Em sua coleção de livros “O Capital” Heinrich Karl Marx, conhecido como Marx, o comunista, deixou muito claro a sua teoria dialética sobre a sociedade baseada nos dois constructos de categorias analíticas ontológicas que formam a sociedade analiticamente em todos os tempos e em todos os quadrantes da civilização que ele denominou como categorias analíticas dialéticas de: a) estrutural; b) superestrutural.
A estrutura sobre a qual se projeta e se alinha todas as instituições e todos os atos e fatos da sociedade ele chamou de: capital, o dinheiro, as riquezas, as finanças, o lucro, os bens;
À superestrutura ele denominou de instituições burguesas de dominação de classe capitalista que são formadas pelo aparelho de hegemonia do estado:
a) executivo; legislativo; judiciário;
b) empresas; bancos; indústrias;
c) instituições civis; escolas; igrejas; religiões;
d) forças armadas; polícia; organizações paramilitares;
e) instrumentos de dominação ideológica; leis; normas; contrato; cultura; família; moral; costumes;
f) artes; literatura; esportes; meios de comunicação; jornais; redes sociais.
Fiz a "mea" tradução e atualização gramsciana dos instrumentos privados de hegemonia do setor social dominante que Marx alternava entre burguesia e capitalismo, mesmo porque nem todo burguês é um capitalista, como os intelectuais orgânicos da sociedade que possuem o poder de manipulação do comportamento como os cientistas, especialistas, as celebridades, os artistas, os atletas, os famosos, os professores, os juízes, os locutores de meios de comunicação e atualmente conhecidos como produtores de conteúdo das redes sociais também conhecidos como influenciadores, “influencers”.
Se todo o processo capitalista se desenvolve sobre suas estruturas e superestruturas, a pergunta que não quer calar é: como e quem são os agentes capitalistas que financiaram e sustentaram os gastos das revoluções capitalistas da URSS e na China?
De onde saiu o dinheiro das revoluções?
As demais revoluções consequentes e subsequentes foram financiadas pela URSS e China a partir do sucesso das revoluções soviéticas e maoístas.
Uma proxi muito adequada do financiamento mencionado anteriormente onde poderemos, por analogia, perceber que por 70 anos a empresa aeronáutica norte-americana Lockhead tem produzido com exclusividade e com monopólio o único avião cargueiro leve com excelente reputação e boa prestação em segurança, flexibilidade, economia e versatilidade incomparável capaz de entregar cargas e pessoas do Ártico ao deserto do Saara, de modo impecável, talvez por isso nunca teve concorrentes à sua altura, embora muitos fabricantes americanos, europeus, japoneses, coreanos, espanhóis tivessem tentado competir e falharam, e por isso permaneceu imutável durante sete décadas reinando sozinho no mercado mundial comercial militar de transportadores militares ligeiros.
Surgiu um concorrente sinistro, inesperado, de um país inesperado, mais ágil, mais veloz, mais versátil, mais moderno que somente perde em confiabilidade que necessita de muitas horas de voo e de muito tempo para igualar e superar as qualidades do Hércules da empresa Lockhead, com seu consagrado e super-testado modelo aprovado por 70 anos de serviços impecáveis em quase cem forças aéreas do mundo inteiro.
Este desafiante é o modelo da empresa brasileira de aeronáutica EMBRAER, o chamado pelas siglas C390 Millenium, que vem se apresentando como um sucessor promissor, mais moderno, capar de prestações de serviço muito mais rápida, muito mais flexível, convertível, escalabilidade de manejo entre funções em minutos ao contrário da dificuldade de adaptação de funções no Hércules demandando horas para ser preparado, e mais tecnológico e com conforto que o Hércules nunca teve com um simples WC na cabine.
Chegado momento de muitas forças militares aposentarem seus velhos Hércules não existe argumento racional capaz de dar a vantagem da escolha para o modelo da Lockhead, exceto, no limite, a tradição e a política.
Então a escolha do modelo velho que não quer morrer para dar lugar ao novo somente pode ser justificada pela velha moeda da chantagem e do suborno.
A escolha do modelo revela ao mundo a fragilidade dos governos em seguir a linha do progresso, trocando o modelo projetado com tecnologia de setenta anos, com lápis, régua de cálculos, por um modelo projetado com visão de 3D, computação gráfica, hologramas na sua prototipação e dentro das características e parâmetros das instituições e organismos multilaterais e internacionais de controle de qualidade e de certificações de consumo de energia, materiais ecológicos, economia de materiais e combustíveis, níveis de ruídos, ergonometria e eficiência.
Este modelo de escolha de compra dentro das especificações militares limite militar que não olha o preço como condição de aquisição sine qua nom ainda assim torna o modelo modernizado e de reengenharia no Hércules mais caro do que o Milenium, isso nos indica que os caminhos para o financiamento das revoluções passam por um processo semelhante e tenebroso de escalada de recursos que passam ao largo dos controles orçamentários legais, são os mais secretos e suspeitos, se pensarmos que somente na guerra dos Seis Dias que acabou na mudança do patamar energético mundial baseado no petróleo barato, custou uma reengenharia mundial nos projetos e nos processos de construção dos automóveis que eram a maior indústria setorial na humanidade, custando essa reviravolta em torno de 50 trilhões de dólares de prejuízo no PIB mundial, então, uma revolução como a nazista de Hitler, uma guerra da Coreia, a guerra do Vietnam, a guerra do Iraque, a guerra no Kwait, a revolução de Mao na China, a revolução comunista soviética, podem ter tido gastos nunca rastreados pela humanidade, cujas fontes de financiamento jamais serão esclarecidas.
Somente a Alemanha construiu 700 submersíveis da classe U2; os USA construíram na segunda guerra mundial cerca de 10.000 embarcações e 80.000 aeronaves, os soviéticos construíram cerca de 40.000 blindados e tanques de guerras, então: quem financia as revoluções para a humanidade?
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