O CONGLOBADO NA HISTÓRIA: OS GRANDES IMPÉRIOS
O CONGLOBADO NA HISTÓRIA: OS GRANDES IMPÉRIOS
O maior erro que um líder pode cometer é desconhecer a História, e maior catástrofe para um povo é quando os seus líderes e dirigentes repetem experiências históricas mal-sucedidas por ignorância do passado.
o autor
O Conglobado na História: os Grandes Impérios
A história da civilização pode remontar a mais de 500 mil anos, não obstante, o interesse maior concentra-se nesses últimos 10 mil. Por quê os historiadores dedicam a esse período recente as maiores constatações e esforços de pesquisa?
A resposta é que as maiores conquistas da nossa civilização só foram possíveis com a formação da massa crítica responsável pela detonação do processo crescente de progresso e de realizações notáveis da espécie humana.
A aglutinação do homem primitivo formou a massa crítica, tornando possível resolver, definitivamente, as necessidades mais prementes de sobrevivência da espécie humana.
CAPÍTULO - II
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
O CONGLOBADO NA HISTÓRIA: OS GRANDES IMPÉRIOS
O CONGLOBADO NA HISTÓRIA: OS GRANDES IMPÉRIOS
O maior erro que um líder pode cometer é desconhecer a História, e maior catástrofe para um povo é quando os seus líderes e dirigentes repetem experiências históricas mal-sucedidas por ignorância do passado.
o autor
O Conglobado na História: os Grandes Impérios
A história da civilização pode remontar a mais de 500 mil anos, não obstante, o interesse maior concentra-se nesses últimos 10 mil. Por quê os historiadores dedicam a esse período recente as maiores constatações e esforços de pesquisa?
A resposta é que as maiores conquistas da nossa civilização só foram possíveis com a formação da massa crítica responsável pela detonação do processo crescente de progresso e de realizações notáveis da espécie humana.
A aglutinação do homem primitivo formou a massa crítica, tornando possível resolver, definitivamente, as necessidades mais prementes de sobrevivência da espécie humana.
Sistemismo: Capítulo I
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
CAPÍTULO - I
O CONGLOBADO ECOLÓGICO
O CONGLOBADO ECOLÓGICO
A mãe natureza chora por seu filho, o homem, que como toda criança rebelde não quer respeitar as suas sábias leis, por isso sofre com os seus próprios erros.
o autor.
O Conglobado Ecológico
O estudo das ciências, em quase todas as áreas do conhecimento humano, remete-nos sempre de volta ao estado primitivo da natureza e do mundo selvagem: porquê nada ali é forjado ou produzido pela simples vontade ditada pela autoridade; tudo ali subordina-se às leis naturais, e aos arranjos estruturais e contingentes, sejam estas leis conhecidas ou não pelo observador ou pelo cientista. Este é o campo ideal para as descobertas das leis e dos conceitos básicos.
A questão que se coloca é a do comportamento do indivíduo e a sua interação com o grupo e com o ambiente, como, quando e porque ocorrem esta interações, ou, colocando de outra maneira: porque as abelhas vivem em colônias e outros animais, como os chimpanzés, passam boa parte de suas vida vivendo solitariamente?
Bodeenheimer (1932) dizia que “Não é correto acreditar que cada animal é sempre conduzido por seus órgãos dos sentidos à procura de condições ótimas”. A sobrevivência das espécies é, sem dúvida, muito mais dura do que a maioria das pessoas comuns imaginam.
É preciso evitar a tentação do reducionismo que consiste no raciocínio simplista de cair no erro finalista que “Consiste em crer que tudo é perfeito na natureza e que, em todos os casos, os seres vivos se [sic] encontram nas condições de meio que lhe são mais favoráveis”.
Poucos animais levam vida solitária, mesmo feridos ou doentes, os macacos, animais altamente sociais, insistentemente tentam permanecer e acompanhar o seu bando, ou qualquer outro, inclusive de outras espécies de macacos. Mesmo os animais solitários, também mantém a sua própria organização social, pois estão sempre atentos aos seus vizinhos.
O fato de pertencerem a um grupo social permite a sobrevivência de animais, que em vida solitária, pereceriam ou teriam menos sucesso reprodutivo. A vida em grupo pode proporcionar maior proteção; muitos animais só conseguem sucesso na criação da prole se cooperarem com o parceiro; é daí que evolui a ligação entre o casal, os indivíduos que executam bem esta atividade ou escolhem bem o parceiro adequado têm mais chances de perpetuarem os seus descendentes, caso contrário não reforçar-se-ia esta característica herditário-funcional na espécie, segundo os princípio evolucionista.
É fácil constatar que aves que se alimentam em ambientes abertos precisam estar sempre alertas para os predadores. Precisam balancear o tempo despendido com o comer e o tempo despendido evitando serem comidas. Muitas aves solucionam este problema vivendo em bandos e tirando vantagem da vigilância efetuada pelas companheiras. Assim, à medida que o tamanho do bando aumenta, cai a proporção de tempo que cada animal despende olhando em redor e aumenta o número total de animais vigilantes. O tempo do predador também diminui à medida que o tamanho do bando aumenta.
Os peixes, as aves e os primatas, freqüentemente cerram fileiras quando aparece um predador. A aglomeração pode ser causada pelo fato de ser vantajoso para cada animal colocar-se no centro do grupo e, dessa forma, deixar outros animeis entre ele e o predador. Mesmo aves que não vivem normalmente em bandos podem agrupar-se temporariamente para afugentar um predador, esse comportamento fá-lo perceber que foi descoberto e subtrair-lhe o elemento surpresa.
Quando as fontes de alimento são abundantes, dispersas e relativamente estáveis os animais podem procurar os alimentos sozinhos, caso contrário, é muito difícil um indivíduo encontrar sozinho o alimento; quando uma das aves encontra alimento, os demais membros do bando alteram o seu comportamento e passam a procurar na mesma área ou no mesmo tipo de lugar onde o alimento foi encontrado.
As abelhas, formigas, térmites, marimbondos, construíram as suas sociedades com uma organização baseada no sistema de castas, em que a posição de cada indivíduo é bem definida e as suas atribuições também; é uma estrutura extremamente rígida, cuja adequação é tão crítica, que já é determinada geneticamente e que só pode ser mudada em situações especiais, desde que em função da coletividade, notando-se que, entre as formigas por exemplo, as guerreiras, aquelas que são as responsáveis pela segurança do formigueiro, chegam a ter até vinte vezes o peso de uma formiga operária; este dimorfismo é irreversível na forma adulta.
Assim acontece à rainha e aos machos, que, não chega a ser um exemplo de organização perfeita, mas a julgar pela sua sobrevivência e pela resistência mais do que comprovada às tentativas de extermínio, principalmente pelo homem, é que têm sido lembradas quando se fala em sociedades organizadas. A sua força reside na quantidade, por motivos óbvios, e a maior virtude, na sua meticulosa organização, sem as quais não seria possível alimentar e proteger o grupo, geralmente numeroso.
Por isso o efeito grupo tem sido observado nos animais e foram constatados indicadores importantes de sobrevivência para espécies em seu habitat; com muita constância, observou-se que o número crítico para a população de elefantes, na África, sobreviver está em torno de no mínimo 25 indivíduos por grupo.
Mesmo no Peru, cuja produção de guano, importante fonte de fosfato de cálcio derivado das fezes das aves marinhas cormorão, está condicionada à existência de um mínimo de 10 mil indivíduos desta espécie, pois abaixo desse limiar a sobrevivência da espécie fica seriamente comprometida; para as renas, os grupos constituídos de menos de trezentos indivíduos está condenado a desaparecer de seu próprio habitat; lobos em grupos podem abater grandes animais, que isolados são presas fáceis; os bisões, bois almiscarados, muitos outros ruminantes defendem-se eficazmente quando reunidos em bandos, pois são mais pares de olhos para vigiar, procurar alimentos e até mesmo mais forças para lutar contra os inimigos.
Porém, nada disso, no entanto, evita que as populações passem por dois momentos críticos para a sua sobrevivência, independentemente de quaisquer outros fatores: o primeiro momento é justamente aquele momento da formação do núcleo pioneiro, antes mesmo de ser atingido o número mínimo de indivíduos que assegure a sobrevivência e a continuidade da espécie, qual depende principalmente de elevado altruísmo destes indivíduos pioneiros ou de condições ambientais extremamente favoráveis para o estabelecimento da colônia para este núcleo fixar-se; o outro momento crítico, aliás muito óbvio, é quando a população atinge o clímax e o tamanho do grupo depende do chamado fator limitante, pois não importa a abundância de elementos necessários e disponíveis para a sobrevivência da espécie, o fator limitante será sempre, dentre estes elementos, aquele que existir em menor disponibilidade, cuja escassez limitará severamente a sobrevivência da população, por exemplo pode haver abundância de alimentos prediletos e haver uma severa restrição de água, comprometendo a manutenção da população por este fator limitante.
A organização social das abelhas não nos deixa dúvidas de que a divisão do trabalho social e conseqüentemente, a especialização e organização são elementos imanentes ao processo de gerência dos grandes sistemas, a divisão espacial, a divisão dos alimentos, os rituais de acasalamento, a comunicação entre os indivíduos são bem definidos e poucas modificações são incorporadas ao longo do tempo; tudo está bem determinado e este processo tem resolvido a maior parte de seus problemas e garantido eficazmente a sobrevivência da espécie, especialmente entre as abelhas (Apis mellífera).
Numa colônia, durante o verão, a qual consiste de uma fêmea reprodutiva, (a rainha), vários milhares de fêmeas estéreis (as operárias) e algumas centenas de machos férteis (os zangões), além da prole imatura.
A colônia habita uma câmara natural ou artificial (colméia) na qual são construídos os favos de cera para acomodar as larvas e armazenar pólen e mel. Os zangões pouco fazem além de fertilizarem as rainhas durante o inverno; a colônia consiste na rainha e nas operárias, que sobrevivem graças ao alimento armazenado.
A produção de ovos recomeça na primavera seguinte. A rainha pode copular com vários machos num único vôo e armazena o esperma então recebido. Normalmente a rainha põe apenas ovos fertilizados (diplóides), os quais originam fêmeas. Três dias após a ovoposição, os ovos eclodem e libertam as larvas que são alimentadas por cinco dias, pois as sociedades altamente integradas de animais podem ter uma complicada rede de relações de dominância entre os membros dos vertebrados, e, uma distinta linha hierárquica de distribuição de alimentos entre os insetos.
Então as larvas transformam-se em pupas contidas em cócons dentro das células de cera. As operárias adultas emergem 21 dias depois da ovoposição; as rainhas emergem alguns dias antes; os zangões, alguns dias depois.
Durante seus dois primeiros dias de vida as larvas normalmente recebem geléia real secretada pelas operárias, como alimento. Depois desse período recebem quantidades cada vez maiores de mel. Com esta dieta as larvas transformam-se em fêmeas estéreis (operárias).
Para que haja a evolução do comportamento animal, é necessário que sejam herdados genes que comandem este comportamento; mesmo no caso de transmissão cultural, os animais devem herdar a capacidade de aprender e usar o comportamento que lhe é exposto.
O comportamento que se observa é o resultado da interação entre as instruções herdadas, e do ambiente em que o organismo se desenvolve; posto isto, e, considerando-se que os ovos não fertilizados originem zangões haplóides, entendemos que a importância deste sistema haplo-diplóide reside nos fatos de que se as larvas de ovos fecundados (diplóides) forem criadas com dieta especial poderão transformar-se em novas rainhas; os ovos não fecundados têm apenas a herança genética da fêmea; quando uma rainha fertiliza um dos gametas como o esperma guardado, cada filha recebe os mesmos genes do pai, desde que machos haplóides só podem produzir um tipo de gameta. A rainha, sendo diplóide, produz gametas que não são idênticos, já que ocorre um rearranjo ao acaso nos cromossomos homólogos durante a fase reducional da meiose, por isso as filhas têm em comum, em média, metade dos genes recebidos da mãe. Uma vez que elas recebem da mãe apenas a metade do seu total de genes, essa proporção em comum representa um quarto do seu genótipo.
Quando os genes recebidos da mãe e do pai são considerados juntos, notamos que as irmãs têm em comum, em média, três quartos dos seus genes: 0,5 do zangão e 0,25 da rainha em fII. Desse modo, as irmãs são mais próximas, geneticamente, umas das outras do que o são as mães das filhas ou dos filhos, isso explica, em parte, como tem evoluído o altruísmo, geneticamente, das operárias pois a regra básica de sobrevivência e evolução das espécies é que: o sistema prevalece sobre o individual, considerando que “Este comportamento é o marca-passo da evolução, pois a função do organismo, expressa em seu comportamento, é mudada em muitas gerações, de acordo com a experiência do organismo ”.
A rainha produz sinais químicos (ferormônios) que inibem a postura de ovos pelas operárias e que também impedem-nas de criarem novas rainhas. Se a rainha morre ou fica muito velha, as operárias criam uma nova rainha a partir de uma larva, alimentando-a com geléia real e, diferentemente do que foi feito para as operárias, com pouco mel. Sem a inibição causada pelos ferormônios algumas operárias produzem ovos não fertilizados, que originam zangãos.
Há ainda outras circunstâncias em que se produzem novas rainhas: a rainha mais velha então juntamente com algumas operárias enxameia e estabelece uma nova colônia.
As operárias fazem tudo na colônia, exceto por ovos. Nos meados do verão as operárias vivem apenas quatro a seis semanas e suas atividades são controladas de acordo com a idade: operárias entre zero e três dias de idade limpam células e mantém as larvas aquecidas; operárias entre três e seis dias alimentam as larvas novas e a rainha; de quatorze a dezoito dias, secretam cera, constroem favos e limpam a colméia; de dezoito a vinte dias, guardam a entrada; de vinte a quarenta dias, saem à procura de pólen e néctar (operárias coletoras).
Este esquema, no entanto, não é rígido, podendo ser modificado de acordo com as necessidades da colônia; por exemplo, se a colméia estiver muito aquecida, as operárias que estão fazendo trabalho externo passam a coletar água, que é usada na colméia para o resfriamento através da evaporação. As danças são executadas pelas abelhas com a finalidade de comunicar a direção e a distância da fonte de alimento.
Se comparada à complexidade da cultura humana e a sua dependência da linguagem escrita e falada, a transmissão cultural de comportamento observada em animais pode parecer trivial; no entanto, ela talvez sugira o modo pelo qual a cultura humana teve início. Contrariando o que escreveu Mandeville em seu ensaio Fábula das Abelhas, as abelhas não são instintivamente egoístas, nem trabalham de modo voluntarista como quis fazer acreditar em sua parábola sobre o mercado livre utilizando as abelhas como paradigma.
Assim, na natureza, para grupos extremamente grandes, este tipo de organização é o que tem produzido os melhores resultados, haja vista que estas espécies não correm o menor risco de extinção, ao contrário da ave cormorão, que apesar de formarem grupos gigantescos, não gozariam desta mesma estabilidade para a sua sobrevivência; entre outras diferenças, a mais importante é sem dúvida a organização.
O poder é bem visível, pertence à rainha, é incontestável e isto traz ordem e tranqüilidade para a comunidade, toda energia é empregada para o bem comum, por isso mesmo, alguns indivíduos tem se sacrificado até a morte, para assegurar a tranqüilidade e sobrevivência do seu sistema ou de sua sociedade hipercomunitarista.
Outros tipos de organizações sociais são encontradas na natureza, especialmente entre os pássaros que por terem elevado nível de mobilidade (aqueles que podem voar), destacam-se especialmente de outros grupos, por terem, em conseqüência deste fato, laços muito tênues de cooperação intra-específica: a decisão de pertencer a um bando cabe a cada indivíduo, como por exemplo, os pássaros chamados Parus major, que vivem em florestas da Europa e da Ásia. Durante o inverno os animais formam bandos pouco coesos com cerca de doze indivíduos (às vezes até cinco) que podem agregar aves adicionais de outras espécies. Estas aves alimentam-se de insetos, aranhas, sementes e frutas. Os bandos ocupam áreas de moradias não defendidas com superposição parcial de territórios e com cerca de quatro ha de área para um bando de até doze indivíduos.
A associação dos animais aumenta a probabilidade de um animal encontrar alimento, embora, por outro lado, haja também bastante disputa pelo alimento; não raro um animal ameaça e ataca outro roubando-lhe o alimento, pois mesmo onde haja abundância, pode haver disputas acirradas sobre os itens que oferecem as melhores qualificações dentre os demais.
Durante o período de janeiro a março, esta fase de organização social (fase de bando) é paulatinamente substituída pela fase territorial. A formação de casais ocorre no inverno. Os pares começam a passar mais tempo longe do bando a ele voltando durante à tarde e durante os períodos mais frios. Cada casal estabelece um território que no fim de março já é bem defendido. Locais convenientes para a construção do ninho, em geral cavidades de árvores, são inspecionados pelo macho, e a fêmea é atraída por esse comportamento. A fêmea constrói o ninho e ali põe um conjunto de cinco a onze ovos no fim de abril ou começo de maio.
A cooperação entre os membros do casal dura todo o período de construção do ninho, cópula e postura de ovos. O macho alimenta a fêmea numa contribuição vital para contrabalançar o desgaste da fêmea ao por ovos. Apenas a fêmea incuba os ovos, mas o macho continua a alimentá-la. Os ovos e, posteriormente, os filhotes estão expostos à predação, os esquilos (Neosciurus carolinensis) e as fuinhas (Mustela nivalis) que procuram-nos para se alimentarem; contra esses inimigos os pais pouco podem fazer.
Os ovos eclodem e os filhotes são então alimentados pelos pais e, por volta do 18° ou do 20° dia de vida os filhotes voam do ninho. Em média cada casal cria seis filhotes. Os pais ainda alimentam os filhotes depois que estes deixam o ninho, mas em menos de duas semanas os filhotes tornam-se praticamente independentes.
Os jovens lutam bastante e muitos deles desaparecem da população. Durante setembro-outubro o comportamento territorial reacende-se, mas à medida que o inverno aproxima-se formam-se novos bandos. Os adultos são sedentários e vivem perto de seus territórios de verão; por outro lado os jovens podem dispersar-se por vários quilômetros antes de juntarem-se a um bando. A mortalidade varia consideravelmente de ano para ano e parece estar relacionada com a disponibilidade de alimentos. Cerca de 17% dos jovens sobrevive até a estação de reprodução seguinte; já para os adultos a taxa de sobrevivência é de 50%.
Conseqüentemente os indivíduos que possuem maior capacidade de aprendizagem, os mais hábeis, os mais dotados, conseguem em algumas ocasiões certa ascendência sobre os demais membros de seu grupo.
Como quase tudo o que o indivíduo consegue para si é fruto quase que exclusivamente de seu esforço individual não se pode mesmo esperar grades obras arquitetônicas, ou produtos altamente elaborados desta espécie sem organização rígida e conglobadada como se pode atestar na observação das espécies em geral, como de fato ocorre na natureza; não basta adaptação ao habitat, é preciso cooperação; para que haja cooperação eficiente é preciso que haja organização; para haver organização há que haver hierarquia; para efetuar estas funções cada espécie conseguiu resolver estes problemas dentro de suas limitações e habilidades específicas, como se observa na população de cervo vermelho (Cervus elaphus).
Dividida em grupos de fêmeas e de grupo de machos, fora da época de reprodução, desde dez até várias centenas de indivíduos. Estes últimos grupos são menores e menos estáveis (machos).
Os grupos de fêmeas incluem tanto as fêmeas adultas como seus filhotes, inclusive filhotes machos que tenham até três anos de idade. As fêmeas têm áreas de moradia com superposição territorial, e os grupos, freqüentemente, fissionam-se em subgrupos matrilineares (grupos liderados pelas fêmeas mais velhas, a matriarca), os quais podem conter três ou mais gerações de fêmeas com seus filhotes.
Sob a liderança de uma das fêmeas mais velhas este grupo move-se pela área de moradia; a parte da área de moradia utilizada num determinado dia depende das condições climáticas; a sobrevivência do grupo envolve interações altamente complexas entre indivíduos, grupos, meio-ambiente, carências, disponibilidades e habilidades.
Com três anos de idade os jovens machos deixam as suas mães e unem-se aos bandos de machos. Os machos adultos movem-se em áreas de cerca de oito km2 que tendem a ser periféricas e ligeiramente superpostas às das fêmeas. Nos grupos de machos o status de cada indivíduo depende de seu tamanho e do tamanho dos seus chifres. Durante a estação de reprodução, que começa ao fim de dezembro, os machos tornam-se agressivos entre si e o grupo desmancha-se; cada macho dirige-se para a sua área preferencial de acasalamento. Cada macho compete com outros pela possessão das fêmeas.
