seção de comentários sobre temas sociais do professor politólogo e filósofo Roberto Rocha "o Neguinho"
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Vamos sobreviver ao mundo sem smartphone e sem egos gigantes de silicone
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
Terra Plana
Roberto da Silva
Rocha, professor universitário e cientista político
Livros na Amazon.com
Ainda vão ser
escritos milhares de livros sobre este fenômeno midiático que somente existiu
nestas dimensões e proporções graças a bolha virtual da lacrolândia das redes
sociais na internet.
Ainda não sabemos
como começou e por quê e como atingiu proporções e repercussões universais um
tema que deveria nunca jamais ter sido colocado na agenda mundial, quando se
trata de fatos científicos, que independem de opinião ou da fé.
A epistemologia
científica nunca foi tão evidente sobre o que é a discussão de que é
ciência e de quais são os métodos e o ethos científico.
O Antropólogo norte
americano Robert Merthon em seu tópico sobre a verdadeira ciência lembrou que
ciência também possui seus dogmas entre eles o de ser o único caminho da busca
da verdade, e por isso sem o prová-lo acaba se tornando em uma declaração sobre
si mesma em um dedutivismo visto que a fé na ciência cegamente é por si só a
negação dos princípios científicos, a ciência, segundo Karl Popper, deve ser a
primeira instância para desconfiar de seus próprios métodos e de seus
resultados daí a criação do método científico chamado hipotético dedutivo onde
todo conhecimento científico sempre será provisório e sempre será superado e
descartado em algum momento no futuro.
Se valendo deste
processo de transição de paradigmas provisórios e temporais do estágio de
conhecimento científico pessoas que desconhecem a epistemologia da ciência
imaginam que fazer ciência é ter a permissão e a liberdade de duvidar de tudo a
qualquer tempo, sem saber que isso acontece quando a dúvida científica é uma
dúvida estruturada, e não apenas uma simplória teimosia.
Existe um espaço de
observação, e de experimentação, de descoberta, de verificação, de hipóteses e
de verificabilidade, e, mais importante, de refutação tudo dentro de métodos
aprovados e aceitos como o teste do qui quadrado onde existe a metodologia
específica de coleta de amostra de dados, de seleção de amostra, de análise da
amostra, de elaboração de tabulação dos dados, e de conclusões e validação sobre os
resultados.
Existe o teste de
hipótese que antecede a coleta de dados porque não existe pesquisa sem
teleologia que é uma pressuposição anterior à elaboração dos procedimentos de
busca de resposta, portanto, para se afirmar ou para se infirmar algo é preciso
a hipótese preliminar.
Por isso algumas
práticas humanas não merecem o nome de científica nem de ciência, como a
medicina que não consegue cumprir com os requisitos da metodologia para se
enquadrar como ciência, por mais que isso possa surpreender as pessoas que não
fazem parte da comunidade científica, o senso comum julga que a medicina seja
uma ciência, na verdade muitas práticas humanas não são ciências stricto sensu,
como a Geografia, a Psicologia, a História, o Direito, Pedagogia, Psicanálise
são todas para-ciências ou metaciências.
Para que o
terraplanismo merecesse uma importância como objeto de estudo precisaria estar
baseado em observações e dados experimentais e não apenas na simples vontade
teimosa em protestar e contestar a ciência para apenas provocar uma resposta
contestatória baseadas em experimentação e fatos já conhecidos e ignorados
brutalmente e propositalmente pelos teimosos defensores de crenças as quais a
ciência deveria se posicionar com os seus métodos e observações meticulosas.
A lista de objetos de
estudo científico só tem aumentado tentando provocar uma reação científica que
de modo algum merecem uma olhada pela prática empírica como além da questão da
terra planície também trouxeram a diversidade sexual, a caminhada de um homem
em solo lunar, o aquecimento global, a democracia como modelo único universal,
os direitos humanos universais, equilíbrio ecológico, evolução das espécies,
competição das espécies, a lista de problemas jogados no berço da ciência só
tem aumentado mesmo contra todas as indicações de que não fazem parte do mundo
objetivo empírico.
A questão da
epistemologia vai muito além do que a capacidade do indivíduo comum pode
compreender quando adentra o mundo quântico da física onde a varável tempo que
sustenta toda a física clássica se vê de repente sendo destruída quando a
causalidade sofre consequência imprevisíveis quando fenômenos como a fenda
dupla de Fresnell ou a quantização da energia de Max Plank ou princípio da
incerteza de Heisemberger quebram todas as nossas expectativas que
surpreenderam a alguém menos do que Albert Einstein.
De repente nos vemos num processo onde se discute na rua a qualidade de tratamentos com cloroquina e hidroxicloroquina sem tabulação de dados sem amostragem sem testes estatísticos sem qualquer princípio metodológico, e na política de repente pessoas passam a agir em interesse puramente contencioso obrigando pessoas a agirem irracionalmente e contra os seus próprios interesses, aí vemos a mídia odiar a cloroquina criação do "dr Bolsonaro" e o Bolsonaro ogerisar as vacinas do laboratório do governador de São Paulo, "Dr Doria", criador e inventor defensor das vacinas anti cv.
Assim Lula pode chamar Campinas ou Pelotas de "fábricas de boiolas" e as
mulheres de "grelo duro" não os transformaram em homofóbico e fascista - na interpretação da bolha canhota -, por outro
lado a negativa de poder estuprar a deputada Maria do Rosário transforma o
excitante não-estuprador Bolsonaro em estuprador porque declarara que não poderia
estuprá-la.
Quem definiu a
impropriedade do tratamento precoce da Cloroquina foi o "instituto de pesquisa
do STF", pois como é praxe no mundo da medicina os tratamentos possuem estudos
que vão de um extremo ao outro de eficaz ao contra-indicado sobre o mesmo
complexo químico terápico, basta ver as bulas na posologia e contra-indicações
certamente que nenhum remédio seria utilizado se as pessoas se ativessem
estritamente às recomendações a diferença entre o remédio e o veneno é a dose e
as condições de tratamento e do paciente. Elementar.
As opiniões pessoais
e o momento acalorado estão transformando ou exacerbando o lado irracional da
humanidade nos remetendo aos piores temores sobre a capacidade humana de
entender e conviver com as diferenças, o slogan da ONU é todos somos iguais,
ao mesmo tempo em que a natureza está acima da própria humanidade e de sua
sobrevivência nem que para isso precise elevar a voz de uma menina doente com
autismo em portadora de profecias sobre a sobrevivência da humanidade por causa
da extinção das tartarugas do projeto Tamar.
domingo, 31 de outubro de 2021
Um não é igual a um
A teoria dos números nos apresentam alguns corolários.
Um deles diz que os números naturais são grandezas absolutas e que os
números naturais são discretos, descontínuos.
Cada sistema de números possui um conjunto de grandezas e de atributos
como sistemas definidos como: números naturais, relativos, decimais, imaginários,
fracionários, logaritmos neperianos.
Então vamos ao que interessa; dizer que: 1 ≠ 1. É um
corolário proposto.
Para prová-lo utilizarei da relação trigonométrica com seno e coseno.
Se considerarmos o sistema de números imaginários esse problema seria
facilmente resolvido, porém no sistema de numeração cartesiano decimal natural
fica a confusão sobre esta desigualdade nem tão óbvia.
Um é igual a um; para assumirmos essa igualdade 1 = 1 pensemos que um
navegante esteja manipulando seus sistemas de coordenadas cartesiano e
calculando o azimute pensaria corretamente que coseno de 0º é 1 em
representação decimal cartesiana natural.
Acontece que também é 1 o valor do seno de 90º.
Algebricamente 1 = 1, logo coseno de 0º = seno de 90º.
Algebricamente falando sim, porém o navegador iria trocar as coordenadas
no plano cartesiano comutativamente de 0º em 90º perdendo completamente o rumo
pretendido no azimute da sua orientação na navegação.
Logo existem condições para que 1 = 1 pois nem sempre é, portanto
1 ≠ 1.
100 – 99 = 8 – 7
Então:
100 + 7 = 99 + 8
Logo:
107 = 107 identidade aritmética no campo dos naturais
Mas pode ser também no plano cartesiano visto como a
transformação trigonométrica:
Sen(90º) = 1
cos(0º) = 1
logo:
Sen(90º) =
cos(0º) ?
Não se pode substituir 1 por cos(0º) simultaneamente
Porque pode substituir também 1 por Sen(90º)
0º e 90º não são comutativos
Elementar, um objeto não é comutativo com outro de natureza diferente.
Por exemplo uma (1) casa não é comutativa com uma (1) maçã.
Por isso (1) não é = a (1)
Sen(x)^2 +
cos(x)^2 = 1
Sen(y)^2 +
cos(y)^2 = 1
1 = 1 outra identidade trigonométrica combinada com os
naturais ou expressa uma relação trigonométrica em números da categoria dos
números naturais
Ou
1 = cos(0º)
Ou
1 = sen(90º)
Mas 0º não é igual a 90º
Fomos convencidos a pensar que unidades adimensionais são absolutas
como valores absolutos no campo dos naturais puros, mas existe exceções como
funções trigonométricas representadas por naturais ou fracionários também e
racionais derivados dos naturais, que não permitem a identidade por quê não são
valores comutativos como função bijetoras, logo, não se pode sempre pensar um
número como um valor absoluto e universal. Um número assim é como se fosse uma
incógnita ou até uma função, conjunto domínio ou conjunto imagem.