quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Brasil exportando engenheiros para os USA

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Brasil exportando engenheiros para os USA



Quem não é da área de engenharia ou não faz parte da turma de pesquisa socioeconômica do IPEA ou do IBGE, e de institutos de pesquisa sobre educação nas universidades ficaria surpreso com indicadores sobre o sistema de educação nos USA, para ilustrar apenas dois fatos nos mostram quão é frágil o sistema de formação dos USA: durante a segunda grande guerra mundial apenas um dos físicos encarregados de desenvolverem a primeira bomba atômica da história da humanidade era americano, todos os demais quase 100 físicos e químicos, matemáticos e estatísticos do projeto Manhatan erm estrangeiros; atualmente 100% dos PHD das áreas de física são migrantes, segundo Michio Kaku, também migrante.

A bolha de formação de engenheiros dos USA já tinha estourado desde a guerra fria, e apenas pirou, hoje os USA possui uma demanda não atendida de formação de matemáticos, matemáticos entendidos como o grupo dos engenheiros mecânicos, engenheiros elétricos, engenheiros navais, engenheiros civis, engenheiros aeronáuticos, matemáticos, físicos, estatísticos, cuja formação anual é de 210 mil formandos incompletos, pois o college dura 3 anos e precisa complementar a formação com o mestrado profissional de mais 2 anos; enquando a França forma por ano 340 mil matemáticos com o maior índice por habitante do planeta; a Índia forma 640 mil matemáticos por ano; China forma 1.600 mil matemáticos por ano, a Rússia forma 510 mil matemáticos por ano, assim a defasagem dos USA é enorme, o Brasil forma 40 mil matemáticos por ano, mas a qualidade dos formandos do ITA, USP, IME, Unicamp, UFMG, Pouso Alegre, UnB, UFSC, UnB, UFRGS, UFPR cobrem esse buraco com muita qualidade dos formandos que começa na seleção, excetuando-se os cotistas e outras formas menos acadêmicas de seleção dos alunos.

O Brasil pode exportar engenheiros e cobrar por isso, não pode gastar dinheiro das escolas e universidades públicas e doar cérebros para o USA, para o Canadá.


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