Os machos bramem constantemente, controlam seus bandos de dez a vinte fêmeas com seus filhotes, e defendem-no de outros machos. As fêmeas tornam-se férteis em geral no seu terceiro ano de vida. Os machos mais competentes têm cerca de sete anos ou mais, no entanto, mesmo estes ficam exaustos durante o processo de controlar e de defender o grupo de fêmeas, chegando a perder 25% do peso e acabam sendo expulsos por outros machos. O macho não age como líder de seu harém; em situações de perigo o macho abandona o grupo de fêmeas.
Podemos ver que num grupo assim organizado pode haver comportamento egoísta e altruísta, além do mais confirma-se que em grupos fracamente organizados a coesão entre os membros também é muito precária, resultando em problemas para a elaboração de produtos altamente sofisticados, e, perigos e riscos maiores para a sobrevivência.
Após a época de reprodução a estrutura de grupos de fêmeas / grupo de machos é retomada. Os chifres, que só crescem nos machos, são perdidos durante a primavera e imediatamente outros recomeçam a nascer. Antes de parir as fêmeas deixam o grupo, afastam os seus filhos dos anos precedentes e procuram locais isolados. Os novos filhotes mantém-se escondidos nos primeiros sete a dez dias durante os quais as mães vão até eles para alimentá-los. Após esse período eles seguem suas mães, que subseqüentemente reúnem-se ao bando. A amamentação dura de oito a dez meses.
Vale aqui lembrar que o processo de seleção natural é um fenômeno individual, aleatório, onde a mutação ao acaso dos genes não foi confirmada e nem proposto como mecanismo de evolução natural com relação à seleção de populações; a seleção natural caminha no sentido de garantir a adaptação dos indivíduos às mutações do ambiente e não à sobrevivência dos grupos, como poderia supor-se de imediato; a pergunta não respondida pelos etólogos e evolucionistas, é: se o comportamento individual dos organismos que os leva a procurarem a aproximação do grupo não pode ser determinada geneticamente, como o seria na seleção por grupos, se houvesse, o que, então, os fazem procurarem, ou formarem os grupos durante alguns momentos de suas vidas?
Estudando a espécie dos Babuínos comuns (Papio cynocephalus) das savanas cujas populações dividem-se em grupos de vinte a duzentos animais, incluindo vários machos adultos, onde normalmente o número de fêmeas adultas é superior ao de machos adultos, vemos que não há animais solitários. Os grupos são permanentes e coesos, embora machos jovens geralmente mudem de grupo. A estrutura do grupo não sofre alterações com a mudança das estações.
Os grupos ocupam área de moradia de até quarenta km2. As áreas de diversos bandos podem se sobrepor mas o encontro de bandos é infreqüente, dada a tendência que os grupos tem de se evitar. Os grupos pernoitam em árvores altas, ou em escarpas rochosas, para ficarem afastados de predadores.
Ao nascer do sol os animais saem dos seus abrigos e iniciam o seu dia de deslocamento e alimentação. Uma grande parte do tempo é despendido à procura do alimento, para o que o grupo espalha-se na savana, pois à medida que se sobe a pirâmide de nível trófico a fonte primária de energia incorporada aos alimentos vai ficando cada vez mais distante dos organismos mais sofisticados e complexos fisiologicamente, isto é: a disponibilidade e a existência do alimento vai fatalmente depender cada vez mais do trabalho de outras espécies, cuja cadeia alimentar pode chegar às dezenas.
Tipicamente os machos mais jovens ocupam posições periféricas em relação às fêmeas e filhotes. Os machos adultos são capazes de enfrentar predadores de pequeno porte, mas em geral eles fogem com o resto do grupo à procura de um local seguro. As fêmeas, após cinco anos, tornam-se receptivas sexualmente durante poucos dias de seu ciclo menstrual mensal. Cada fêmea passa a maior parte da vida ou prenhe ou em lactação, mas, devido à reprodução dos Babuínos não ser sazonal, quase sempre há no bando algumas fêmeas disponíveis para o acasalamento.
Os machos amadurecidos aos dez anos competem pelo acesso às fêmeas que são promíscuas. As mães amamentam os filhotes por seis a oito meses e carregam-nos até que sejam fortes o suficiente para locomoverem-se independentemente. Os machos tem pouca participação na criação dos filhotes.
Da mesma forma que os primatas do gênero Macaca, o núcleo do grupo é constituído por um sistema de parentes de genealogia matrilinear e grande parte das interações sociais do grupo ocorre entre parentes; os babuínos não reconhecem o pai. As fêmeas jovens ajudam a cuidar de seus irmãos mais novos, os quais são o pivô de intensa interação social. Grande parte do comportamento social é aprendido, ou pelo menos desenvolve-se apenas em ambientes onde for possível a prática social. Há também a ocorrência de uma subcultura na qual os grupos têm lugares tradicionais para dormir e dessedentarem-se; a informação sobre a utilização do ambiente é orientada pelos animais mais velhos, que podem chegar aos vinte anos.
Os macacos, cuja inteligência assemelha-se muito à dos humanos, não formam grandes grupos, raras tarefas são feitas em conjunto, sua inteligência e auto-suficiência lhe permite desdenhar até mesmo, em certos momentos, a própria proteção que o grupo lhe proporciona; a outra pergunta pode então ser reformulada para: seria isto auto-suficiência? Seria talvez uma tentativa evolutiva de compensar-se um muito maior número de indivíduos mais simplificados fisiologicamente com poucos porém altamente sofisticados indivíduos?
Os Chimpanzés (Pan troglodytes) cuja sociedade não é um exemplo de grupo coeso, tendo uma estrutura aberta, na qual encontramos pequenos grupos temporários de até seis indivíduos dependendo da disponibilidade de alimento; esses indivíduos viajam juntos pela mata, embora freqüentemente o conjunto divida-se e torne a reunir-se. Esse conjunto pode ser composto de animais de qualquer classe de idade ou sexo, em qualquer combinação. A única regra é que os filhotes mantenham-se junto às suas mães.
Animais solitários também são freqüentemente encontrados. Apesar dessa fluidez, crê-se que em uma determinada área os indivíduos que formam esses conjuntos temporários sejam membros de uma mesma comunidade de até quarenta indivíduos, que contêm vários machos adultos.
Diferentemente dos babuínos estes animais nunca deslocam-se juntos como uma unidade. A principal evidência desta estrutura vem do fato de que em qualquer área ocorre o mesmo com os animais que formariam as comunidade vizinhas. Acredita-se que cada comunidade tenha uma área de moradia de dez a vinte km2; algumas partes desta área são defendidas através de conflitos sangrentos e até fatais, particularmente entre os machos. Dentro da área de moradia cada macho ou fêmea tem suas áreas prediletas que são defendidas por seus donos.
Um macho pode monopolizar uma fêmea no cio, mas a associação de casais por longos períodos não existe, sendo a promiscuidade uma regra. Os animais constroem ninhos nos quais passam as noites, mas têm uma base permanente; dessa forma as mães carregam os filhos continuamente; o contato mãe-filho não é interrompido durante pelo menos os primeiros três meses de vida do filhote. O período em que o filho depende da mãe é extraordinário; a amamentação prolonga-se até o filhote ter três ou mesmo quatro anos e meio.
Por isto, estes animais são passíveis de manutenção em cativeiro, individualmente, ao contrário de um inseto que nas mesmas condições de isolamento de sua colônia morreria em algumas horas, desde que desprovido da ambientação e de elementos que ajudam a manter o seu metabolismo, alimentação e proteção de seu habitat natural, pois a sua estrutura fisiológica não está preparada para prover-lhe os meios e os recursos de que necessitaria para a sua própria subsistência; à medida que outras funções orgânicas fossem sendo incorporadas ao seu sistema orgânico a sua complexidade consequentemente iria aumentar, e também o seu porte físico: então deixaria de ser um inseto.
Assim vimos nascer o conceito de sociedade, da cooperação dos indivíduos, da agregação sem cooperação, da colônia onde há interação física entre os indivíduos, dos grupos ocasionais, das populações contemporâneas da mesma espécie, a necessidade de comunicação alterando os padrões de comportamento entre os organismos, a necessidade de coordenação e hierarquia.
Uma outra lição da natureza é que na guerra da sobrevivência ou da conquista do território vale o maior número de indivíduos, senão vejamos: a abelha possui uma estrutura fisiológica e um porte relativamente simples, se comparada com um mamífero, que é altamente complexo, e avantajado; isto nos leva à questão; valeria a pena ser auto-suficiente?
Na verdade o problema passa a ser: como reunir indivíduos sofisticados, quase autônomos para um trabalho organizado cooperativamente? Ou, através da subordinação? Se tal puder ser conseguido, então estaremos muito perto daquele modelo ideal espreitado pela evolução das espécies; em que pese ser o egoísmo um comportamento verificado freqüentemente em muitas espécies, produzindo o comportamento típico dos indivíduos solitários, esta é uma forma muito poderosa e indissociável dos seres animais superiores.
Seria então o altruísmo o oposto da auto-suficiência? Podemos dizer que o altruísmo seria o ponto máximo de integração do indivíduo com o grupo e, que no seu grau máximo, pode chegar à simbiose. O altruísmo, neste caso, é o egoísmo em grupo, que passa assim, o grupo, a exercer a função de indivíduo, e, neste caso, o egoísmo stricto sensu seria um desvio social do indivíduo em relação ao grupo, caracterizando o indivíduo solitário um desajustado social.
Este acaso e outros mais informam-nos com é importante a vida comunitária e nos dão valiosas informações sobre o relacionamento entre seres vivos, os seus variados tipos de interações e formas de organização, mostrando a riqueza de soluções que a natureza dispõe e exibe em cada caso, buscando a solução para o mesmo problema que é o da organização do sistema de divisão do trabalho social ao nível ecológico, sendo que em alguns casos pode-se mesmo notar uma forte semelhança com algumas formas de organização de distintas civilizações humanas, através da História, nas várias culturas e etnias espalhadas pelos continentes.
CAPÍTULO - I
O CONGLOBADO ECOLÓGICO
O CONGLOBADO ECOLÓGICO
A mãe natureza chora por seu filho, o homem, que como toda criança rebelde não quer respeitar as suas sábias leis, por isso sofre com os seus próprios erros.
o autor.
O Conglobado Ecológico
O estudo das ciências, em quase todas as áreas do conhecimento humano, remete-nos sempre de volta ao estado primitivo da natureza e do mundo selvagem: porquê nada ali é forjado ou produzido pela simples vontade ditada pela autoridade; tudo ali subordina-se às leis naturais, e aos arranjos estruturais e contingentes, sejam estas leis conhecidas ou não pelo observador ou pelo cientista. Este é o campo ideal para as descobertas das leis e dos conceitos básicos.
A questão que se coloca é a do comportamento do indivíduo e a sua interação com o grupo e com o ambiente, como, quando e porque ocorrem esta interações, ou, colocando de outra maneira: porque as abelhas vivem em colônias e outros animais, como os chimpanzés, passam boa parte de suas vida vivendo solitariamente?
Bodeenheimer (1932) dizia que “Não é correto acreditar que cada animal é sempre conduzido por seus órgãos dos sentidos à procura de condições ótimas”. A sobrevivência das espécies é, sem dúvida, muito mais dura do que a maioria das pessoas comuns imaginam.
É preciso evitar a tentação do reducionismo que consiste no raciocínio simplista de cair no erro finalista que “Consiste em crer que tudo é perfeito na natureza e que, em todos os casos, os seres vivos se [sic] encontram nas condições de meio que lhe são mais favoráveis”.
Poucos animais levam vida solitária, mesmo feridos ou doentes, os macacos, animais altamente sociais, insistentemente tentam permanecer e acompanhar o seu bando, ou qualquer outro, inclusive de outras espécies de macacos. Mesmo os animais solitários, também mantém a sua própria organização social, pois estão sempre atentos aos seus vizinhos.
O fato de pertencerem a um grupo social permite a sobrevivência de animais, que em vida solitária, pereceriam ou teriam menos sucesso reprodutivo. A vida em grupo pode proporcionar maior proteção; muitos animais só conseguem sucesso na criação da prole se cooperarem com o parceiro; é daí que evolui a ligação entre o casal, os indivíduos que executam bem esta atividade ou escolhem bem o parceiro adequado têm mais chances de perpetuarem os seus descendentes, caso contrário não reforçar-se-ia esta característica herditário-funcional na espécie, segundo os princípio evolucionista.
É fácil constatar que aves que se alimentam em ambientes abertos precisam estar sempre alertas para os predadores. Precisam balancear o tempo despendido com o comer e o tempo despendido evitando serem comidas. Muitas aves solucionam este problema vivendo em bandos e tirando vantagem da vigilância efetuada pelas companheiras. Assim, à medida que o tamanho do bando aumenta, cai a proporção de tempo que cada animal despende olhando em redor e aumenta o número total de animais vigilantes. O tempo do predador também diminui à medida que o tamanho do bando aumenta.
Os peixes, as aves e os primatas, freqüentemente cerram fileiras quando aparece um predador. A aglomeração pode ser causada pelo fato de ser vantajoso para cada animal colocar-se no centro do grupo e, dessa forma, deixar outros animeis entre ele e o predador. Mesmo aves que não vivem normalmente em bandos podem agrupar-se temporariamente para afugentar um predador, esse comportamento fá-lo perceber que foi descoberto e subtrair-lhe o elemento surpresa.
Quando as fontes de alimento são abundantes, dispersas e relativamente estáveis os animais podem procurar os alimentos sozinhos, caso contrário, é muito difícil um indivíduo encontrar sozinho o alimento; quando uma das aves encontra alimento, os demais membros do bando alteram o seu comportamento e passam a procurar na mesma área ou no mesmo tipo de lugar onde o alimento foi encontrado.
As abelhas, formigas, térmites, marimbondos, construíram as suas sociedades com uma organização baseada no sistema de castas, em que a posição de cada indivíduo é bem definida e as suas atribuições também; é uma estrutura extremamente rígida, cuja adequação é tão crítica, que já é determinada geneticamente e que só pode ser mudada em situações especiais, desde que em função da coletividade, notando-se que, entre as formigas por exemplo, as guerreiras, aquelas que são as responsáveis pela segurança do formigueiro, chegam a ter até vinte vezes o peso de uma formiga operária; este dimorfismo é irreversível na forma adulta.
Assim acontece à rainha e aos machos, que, não chega a ser um exemplo de organização perfeita, mas a julgar pela sua sobrevivência e pela resistência mais do que comprovada às tentativas de extermínio, principalmente pelo homem, é que têm sido lembradas quando se fala em sociedades organizadas. A sua força reside na quantidade, por motivos óbvios, e a maior virtude, na sua meticulosa organização, sem as quais não seria possível alimentar e proteger o grupo, geralmente numeroso.
Por isso o efeito grupo tem sido observado nos animais e foram constatados indicadores importantes de sobrevivência para espécies em seu habitat; com muita constância, observou-se que o número crítico para a população de elefantes, na África, sobreviver está em torno de no mínimo 25 indivíduos por grupo.
Mesmo no Peru, cuja produção de guano, importante fonte de fosfato de cálcio derivado das fezes das aves marinhas cormorão, está condicionada à existência de um mínimo de 10 mil indivíduos desta espécie, pois abaixo desse limiar a sobrevivência da espécie fica seriamente comprometida; para as renas, os grupos constituídos de menos de trezentos indivíduos está condenado a desaparecer de seu próprio habitat; lobos em grupos podem abater grandes animais, que isolados são presas fáceis; os bisões, bois almiscarados, muitos outros ruminantes defendem-se eficazmente quando reunidos em bandos, pois são mais pares de olhos para vigiar, procurar alimentos e até mesmo mais forças para lutar contra os inimigos.
Porém, nada disso, no entanto, evita que as populações passem por dois momentos críticos para a sua sobrevivência, independentemente de quaisquer outros fatores: o primeiro momento é justamente aquele momento da formação do núcleo pioneiro, antes mesmo de ser atingido o número mínimo de indivíduos que assegure a sobrevivência e a continuidade da espécie, qual depende principalmente de elevado altruísmo destes indivíduos pioneiros ou de condições ambientais extremamente favoráveis para o estabelecimento da colônia para este núcleo fixar-se; o outro momento crítico, aliás muito óbvio, é quando a população atinge o clímax e o tamanho do grupo depende do chamado fator limitante, pois não importa a abundância de elementos necessários e disponíveis para a sobrevivência da espécie, o fator limitante será sempre, dentre estes elementos, aquele que existir em menor disponibilidade, cuja escassez limitará severamente a sobrevivência da população, por exemplo pode haver abundância de alimentos prediletos e haver uma severa restrição de água, comprometendo a manutenção da população por este fator limitante.
A organização social das abelhas não nos deixa dúvidas de que a divisão do trabalho social e conseqüentemente, a especialização e organização são elementos imanentes ao processo de gerência dos grandes sistemas, a divisão espacial, a divisão dos alimentos, os rituais de acasalamento, a comunicação entre os indivíduos são bem definidos e poucas modificações são incorporadas ao longo do tempo; tudo está bem determinado e este processo tem resolvido a maior parte de seus problemas e garantido eficazmente a sobrevivência da espécie, especialmente entre as abelhas (Apis mellífera).
Numa colônia, durante o verão, a qual consiste de uma fêmea reprodutiva, (a rainha), vários milhares de fêmeas estéreis (as operárias) e algumas centenas de machos férteis (os zangões), além da prole imatura.
A colônia habita uma câmara natural ou artificial (colméia) na qual são construídos os favos de cera para acomodar as larvas e armazenar pólen e mel. Os zangões pouco fazem além de fertilizarem as rainhas durante o inverno; a colônia consiste na rainha e nas operárias, que sobrevivem graças ao alimento armazenado.
A produção de ovos recomeça na primavera seguinte. A rainha pode copular com vários machos num único vôo e armazena o esperma então recebido. Normalmente a rainha põe apenas ovos fertilizados (diplóides), os quais originam fêmeas. Três dias após a ovoposição, os ovos eclodem e libertam as larvas que são alimentadas por cinco dias, pois as sociedades altamente integradas de animais podem ter uma complicada rede de relações de dominância entre os membros dos vertebrados, e, uma distinta linha hierárquica de distribuição de alimentos entre os insetos.
Então as larvas transformam-se em pupas contidas em cócons dentro das células de cera. As operárias adultas emergem 21 dias depois da ovoposição; as rainhas emergem alguns dias antes; os zangões, alguns dias depois.
Durante seus dois primeiros dias de vida as larvas normalmente recebem geléia real secretada pelas operárias, como alimento. Depois desse período recebem quantidades cada vez maiores de mel. Com esta dieta as larvas transformam-se em fêmeas estéreis (operárias).
Para que haja a evolução do comportamento animal, é necessário que sejam herdados genes que comandem este comportamento; mesmo no caso de transmissão cultural, os animais devem herdar a capacidade de aprender e usar o comportamento que lhe é exposto.
O comportamento que se observa é o resultado da interação entre as instruções herdadas, e do ambiente em que o organismo se desenvolve; posto isto, e, considerando-se que os ovos não fertilizados originem zangões haplóides, entendemos que a importância deste sistema haplo-diplóide reside nos fatos de que se as larvas de ovos fecundados (diplóides) forem criadas com dieta especial poderão transformar-se em novas rainhas; os ovos não fecundados têm apenas a herança genética da fêmea; quando uma rainha fertiliza um dos gametas como o esperma guardado, cada filha recebe os mesmos genes do pai, desde que machos haplóides só podem produzir um tipo de gameta. A rainha, sendo diplóide, produz gametas que não são idênticos, já que ocorre um rearranjo ao acaso nos cromossomos homólogos durante a fase reducional da meiose, por isso as filhas têm em comum, em média, metade dos genes recebidos da mãe. Uma vez que elas recebem da mãe apenas a metade do seu total de genes, essa proporção em comum representa um quarto do seu genótipo.
Quando os genes recebidos da mãe e do pai são considerados juntos, notamos que as irmãs têm em comum, em média, três quartos dos seus genes: 0,5 do zangão e 0,25 da rainha em fII. Desse modo, as irmãs são mais próximas, geneticamente, umas das outras do que o são as mães das filhas ou dos filhos, isso explica, em parte, como tem evoluído o altruísmo, geneticamente, das operárias pois a regra básica de sobrevivência e evolução das espécies é que: o sistema prevalece sobre o individual, considerando que “Este comportamento é o marca-passo da evolução, pois a função do organismo, expressa em seu comportamento, é mudada em muitas gerações, de acordo com a experiência do organismo ”.
A rainha produz sinais químicos (ferormônios) que inibem a postura de ovos pelas operárias e que também impedem-nas de criarem novas rainhas. Se a rainha morre ou fica muito velha, as operárias criam uma nova rainha a partir de uma larva, alimentando-a com geléia real e, diferentemente do que foi feito para as operárias, com pouco mel. Sem a inibição causada pelos ferormônios algumas operárias produzem ovos não fertilizados, que originam zangãos.
Há ainda outras circunstâncias em que se produzem novas rainhas: a rainha mais velha então juntamente com algumas operárias enxameia e estabelece uma nova colônia.
As operárias fazem tudo na colônia, exceto por ovos. Nos meados do verão as operárias vivem apenas quatro a seis semanas e suas atividades são controladas de acordo com a idade: operárias entre zero e três dias de idade limpam células e mantém as larvas aquecidas; operárias entre três e seis dias alimentam as larvas novas e a rainha; de quatorze a dezoito dias, secretam cera, constroem favos e limpam a colméia; de dezoito a vinte dias, guardam a entrada; de vinte a quarenta dias, saem à procura de pólen e néctar (operárias coletoras).
Este esquema, no entanto, não é rígido, podendo ser modificado de acordo com as necessidades da colônia; por exemplo, se a colméia estiver muito aquecida, as operárias que estão fazendo trabalho externo passam a coletar água, que é usada na colméia para o resfriamento através da evaporação. As danças são executadas pelas abelhas com a finalidade de comunicar a direção e a distância da fonte de alimento.
Se comparada à complexidade da cultura humana e a sua dependência da linguagem escrita e falada, a transmissão cultural de comportamento observada em animais pode parecer trivial; no entanto, ela talvez sugira o modo pelo qual a cultura humana teve início. Contrariando o que escreveu Mandeville em seu ensaio Fábula das Abelhas, as abelhas não são instintivamente egoístas, nem trabalham de modo voluntarista como quis fazer acreditar em sua parábola sobre o mercado livre utilizando as abelhas como paradigma.
Assim, na natureza, para grupos extremamente grandes, este tipo de organização é o que tem produzido os melhores resultados, haja vista que estas espécies não correm o menor risco de extinção, ao contrário da ave cormorão, que apesar de formarem grupos gigantescos, não gozariam desta mesma estabilidade para a sua sobrevivência; entre outras diferenças, a mais importante é sem dúvida a organização.
O poder é bem visível, pertence à rainha, é incontestável e isto traz ordem e tranqüilidade para a comunidade, toda energia é empregada para o bem comum, por isso mesmo, alguns indivíduos tem se sacrificado até a morte, para assegurar a tranqüilidade e sobrevivência do seu sistema ou de sua sociedade hipercomunitarista.
Outros tipos de organizações sociais são encontradas na natureza, especialmente entre os pássaros que por terem elevado nível de mobilidade (aqueles que podem voar), destacam-se especialmente de outros grupos, por terem, em conseqüência deste fato, laços muito tênues de cooperação intra-específica: a decisão de pertencer a um bando cabe a cada indivíduo, como por exemplo, os pássaros chamados Parus major, que vivem em florestas da Europa e da Ásia. Durante o inverno os animais formam bandos pouco coesos com cerca de doze indivíduos (às vezes até cinco) que podem agregar aves adicionais de outras espécies. Estas aves alimentam-se de insetos, aranhas, sementes e frutas. Os bandos ocupam áreas de moradias não defendidas com superposição parcial de territórios e com cerca de quatro ha de área para um bando de até doze indivíduos.
A associação dos animais aumenta a probabilidade de um animal encontrar alimento, embora, por outro lado, haja também bastante disputa pelo alimento; não raro um animal ameaça e ataca outro roubando-lhe o alimento, pois mesmo onde haja abundância, pode haver disputas acirradas sobre os itens que oferecem as melhores qualificações dentre os demais.
Durante o período de janeiro a março, esta fase de organização social (fase de bando) é paulatinamente substituída pela fase territorial. A formação de casais ocorre no inverno. Os pares começam a passar mais tempo longe do bando a ele voltando durante à tarde e durante os períodos mais frios. Cada casal estabelece um território que no fim de março já é bem defendido. Locais convenientes para a construção do ninho, em geral cavidades de árvores, são inspecionados pelo macho, e a fêmea é atraída por esse comportamento. A fêmea constrói o ninho e ali põe um conjunto de cinco a onze ovos no fim de abril ou começo de maio.
A cooperação entre os membros do casal dura todo o período de construção do ninho, cópula e postura de ovos. O macho alimenta a fêmea numa contribuição vital para contrabalançar o desgaste da fêmea ao por ovos. Apenas a fêmea incuba os ovos, mas o macho continua a alimentá-la. Os ovos e, posteriormente, os filhotes estão expostos à predação, os esquilos (Neosciurus carolinensis) e as fuinhas (Mustela nivalis) que procuram-nos para se alimentarem; contra esses inimigos os pais pouco podem fazer.
Os ovos eclodem e os filhotes são então alimentados pelos pais e, por volta do 18° ou do 20° dia de vida os filhotes voam do ninho. Em média cada casal cria seis filhotes. Os pais ainda alimentam os filhotes depois que estes deixam o ninho, mas em menos de duas semanas os filhotes tornam-se praticamente independentes.
Os jovens lutam bastante e muitos deles desaparecem da população. Durante setembro-outubro o comportamento territorial reacende-se, mas à medida que o inverno aproxima-se formam-se novos bandos. Os adultos são sedentários e vivem perto de seus territórios de verão; por outro lado os jovens podem dispersar-se por vários quilômetros antes de juntarem-se a um bando. A mortalidade varia consideravelmente de ano para ano e parece estar relacionada com a disponibilidade de alimentos. Cerca de 17% dos jovens sobrevive até a estação de reprodução seguinte; já para os adultos a taxa de sobrevivência é de 50%.
Conseqüentemente os indivíduos que possuem maior capacidade de aprendizagem, os mais hábeis, os mais dotados, conseguem em algumas ocasiões certa ascendência sobre os demais membros de seu grupo.
Como quase tudo o que o indivíduo consegue para si é fruto quase que exclusivamente de seu esforço individual não se pode mesmo esperar grades obras arquitetônicas, ou produtos altamente elaborados desta espécie sem organização rígida e conglobadada como se pode atestar na observação das espécies em geral, como de fato ocorre na natureza; não basta adaptação ao habitat, é preciso cooperação; para que haja cooperação eficiente é preciso que haja organização; para haver organização há que haver hierarquia; para efetuar estas funções cada espécie conseguiu resolver estes problemas dentro de suas limitações e habilidades específicas, como se observa na população de cervo vermelho (Cervus elaphus).
Dividida em grupos de fêmeas e de grupo de machos, fora da época de reprodução, desde dez até várias centenas de indivíduos. Estes últimos grupos são menores e menos estáveis (machos).
Os grupos de fêmeas incluem tanto as fêmeas adultas como seus filhotes, inclusive filhotes machos que tenham até três anos de idade. As fêmeas têm áreas de moradia com superposição territorial, e os grupos, freqüentemente, fissionam-se em subgrupos matrilineares (grupos liderados pelas fêmeas mais velhas, a matriarca), os quais podem conter três ou mais gerações de fêmeas com seus filhotes.
Sob a liderança de uma das fêmeas mais velhas este grupo move-se pela área de moradia; a parte da área de moradia utilizada num determinado dia depende das condições climáticas; a sobrevivência do grupo envolve interações altamente complexas entre indivíduos, grupos, meio-ambiente, carências, disponibilidades e habilidades.
Com três anos de idade os jovens machos deixam as suas mães e unem-se aos bandos de machos. Os machos adultos movem-se em áreas de cerca de oito km2 que tendem a ser periféricas e ligeiramente superpostas às das fêmeas. Nos grupos de machos o status de cada indivíduo depende de seu tamanho e do tamanho dos seus chifres. Durante a estação de reprodução, que começa ao fim de dezembro, os machos tornam-se agressivos entre si e o grupo desmancha-se; cada macho dirige-se para a sua área preferencial de acasalamento. Cada macho compete com outros pela possessão das fêmeas.
Os machos bramem constantemente, controlam seus bandos de dez a vinte fêmeas com seus filhotes, e defendem-no de outros machos. As fêmeas tornam-se férteis em geral no seu terceiro ano de vida. Os machos mais competentes têm cerca de sete anos ou mais, no entanto, mesmo estes ficam exaustos durante o processo de controlar e de defender o grupo de fêmeas, chegando a perder 25% do peso e acabam sendo expulsos por outros machos. O macho não age como líder de seu harém; em situações de perigo o macho abandona o grupo de fêmeas.
Podemos ver que num grupo assim organizado pode haver comportamento egoísta e altruísta, além do mais confirma-se que em grupos fracamente organizados a coesão entre os membros também é muito precária, resultando em problemas para a elaboração de produtos altamente sofisticados, e, perigos e riscos maiores para a sobrevivência.
Após a época de reprodução a estrutura de grupos de fêmeas / grupo de machos é retomada. Os chifres, que só crescem nos machos, são perdidos durante a primavera e imediatamente outros recomeçam a nascer. Antes de parir as fêmeas deixam o grupo, afastam os seus filhos dos anos precedentes e procuram locais isolados. Os novos filhotes mantém-se escondidos nos primeiros sete a dez dias durante os quais as mães vão até eles para alimentá-los. Após esse período eles seguem suas mães, que subseqüentemente reúnem-se ao bando. A amamentação dura de oito a dez meses.
Vale aqui lembrar que o processo de seleção natural é um fenômeno individual, aleatório, onde a mutação ao acaso dos genes não foi confirmada e nem proposto como mecanismo de evolução natural com relação à seleção de populações; a seleção natural caminha no sentido de garantir a adaptação dos indivíduos às mutações do ambiente e não à sobrevivência dos grupos, como poderia supor-se de imediato; a pergunta não respondida pelos etólogos e evolucionistas, é: se o comportamento individual dos organismos que os leva a procurarem a aproximação do grupo não pode ser determinada geneticamente, como o seria na seleção por grupos, se houvesse, o que, então, os fazem procurarem, ou formarem os grupos durante alguns momentos de suas vidas?
Estudando a espécie dos Babuínos comuns (Papio cynocephalus) das savanas cujas populações dividem-se em grupos de vinte a duzentos animais, incluindo vários machos adultos, onde normalmente o número de fêmeas adultas é superior ao de machos adultos, vemos que não há animais solitários. Os grupos são permanentes e coesos, embora machos jovens geralmente mudem de grupo. A estrutura do grupo não sofre alterações com a mudança das estações.
Os grupos ocupam área de moradia de até quarenta km2. As áreas de diversos bandos podem se sobrepor mas o encontro de bandos é infreqüente, dada a tendência que os grupos tem de se evitar. Os grupos pernoitam em árvores altas, ou em escarpas rochosas, para ficarem afastados de predadores.
Ao nascer do sol os animais saem dos seus abrigos e iniciam o seu dia de deslocamento e alimentação. Uma grande parte do tempo é despendido à procura do alimento, para o que o grupo espalha-se na savana, pois à medida que se sobe a pirâmide de nível trófico a fonte primária de energia incorporada aos alimentos vai ficando cada vez mais distante dos organismos mais sofisticados e complexos fisiologicamente, isto é: a disponibilidade e a existência do alimento vai fatalmente depender cada vez mais do trabalho de outras espécies, cuja cadeia alimentar pode chegar às dezenas.
Tipicamente os machos mais jovens ocupam posições periféricas em relação às fêmeas e filhotes. Os machos adultos são capazes de enfrentar predadores de pequeno porte, mas em geral eles fogem com o resto do grupo à procura de um local seguro. As fêmeas, após cinco anos, tornam-se receptivas sexualmente durante poucos dias de seu ciclo menstrual mensal. Cada fêmea passa a maior parte da vida ou prenhe ou em lactação, mas, devido à reprodução dos Babuínos não ser sazonal, quase sempre há no bando algumas fêmeas disponíveis para o acasalamento.
Os machos amadurecidos aos dez anos competem pelo acesso às fêmeas que são promíscuas. As mães amamentam os filhotes por seis a oito meses e carregam-nos até que sejam fortes o suficiente para locomoverem-se independentemente. Os machos tem pouca participação na criação dos filhotes.
Da mesma forma que os primatas do gênero Macaca, o núcleo do grupo é constituído por um sistema de parentes de genealogia matrilinear e grande parte das interações sociais do grupo ocorre entre parentes; os babuínos não reconhecem o pai. As fêmeas jovens ajudam a cuidar de seus irmãos mais novos, os quais são o pivô de intensa interação social. Grande parte do comportamento social é aprendido, ou pelo menos desenvolve-se apenas em ambientes onde for possível a prática social. Há também a ocorrência de uma subcultura na qual os grupos têm lugares tradicionais para dormir e dessedentarem-se; a informação sobre a utilização do ambiente é orientada pelos animais mais velhos, que podem chegar aos vinte anos.
Os macacos, cuja inteligência assemelha-se muito à dos humanos, não formam grandes grupos, raras tarefas são feitas em conjunto, sua inteligência e auto-suficiência lhe permite desdenhar até mesmo, em certos momentos, a própria proteção que o grupo lhe proporciona; a outra pergunta pode então ser reformulada para: seria isto auto-suficiência? Seria talvez uma tentativa evolutiva de compensar-se um muito maior número de indivíduos mais simplificados fisiologicamente com poucos porém altamente sofisticados indivíduos?
Os Chimpanzés (Pan troglodytes) cuja sociedade não é um exemplo de grupo coeso, tendo uma estrutura aberta, na qual encontramos pequenos grupos temporários de até seis indivíduos dependendo da disponibilidade de alimento; esses indivíduos viajam juntos pela mata, embora freqüentemente o conjunto divida-se e torne a reunir-se. Esse conjunto pode ser composto de animais de qualquer classe de idade ou sexo, em qualquer combinação. A única regra é que os filhotes mantenham-se junto às suas mães.
Animais solitários também são freqüentemente encontrados. Apesar dessa fluidez, crê-se que em uma determinada área os indivíduos que formam esses conjuntos temporários sejam membros de uma mesma comunidade de até quarenta indivíduos, que contêm vários machos adultos.
Diferentemente dos babuínos estes animais nunca deslocam-se juntos como uma unidade. A principal evidência desta estrutura vem do fato de que em qualquer área ocorre o mesmo com os animais que formariam as comunidade vizinhas. Acredita-se que cada comunidade tenha uma área de moradia de dez a vinte km2; algumas partes desta área são defendidas através de conflitos sangrentos e até fatais, particularmente entre os machos. Dentro da área de moradia cada macho ou fêmea tem suas áreas prediletas que são defendidas por seus donos.
Um macho pode monopolizar uma fêmea no cio, mas a associação de casais por longos períodos não existe, sendo a promiscuidade uma regra. Os animais constroem ninhos nos quais passam as noites, mas têm uma base permanente; dessa forma as mães carregam os filhos continuamente; o contato mãe-filho não é interrompido durante pelo menos os primeiros três meses de vida do filhote. O período em que o filho depende da mãe é extraordinário; a amamentação prolonga-se até o filhote ter três ou mesmo quatro anos e meio.
Por isto, estes animais são passíveis de manutenção em cativeiro, individualmente, ao contrário de um inseto que nas mesmas condições de isolamento de sua colônia morreria em algumas horas, desde que desprovido da ambientação e de elementos que ajudam a manter o seu metabolismo, alimentação e proteção de seu habitat natural, pois a sua estrutura fisiológica não está preparada para prover-lhe os meios e os recursos de que necessitaria para a sua própria subsistência; à medida que outras funções orgânicas fossem sendo incorporadas ao seu sistema orgânico a sua complexidade consequentemente iria aumentar, e também o seu porte físico: então deixaria de ser um inseto.
Assim vimos nascer o conceito de sociedade, da cooperação dos indivíduos, da agregação sem cooperação, da colônia onde há interação física entre os indivíduos, dos grupos ocasionais, das populações contemporâneas da mesma espécie, a necessidade de comunicação alterando os padrões de comportamento entre os organismos, a necessidade de coordenação e hierarquia.
Uma outra lição da natureza é que na guerra da sobrevivência ou da conquista do território vale o maior número de indivíduos, senão vejamos: a abelha possui uma estrutura fisiológica e um porte relativamente simples, se comparada com um mamífero, que é altamente complexo, e avantajado; isto nos leva à questão; valeria a pena ser auto-suficiente?
Na verdade o problema passa a ser: como reunir indivíduos sofisticados, quase autônomos para um trabalho organizado cooperativamente? Ou, através da subordinação? Se tal puder ser conseguido, então estaremos muito perto daquele modelo ideal espreitado pela evolução das espécies; em que pese ser o egoísmo um comportamento verificado freqüentemente em muitas espécies, produzindo o comportamento típico dos indivíduos solitários, esta é uma forma muito poderosa e indissociável dos seres animais superiores.
Seria então o altruísmo o oposto da auto-suficiência? Podemos dizer que o altruísmo seria o ponto máximo de integração do indivíduo com o grupo e, que no seu grau máximo, pode chegar à simbiose. O altruísmo, neste caso, é o egoísmo em grupo, que passa assim, o grupo, a exercer a função de indivíduo, e, neste caso, o egoísmo stricto sensu seria um desvio social do indivíduo em relação ao grupo, caracterizando o indivíduo solitário um desajustado social.
Este acaso e outros mais informam-nos com é importante a vida comunitária e nos dão valiosas informações sobre o relacionamento entre seres vivos, os seus variados tipos de interações e formas de organização, mostrando a riqueza de soluções que a natureza dispõe e exibe em cada caso, buscando a solução para o mesmo problema que é o da organização do sistema de divisão do trabalho social ao nível ecológico, sendo que em alguns casos pode-se mesmo notar uma forte semelhança com algumas formas de organização de distintas civilizações humanas, através da História, nas várias culturas e etnias espalhadas pelos continentes.
Sistemismo prólogo e introdução
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Sistemismo:
INTRODUÇÃO
A idéia de conglobalismo nasceu inspirada nos estudos de Immanuel Wallerstein, apresentados em 1970, cuja teoria tentava explicar a origem do capitalismo da revolução industrial e as relações complexas dos países centrais, das periferia e semiperiferia.
Diz-se que, na Europa do Oeste, há cerca de 500 anos, surgiu o Sistema Mundial (World System) baseado na rede de comércio onde a acumulação de capital incrementou as disputas por trabalho, matérias-primas e mercados, o que causou sucessivas crises de superprodução, chamadas ciclos ou tendências, respectivamente por Kondratieff e Simmiand.
A existência de uma rede de trocas mercantis e de serviços espalhada pelos continentes, sob estados nacionais, com os seus interesses comerciais e nacionais expôs os teóricos dos sistemas políticos, econômicos e sociais ao desafio de compreender o novo fenômeno, dando-nos um grande número de ensaios teóricos a respeito deste tema, tanto no modelo analítico, como no modelo holístico (submacro).
Este trabalho enfoca o aspecto holístico do problema dos sistemas mundiais, ao qual deu-se o nome de Conglobalismo (o autor). O que se propõe é que o ponto de partida seja o que Cournot, em seu Recherches sur les principes mathématique de la théorie des richesses, publicado em 1838, propôs num problema no qual:
Sistemismo:
INTRODUÇÃO
A idéia de conglobalismo nasceu inspirada nos estudos de Immanuel Wallerstein, apresentados em 1970, cuja teoria tentava explicar a origem do capitalismo da revolução industrial e as relações complexas dos países centrais, das periferia e semiperiferia.
Diz-se que, na Europa do Oeste, há cerca de 500 anos, surgiu o Sistema Mundial (World System) baseado na rede de comércio onde a acumulação de capital incrementou as disputas por trabalho, matérias-primas e mercados, o que causou sucessivas crises de superprodução, chamadas ciclos ou tendências, respectivamente por Kondratieff e Simmiand.
A existência de uma rede de trocas mercantis e de serviços espalhada pelos continentes, sob estados nacionais, com os seus interesses comerciais e nacionais expôs os teóricos dos sistemas políticos, econômicos e sociais ao desafio de compreender o novo fenômeno, dando-nos um grande número de ensaios teóricos a respeito deste tema, tanto no modelo analítico, como no modelo holístico (submacro).
