Guerra e paz, opinião pública é para reality show
Livros em Amazon.com
Essa oração deveria terminar com amém.
Sou cientista política e sempre detestei meus colegas que fazem previsões políticas, pois nas 44 matérias ou disciplinas do curso de graduação e de mestrado em nenhuma delas consta adivinhação, previsão, quiromancia, leitura de cartas Tarô, jogo de Búzios, nem torcida a favor ou contra qualquer regime político ou sistema de governo como parte estrutural direta e conspícua do objetivo e do escopo do curso, muito pelo contrário, a análise política visa confrontar situações do passado com as teorias explicativas que possam sustentar um argumento e poder refutar conforme a metodologia refutacionista iniciada pelo sociólogo e físico Karl Popper.
Qualquer incauto que ainda no século XXI ainda utilize de categorias de análise não recomendadas porque não fazem parte do arsenal de análise como por exemplo: os julgamentos morais, a busca de motivos nas intenções não reveladas, a procura de culpados e a busca de maldade e de bondade nos atos e nas decisões fica completamente fora da análise política, assim como o julgamento subjetivo e psiquiátrico dos agentes políticos embora interessante não fazem parte de nenhum item do arsenal epistemológico, ontológico e holístico do esquema analítico, portanto, um vídeo deste carregado de emocionalismo, e de críticas moralistas apenas indica que o produtor é um indivíduo romântico que assiste aos eventos como um torcedor como se a guerra fosse uma competição onde o público escolhe o campeão como acontece no reality show, e nós da torcida escolhemos os nossos heróis para a nossa torcida do bem contra o mal, e quem assim pensa sobre os países e sobre os conflitos separando o lado bom do lado mal certamente está bem longe do mundo real.
O mundo real está como dizia Karl Marx para confrontar as esfera de interesses estruturais, e para quem não sabe, segundo a análise marxista, a estrutura do sistema capitalista é a economia, o resto é o comitê de defesa dos interesses da burguesia.
Por outro lado da visão marxista vem a visão funcionalista que privilegia a análise sobre o papel das instituições na sociedade cada qual obedecendo a sua função orgânica de complementariedade e de integração ao mesmo tempo, para promover a eficiência da civilização através da divisão de tarefas e de aproveitamento das vantagens comparativas de cada membro do sistema mundo onde possa haver a interação e a integração harmoniosa, porque a natureza distribuiu desigualmente os recursos para a sobrevivência da humanidade para que a humanidade aprendesse a trabalhar de modo cooperativo, portanto 90% das terras secas do planeta terra se encontram no hemisfério norte, logo, 90% da população da terra vive no hemisfério norte, 80% do petróleo do mundo se encontra nos países mais pobres da terra, 98% de todo o nióbio e titânio encontra-se na Rússia e no Brasil, a maior floresta do mundo verde aproveitável fica na América do Sul, o Canadá tem apenas 15% do território quente o ano inteiro, o restante é apenas neve inútil, assim como o Alasca que não pode ser devidamente explorado e habitado por seres humanos, então sem a integração internacional não colonial e imperialista fica apenas a alternativa do comércio internacional justo ou então vai se para as guerras, como essa que assistimos, onde 513 bilhões de metros cúbicos de gás que a Europa consome mais de 60% nasce no Cáucaso e sem ele não sobrevive a Europa e pelos gasodutos fluem mais de toda a metade desse gás e sem ele seriam necessários 533 mil navios gaseiros para substituí-los, o que seria impossível, apesar da propaganda americana e da enorme mentira sobre o Xixto ser esse alternativo por total falta de logística suficiente economicamente e tecnicamente para fazer a operação complicada e trabalhosa de liquefazer e gaseificar duas vezes o produto todas as vezes que se faça o reabastecimento pelos navios, agora tardiamente constatado debaixo de muita propaganda e massacre midiático do ataque verbal e soba a camada oficial dos discursos políticos exagerados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário