domingo, 31 de março de 2024

A lógica da fé religiosa

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político


A lógica da fé religiosa


Qual seria a lógica da fé religiosa em uma versão customizada pelas doutrinas religiosas e pela liturgia das cerimônias religiosas em permanecer com um comportamento submisso e prestativo quase escravo de um Deus que precisa dar a proteção 24 horas e 365,25 dias por ano porque esse frágil ser não tem como se proteger de nada, de nenhum mal, que precisa de muita sorte para sobreviver, se tiver muita graça de Deus para poder ter uma chance de prosperar materialmente com o seu patrimônio e ainda ficar protegido e blindado das doenças?

Nada disso se confirma para além do capítulo 28 do livro de Deuteronômio onde para o povo escolhido exclusivamente se fazem as promessas e um contrato de fidelidade com agrados e maldições, as maldições todas descritas aconteceram durante o holocausto nazista, item por item de Deut.28. O que confere a maldição cumprida.

Porque criaria Deus um cérebro extraordinário, capaz de fazer inferências, observações, especulações, criações, deduções, confabulações, inventos, investigações, extrapolações, criar mitologia, inventar deuses, criar religiões, criar a ciência, produzir artefatos tecnológicos, mudar a geografia terrestre, pisar na lua, então este frágil ser precisa dos cuidados de Deus em troca de uns hinos religiosos chorosos, animados, empolgados, tristonhos, orações intraduzíveis, promessas de sacrifícios, dinheiro? 

Deus precisa de teu dinheiro para fazer uma ceia de natal, ou para almoçar quem sabe, então, criamos um Deus que nos criou para servir ao Deus criador para que ele nos proteja? 

Deus criou um ser tão capaz e inteligente, autônomo e inútil incapaz de cuidar de si sem ajuda dos Deuses?

É isso?

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