Este trabalho enfoca o aspecto holístico do problema dos sistemas mundiais, ao qual deu-se o nome de Conglobalismo (o autor). O que se propõe é que o ponto de partida seja o que Cournot, em seu Recherches sur les principes mathématique de la théorie des richesses, publicado em 1838, propôs num problema no qual:
Sistemismo, Societarismo e Conglobado
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Sistemismo, Societarismo e Conglobado
MANIFESTO SOCIETARISTA
A relatividade do certo e do errado, do legal e do ilegal, do ético e do amoral são metástases da intangibilidade do absoluto transmutando a concretude do relativo, epifenômeno de modernidade que transcende à mesquinhez do mercantilismo no qual a propriedade privada é eximida de função social, suscitando o desfecho inelutável da competição de mercado da qual o monopólio é imanente.
Nós brasileiros deveríamos cultivar a virtude da moderação entre os extremos patrimonialismo feudal, travestido da modernidade do clientelismo, e o sectarismo classista e ideológico na relação com o poder, pois que o poder não é doado nem recebido como uma dádiva: ou se conquista ou se herda.
Em sendo a inflação a sinestesia da luta pela maior fatia possível de poder, somente o poder maior, o executivo, pode equacioná-la em sinergia com todo o povo brasileiro.
Sistemismo, Societarismo e Conglobado
MANIFESTO SOCIETARISTA
A relatividade do certo e do errado, do legal e do ilegal, do ético e do amoral são metástases da intangibilidade do absoluto transmutando a concretude do relativo, epifenômeno de modernidade que transcende à mesquinhez do mercantilismo no qual a propriedade privada é eximida de função social, suscitando o desfecho inelutável da competição de mercado da qual o monopólio é imanente.
Nós brasileiros deveríamos cultivar a virtude da moderação entre os extremos patrimonialismo feudal, travestido da modernidade do clientelismo, e o sectarismo classista e ideológico na relação com o poder, pois que o poder não é doado nem recebido como uma dádiva: ou se conquista ou se herda.
Em sendo a inflação a sinestesia da luta pela maior fatia possível de poder, somente o poder maior, o executivo, pode equacioná-la em sinergia com todo o povo brasileiro.
Minhas Poesias e Poemas
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Minhas Poesias e Poemas
0 - NINI
Promessa ferindo o ar
Faz meu coração mudar de cor
Repica o sino matinal
Minhas Poesias e Poemas
0 - NINI
Promessa ferindo o ar
Faz meu coração mudar de cor
Repica o sino matinal
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Alimentos: fim da Era dos alimentos baratos. (Ecoinocentes, ecólatras, ecoterroristas)
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Os eco inocentes
Não existe a sustentabilidade na Agricultura.
As florestas e a agricultura humana consomem nutrientes e reduzem o estoque de nutrientes do solo indistintamente.
Muitas vezes eco inocentes úteis são instrumentalizados através de uma eco onda de eco fábulas que se espalham por todos os lugares onde pode vicejar eco ilusões sobre supostos inimigos da natureza.
Então são disseminados eco alarmes falsos pelos eco próceres sobre eco catástrofes que se anunciam iminentes sobre o pseudo eco equilíbrio natural ameaçado por alguma intervenção humana sobre o meioambiente terrestre.
Eco debilóides completamente estranhos à ciência biológica espalharam eco bobagens iludindo e aumentando o grau de eco pânico entre os desavisados, criando uma legião de eco-lófobos, eco picaretas e ecoterroristas em todo o mundo, principalmente entre artistas decadentes, jovens eco ingênuos e pessoas ávidas por participarem de algo realmente relevante. Mas o resultado deste processo de eco recrutamento e eco arregimentação de eco militantes foi a criação de uma legião de ecólatras liderados pelos ecocêntricos que desprezam a raça humana.
Aonde querem chegar com a sua pregação eco alarmista, sobretudo contra os produtores de alimentos e sobre a produção de energia?
São estes os insumos mais importantes, depois do oxigênio, para a vida humana na Terra.
O que significa a sustentabilidade?
Há cerca de 580 milhões de anos surgiam os primeiros seres vegetais. Eram produtores, isto é: produziam o seu próprio alimento, produziam matéria carbônica, produziam oxigênio e eram autótrofos.
Antes disso a Terra era um esferóide quente, liso e estéril, porque não havia solo, nutrientes e seres vivos.
Existiam quatro continentes no Cambriano, três pequenos mais ou menos na região entre os trópicos: Laurentia (parte central da América do Norte), Báltica (parte da Europa) e Sibéria (mesma região no oeste russo); e um supercontinente no sul: Gondwana.
Todos esses continentes eram de simples rocha nua e estéril, já que neste período ainda não existiam plantas, ainda que alguns especialistas acreditem que nas regiões mais úmidas poderia crescer um manto composto de fungos, algas e líquens.
Os climas do mundo eram bem mais quentes; não havia nenhuma glaciação. A maior parte dos continentes se colocavam nas latitudes tropicais e temperadas do sul, que suportaram o crescimento de recifes extensivos de espécies do grupo Archaeocyatha na água rasa no Cambriano Inferior.
O hemisfério norte era quase totalmente coberto por um oceano colossal, ao qual os paleontólogos deram o nome de Panthalassa. Também havia oceanos menores separando os continentes no hemisfério sul.
Autotrofismo ou autotrofia (grego trofein, alimentar-se), em biologia, é o nome dado à qualidade do ser vivo de produzir seu próprio alimento a partir da fixação de dióxido de carbono, por meio de fotossíntese ou quimiossíntese. É o oposto de heterotrofismo. Os seres vivos com essa característica são chamados de autótrofos ou autotróficos.
Estão entre eles bactérias (Cyanobacteria), protistas (algas), e algumas plantas. Os animais e os fungos são heterótrofos.
Os líquens são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou cianobactéria (o fotobionte). Alguns taxonomistas classificam os líquens na sua própria divisão (Mycophycophyta), mas isto ignora o fato de que os componentes pertencem a linhagens separadas.
Por outro lado o fungo é o componente dominante do talo do líquen e são usualmente classificados como fungos. Podem ser encontrados nos mais diversos habitats, de geleiras, rochas, árvores, folhas, desertos e são excelentes colonizadores primários. São geralmente estudados pelos botânicos, apesar de não serem verdadeiras plantas.
Vale destacar que segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica o termo Líquens ou Líquenes está em desuso, sendo mais adequado o termo Fungos Liquenizados.
Os musgos são representantes do grupo das briófitas e como tal são desprovidos de vasos de condução e tecidos. São constituídos por caulóides, rizóides e filóides. São plantas criptógamas, isto é, que possui o órgão reprodutor escondido, ou que não possuem flores. Preferem viver em lugares úmidos (são dependentes da água para a reprodução, cuja fase dominante é a gametofítica), e preferem lugares com sombra (umbrófitas). Geralmente atingem poucos centímetros de altura justamente por não possuírem vasos de condução de seiva.
Líquen – é formado por um fungo (responsável pela sua estrutura, obtenção de água e sais minerais, além de proteger o líquen dos raios solares) e por uma alga (que forma uma camada paralela à superfície superior e metaboliza os carboidratos). O líquen prolifera nos substratos mais variados: rochas, solo, casca de árvores e madeira. Vivem em ambientes onde nem fungos, nem algas sobreviveriam, tolerando condições climáticas extremas (de –196°C a 60°C). Apesar disso são sensíveis à poluição, não se desenvolvendo em cidades.
Musgo – Através da meiose, surgem os esporos que germinam formando novas plantas. Podem ser rizóides, filóides ou caulóides. Pode originar partes filamentosas ou ramificadas. Às vezes confundido com os liquens, são plantas briófitas, vivendo em ambientes úmidos e até sob imersão.
Foram estes seres toscos, rústicos e simples que prepararam o solo e o ar da atmosfera para o surgimento das plantas heterotróficas, briófitas, pteridófitas modernas.
Seres Heterótrofos são os seres vivos que para conseguir o seu alimento precisam consumir outro ser vivo. Por isso, os heterótrofos são consumidores, pois apenas consomem a energia e a matéria orgânica de outro ser vivo. Todos os animais, algumas bactérias, os protozoários e os fungos são heterótrofos.
Portanto, foram os seres vivos primários que prepararam a Terra desbastando as rochas, fixando o carbono mineral, no solo, produzindo o oxigênio e acumulando fertilizantes no solo para as plantas modernas consumirem este estoque disponível em solos cobertos por densas florestas durante cerca de 160 milhões de anos, formando este estoque de solo fértil para as plantas e animais heterotróficos.
Estas florestas modernas tropicais, savanas, cerrados, a agricultura estão consumindo, da mesma forma que as plantations, os suprimentos e estoques acumulados no solo fértil pelos liquens, musgos e fungos durante 160 milhões de anos.
Significa que a reposição dos nutrientes e matérias férteis do solo é apenas feita parcialmente pela tal agricultura de sustentabilidade, que é a reciclagem de uma fração deste estoque de nutrientes que estão fixados nas plantas heterótrofas.
Uma grande parte deste material fixado nas plantas se perde naturalmente, não podendo voltar ao solo como nutriente ou matéria prima.
Esta equação produtores-consumidores tende a ser negativa por causa da diminuição dos produtores autrótofos, e pelo aumento dos consumidores heterótrofos.
É claro que o aumento do consumo humano interfere no esgotamento dos nutrientes do solo, mas enquanto houver vegetal consumidor heterotrófico, seja uma floresta tropical, savana, cerrado ou qualquer vegetal heterótrofo indistintamente, o processo de desgaste e consumo do estoque acumulado de solo e no solo de nutrientes pelos líquens, cianobactérias, algas e fungos há 580 milhões de anos irá esgotar-se por que a sua reposição atual é mais lenta do que a taxa de consumo do estoque de nutrientes do solo que permitiu a expansão dos vegetais superiores heterótrofos nestes 420 milhões de anos.
São estes os insumos mais importantes, depois do oxigênio, para a vida humana na Terra.
Sabemos que os eco fanáticos e eco misantropos já escolheram quem preferem salvar de uma pseudo eco catástrofe: os animais e os vegetais. O ser humano não merece estar aqui, segundo suas eco prioridades.
Antes de 1973 o preço do barril do petróleo era de cerca de US $ 0,80 para 158 litros de petróleo bruto. Em uma tacada, por motivos não conexos, os produtores árabes da OPEP fizeram o preço disparar para os atuais US $ 100,00 o barril de 158 litros de petróleo bruto.
O preço do minério de ferro estava sendo oferecido até o ano de 2004 por cerca de R$ 20,97 a tonelada. Em uma penada a direção da Empresa Vale fez o mesmo preço do minério de ferro saltar para cerca de R$ 280,00 a tonelada bruta.
Para se produzirem 30 litros de leite uma vaca precisa beber cerca de 50 litros de água diariamente, consumir cerca de 30 kg de capim. Isto significa que entre a irrigação e o consumo indireto de água cada vaca precisa de cerca de 80 litros de água diariamente. Cada kilograma de carne bovina consome cerca de 15 mil litros de água.
O produtor de leite corre todos os riscos possíveis, desde a febre Aftosa, carrapato, seca, morte por acidente, despesas diretas e indiretas com remédios, vacinas e mão-de-obra, cuidados veterinários, entre outros não mencionados.
Basta uma penada e um dia veremos, com toda a certeza, o litro do leite saltar para R$ 50,00 ao invés dos R$ 2,00 atuais.
O kilograma de carne de primeira saltará para R$ 200,00 o quilograma, e nunca mais regredirá aos atuais R$ 20,00, sendo que a diferenciação entre cortes tenderá a desaparecer, por que os riscos e os custos de produção somados aos argumentos mencionados indicam que isto virá em breve.
Quais os argumentos para que não houvesse resistência ao aumento súbito dos preços petróleo e do minério de ferro? É por que não existe a possibilidade de duas safras de petróleo e do minério de ferro. Mas, por outro lado, o estoque de solo e de nutrientes também está se esgotando lentamente desde a sua acumulação quando não existiam ainda as plantas na Terra há 580 milhões de anos.
Quanto ao leite e a carne a razão para isto é que os produtores de carne e leite não se deram conta de que a sua atividade é altamente arriscada, penosa, mal remunerada e o seu produto não tem substituto, é altamente perecível, delicado e sujeito ao crivo de suas características organolépticas.
Os caipiras são ridicularizados por quê a sua remuneração não permite que saiam do estágio do Jeca Tatu. São os Mazzaropis folclóricos pela sua indigência material, social e intelectual. Vivem na pobreza extrema e não têm consciência da alienação a que estão submetidos pelo sistema de produção agrícola.
Não fazem idéia de que a sua remuneração pelo seu trabalho, a garantia e o seguro pelos riscos permanentes e contínuos que correm em suas atividades mal cobrem a sua mera sobrevivência.
Não são compensados pela periculosidade, pela insalubridade, pela informalidade, pelo excesso de horas extras não ou mal remuneradas ou reconhecidas, pelo alerta permanente do plantão meteorológico, pela dedicação total, pela sua experiência.
Ficam sujeitos aos caprichos da natureza selvagem que é amoral, impiedosa, inconseqüente, indecifrável, incognoscível, indiferente e mortal.
As suas mãos, pés, pele sofrem um desgaste para o qual os animais do campo receberam o couro natural para protegê-lo das intempéries, que mal o homem consegue imitar para protegê-lo.
De que adianta todos os cuidados nos restaurantes, principalmente aqueles finos delicados de alto status, da cozinha gourmet, se todos os cuidados com a higiene dos funcionários que possuem ficha e carteira de saúde, usam gorros, aventais limpíssimos, cozinha esterilizada, talheres, pratos e utensílios limpos, lavados, esterilizados, se os alimentos que ali entram foram produzidos, colhidos e transportados por agricultores que sequer têm sanitários para fezes humanas, não higienizam as mãos depois de tocarem em coisas impuras e indizíveis, caminham descalços ou mal vestidos, misturados às fezes e excrementos de animais, restos de plantas mortas e podres, terra, água muitas vezes impróprias para a irrigação, estábulos e animais misturados aos depósitos e estações de preparação e acondicionamento para embarque de alimentos.
São agricultores, que ao contrário dos cozinheiros dos restaurantes sofisticados, não usam gorro para proteger os alimentos dos cabelos, não possuem cartão de controle de saúde, não fazem exames periódicos de saúde, podem estar com lepra, tuberculose, gripados, asmáticos, tossindo, espirrando e cospindo sobre os alimentos e seus recipientes de transporte, moram em lugares que não possuem torneiras, pias, vasos sanitários, sem sistema de coleta de esgoto animal e humano, o mesmo pode-se dizer dos pescadores arriscando as suas vidas em embarcações toscas, manipulando peixes que não foram vacinados, que passam por conveses imundos, misturados a trabalhadores fumando cigarros, cigarrilhas, cigarros de palha, cachimbos, charutos.
Este é o preço baixo com que remuneramos esta atividade dos coletores e produtores de alimentos, retirando deles qualquer possibilidade de elevarem o nível mínimo de higiene por que os preços dos produtores é muitíssimo baixo. Insuficiente para manter um mínimo padrão de conforto, higiene, estrutura e condições para o exercício mínimo decente das suas tarefas de produtores de alimentos.
Temos que fazer agora uma opção: queremos viver com um mínimo de custos, como os índios ou os africanos, ou queremos o padrão de uma civilização?
A solução não está na produção outra música “We are the world” para ajudar os pobres africanos a produzirem alimentos. A solução é dar aos países e regiões produtoras de alimentos o preço justo. Eles seriam ricos o bastante para não precisarem das músicas de Michael Jackson pedindo à América para salvá-los da fome!
O mercado é uma instituição imperfeita. Sabemos disso. Por causa de certas distorções mercadológicas os oligopsônios de commodities alimentícias internacionais ditaram um patamar para os preços agrícolas aviltando toda a cadeia de produção e suprimentos alimentícios, perpetuando uma cadeia de miséria neste setor da economia e do trabalho.
As alternativas que restam aos agricultores não são muitas para os produtores rurais fugirem dos altos custos e dos altíssimos riscos da sua atividade e dos baixos preços de venda de sua produção: a) Subsídio para a agricultura – proibido pela Organização Mundial do Comércio;
b) Trabalho escravo – um crime contra a humanidade, mas, nem por isso rejeitado;
c) Aviltamento da produção;
d) Uso indiscriminado de defensivo agrícola de alto impacto ambiental e extremamente pernicioso às saúdes: animal e humana;
e) Plantations, devastando gigantescas áreas inclusive com a monocultura;
f) Exploração e precarização dos trabalhadores rurais através de salários in natura ou baixíssima remuneração financeira, benefícios indiretos (casa, residência precária, divisão dos lucros ou das culturas, rateio das despesas e dos custos de subsistência familiar);
g) Contrato perpétuo através do endividamento crescente dos empregados escravizados.
Então, chegará o dia em que o sonho de deixar o campo e vir para os confortos da cidade, onde ele não mais precisará fazer quase tudo, onde tem tudo à mão, desde o pão do café pronto para ser adquirido na padaria ali na esquina, as ferramentas e peças de reposição, os médicos, os especialistas ao seu dispor, as oficinas e todos os profissionais de todo gênero ali a alguns kilômetros será coisa do passado.
Não é assim no campo atualmente. O primeiro socorro não existe. Tem que ser ele próprio o médico, o parteiro, o veterinário, o socorrista, o bombeiro, o carpinteiro, o ferreiro, o motorista, o tratorista, o engenheiro, o armeiro, enfim o homem do campo tem de ser o faz tudo autossuficiente, como fora os seus ancestrais Neandertais das cavernas.
Não pode contar com os recursos da sociedade moderna e afluente. Não tem a companhia de outros humanos em seu isolamento voluntário da humanidade, na solidão da natureza.
E ainda é muito mal remunerado e recompensado por isso. Não existe um monumento na cidade reconhecendo o seu sacrifício para dar o alimento para a humanidade.
A realidade é que estamos nos alimentando à custa da miséria do trabalhador rural. Assim como teve um dia o fim da escravidão negra, com certeza o dia final do fim da exploração da mão-de-obra do campo vai chegar com ou sem revolução. Esta era de privilégios da vida na cidade será somente coisa do passado. Não existem mais as condições objetivas, subjetivas e materiais para se postergar a revolução no campo. Por que nós da cidade dependemos deles; atualmente parece o contrário. É um absurdo insustentável.
Os alimentos hoje ocupam uma parcela insignificante do rendimento e das despesas das pessoas. Mas isto vai mudar em futuro certo. No futuro os alimentos serão a mais importante despesa do ser humano. Comer e se alimentar será um privilégio para quem puder pagar por isto.
Assim como o mundo reconheceu e aceitou sem embargo os saltos que nivelaram os preços do petróleo e do minério de ferro à sua verdadeira dimensão em importância destes insumos menos importantes do que os alimentos, que não são meras comodidades industriais. O mesmo acontecerá aos preços dos alimentos. Atualmente os alimentos estão sendo tratados pelos seres humanos em CEASAs sujas, transportados em caixotes precários, sendo rejeitados para consumo muitas vezes por causa de seu aspecto estático feio embora apto para consumo.
Mas isto irá mudar radicalmente e os eco inocentes e eco inconsequentes terão colaborado definitivamente para esta escalada irreversível da nova recolocação dos preços daquilo que é o principal insumo da humanidade, embora ainda não reconhecido, deixando para trás na lista de produtos importantes; o computador, o celular, o tablet, o automóvel, o ouro, as obras de arte, o lazer, a energia, o petróleo, enfim o alimento irá receber das pessoas o devido valor, onde teremos os melhores cuidados com eles, acondicionando-os e transportando os alimentos em recipientes totalmente estabilizados, esterilizados, blindados, protegidos, bem acomodados por que a sua manipulação e custos exigirá profissionais da mais alta competência e conhecimento técnico, para proteger a mercadoria mais importante da civilização humana.
O agricultor obterá o status de mais alta importância dentre todas as profissões. O meteorologista será o profissional mais respeitado do que o Papa, do que os dirigentes, magistrados, professores, policiais e militares. É da sua palavra que dependerá a sorte do enorme risco a que o produtor rural hoje arca solitariamente sem ser reconhecido pelos analistas de riscos desta que é a atividade mais arriscada de todas as aventuras humanas que é lutar contra a natureza em sua força destrutiva e totalmente tirana.
Será esta uma nova era onde os outrora países e continentes produtores de alimentos considerados atrasados, subdesenvolvidos, produtores primários: África, Ásia, América Latina, Austrália, e os continentes e os países com extensa área territorial agricultáveis, as atividades agropecuárias serão reconhecidos verdadeiramente como as atividades econômicas, sociais mais importantes, e não mais as atuais atividades industriais dos países e continentes produtores de quinquilharias efêmeras e supérfluas, supervalorizadas como o Faceboock, X-box e outras dezenas de coisas completamente dispensáveis que substituíram indevidamente aquilo que deveria ser o maior empreendimento humano: a sua sobrevivência material.
