terça-feira, 18 de outubro de 2022

Incompatibilidades Regionais. Nordestismo

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Incompatibilidades Regionais. Nordestismo



As etnias são caracterizadas por diferenciais fenotípicos, formando tipos como: asiáticos, com olhos espichados, pele amarela, baixa estatura, nariz pequeno, olhos negros, cabelos negros e muito lisos, lábios pequenos e finos; africanos, pele escura, corpo musculoso, nariz arredondado, lábios grossos, cabelos crespos, negros, grandes nádegas; caucasianos, pele clara, testa grande, olhos mais juntos, nariz fino, queixos largos, olhos claros, cabelos loiros, estatura mediana; indianos, cabelos lisos e negros, sobrancelhas grossas, lábios grossos, corpo troncudo; assim, o nordestino possui um fenótipo próprio característico com pescoço curto, cabeça triangular e avantajada, corpo pequeno, ossos salientes, ossatura da face proeminente, membros longos, facilmente destacado do restante da população em geral no Brasil.

Os nordestinos possuem um sotaque muito forte nas vogais abertas, fazendo uma fonia diferente em algumas consonantais, e ditongos e uma prosódia cantada como se falasse com uma partitura musical fazendo sempre uma melodia com uma parte inicial de abertura da frase mais forte e entonando mais baixo para terminar em tom mais alto, sempre cantarolando.

A sua culinária é caracterizada por uma singularidade especial considerando que a enorme habilidade em preparar pratos muito elaborados que requerem muito tempo de preparo e de ingredientes regionais nativos e exclusivamente endêmica.

Em pouco tempo a cultura construiu um gênero pelo menos musical, e um gênero literário pelo menos com os respectivamente gêneros baião, xaxado, forró, cordel, festas regionais como o São João, renda, artesanato em couro e argila, duelo de repentistas, acordeão típico chamado sanfoneiras, frevo, capoeira, o famoso acarajé, caruru, canjica, baião de dois, arroz de xinxim, vatapá, Candomblé, Umbanda, muitos países sequer possuem sua culinária, como os EUA, Alemanha, porém a variedade culinária é acompanhada pela qualidade diversa de frutos e de frutas endêmicas do clima e do bioma do Nordeste.

Já é uma nação separada pelas culturas, pela língua e dialeto, com um vocabulário próprio e regional, com costumes e uma organização social baseada na tradição do sobrenome familiar dos clãs dos Rodrigues, dos Gonçalves, dos Ribeiros, dos Silvas, dos Nonatos, dos Assis, dos Medeiros, dos Ximenes, dos Fernandes, dos Albuquerques, dos Carvalhos, dos Carneiros, dos Amarantes, dos Nogueiras, dos Vieiras, que formam os troncos das famílias quase sempre em lutas centenárias como os Capuletos e os Montechios.

Para onde migram levam sempre o sotaque forte, a farinha, a rapadura, os temperos e nunca se adaptam às culturas para as quais migram, são resilientes e orgulhosos, formando guetos e comunidades fechadas para não nordestinos, como fazem os ciganos e os judeus pelo mundo e pela linha do tempo.


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