Um céu para cada cultura
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A versão do céu dos muçulmanos é um lugar com 40 virgens para cada homem; a versão para os evangélicos é um lugar com leite e mel, cantando o dia inteiro e adorando ao Senhor sem parar, com anjos de branco com asinhas nas costas tocando harpas; para os pobres do Brasil e da Rússia o céu é uma cozinha cheia de pratos para lavar em um restaurante em Miami, e um Honda Civic usado na garagem; cada um tem seu céu que merece.
Para a classe média o céu pode ser as paradisíacas praias do Caribe, noites em Paris no Champs Elisee, tomando champagne Dom Perignon, passeando no Boulevard ou no Museu de Louvre; O céu do professor de Sociologia da USP é ser felow em MIT nos EUA trabalhando com Noam Chomsky numa teoria do minimalismo da neuroliguagem opressiva da classe dominante capitalista.
Quando Paulo, ou Matheus, ou Lucas, ou Apolo, ou Pedro introduziram a doutrina do castigo eterno no inferno, o diabo e o céu paraíso no velho evangelho e nas cartas apostólicas que foram parar no novo testamento, passaram por cima de toda a tradição do Tanak e de Moisés e Abraão e de todos os profetas do velho testamento que jamais cogitaram da existência da vida após a morte, e inventaram ou assimilaram as doutrinas dos fariseus da ressurreição e da eternidade da tal da alma que não pertence à velha doutrina de Moisés, nem Jesus que morreu judeu.
Então cada um tem um céu que imagina estar à sua altura.
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