Os eco iludidos com toda a sua eco arrogância serão calados pela realidade e os eco terroristas serão os inimigos mais rejeitados dentre todas as categorias mais baixas dos delinqüentes da sociedade, muito mais abaixo que os traficantes de órgãos e de entorpecentes, serão mais odiados que os traficantes de escravas sexuais, do que os pedófilos, mais desprezados que os estupradores, ladrões e corruptos.
http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2012/06/sustentabilidade-agricola-e-possivel.html
http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2011/07/roberto-da-silva-rocha-professor.html
Os eco inocentes
Não existe a sustentabilidade na Agricultura.
As florestas e a agricultura humana consomem nutrientes e reduzem o estoque de nutrientes do solo indistintamente.
Muitas vezes eco inocentes úteis são instrumentalizados através de uma eco onda de eco fábulas que se espalham por todos os lugares onde pode vicejar eco ilusões sobre supostos inimigos da natureza.
Então são disseminados eco alarmes falsos pelos eco próceres sobre eco catástrofes que se anunciam iminentes sobre o pseudo eco equilíbrio natural ameaçado por alguma intervenção humana sobre o meioambiente terrestre.
Eco debilóides completamente estranhos à ciência biológica espalharam eco bobagens iludindo e aumentando o grau de eco pânico entre os desavisados, criando uma legião de eco-lófobos, eco picaretas e ecoterroristas em todo o mundo, principalmente entre artistas decadentes, jovens eco ingênuos e pessoas ávidas por participarem de algo realmente relevante. Mas o resultado deste processo de eco recrutamento e eco arregimentação de eco militantes foi a criação de uma legião de ecólatras liderados pelos ecocêntricos que desprezam a raça humana.
Aonde querem chegar com a sua pregação eco alarmista, sobretudo contra os produtores de alimentos e sobre a produção de energia?
São estes os insumos mais importantes, depois do oxigênio, para a vida humana na Terra.
O que significa a sustentabilidade?
Há cerca de 580 milhões de anos surgiam os primeiros seres vegetais. Eram produtores, isto é: produziam o seu próprio alimento, produziam matéria carbônica, produziam oxigênio e eram autótrofos.
Antes disso a Terra era um esferóide quente, liso e estéril, porque não havia solo, nutrientes e seres vivos.
Existiam quatro continentes no Cambriano, três pequenos mais ou menos na região entre os trópicos: Laurentia (parte central da América do Norte), Báltica (parte da Europa) e Sibéria (mesma região no oeste russo); e um supercontinente no sul: Gondwana.
Todos esses continentes eram de simples rocha nua e estéril, já que neste período ainda não existiam plantas, ainda que alguns especialistas acreditem que nas regiões mais úmidas poderia crescer um manto composto de fungos, algas e líquens.
Os climas do mundo eram bem mais quentes; não havia nenhuma glaciação. A maior parte dos continentes se colocavam nas latitudes tropicais e temperadas do sul, que suportaram o crescimento de recifes extensivos de espécies do grupo Archaeocyatha na água rasa no Cambriano Inferior.
O hemisfério norte era quase totalmente coberto por um oceano colossal, ao qual os paleontólogos deram o nome de Panthalassa. Também havia oceanos menores separando os continentes no hemisfério sul.
Autotrofismo ou autotrofia (grego trofein, alimentar-se), em biologia, é o nome dado à qualidade do ser vivo de produzir seu próprio alimento a partir da fixação de dióxido de carbono, por meio de fotossíntese ou quimiossíntese. É o oposto de heterotrofismo. Os seres vivos com essa característica são chamados de autótrofos ou autotróficos.
Estão entre eles bactérias (Cyanobacteria), protistas (algas), e algumas plantas. Os animais e os fungos são heterótrofos.
Os líquens são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou cianobactéria (o fotobionte). Alguns taxonomistas classificam os líquens na sua própria divisão (Mycophycophyta), mas isto ignora o fato de que os componentes pertencem a linhagens separadas.
Por outro lado o fungo é o componente dominante do talo do líquen e são usualmente classificados como fungos. Podem ser encontrados nos mais diversos habitats, de geleiras, rochas, árvores, folhas, desertos e são excelentes colonizadores primários. São geralmente estudados pelos botânicos, apesar de não serem verdadeiras plantas.
Vale destacar que segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica o termo Líquens ou Líquenes está em desuso, sendo mais adequado o termo Fungos Liquenizados.
Os musgos são representantes do grupo das briófitas e como tal são desprovidos de vasos de condução e tecidos. São constituídos por caulóides, rizóides e filóides. São plantas criptógamas, isto é, que possui o órgão reprodutor escondido, ou que não possuem flores. Preferem viver em lugares úmidos (são dependentes da água para a reprodução, cuja fase dominante é a gametofítica), e preferem lugares com sombra (umbrófitas). Geralmente atingem poucos centímetros de altura justamente por não possuírem vasos de condução de seiva.
Líquen – é formado por um fungo (responsável pela sua estrutura, obtenção de água e sais minerais, além de proteger o líquen dos raios solares) e por uma alga (que forma uma camada paralela à superfície superior e metaboliza os carboidratos). O líquen prolifera nos substratos mais variados: rochas, solo, casca de árvores e madeira. Vivem em ambientes onde nem fungos, nem algas sobreviveriam, tolerando condições climáticas extremas (de –196°C a 60°C). Apesar disso são sensíveis à poluição, não se desenvolvendo em cidades.
Musgo – Através da meiose, surgem os esporos que germinam formando novas plantas. Podem ser rizóides, filóides ou caulóides. Pode originar partes filamentosas ou ramificadas. Às vezes confundido com os liquens, são plantas briófitas, vivendo em ambientes úmidos e até sob imersão.
Foram estes seres toscos, rústicos e simples que prepararam o solo e o ar da atmosfera para o surgimento das plantas heterotróficas, briófitas, pteridófitas modernas.
Seres Heterótrofos são os seres vivos que para conseguir o seu alimento precisam consumir outro ser vivo. Por isso, os heterótrofos são consumidores, pois apenas consomem a energia e a matéria orgânica de outro ser vivo. Todos os animais, algumas bactérias, os protozoários e os fungos são heterótrofos.
Portanto, foram os seres vivos primários que prepararam a Terra desbastando as rochas, fixando o carbono mineral, no solo, produzindo o oxigênio e acumulando fertilizantes no solo para as plantas modernas consumirem este estoque disponível em solos cobertos por densas florestas durante cerca de 160 milhões de anos, formando este estoque de solo fértil para as plantas e animais heterotróficos.
Estas florestas modernas tropicais, savanas, cerrados, a agricultura estão consumindo, da mesma forma que as plantations, os suprimentos e estoques acumulados no solo fértil pelos liquens, musgos e fungos durante 160 milhões de anos.
Significa que a reposição dos nutrientes e matérias férteis do solo é apenas feita parcialmente pela tal agricultura de sustentabilidade, que é a reciclagem de uma fração deste estoque de nutrientes que estão fixados nas plantas heterótrofas.
Uma grande parte deste material fixado nas plantas se perde naturalmente, não podendo voltar ao solo como nutriente ou matéria prima.
Esta equação produtores-consumidores tende a ser negativa por causa da diminuição dos produtores autrótofos, e pelo aumento dos consumidores heterótrofos.
É claro que o aumento do consumo humano interfere no esgotamento dos nutrientes do solo, mas enquanto houver vegetal consumidor heterotrófico, seja uma floresta tropical, savana, cerrado ou qualquer vegetal heterótrofo indistintamente, o processo de desgaste e consumo do estoque acumulado de solo e no solo de nutrientes pelos líquens, cianobactérias, algas e fungos há 580 milhões de anos irá esgotar-se por que a sua reposição atual é mais lenta do que a taxa de consumo do estoque de nutrientes do solo que permitiu a expansão dos vegetais superiores heterótrofos nestes 420 milhões de anos.
São estes os insumos mais importantes, depois do oxigênio, para a vida humana na Terra.
Sabemos que os eco fanáticos e eco misantropos já escolheram quem preferem salvar de uma pseudo eco catástrofe: os animais e os vegetais. O ser humano não merece estar aqui, segundo suas eco prioridades.
Antes de 1973 o preço do barril do petróleo era de cerca de US $ 0,80 para 158 litros de petróleo bruto. Em uma tacada, por motivos não conexos, os produtores árabes da OPEP fizeram o preço disparar para os atuais US $ 100,00 o barril de 158 litros de petróleo bruto.
O preço do minério de ferro estava sendo oferecido até o ano de 2004 por cerca de R$ 20,97 a tonelada. Em uma penada a direção da Empresa Vale fez o mesmo preço do minério de ferro saltar para cerca de R$ 280,00 a tonelada bruta.
Para se produzirem 30 litros de leite uma vaca precisa beber cerca de 50 litros de água diariamente, consumir cerca de 30 kg de capim. Isto significa que entre a irrigação e o consumo indireto de água cada vaca precisa de cerca de 80 litros de água diariamente. Cada kilograma de carne bovina consome cerca de 15 mil litros de água.
O produtor de leite corre todos os riscos possíveis, desde a febre Aftosa, carrapato, seca, morte por acidente, despesas diretas e indiretas com remédios, vacinas e mão-de-obra, cuidados veterinários, entre outros não mencionados.
Basta uma penada e um dia veremos, com toda a certeza, o litro do leite saltar para R$ 50,00 ao invés dos R$ 2,00 atuais.
O kilograma de carne de primeira saltará para R$ 200,00 o quilograma, e nunca mais regredirá aos atuais R$ 20,00, sendo que a diferenciação entre cortes tenderá a desaparecer, por que os riscos e os custos de produção somados aos argumentos mencionados indicam que isto virá em breve.
Quais os argumentos para que não houvesse resistência ao aumento súbito dos preços petróleo e do minério de ferro? É por que não existe a possibilidade de duas safras de petróleo e do minério de ferro. Mas, por outro lado, o estoque de solo e de nutrientes também está se esgotando lentamente desde a sua acumulação quando não existiam ainda as plantas na Terra há 580 milhões de anos.
Quanto ao leite e a carne a razão para isto é que os produtores de carne e leite não se deram conta de que a sua atividade é altamente arriscada, penosa, mal remunerada e o seu produto não tem substituto, é altamente perecível, delicado e sujeito ao crivo de suas características organolépticas.
Os caipiras são ridicularizados por quê a sua remuneração não permite que saiam do estágio do Jeca Tatu. São os Mazzaropis folclóricos pela sua indigência material, social e intelectual. Vivem na pobreza extrema e não têm consciência da alienação a que estão submetidos pelo sistema de produção agrícola.
Não fazem idéia de que a sua remuneração pelo seu trabalho, a garantia e o seguro pelos riscos permanentes e contínuos que correm em suas atividades mal cobrem a sua mera sobrevivência.
Não são compensados pela periculosidade, pela insalubridade, pela informalidade, pelo excesso de horas extras não ou mal remuneradas ou reconhecidas, pelo alerta permanente do plantão meteorológico, pela dedicação total, pela sua experiência.
Ficam sujeitos aos caprichos da natureza selvagem que é amoral, impiedosa, inconseqüente, indecifrável, incognoscível, indiferente e mortal.
As suas mãos, pés, pele sofrem um desgaste para o qual os animais do campo receberam o couro natural para protegê-lo das intempéries, que mal o homem consegue imitar para protegê-lo.
De que adianta todos os cuidados nos restaurantes, principalmente aqueles finos delicados de alto status, da cozinha gourmet, se todos os cuidados com a higiene dos funcionários que possuem ficha e carteira de saúde, usam gorros, aventais limpíssimos, cozinha esterilizada, talheres, pratos e utensílios limpos, lavados, esterilizados, se os alimentos que ali entram foram produzidos, colhidos e transportados por agricultores que sequer têm sanitários para fezes humanas, não higienizam as mãos depois de tocarem em coisas impuras e indizíveis, caminham descalços ou mal vestidos, misturados às fezes e excrementos de animais, restos de plantas mortas e podres, terra, água muitas vezes impróprias para a irrigação, estábulos e animais misturados aos depósitos e estações de preparação e acondicionamento para embarque de alimentos.
São agricultores, que ao contrário dos cozinheiros dos restaurantes sofisticados, não usam gorro para proteger os alimentos dos cabelos, não possuem cartão de controle de saúde, não fazem exames periódicos de saúde, podem estar com lepra, tuberculose, gripados, asmáticos, tossindo, espirrando e cospindo sobre os alimentos e seus recipientes de transporte, moram em lugares que não possuem torneiras, pias, vasos sanitários, sem sistema de coleta de esgoto animal e humano, o mesmo pode-se dizer dos pescadores arriscando as suas vidas em embarcações toscas, manipulando peixes que não foram vacinados, que passam por conveses imundos, misturados a trabalhadores fumando cigarros, cigarrilhas, cigarros de palha, cachimbos, charutos.
Este é o preço baixo com que remuneramos esta atividade dos coletores e produtores de alimentos, retirando deles qualquer possibilidade de elevarem o nível mínimo de higiene por que os preços dos produtores é muitíssimo baixo. Insuficiente para manter um mínimo padrão de conforto, higiene, estrutura e condições para o exercício mínimo decente das suas tarefas de produtores de alimentos.
Temos que fazer agora uma opção: queremos viver com um mínimo de custos, como os índios ou os africanos, ou queremos o padrão de uma civilização?
A solução não está na produção outra música “We are the world” para ajudar os pobres africanos a produzirem alimentos. A solução é dar aos países e regiões produtoras de alimentos o preço justo. Eles seriam ricos o bastante para não precisarem das músicas de Michael Jackson pedindo à América para salvá-los da fome!
O mercado é uma instituição imperfeita. Sabemos disso. Por causa de certas distorções mercadológicas os oligopsônios de commodities alimentícias internacionais ditaram um patamar para os preços agrícolas aviltando toda a cadeia de produção e suprimentos alimentícios, perpetuando uma cadeia de miséria neste setor da economia e do trabalho.
As alternativas que restam aos agricultores não são muitas para os produtores rurais fugirem dos altos custos e dos altíssimos riscos da sua atividade e dos baixos preços de venda de sua produção: a) Subsídio para a agricultura – proibido pela Organização Mundial do Comércio;
b) Trabalho escravo – um crime contra a humanidade, mas, nem por isso rejeitado;
c) Aviltamento da produção;
d) Uso indiscriminado de defensivo agrícola de alto impacto ambiental e extremamente pernicioso às saúdes: animal e humana;
e) Plantations, devastando gigantescas áreas inclusive com a monocultura;
f) Exploração e precarização dos trabalhadores rurais através de salários in natura ou baixíssima remuneração financeira, benefícios indiretos (casa, residência precária, divisão dos lucros ou das culturas, rateio das despesas e dos custos de subsistência familiar);
g) Contrato perpétuo através do endividamento crescente dos empregados escravizados.
Então, chegará o dia em que o sonho de deixar o campo e vir para os confortos da cidade, onde ele não mais precisará fazer quase tudo, onde tem tudo à mão, desde o pão do café pronto para ser adquirido na padaria ali na esquina, as ferramentas e peças de reposição, os médicos, os especialistas ao seu dispor, as oficinas e todos os profissionais de todo gênero ali a alguns kilômetros será coisa do passado.
Não é assim no campo atualmente. O primeiro socorro não existe. Tem que ser ele próprio o médico, o parteiro, o veterinário, o socorrista, o bombeiro, o carpinteiro, o ferreiro, o motorista, o tratorista, o engenheiro, o armeiro, enfim o homem do campo tem de ser o faz tudo autossuficiente, como fora os seus ancestrais Neandertais das cavernas.
Não pode contar com os recursos da sociedade moderna e afluente. Não tem a companhia de outros humanos em seu isolamento voluntário da humanidade, na solidão da natureza.
E ainda é muito mal remunerado e recompensado por isso. Não existe um monumento na cidade reconhecendo o seu sacrifício para dar o alimento para a humanidade.
A realidade é que estamos nos alimentando à custa da miséria do trabalhador rural. Assim como teve um dia o fim da escravidão negra, com certeza o dia final do fim da exploração da mão-de-obra do campo vai chegar com ou sem revolução. Esta era de privilégios da vida na cidade será somente coisa do passado. Não existem mais as condições objetivas, subjetivas e materiais para se postergar a revolução no campo. Por que nós da cidade dependemos deles; atualmente parece o contrário. É um absurdo insustentável.
Os alimentos hoje ocupam uma parcela insignificante do rendimento e das despesas das pessoas. Mas isto vai mudar em futuro certo. No futuro os alimentos serão a mais importante despesa do ser humano. Comer e se alimentar será um privilégio para quem puder pagar por isto.
Assim como o mundo reconheceu e aceitou sem embargo os saltos que nivelaram os preços do petróleo e do minério de ferro à sua verdadeira dimensão em importância destes insumos menos importantes do que os alimentos, que não são meras comodidades industriais. O mesmo acontecerá aos preços dos alimentos. Atualmente os alimentos estão sendo tratados pelos seres humanos em CEASAs sujas, transportados em caixotes precários, sendo rejeitados para consumo muitas vezes por causa de seu aspecto estático feio embora apto para consumo.
Mas isto irá mudar radicalmente e os eco inocentes e eco inconsequentes terão colaborado definitivamente para esta escalada irreversível da nova recolocação dos preços daquilo que é o principal insumo da humanidade, embora ainda não reconhecido, deixando para trás na lista de produtos importantes; o computador, o celular, o tablet, o automóvel, o ouro, as obras de arte, o lazer, a energia, o petróleo, enfim o alimento irá receber das pessoas o devido valor, onde teremos os melhores cuidados com eles, acondicionando-os e transportando os alimentos em recipientes totalmente estabilizados, esterilizados, blindados, protegidos, bem acomodados por que a sua manipulação e custos exigirá profissionais da mais alta competência e conhecimento técnico, para proteger a mercadoria mais importante da civilização humana.
O agricultor obterá o status de mais alta importância dentre todas as profissões. O meteorologista será o profissional mais respeitado do que o Papa, do que os dirigentes, magistrados, professores, policiais e militares. É da sua palavra que dependerá a sorte do enorme risco a que o produtor rural hoje arca solitariamente sem ser reconhecido pelos analistas de riscos desta que é a atividade mais arriscada de todas as aventuras humanas que é lutar contra a natureza em sua força destrutiva e totalmente tirana.
Será esta uma nova era onde os outrora países e continentes produtores de alimentos considerados atrasados, subdesenvolvidos, produtores primários: África, Ásia, América Latina, Austrália, e os continentes e os países com extensa área territorial agricultáveis, as atividades agropecuárias serão reconhecidos verdadeiramente como as atividades econômicas, sociais mais importantes, e não mais as atuais atividades industriais dos países e continentes produtores de quinquilharias efêmeras e supérfluas, supervalorizadas como o Faceboock, X-box e outras dezenas de coisas completamente dispensáveis que substituíram indevidamente aquilo que deveria ser o maior empreendimento humano: a sua sobrevivência material.
Os eco iludidos com toda a sua eco arrogância serão calados pela realidade e os eco terroristas serão os inimigos mais rejeitados dentre todas as categorias mais baixas dos delinqüentes da sociedade, muito mais abaixo que os traficantes de órgãos e de entorpecentes, serão mais odiados que os traficantes de escravas sexuais, do que os pedófilos, mais desprezados que os estupradores, ladrões e corruptos.
http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2012/06/sustentabilidade-agricola-e-possivel.html
http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2011/07/roberto-da-silva-rocha-professor.html
terça-feira, 15 de maio de 2012
Liberdade: O Vai-e-vem No Eterno Retorno (Nietzche)
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
O Vai-e-vem No Eterno Retorno (Nietzche)
[Eterno retorno] é a lei de um mundo sem ser, sem unidade, sem identidade. (Deleuze)
Eterno Retorno é um conceito desenvolvido pelo filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900), considerado por ele próprio um dos seus pensamentos mais aterrorizadores. Foi durante um passeio em 1881 que Nietzsche refletiu sobre os sentidos das vivências em alternâncias que se “repetem”. Embora em várias de suas obras encontremos pistas do que seria o Eterno Retorno, é na sua obra A Gaia Ciência (1882), um dos mais belos livros antes de Nietzsche sofrer das baixas de sua saúde, que ele nos brinda com a idéia mais nítida do que seria esse conceito:
“E
O Vai-e-vem No Eterno Retorno (Nietzche)
[Eterno retorno] é a lei de um mundo sem ser, sem unidade, sem identidade. (Deleuze)
Eterno Retorno é um conceito desenvolvido pelo filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900), considerado por ele próprio um dos seus pensamentos mais aterrorizadores. Foi durante um passeio em 1881 que Nietzsche refletiu sobre os sentidos das vivências em alternâncias que se “repetem”. Embora em várias de suas obras encontremos pistas do que seria o Eterno Retorno, é na sua obra A Gaia Ciência (1882), um dos mais belos livros antes de Nietzsche sofrer das baixas de sua saúde, que ele nos brinda com a idéia mais nítida do que seria esse conceito:
“E
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Opressão masculina-ocidental estética sobre o feminino
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Opressão masculina-ocidental estética sobre o feminino
É muito cômodo para nós cristãos ocidentais atribuirmos defeitos aos nossos irmãos orientais normalmente muçulmanos quando apontamos os dedos em direção àquilo que julgamos equivocadamente e preconceituosamente como baixezas e opressão dos homens sobre as mulheres constrangidas ao uso do véu, da Burka e da extirpação do clitóris.
Em contrapartida veja só o que as mulheres muçulmanas não são obrigadas a suportarem:
a) cabeça enfiada numa coifa de 60º graus Célcius por mais de hora para secar os cabelos;
b) violenta arrancada de fios de pelos pelo corpo com ceras fervendo, fitas adesivas e outras traquitanas de tortura para arrancar os pelos antiestéticos das pernas, braços, ventre e partes íntimas;
c) câmaras de torturas para suar, sentir dor, cansar, correndo, retorcendo o corpo, esticando, dobrando os membros do corpo para perder massa e ganhar as formas não naturais contra a sua característica genética de seu biotipo, se baixinha, alta, magra, gorda ou atlética;
d) repuxar, puxar, encolher, esticar, alisar, ondular os cabelos;
e) lixar, cortar, deixar crescer e pintar as unhas, passando horas nessas câmaras de recondicionamento humano chamados eufemisticamente de salões de beleza, na verdade, casas de reforma estética e tortura física e mental;
f) cirurgias para eliminação de varizes, estrias, celulites, camadas de gordura e enxertos de silicone em todas as partes salientes;
g) esticar a pele para eliminar os sinais da idade, uso de botox e outras substâncias tóxicas paralisantes, cirurgias de implante e restauração da pele;
h) por fim, tentar se enfiar em roupas tão estreitas quanto possível dois a quatro números abaixo do manequim para parecer mais apetitosa.
Tudo isso por causa da ditadura da estética hiper competitiva e opressora dos ocidentais que são impiedosos e não perdoam uma abacaxi, abusada, agourenta, Amélia, anta, arremedo, assombração, atalho, atraso, atropelo, avesso, azarenta, bagaceira, bagaço, bagulho, baiacu, baleia, bandida, banguela, barafunda, baranga, barraqueira, besta, biscate, bisonha, bizarra, bolada, bola-fora, bomba, borrão, brega, breguete, bruaca, brucutu, bruxa, bucha, bucho, cabocla, cabulosa, cachorra, cadela, cafofo, caída, caixão, camarão, canalha, cangaceira, canhão, canhestra, cansaço, capeta, capivara, carapuça, carcaça, carranca, casqueta, castigo, catimbeira, caveira, cetáceo, cilada, cloaca, cobra, coiote, coisa, comichão, consolo, contrabando, contramão, contrapeso, contrarregra, Creuza, danada, débito, defunta, delito, demente, derrame, descarga, descarrego, desencanto, desengano, desgosto, desgraça, desmanche, despacho, diabólica, diarréia, doidivana, dragão, encalhada, encosto, encrenca, engano, entrona, erro, escória, escorpião, escrota, esparrela, espinho, espora, esqueleto, esquisita, estressada, estrupício, ex, facinha, facínora, fajuta, fantasma, faquir, farinha, farsante, feia, feiosa, feiúra, fera, fiapo, ficante, figura, figuraça, finada, fossa, forasteira, fumaça, furacão, furiosa, gabiroba, gabiru, galinha, gambiarra, garapa, gasolina, gatuna, jiló, goiaba, gorila, gosma, gravame, gravosa, inerte, infame, jabiraca, jaburu, jaca, jacu, janota, jegue, jibóia, jumenta, kenga, lacraia, lambisgoia, latrina, lerda, leviana, limão, louca, macaca, macumba, mala, mal-acabada, mal-amada, maldição, maliciosa, marmita, marmota, marombada, marrenta, matula, medonha, meia-boca, meiga, mentecapta, minhoca, mocréia, moleca, molóide, monstra, Morgana, mucureba, mula, muquirana, muxiba, nóia, noiada, ouriço, pacu, paia, palha, peba, pecadora, pênalti, penitência, penosa, perdição, perdida, perigo, perigosa, periguete, perua, pesadelo, picareta, pilantra, piolho, pirada, piranha, pitombeira, porcaria, poucamonta, purgante, quimera, Raimunda, raio-X, rapariga, rascunho, raspa, rasteira, ratazana, rebordosa, redonda, refugo, rejeito, remendo, resto, reviravolta, ridícula, roliça, roubada, safada, sanhaço, sapa, sapatão, sarnenta, serpente, suplício, tanajura, taquara, tenebrosa, titia, trabuco, traiçoeira, trombada, troncha, trouxa, tribufu, turú, urubu, urucubaca, vaca, vagabunda, vampira, velhaca, venenosa, verruga, xarope, zero, zoada, por causa do auto padrão de exigência estética dos ocidentais que não deixam sequer as suas mulheres envelhecerem em paz, naturalmente como qualquer espécie animal.
O conceito de beleza é uma invenção feminina, segundo o filósofo Rousseau, quando da pré-história a fêmea humana criou-o para se distinguir das outras demais fêmeas para prender e chamar a atenção do macho da espécie homo.
Acontece que o macho pré-histórico era nômade e promíscuo. Para o macho toda mulher era igual, sem distinção, qualquer uma servia, a não ser por uma eventual doença ou velhice.
Não havia sido ainda naquela época estabelecidas na cultura e na Biologia a co-relação de causa e de feito entre o sexo, o macho e a reprodução.
Acontecia que as fêmeas, também promíscuas e infiéis como os machos, passavam por duas ocasiões em suas existências em que precisavam da presença companheira que eram no momento final da gravidez, no parto, e na fase de aleitamento das crias, quando precisavam ser auxiliadas no parto e na fase pós-parto para cumprirem as suas atividades.
Assim a fêmea precisou inventar a família, e consequentemente o amor moral, enquanto o macho somente conhecia o amor físico, sexual, casual.
Então a fêmea inventou a beleza, começando a se enfeitar para atrair o macho e sedentarizá-lo, para ele sempre se lembrar daquela fêmea, mostrar que ela era diferente das demais fêmeas, bonita, usando adornos, cuidando dos cabelos, chamando a atenção para partes do corpo e para a sua identidade que era principalmente o seu rosto, começando assim uma competição com outras fêmeas pela atenção do macho.
As fêmeas passaram a verificar as coisas que atraíam mais os machos em seus corpos para destacá-las, e esconder as partes consideradas menos atrativas, para criar laços afetivos e morais. Assim for inventado o conceito de beleza.
Que engenharia!
A mulher inventou a família, o amor moral, a beleza, a monogamia, o ciúme, para manter a exclusividade e a fidelidade do macho através do afeto.
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Opressão masculina-ocidental estética sobre o feminino
É muito cômodo para nós cristãos ocidentais atribuirmos defeitos aos nossos irmãos orientais normalmente muçulmanos quando apontamos os dedos em direção àquilo que julgamos equivocadamente e preconceituosamente como baixezas e opressão dos homens sobre as mulheres constrangidas ao uso do véu, da Burka e da extirpação do clitóris.
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c) câmaras de torturas para suar, sentir dor, cansar, correndo, retorcendo o corpo, esticando, dobrando os membros do corpo para perder massa e ganhar as formas não naturais contra a sua característica genética de seu biotipo, se baixinha, alta, magra, gorda ou atlética;
d) repuxar, puxar, encolher, esticar, alisar, ondular os cabelos;
e) lixar, cortar, deixar crescer e pintar as unhas, passando horas nessas câmaras de recondicionamento humano chamados eufemisticamente de salões de beleza, na verdade, casas de reforma estética e tortura física e mental;
f) cirurgias para eliminação de varizes, estrias, celulites, camadas de gordura e enxertos de silicone em todas as partes salientes;
g) esticar a pele para eliminar os sinais da idade, uso de botox e outras substâncias tóxicas paralisantes, cirurgias de implante e restauração da pele;
h) por fim, tentar se enfiar em roupas tão estreitas quanto possível dois a quatro números abaixo do manequim para parecer mais apetitosa.
Tudo isso por causa da ditadura da estética hiper competitiva e opressora dos ocidentais que são impiedosos e não perdoam uma abacaxi, abusada, agourenta, Amélia, anta, arremedo, assombração, atalho, atraso, atropelo, avesso, azarenta, bagaceira, bagaço, bagulho, baiacu, baleia, bandida, banguela, barafunda, baranga, barraqueira, besta, biscate, bisonha, bizarra, bolada, bola-fora, bomba, borrão, brega, breguete, bruaca, brucutu, bruxa, bucha, bucho, cabocla, cabulosa, cachorra, cadela, cafofo, caída, caixão, camarão, canalha, cangaceira, canhão, canhestra, cansaço, capeta, capivara, carapuça, carcaça, carranca, casqueta, castigo, catimbeira, caveira, cetáceo, cilada, cloaca, cobra, coiote, coisa, comichão, consolo, contrabando, contramão, contrapeso, contrarregra, Creuza, danada, débito, defunta, delito, demente, derrame, descarga, descarrego, desencanto, desengano, desgosto, desgraça, desmanche, despacho, diabólica, diarréia, doidivana, dragão, encalhada, encosto, encrenca, engano, entrona, erro, escória, escorpião, escrota, esparrela, espinho, espora, esqueleto, esquisita, estressada, estrupício, ex, facinha, facínora, fajuta, fantasma, faquir, farinha, farsante, feia, feiosa, feiúra, fera, fiapo, ficante, figura, figuraça, finada, fossa, forasteira, fumaça, furacão, furiosa, gabiroba, gabiru, galinha, gambiarra, garapa, gasolina, gatuna, jiló, goiaba, gorila, gosma, gravame, gravosa, inerte, infame, jabiraca, jaburu, jaca, jacu, janota, jegue, jibóia, jumenta, kenga, lacraia, lambisgoia, latrina, lerda, leviana, limão, louca, macaca, macumba, mala, mal-acabada, mal-amada, maldição, maliciosa, marmita, marmota, marombada, marrenta, matula, medonha, meia-boca, meiga, mentecapta, minhoca, mocréia, moleca, molóide, monstra, Morgana, mucureba, mula, muquirana, muxiba, nóia, noiada, ouriço, pacu, paia, palha, peba, pecadora, pênalti, penitência, penosa, perdição, perdida, perigo, perigosa, periguete, perua, pesadelo, picareta, pilantra, piolho, pirada, piranha, pitombeira, porcaria, poucamonta, purgante, quimera, Raimunda, raio-X, rapariga, rascunho, raspa, rasteira, ratazana, rebordosa, redonda, refugo, rejeito, remendo, resto, reviravolta, ridícula, roliça, roubada, safada, sanhaço, sapa, sapatão, sarnenta, serpente, suplício, tanajura, taquara, tenebrosa, titia, trabuco, traiçoeira, trombada, troncha, trouxa, tribufu, turú, urubu, urucubaca, vaca, vagabunda, vampira, velhaca, venenosa, verruga, xarope, zero, zoada, por causa do auto padrão de exigência estética dos ocidentais que não deixam sequer as suas mulheres envelhecerem em paz, naturalmente como qualquer espécie animal.
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Acontece que o macho pré-histórico era nômade e promíscuo. Para o macho toda mulher era igual, sem distinção, qualquer uma servia, a não ser por uma eventual doença ou velhice.
Não havia sido ainda naquela época estabelecidas na cultura e na Biologia a co-relação de causa e de feito entre o sexo, o macho e a reprodução.
Acontecia que as fêmeas, também promíscuas e infiéis como os machos, passavam por duas ocasiões em suas existências em que precisavam da presença companheira que eram no momento final da gravidez, no parto, e na fase de aleitamento das crias, quando precisavam ser auxiliadas no parto e na fase pós-parto para cumprirem as suas atividades.
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Então a fêmea inventou a beleza, começando a se enfeitar para atrair o macho e sedentarizá-lo, para ele sempre se lembrar daquela fêmea, mostrar que ela era diferente das demais fêmeas, bonita, usando adornos, cuidando dos cabelos, chamando a atenção para partes do corpo e para a sua identidade que era principalmente o seu rosto, começando assim uma competição com outras fêmeas pela atenção do macho.
As fêmeas passaram a verificar as coisas que atraíam mais os machos em seus corpos para destacá-las, e esconder as partes consideradas menos atrativas, para criar laços afetivos e morais. Assim for inventado o conceito de beleza.
Que engenharia!
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terça-feira, 10 de abril de 2012
Repórter Peter Arnett e O arnettismo no jornalismo moderno
disponivel na AMAZON.COM livros
prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
O arnettismo do jornalismo moderno
O jornalismo é a quinta pior profissão do mundo segundo uma lista internacional de uma empresa de consultoria (CareerCast.com) sobre as melhores e piores profissões do mundo, ocupando o 195º lugar entre as 200 melhores.
O cinema possui um elenco de histórias verídicas e ficções sobre jornalismo inescrupuloso:
A Montanha dos Sete Abutres
A Montanha dos Sete Abutres (1951) é o filme de longa metragem que Billy Wilder realizou logo após seu maior e mais celebrado clássico, Crepúsculo dos Deuses. A acidez do filme anterior continua na história de um jornalista inescrupuloso que faz de tudo para voltar a ter prestígio, retardando o salvamento de um mineiro que está preso nos escombros para se alimentar da comoção da população da pequena cidade em que foi trabalhar.
A Embriaguez do Sucesso
A Embriaguez do Sucesso, de 1957, é o primeiro filme de Alexander Mackendrick (Quinteto de Morte) nos EUA. Burt Lancaster (O Leopardo) é o colunista de fofocas inescrupuloso que encontra em Tony Curtis (Quanto Mais Quente Melhor) um jovem ambicioso para ficar à sua sombra. É uma das críticas mais cruéis ao sistema, e uma das grandes atuações de Lancaster para o cinema.
A Doce vida
Federico Fellini (Oito e Meio) realizou em A Doce Vida, um afresco romano sobre o desejo pela celebridade. Um jornalista de origem humilde enfrenta uma crise de consciência por estar sempre atrás de fofocas da alta sociedade, usando-as como fonte para seus artigos. Entre seu trabalho superficial e seus problemas pessoais (como a tentativa de suicídio da namorada), é mostrada uma sociedade decadente e hedonista.
Rede de intrigas
Dirigido por Sidney Lumet (Um Dia de Cão), Rede de Intrigas (1976) é a história do âncora de um telejornal (Peter Finch, de Horizonte Perdido) que, ao receber a notícia de que seria demitido, declara a intenção de se suicidar no ar. Como a audiência sobe, a diretora decide mantê-lo no cargo. Mais uma crítica aos meios de comunicação e à busca pela audiência a qualquer custo. Peter Finch já havia morrido quando foi indicado ao Oscar de melhor ator pelo papel do âncora. Ele foi o primeiro a ser premiado postumanente pela academia na categoria.
O Preço de Uma Verdade
O Preço de Uma Verdade (2003) é a estréia do talentoso Billy Ray (Quebra de Confiança). Baseado em fatos reais, o filme conta a história do jornalista Stephen Glass (Hayden Christensen, de Jumper). Ainda jovem, conseguiu entrar no primeiro time do respeitado jornal The New Republic, de Washington, entre 1995 e 1998. Mas, dos 41 textos publicados, 27 eram total ou parcialmente inventados e copiados. Quando a farsa vem à tona desenvolve-se uma interessante discussão sobre a ética no jornalismo, e sobre até que ponto um editor deve ir para defender seu redator.
Paparazzi
Bo Laramie (Cole Hauser) é um ator de cinema em franca ascenção. Mas, como o sucesso tem seu preço, o astro começa a ser persistentemente perseguido pelos fotógrafos conhecidos como paparazzi, daqueles que acompanham de perto a vida dos astros. Fazendo o que podem para conseguir as melhores e mais invasoras fotos, uma dessas investidas quase acaba com a morte de Bo. Depois disso, o ator resolve investir em uma vingança contra esses profissionais. Especialmente um deles, Rex Harper (Tom Sizemore).
Tudo começou, ou se intensificou com o repórter Peter Arnett da CNN durante a Guerra do Iraque, a segunda intervenção dos EUA feita pelo Pr. George Bush ali, até se tornar uma escola predominante do jornalismo moderno, a partir das transmissões dos eventos dos bombardeios incessantes, massivos e cirúrgicos das chamadas armas inteligentes de 4ª geração do arsenal de Washington na Guerra do Iraque: era o início do jornalismo desestruturado, sem coordenação e totalmente voluntarista, beirando um free lancer mercenário.
Existe um tipo de categoria de procedimentos e processos de atuação jornalística predominante hoje em dia, principalmente em reportagens jornalísticas, em que as matérias aparecem sem nenhuma preparação, sem agenda, sem continuidade, sem organização como se fossem ingredientes de uma massa para cozinhar sem ser executada a cocção do material. Então esta massa é servida crua, fria e sem misturar. Este é o estilo de jornalismo moderno, que eu prefiro chamar de arnettiano.
Quem é o seu criador?
Peter Arnett
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Peter Arnett
Peter Arnett em 1994.
Nascimento 13 de novembro de 1934
Riverton, Nova Zelândia
Nacionalidade
Ocupação Jornalista
Prêmios Prêmio Pulitzer de Jornalismo (1966)
Peter Gregg Arnett (Riverton, 13 de novembro de 1934) é um jornalista norte-americano nascido na Nova Zelândia, que começou a carreira trabalhando para o National Geographic Magazine e depois fez fama e prestígio como jornalista de redes de televisão, especialmente a CNN, e correspondente de guerra da Associated Press, recebendo em 1966 o Prêmio Pulitzer por seu trabalho no Vietnã.
Os primeiros anos de Arnett no jornalismo foram no Sudeste Asiático, especialmente em Bangkok, na Tailândia, num pequeno jornal em língua inglesa no Laos..[1] Depois disso, ele foi para o Vietnã, onde começou a trabalhar para a agência de notícias Associated Press escreveu importantes artigos sobre a situação no país e sobre a guerra que atraíram a ira do governo norte-americano.[1] Fisicamente destemido, Arnett participou de diversas operações ao lado das tropas americanas, incluindo o relato da traumática batalha na Colina 875, onde soldados tentaram resgatar outro grupo cercado pelos vietnamitas onde quase todos pereceram no combate, durante o resgate.
Seus artigos da frente de combate, reproduzidos em centenas de jornais de todo o mundo, focavam principalmente as histórias com soldados comuns e civis, e lhe causaram problemas com o governo norte-americano por serem considerados negativos para a causa da guerra, fazendo com que o General William Westmoreland, comandante das forças americanas no Vietnã, e o Presidente Lyndon Johnson, pressionassem a AP para retirá-lo do Vietnã, sem resultado. Sua mais famosa reportagem da guerra foi a declaração, dada em 7 de fevereiro de 1968 por um oficial não-identificado do exército, de que a 'vila de Ben Tre precisou ser totalmente destruída para ser salva'. Em 2004, a escritora de direita Mona Charen diria em seu livro Useful Idiots, que a declaração teria sido fabricada por Arnett.[2]
Ele foi um dos poucos jornalistas ocidentais a se encontrarem em Saigon quando a cidade caiu frente aos exércitos norte-vietnamitas em abril de 1975, e esteve com os soldados invasores que lhe explicaram como haviam feito para tomar a cidade, em sua última ofensiva da guerra.
Guerra do Golfo
A fama mundial de Arnett, entretanto, veio com a Guerra do Golfo, quando trabalhava como repórter para a rede de televisão a cabo CNN, e foi o único jornalista a cobrir ao vivo a guerra direto de Bagdá, nos primeiros dias do bombardeio norte-americano à cidade. Suas reportagens dramáticas geralmente eram feitas tendo ao fundo o som de explosões e sirenes de aviso antiaéreo, vistas e ouvidas no mundo todo. Junto com Bernard Shaw e John Holliman, ele fez uma série de matérias contínuas de Bagdá durante as primeiras intensas dezesseis horas da guerra, em 17 de janeiro de 1991.
Apesar de cerca de 40 jornalistas internacionais estarem presentes em Bagdá, no Hotel Al-Rashid, naquele momento apenas a CNN possuía os meios de se comunicar com o mundo exterior devido à nova tecnologia do telefone por satélite, disponível apenas para a estação. Os outros jornalistas na cidade, assim como seus dois colegas da CNN, deixaram Bagdá em poucos dias, o que transformou Arnett no único jornalista estrangeiro em operação em Bagdá. Suas reportagens sobre os danos causados a instalações civis pelos bombardeios foram mal recebidas pelo comando da coalização que, antes da guerra, com seu uso contante dos termos 'bombas inteligentes' e 'precisão cirúrgica, pretendiam projetar uma imagem que os danos civis nos bombardeios seriam mínimos.
Em 25 de janeiro a Casa Branca fez um comunicado de que Arnett estava sendo usado como uma ferramenta de desinformação da inteligência iraquiana e a CNN recebeu uma carta assinada por 34 membros do Congresso dos Estados Unidos acusando-o de ser um jornalista 'impatriota'.
Entre suas mais controversas reportagens, ficou famosa aquela sobre o bombardeio de uma fábrica de leite para crianças, supostamente identificada pela inteligência das forças da Coalizão como uma fábrica de armas bacteriológicas.
Durante o começo da guerra, ele também conseguiu o feito de realizar uma entrevista com o líder iraquiano Saddam Hussein.
A Guerra do Golfo se tornou a primeira guerra a ser vista ao vivo e inteiramente pela tv, e Arnett teve o mérito, a sorte e o prestígio de ser o único, durante cinco semanas, a transmitir sozinho uma guerra vista do 'outro lado'.
Vida pessoal e honrarias
Além do Prêmo Pulitzer de Jornalismo recebido por suas matérias na Guerra do Vietnam, ele foi condecorado por seu país de nascimento com a Ordem do Mérito da Nova Zelândia (New Zealand Order of Merit) e teve o privilégio de ser o primeiro jornalista a transmitir uma reportagem em tv de alta definição, durante sua cobertura da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos, em dezembro de 2001.
Arnett foi casado por dezenove anos (1964-1983) com uma sul-vietnamita, Nina Nguyen, com quem teve um casal de filhos. Sua filha, Elza, também é jornalista e já trabalhou no The Washington Post e Boston Globe..[3]
Em 1994, escreveu o best-seller 'Ao Vivo do Campo de Batalha' (Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 Years in the World's War Zones), em que conta histórias de seu trabalho como correspondente de guerra em lugares tão diferentes do mundo quanto Vietnam, Laos, Indonésia, Chipre, Iraque e Afeganistão.
Referências
1. ↑ a b The Death of Supply Column 21 Columbia Journalism Review
2. ↑ "Peter Arnett: Whose Man in Baghdad?", Mona Charen, Jewish World Review
3. ↑ Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 years in the World's War Zones.
Com se viu, foram as circunstâncias materiais e principalmente políticas de trabalho de Peter durante a Guerra do Golfo, a do Iraque, que obrigaram Arnett a inventar um novo tipo de jornalismo instantâneo, sem trabalho de revisão, radical, visceral, sem pauta, sem agenda, sem planejamento, sem análise, em fim, uma torrente de dados que muitas vezes não continham informações, outras vezes eram informações sem contexto, um amontoado de imagens e de reportagens confusas como um filme sem texto, sem roteiro e sem script.
Foram as circunstâncias precárias que forjaram este tipo de jornalismo. Ao mesmo tempo em que ele lutava contra o controle das informações pelos militares do Governo Americano e cuidando para não quebrar algum segredo que colocasse um risco os esforço das tropas norteamericanas, ele não poderia fazer uma idéia muito precisa dos danos eventuais que as suas informações poderiam causar à causa da guerra.
Mas não era esta a sua preocupação a não ser sobreviver para passar para os espectadores o seu testemunho da Guerra do Golfo. Isto ele fez.
As consequências desta técnica jornalística foram revolucionárias! Corromperam os fundamentos da informação jornalísticas em toda a parte!
O jornalismo informativo é formatado através de agendas pautadas em torno de um grupo de quesitos básicos indispensáveis para a integridade das informções, os quais são a busca das respostas para as seguintes questões, quesitos:
a) Quem?
b) O que?
c) Quando?
d) Onde?
e) Por quê?
f) Como?
g) Quantos?
h) Qual?
i) Para quê?
Qualquer texto ou matéria jornalística tem que responder e cobrir minimamente estes quesitos para merecer o título de texto informativo com consistência. Qualquer coisa diferente disso não merece a certificação de trabalho profissional jornalístico, qualquer aluno mediano de comunicação sabe disso.
Vou além: a metodologia científica exige, entre outras coisas para garantir a validação interna da texto, seja uma minuta, seja uma dissertação, seja um apontamento, que os pronomes relativos sejam devidamente substituídos pelos substantivos, e que não se faça concessão à subjetividade, principalmente aos juízos de valores.
O que vemos hoje, e o que se viu na invenção de Peter Arnett foi no mínimo uma completa falta de compromisso com a exatidão da informação que vinha de forma bruta, sem formatação, sem revisão e principalment sem cumprir os requisitos da metodologia científica e dos fundamentos básicos da informação estruturada e correta.
Os erros cometidos durante a avalanche de palavras soltas, despejadas, por Arnett viraram um mantra para o jornalismo moderno que se viu desobrigado de prestar informação, ou de sequer organizá-la: O padrão do jornalismo moderno consiste do seguinte roteiro;
a) o âncora do jornal apresenta a manchete;
b) a seguir o jornalista ao vivo é chapado para intervir para detalhar a manchete;
c) o que se vê, então é a repetição da manchete pelo jornalista-repórter, já anteriormente anunciada pelo âncora do jornal;
d) passa o jornalista-repórter a entrevistar os atores e testemunhas sobre o fato assunto da manchete principal, então, o entrevistado é arguído e instado, induzido pelo repórter, a responder e confirmar os fatos e dados já anunciados pela manchete do âncora e repetidos pelo repórter que o interpela ao vivo;
e) assim outros transeúntes são da mesma forma instados a repetirem os mesmo fatos induzidos pela intervenção conduzida pelo repórter ao vivo;
f) finalmente um especialista é introduzido em cena e conduzido, induzido, pelas perguntas dirigidas pelo repórter ou pelo âncora a repetir e confirmar as mesmas informações e dados citados pelo âncora, pelo repórter ao vivo, pelos transeuntes, pelas testemunhas ocasionais.
Este processo repete-se ad nauseum até ao final do programa jornalístico ou documentário televisivo.
Anteriormente, as escolas de comunicação chamavam, e ainda alertam os alunos, para o tipo especial de mídia visual e auditiva que é a televisão e mídias de vídeo em geral, que diferentemente do rádio, têm na imagem a sua principal força informativa, a palavras entram, ou somente deveriam entrar, como um áudio auxiliar secundariamente para explicar e informar aquilo que não pode ser deduzido da imagem, acrescentando e detalhando com precisão os fatos mostrados pela imagem.
Quando o contrário disso é o que ocorre acontece o que os mestres de comunicação chamam de dupla representação: que é quando o narrador se restringe a descrever aquilo que a imagem já está mostrando.
Quantos erros se cometem neste caso do jornalismo moderno de inspiração arnettiana?
a) Dupla representação;
b) Repetição da informação, duplicidade de informação;
c) Falta de coordenação, o que implica em risco de contradições e repetições;
d) Falta de sequência das narrativas. Falta de um fio condutor na narração;
e) Falta de informações precisas dos quesitos ausentes ou incompletos da informação jornalística.
f) Falta consistência nos dados não revisados, não confrontados, e de apresentação estruturada das informações.
Este método de trabalho torna as informações voláteis, pouco confiáveis, descartáveis, efêmeras e desconectadas entre si o que as tornam inúteis como material de consulta secundário, pois não se vale do uso do método de pesquisa de campo, pois lhes falta precisão, método e planejamento.
As consequências deste processo é que as informações cruzadas de fonte diversas divergem em precisão com relação aos dados objetivos, como: hora, data, quantidade, volume, amplitude, enfim, a precisão dos dados fica totalmente comprometida já que não existe prazo nem a preocupação de checar as fontes e os dados que são digeridos à medida em que chegam até os jornalistas-repórteres arnettianos.
O imediatismo e a instantaneidade da disseminação dos eventos prevalecem sobre a precisão e sobre o conteúdo e formatação da informação.
Sem um coordenador, sem diretor, sem roteirista, sem redator, sem revisor e sem produtor o repórter assume o controle e o centro da matéria, assim vemos desfilar no lugar da reportagem um show de exibicionismo e narcisismo onde o repórter domina a tela em primeiro-plano na maior parte do espaço e do tempo da reportagem, dificultando, e se sobrepondo às imagens que deveriam preencher o espaço do assunto ali mostrado e ilustrado.
Chegamos à era do repórter-protagonista da matéria jornalística. Nessa nova era o espetáculo e a vaidade são os que preenchem a produção estética secundarizando o material jornalístico que passa a ser o mero pretexto para a apresentação e para a promoção pessoal do jornalista, eclipsando os personagens, o cenário e a ação em curso que deveriam dominar totalmente a tela, encobrindo o desempenho dos entrevistados, objetivando evidenciar a astúcia e a desenvoltura do entrevistador sobre o entrevistado, numa completa inversão dos interesses.
O improviso é a principal estratégia do repórter em campo. O improviso é o estágio final que antecede, precede e determina o estágio final da mais completa decadência e desestruturação organizacional.
Antes de chegar a este estágio terminal desorganizativo a organização já precarizou-se perambulando pelo estágio do bombeiro que apaga incêncios, já perdeu todo o controle de suas cautelas orçamentárias, perdeu o controle das funções e atividades planejadas e principalmente perdeu o controle das despesas e das receitas.
Para fugir deste descontrole criou-se a última palavra em planejamento organizacional do momento, o qual certifica as empresas de acordo com a sua competência gerencial, chamado CMMI: Capacidade e Maturidade do Modelo Integracional da administração empresarial.
CMMI consiste em:
A área de processo Desenvolvimento de Requisitos identifica as necessidades do cliente e traduz essas necessidades em requisitos de produto.
O conjunto de requisitos de produto é analisado para gerar uma solução conceitual de alto nível.
Esse conjunto de requisitos é então alocado para estabelecer um conjunto inicial de requisitos de produto.
Outros requisitos que ajudam a definir o produto são derivados e alocados
aos componentes de produto.
Esse conjunto de requisitos de produto e de componentes de produto descreve claramente o desempenho do produto, suas características de design e seus requisitos de verificação, de forma que o desenvolvedor possa entendê-los e utilizá-los.
A área de processo Desenvolvimento de Requisitos fornece requisitos para a área de processo Solução Técnica, onde os requisitos são convertidos em arquitetura do produto, design de componentes de produto e no próprio componente de produto (por exemplo, código e fabricação).
Os requisitos também são fornecidos à área de processo Integração de Produto, em que os componentes de produto são combinados e as interfaces são verificadas para assegurar que os requisitos de interface fornecidos pelo Desenvolvimento de Requisitos sejam atendidos.
A área de processo Gestão de Requisitos mantém os requisitos. Ela descreve atividades para obter e controlar mudanças de requisitos e assegurar que outros planos e dados relevantes se mantenham atualizados. Além disso, fornece rastreabilidade de requisitos, desde o cliente até o produto ou o componente de produto.
A Gestão de Requisitos assegura que as mudanças ocorridas nos requisitos sejam refletidas em planos, atividades e produtos de trabalho do projeto.
Esse ciclo de mudanças pode afetar todas as outras áreas de processo de Engenharia.
Assim, a gestão de requisitos é uma sequência de eventos dinâmica e frequentemente recursiva.
A área de processo Gestão de Requisitos é fundamental para um processo de Engenharia controlado e disciplinado.
A área de processo Solução Técnica desenvolve pacotes de dados técnicos para componentes de produto que serão utilizados pela área de processo Integração de Produto ou pela área de processo Gestão de Contrato com Fornecedores.
Soluções alternativas são examinadas a fim de escolher o design ótimo com base em critérios previamente estabelecidos.
Esses critérios podem variar significativamente para os diversos produtos, dependendo do tipo, ambiente operacional, requisitos de desempenho, requisitos de suporte, e custo ou prazo de entrega do produto.
A tarefa de escolha da solução final faz uso de práticas específicas da área de processo Análise e Tomada de Decisões.
A área de processo Solução Técnica se apóia nas práticas específicas da área de processo Verificação para realizar verificações de design e revisões por pares durante o design e antes da construção final.
A área de processo Verificação assegura que produtos de trabalho selecionados satisfaçam aos seus requisitos especificados, selecionando métodos para sua verificação em relação aos requisitos especificados.
Geralmente, a verificação é um processo incremental, iniciado com a verificação de componentes de produto e concluído com a verificação de produtos completos.
A verificação também envolve revisão por pares, que é um método comprovado para a remoção efetiva e antecipada de defeitos e proporciona um conhecimento valioso sobre os produtos de trabalho e componentes de produto que estão sendo desenvolvidos.
A área de processo Validação valida produtos, de forma incremental, com relação às necessidades do cliente.
A validação pode ser realizada no ambiente real de operação ou em um ambiente operacional simulado.
Um aspecto importante para esta área de processo é o alinhamento dos requisitos de validação com o cliente.
O escopo da área de processo Validação engloba validação de produtos, componentes de produto, produtos de trabalho intermediários e processos. Frequentemente, esses elementos podem ter que ser verificados e validados novamente.
Questões críticas encontradas durante a validação são normalmente solucionadas por meio da área de processo Desenvolvimento de Requisitos ou Solução Técnica.
A área de processo Integração de Produto contém as práticas específicas associadas à geração da melhor sequência de integração possível, envolvendo a integração de componentes de produto e a entrega do produto ao cliente.
A Integração de Produto utiliza práticas específicas das áreas de processo Verificação e Validação ao implementar o processo de integração de produto. As práticas de verificação possibilitam a verificação das interfaces e dos requisitos de interface de componentes de produto antes da integração do produto.
Esse é um evento essencial no processo de integração.
Durante a integração de produto no ambiente operacional, utilizam-se as práticas específicas da área de processo Validação.
Recursão e Iteração dos Processos de Engenharia
A maioria dos padrões de processo reconhece que há duas formas para se aplicar processos: recursão e iteração.
A recursão ocorre quando um processo é aplicado a níveis sucessivos de elementos de um sistema em uma estrutura de sistemas.
Os resultados da aplicação em um nível são utilizados como entradas para o próximo nível na estrutura do sistema.
Por exemplo, o processo de verificação pode ser aplicado tanto ao produto final completo quanto a componentes principais, até a componentes que fazem parte de outros componentes.
O grau de recursão em que o processo de verificação é aplicado depende inteiramente do tamanho e da complexidade do produto final.
A iteração ocorre quando a execução do processo é repetida no mesmo nível do sistema.
Pela implementação de um processo, criam-se novas informações que realimentam processos associados.
Geralmente, essas novas informações fazem surgir questões que devem ser resolvidas antes do processo terminar.
Por exemplo, provavelmente haverá iterações entre desenvolvimento de requisitos e a solução técnica.
As questões que surgirem podem ser resolvidas com a reaplicação dos processos.
As iterações podem assegurar qualidade antes da aplicação do próximo processo.
Como se vê, as improvisações do trabalho de campo dos repórteres causam um prejuízo irreparável à qualidade do trabalho jornalístico, e produz um nível de qualidade extremamente precário ao espectador que vai nivelando para baixo os programas telejornalísticos.
O mesmo se pode dizer dos programas diversos de auditório e Talk Shows onde se depende exclusivamente do talento do apresentador para suprir as lacunas, surpresas, imprevistos e eventualidades durante a gravação do programa, quase que totalmente formatado para produzir instantâneos de excentricidades elas mesmas inesperadas que se tornam com a sua bizarrice a atração do próprio programa onde os erros e gafes viram a atração macabra do gênero midiático.
A improvisação é a chave para o fracasso.
Nunca improvise; se for preciso planeje o improviso; se for inevitável ensaie o improviso.
O arnettismo do jornalismo moderno
O jornalismo é a quinta pior profissão do mundo segundo uma lista internacional de uma empresa de consultoria (CareerCast.com) sobre as melhores e piores profissões do mundo, ocupando o 195º lugar entre as 200 melhores.
O cinema possui um elenco de histórias verídicas e ficções sobre jornalismo inescrupuloso:
A Montanha dos Sete Abutres
A Montanha dos Sete Abutres (1951) é o filme de longa metragem que Billy Wilder realizou logo após seu maior e mais celebrado clássico, Crepúsculo dos Deuses. A acidez do filme anterior continua na história de um jornalista inescrupuloso que faz de tudo para voltar a ter prestígio, retardando o salvamento de um mineiro que está preso nos escombros para se alimentar da comoção da população da pequena cidade em que foi trabalhar.
A Embriaguez do Sucesso
A Embriaguez do Sucesso, de 1957, é o primeiro filme de Alexander Mackendrick (Quinteto de Morte) nos EUA. Burt Lancaster (O Leopardo) é o colunista de fofocas inescrupuloso que encontra em Tony Curtis (Quanto Mais Quente Melhor) um jovem ambicioso para ficar à sua sombra. É uma das críticas mais cruéis ao sistema, e uma das grandes atuações de Lancaster para o cinema.
A Doce vida
Federico Fellini (Oito e Meio) realizou em A Doce Vida, um afresco romano sobre o desejo pela celebridade. Um jornalista de origem humilde enfrenta uma crise de consciência por estar sempre atrás de fofocas da alta sociedade, usando-as como fonte para seus artigos. Entre seu trabalho superficial e seus problemas pessoais (como a tentativa de suicídio da namorada), é mostrada uma sociedade decadente e hedonista.
Rede de intrigas
Dirigido por Sidney Lumet (Um Dia de Cão), Rede de Intrigas (1976) é a história do âncora de um telejornal (Peter Finch, de Horizonte Perdido) que, ao receber a notícia de que seria demitido, declara a intenção de se suicidar no ar. Como a audiência sobe, a diretora decide mantê-lo no cargo. Mais uma crítica aos meios de comunicação e à busca pela audiência a qualquer custo. Peter Finch já havia morrido quando foi indicado ao Oscar de melhor ator pelo papel do âncora. Ele foi o primeiro a ser premiado postumanente pela academia na categoria.
O Preço de Uma Verdade
O Preço de Uma Verdade (2003) é a estréia do talentoso Billy Ray (Quebra de Confiança). Baseado em fatos reais, o filme conta a história do jornalista Stephen Glass (Hayden Christensen, de Jumper). Ainda jovem, conseguiu entrar no primeiro time do respeitado jornal The New Republic, de Washington, entre 1995 e 1998. Mas, dos 41 textos publicados, 27 eram total ou parcialmente inventados e copiados. Quando a farsa vem à tona desenvolve-se uma interessante discussão sobre a ética no jornalismo, e sobre até que ponto um editor deve ir para defender seu redator.
Paparazzi
Bo Laramie (Cole Hauser) é um ator de cinema em franca ascenção. Mas, como o sucesso tem seu preço, o astro começa a ser persistentemente perseguido pelos fotógrafos conhecidos como paparazzi, daqueles que acompanham de perto a vida dos astros. Fazendo o que podem para conseguir as melhores e mais invasoras fotos, uma dessas investidas quase acaba com a morte de Bo. Depois disso, o ator resolve investir em uma vingança contra esses profissionais. Especialmente um deles, Rex Harper (Tom Sizemore).
Tudo começou, ou se intensificou com o repórter Peter Arnett da CNN durante a Guerra do Iraque, a segunda intervenção dos EUA feita pelo Pr. George Bush ali, até se tornar uma escola predominante do jornalismo moderno, a partir das transmissões dos eventos dos bombardeios incessantes, massivos e cirúrgicos das chamadas armas inteligentes de 4ª geração do arsenal de Washington na Guerra do Iraque: era o início do jornalismo desestruturado, sem coordenação e totalmente voluntarista, beirando um free lancer mercenário.
Existe um tipo de categoria de procedimentos e processos de atuação jornalística predominante hoje em dia, principalmente em reportagens jornalísticas, em que as matérias aparecem sem nenhuma preparação, sem agenda, sem continuidade, sem organização como se fossem ingredientes de uma massa para cozinhar sem ser executada a cocção do material. Então esta massa é servida crua, fria e sem misturar. Este é o estilo de jornalismo moderno, que eu prefiro chamar de arnettiano.
Quem é o seu criador?
Peter Arnett
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Peter Arnett
Peter Arnett em 1994.
Nascimento 13 de novembro de 1934
Riverton, Nova Zelândia
Nacionalidade
Ocupação Jornalista
Prêmios Prêmio Pulitzer de Jornalismo (1966)
Peter Gregg Arnett (Riverton, 13 de novembro de 1934) é um jornalista norte-americano nascido na Nova Zelândia, que começou a carreira trabalhando para o National Geographic Magazine e depois fez fama e prestígio como jornalista de redes de televisão, especialmente a CNN, e correspondente de guerra da Associated Press, recebendo em 1966 o Prêmio Pulitzer por seu trabalho no Vietnã.
Os primeiros anos de Arnett no jornalismo foram no Sudeste Asiático, especialmente em Bangkok, na Tailândia, num pequeno jornal em língua inglesa no Laos..[1] Depois disso, ele foi para o Vietnã, onde começou a trabalhar para a agência de notícias Associated Press escreveu importantes artigos sobre a situação no país e sobre a guerra que atraíram a ira do governo norte-americano.[1] Fisicamente destemido, Arnett participou de diversas operações ao lado das tropas americanas, incluindo o relato da traumática batalha na Colina 875, onde soldados tentaram resgatar outro grupo cercado pelos vietnamitas onde quase todos pereceram no combate, durante o resgate.
Seus artigos da frente de combate, reproduzidos em centenas de jornais de todo o mundo, focavam principalmente as histórias com soldados comuns e civis, e lhe causaram problemas com o governo norte-americano por serem considerados negativos para a causa da guerra, fazendo com que o General William Westmoreland, comandante das forças americanas no Vietnã, e o Presidente Lyndon Johnson, pressionassem a AP para retirá-lo do Vietnã, sem resultado. Sua mais famosa reportagem da guerra foi a declaração, dada em 7 de fevereiro de 1968 por um oficial não-identificado do exército, de que a 'vila de Ben Tre precisou ser totalmente destruída para ser salva'. Em 2004, a escritora de direita Mona Charen diria em seu livro Useful Idiots, que a declaração teria sido fabricada por Arnett.[2]
Ele foi um dos poucos jornalistas ocidentais a se encontrarem em Saigon quando a cidade caiu frente aos exércitos norte-vietnamitas em abril de 1975, e esteve com os soldados invasores que lhe explicaram como haviam feito para tomar a cidade, em sua última ofensiva da guerra.
Guerra do Golfo
A fama mundial de Arnett, entretanto, veio com a Guerra do Golfo, quando trabalhava como repórter para a rede de televisão a cabo CNN, e foi o único jornalista a cobrir ao vivo a guerra direto de Bagdá, nos primeiros dias do bombardeio norte-americano à cidade. Suas reportagens dramáticas geralmente eram feitas tendo ao fundo o som de explosões e sirenes de aviso antiaéreo, vistas e ouvidas no mundo todo. Junto com Bernard Shaw e John Holliman, ele fez uma série de matérias contínuas de Bagdá durante as primeiras intensas dezesseis horas da guerra, em 17 de janeiro de 1991.
Apesar de cerca de 40 jornalistas internacionais estarem presentes em Bagdá, no Hotel Al-Rashid, naquele momento apenas a CNN possuía os meios de se comunicar com o mundo exterior devido à nova tecnologia do telefone por satélite, disponível apenas para a estação. Os outros jornalistas na cidade, assim como seus dois colegas da CNN, deixaram Bagdá em poucos dias, o que transformou Arnett no único jornalista estrangeiro em operação em Bagdá. Suas reportagens sobre os danos causados a instalações civis pelos bombardeios foram mal recebidas pelo comando da coalização que, antes da guerra, com seu uso contante dos termos 'bombas inteligentes' e 'precisão cirúrgica, pretendiam projetar uma imagem que os danos civis nos bombardeios seriam mínimos.
Em 25 de janeiro a Casa Branca fez um comunicado de que Arnett estava sendo usado como uma ferramenta de desinformação da inteligência iraquiana e a CNN recebeu uma carta assinada por 34 membros do Congresso dos Estados Unidos acusando-o de ser um jornalista 'impatriota'.
Entre suas mais controversas reportagens, ficou famosa aquela sobre o bombardeio de uma fábrica de leite para crianças, supostamente identificada pela inteligência das forças da Coalizão como uma fábrica de armas bacteriológicas.
Durante o começo da guerra, ele também conseguiu o feito de realizar uma entrevista com o líder iraquiano Saddam Hussein.
A Guerra do Golfo se tornou a primeira guerra a ser vista ao vivo e inteiramente pela tv, e Arnett teve o mérito, a sorte e o prestígio de ser o único, durante cinco semanas, a transmitir sozinho uma guerra vista do 'outro lado'.
Vida pessoal e honrarias
Além do Prêmo Pulitzer de Jornalismo recebido por suas matérias na Guerra do Vietnam, ele foi condecorado por seu país de nascimento com a Ordem do Mérito da Nova Zelândia (New Zealand Order of Merit) e teve o privilégio de ser o primeiro jornalista a transmitir uma reportagem em tv de alta definição, durante sua cobertura da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos, em dezembro de 2001.
Arnett foi casado por dezenove anos (1964-1983) com uma sul-vietnamita, Nina Nguyen, com quem teve um casal de filhos. Sua filha, Elza, também é jornalista e já trabalhou no The Washington Post e Boston Globe..[3]
Em 1994, escreveu o best-seller 'Ao Vivo do Campo de Batalha' (Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 Years in the World's War Zones), em que conta histórias de seu trabalho como correspondente de guerra em lugares tão diferentes do mundo quanto Vietnam, Laos, Indonésia, Chipre, Iraque e Afeganistão.
Referências
1. ↑ a b The Death of Supply Column 21 Columbia Journalism Review
2. ↑ "Peter Arnett: Whose Man in Baghdad?", Mona Charen, Jewish World Review
3. ↑ Live from the Battlefield: From Vietnam to Baghdad, 35 years in the World's War Zones.
Com se viu, foram as circunstâncias materiais e principalmente políticas de trabalho de Peter durante a Guerra do Golfo, a do Iraque, que obrigaram Arnett a inventar um novo tipo de jornalismo instantâneo, sem trabalho de revisão, radical, visceral, sem pauta, sem agenda, sem planejamento, sem análise, em fim, uma torrente de dados que muitas vezes não continham informações, outras vezes eram informações sem contexto, um amontoado de imagens e de reportagens confusas como um filme sem texto, sem roteiro e sem script.
Foram as circunstâncias precárias que forjaram este tipo de jornalismo. Ao mesmo tempo em que ele lutava contra o controle das informações pelos militares do Governo Americano e cuidando para não quebrar algum segredo que colocasse um risco os esforço das tropas norteamericanas, ele não poderia fazer uma idéia muito precisa dos danos eventuais que as suas informações poderiam causar à causa da guerra.
Mas não era esta a sua preocupação a não ser sobreviver para passar para os espectadores o seu testemunho da Guerra do Golfo. Isto ele fez.
As consequências desta técnica jornalística foram revolucionárias! Corromperam os fundamentos da informação jornalísticas em toda a parte!
O jornalismo informativo é formatado através de agendas pautadas em torno de um grupo de quesitos básicos indispensáveis para a integridade das informções, os quais são a busca das respostas para as seguintes questões, quesitos:
a) Quem?
b) O que?
c) Quando?
d) Onde?
e) Por quê?
f) Como?
g) Quantos?
h) Qual?
i) Para quê?
Qualquer texto ou matéria jornalística tem que responder e cobrir minimamente estes quesitos para merecer o título de texto informativo com consistência. Qualquer coisa diferente disso não merece a certificação de trabalho profissional jornalístico, qualquer aluno mediano de comunicação sabe disso.
Vou além: a metodologia científica exige, entre outras coisas para garantir a validação interna da texto, seja uma minuta, seja uma dissertação, seja um apontamento, que os pronomes relativos sejam devidamente substituídos pelos substantivos, e que não se faça concessão à subjetividade, principalmente aos juízos de valores.
O que vemos hoje, e o que se viu na invenção de Peter Arnett foi no mínimo uma completa falta de compromisso com a exatidão da informação que vinha de forma bruta, sem formatação, sem revisão e principalment sem cumprir os requisitos da metodologia científica e dos fundamentos básicos da informação estruturada e correta.
Os erros cometidos durante a avalanche de palavras soltas, despejadas, por Arnett viraram um mantra para o jornalismo moderno que se viu desobrigado de prestar informação, ou de sequer organizá-la: O padrão do jornalismo moderno consiste do seguinte roteiro;
a) o âncora do jornal apresenta a manchete;
b) a seguir o jornalista ao vivo é chapado para intervir para detalhar a manchete;
c) o que se vê, então é a repetição da manchete pelo jornalista-repórter, já anteriormente anunciada pelo âncora do jornal;
d) passa o jornalista-repórter a entrevistar os atores e testemunhas sobre o fato assunto da manchete principal, então, o entrevistado é arguído e instado, induzido pelo repórter, a responder e confirmar os fatos e dados já anunciados pela manchete do âncora e repetidos pelo repórter que o interpela ao vivo;
e) assim outros transeúntes são da mesma forma instados a repetirem os mesmo fatos induzidos pela intervenção conduzida pelo repórter ao vivo;
f) finalmente um especialista é introduzido em cena e conduzido, induzido, pelas perguntas dirigidas pelo repórter ou pelo âncora a repetir e confirmar as mesmas informações e dados citados pelo âncora, pelo repórter ao vivo, pelos transeuntes, pelas testemunhas ocasionais.
Este processo repete-se ad nauseum até ao final do programa jornalístico ou documentário televisivo.
Anteriormente, as escolas de comunicação chamavam, e ainda alertam os alunos, para o tipo especial de mídia visual e auditiva que é a televisão e mídias de vídeo em geral, que diferentemente do rádio, têm na imagem a sua principal força informativa, a palavras entram, ou somente deveriam entrar, como um áudio auxiliar secundariamente para explicar e informar aquilo que não pode ser deduzido da imagem, acrescentando e detalhando com precisão os fatos mostrados pela imagem.
Quando o contrário disso é o que ocorre acontece o que os mestres de comunicação chamam de dupla representação: que é quando o narrador se restringe a descrever aquilo que a imagem já está mostrando.
Quantos erros se cometem neste caso do jornalismo moderno de inspiração arnettiana?
a) Dupla representação;
b) Repetição da informação, duplicidade de informação;
c) Falta de coordenação, o que implica em risco de contradições e repetições;
d) Falta de sequência das narrativas. Falta de um fio condutor na narração;
e) Falta de informações precisas dos quesitos ausentes ou incompletos da informação jornalística.
f) Falta consistência nos dados não revisados, não confrontados, e de apresentação estruturada das informações.
Este método de trabalho torna as informações voláteis, pouco confiáveis, descartáveis, efêmeras e desconectadas entre si o que as tornam inúteis como material de consulta secundário, pois não se vale do uso do método de pesquisa de campo, pois lhes falta precisão, método e planejamento.
As consequências deste processo é que as informações cruzadas de fonte diversas divergem em precisão com relação aos dados objetivos, como: hora, data, quantidade, volume, amplitude, enfim, a precisão dos dados fica totalmente comprometida já que não existe prazo nem a preocupação de checar as fontes e os dados que são digeridos à medida em que chegam até os jornalistas-repórteres arnettianos.
O imediatismo e a instantaneidade da disseminação dos eventos prevalecem sobre a precisão e sobre o conteúdo e formatação da informação.
Sem um coordenador, sem diretor, sem roteirista, sem redator, sem revisor e sem produtor o repórter assume o controle e o centro da matéria, assim vemos desfilar no lugar da reportagem um show de exibicionismo e narcisismo onde o repórter domina a tela em primeiro-plano na maior parte do espaço e do tempo da reportagem, dificultando, e se sobrepondo às imagens que deveriam preencher o espaço do assunto ali mostrado e ilustrado.
Chegamos à era do repórter-protagonista da matéria jornalística. Nessa nova era o espetáculo e a vaidade são os que preenchem a produção estética secundarizando o material jornalístico que passa a ser o mero pretexto para a apresentação e para a promoção pessoal do jornalista, eclipsando os personagens, o cenário e a ação em curso que deveriam dominar totalmente a tela, encobrindo o desempenho dos entrevistados, objetivando evidenciar a astúcia e a desenvoltura do entrevistador sobre o entrevistado, numa completa inversão dos interesses.
O improviso é a principal estratégia do repórter em campo. O improviso é o estágio final que antecede, precede e determina o estágio final da mais completa decadência e desestruturação organizacional.
Antes de chegar a este estágio terminal desorganizativo a organização já precarizou-se perambulando pelo estágio do bombeiro que apaga incêncios, já perdeu todo o controle de suas cautelas orçamentárias, perdeu o controle das funções e atividades planejadas e principalmente perdeu o controle das despesas e das receitas.
Para fugir deste descontrole criou-se a última palavra em planejamento organizacional do momento, o qual certifica as empresas de acordo com a sua competência gerencial, chamado CMMI: Capacidade e Maturidade do Modelo Integracional da administração empresarial.
CMMI consiste em:
A área de processo Desenvolvimento de Requisitos identifica as necessidades do cliente e traduz essas necessidades em requisitos de produto.
O conjunto de requisitos de produto é analisado para gerar uma solução conceitual de alto nível.
Esse conjunto de requisitos é então alocado para estabelecer um conjunto inicial de requisitos de produto.
Outros requisitos que ajudam a definir o produto são derivados e alocados
aos componentes de produto.
Esse conjunto de requisitos de produto e de componentes de produto descreve claramente o desempenho do produto, suas características de design e seus requisitos de verificação, de forma que o desenvolvedor possa entendê-los e utilizá-los.
A área de processo Desenvolvimento de Requisitos fornece requisitos para a área de processo Solução Técnica, onde os requisitos são convertidos em arquitetura do produto, design de componentes de produto e no próprio componente de produto (por exemplo, código e fabricação).
Os requisitos também são fornecidos à área de processo Integração de Produto, em que os componentes de produto são combinados e as interfaces são verificadas para assegurar que os requisitos de interface fornecidos pelo Desenvolvimento de Requisitos sejam atendidos.
A área de processo Gestão de Requisitos mantém os requisitos. Ela descreve atividades para obter e controlar mudanças de requisitos e assegurar que outros planos e dados relevantes se mantenham atualizados. Além disso, fornece rastreabilidade de requisitos, desde o cliente até o produto ou o componente de produto.
A Gestão de Requisitos assegura que as mudanças ocorridas nos requisitos sejam refletidas em planos, atividades e produtos de trabalho do projeto.
Esse ciclo de mudanças pode afetar todas as outras áreas de processo de Engenharia.
Assim, a gestão de requisitos é uma sequência de eventos dinâmica e frequentemente recursiva.
A área de processo Gestão de Requisitos é fundamental para um processo de Engenharia controlado e disciplinado.
A área de processo Solução Técnica desenvolve pacotes de dados técnicos para componentes de produto que serão utilizados pela área de processo Integração de Produto ou pela área de processo Gestão de Contrato com Fornecedores.
Soluções alternativas são examinadas a fim de escolher o design ótimo com base em critérios previamente estabelecidos.
Esses critérios podem variar significativamente para os diversos produtos, dependendo do tipo, ambiente operacional, requisitos de desempenho, requisitos de suporte, e custo ou prazo de entrega do produto.
A tarefa de escolha da solução final faz uso de práticas específicas da área de processo Análise e Tomada de Decisões.
A área de processo Solução Técnica se apóia nas práticas específicas da área de processo Verificação para realizar verificações de design e revisões por pares durante o design e antes da construção final.
A área de processo Verificação assegura que produtos de trabalho selecionados satisfaçam aos seus requisitos especificados, selecionando métodos para sua verificação em relação aos requisitos especificados.
Geralmente, a verificação é um processo incremental, iniciado com a verificação de componentes de produto e concluído com a verificação de produtos completos.
A verificação também envolve revisão por pares, que é um método comprovado para a remoção efetiva e antecipada de defeitos e proporciona um conhecimento valioso sobre os produtos de trabalho e componentes de produto que estão sendo desenvolvidos.
A área de processo Validação valida produtos, de forma incremental, com relação às necessidades do cliente.
A validação pode ser realizada no ambiente real de operação ou em um ambiente operacional simulado.
Um aspecto importante para esta área de processo é o alinhamento dos requisitos de validação com o cliente.
O escopo da área de processo Validação engloba validação de produtos, componentes de produto, produtos de trabalho intermediários e processos. Frequentemente, esses elementos podem ter que ser verificados e validados novamente.
Questões críticas encontradas durante a validação são normalmente solucionadas por meio da área de processo Desenvolvimento de Requisitos ou Solução Técnica.
A área de processo Integração de Produto contém as práticas específicas associadas à geração da melhor sequência de integração possível, envolvendo a integração de componentes de produto e a entrega do produto ao cliente.
A Integração de Produto utiliza práticas específicas das áreas de processo Verificação e Validação ao implementar o processo de integração de produto. As práticas de verificação possibilitam a verificação das interfaces e dos requisitos de interface de componentes de produto antes da integração do produto.
Esse é um evento essencial no processo de integração.
Durante a integração de produto no ambiente operacional, utilizam-se as práticas específicas da área de processo Validação.
Recursão e Iteração dos Processos de Engenharia
A maioria dos padrões de processo reconhece que há duas formas para se aplicar processos: recursão e iteração.
A recursão ocorre quando um processo é aplicado a níveis sucessivos de elementos de um sistema em uma estrutura de sistemas.
Os resultados da aplicação em um nível são utilizados como entradas para o próximo nível na estrutura do sistema.
Por exemplo, o processo de verificação pode ser aplicado tanto ao produto final completo quanto a componentes principais, até a componentes que fazem parte de outros componentes.
O grau de recursão em que o processo de verificação é aplicado depende inteiramente do tamanho e da complexidade do produto final.
A iteração ocorre quando a execução do processo é repetida no mesmo nível do sistema.
Pela implementação de um processo, criam-se novas informações que realimentam processos associados.
Geralmente, essas novas informações fazem surgir questões que devem ser resolvidas antes do processo terminar.
Por exemplo, provavelmente haverá iterações entre desenvolvimento de requisitos e a solução técnica.
As questões que surgirem podem ser resolvidas com a reaplicação dos processos.
As iterações podem assegurar qualidade antes da aplicação do próximo processo.
Como se vê, as improvisações do trabalho de campo dos repórteres causam um prejuízo irreparável à qualidade do trabalho jornalístico, e produz um nível de qualidade extremamente precário ao espectador que vai nivelando para baixo os programas telejornalísticos.
O mesmo se pode dizer dos programas diversos de auditório e Talk Shows onde se depende exclusivamente do talento do apresentador para suprir as lacunas, surpresas, imprevistos e eventualidades durante a gravação do programa, quase que totalmente formatado para produzir instantâneos de excentricidades elas mesmas inesperadas que se tornam com a sua bizarrice a atração do próprio programa onde os erros e gafes viram a atração macabra do gênero midiático.
A improvisação é a chave para o fracasso.
Nunca improvise; se for preciso planeje o improviso; se for inevitável ensaie o improviso.
terça-feira, 20 de março de 2012
A Bolha-Brasil não pode explodir
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
O C dos BRIC e o B de Brasil: a engenharia da educação em engenharia
Quando Mao Tse Tug anunciou o “Grande Salto Para Frente” da China, o mundo todo tremeu. Mas, foi um rebate falso.
Fracassou o plano do Grande Ditador de fabricar milhões de toneladas de ferro gusa em fornos domésticos, comunitários, pela população chinesa, num esforço patriótico para lançar a China na vanguarda industrial mundial.
Viu-se que o ferro gusa produzido, em fornos domésticos, não tinha a qualidade esperada. Faltavam: tecnologia, conhecimento, especialização, instalações industriais, enfim faltavam engenheiros.
Mais tarde a China daria um grande salto para frente. Mas antes deu um grande salto pra frente na preparação tecnológica, precedida pelo salto na engenharia, precedido pelo salto na formação em massa de engenheiros. Em quantidades chinesas, como nunca se viu no mundo.
O C dos BRIC e o B de Brasil: a engenharia da educação em engenharia
Quando Mao Tse Tug anunciou o “Grande Salto Para Frente” da China, o mundo todo tremeu. Mas, foi um rebate falso.
Fracassou o plano do Grande Ditador de fabricar milhões de toneladas de ferro gusa em fornos domésticos, comunitários, pela população chinesa, num esforço patriótico para lançar a China na vanguarda industrial mundial.
Viu-se que o ferro gusa produzido, em fornos domésticos, não tinha a qualidade esperada. Faltavam: tecnologia, conhecimento, especialização, instalações industriais, enfim faltavam engenheiros.
Mais tarde a China daria um grande salto para frente. Mas antes deu um grande salto pra frente na preparação tecnológica, precedida pelo salto na engenharia, precedido pelo salto na formação em massa de engenheiros. Em quantidades chinesas, como nunca se viu no mundo.
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