terça-feira, 15 de março de 2022

lições da guerra na Ucrânia

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

lições da guerra na Ucrânia

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Eu sou cientista, a ética profissional e a metodologia científica nos impõe um afastamento espaço-temporal, a postura e ethos científico nos impõe o afastamento de qualquer emoção, e de preferências ideológicas, por isso a metodologia científica e as técnicas científicas nos exigem negar todas as emoções, as emoções humanas são as nossas maiores fraquezas, a segunda maior fraqueza é a sensação ou sensualização para observar porque os sentidos nos enganam, não permitem tomar as medidas precisas e exatas de todas as dimensões, não apenas o calor, ou temperatura, bem como a percepção de distância e de tempo, de velocidade, e aceleração, de profundidade, de ph e acidez, portanto, o cientista se torna não humano para ser um pesquisador, para isso precisa depurar sua linguagem, jamais utilizar adjetivos, e julgamentos pois que o julgamento e os juízos são a consequência da impressão que os dados numéricos precisos deveriam causar secundariamente no processo de impacto psicológico nas pessoas que vão ler ou ouvir as informações colhidas friamente por cientistas.

 

O que não falta no momento é a guerra de censura e de opinião sobre os eventos que ocorrem atualmente na Ucrânia, já que não estamos tratando de guerra, tal a desproporção de forças envolvidas, foi uma invasão ou ocupação, como poderíamos qualificar a presença num outro território de uma força militar estrangeira que não foi convidada, assim, as forças militares dos EUA estão desde a segunda grande guerra mundial no território estrangeiro em Okinawa Japão sem o consentimento do povo japones desde a segunda guerra mundial, 1944, assim está presente na Alemanha e Itália pelos mesmos motivos, as mesmas forças militares, então mudar o nome de guerra para ocupação, ou invasão não muda o fato concreto de ter a presença de uma força militar de um país que está presente em outro país sem ter sido autorizado estar ali e ali permanecer indefinidamente.

 

Ao longo da História sempre percebemos uma regra de abuso de poder que se apresenta como a facilidade com que uma força militar muito superior se impõe sobre um outro grupo nacional fazendo valer pela ameaça pela influência e pela intimidação o seu desejo de pilhagem das riquezas e o sequestro da autonomia e da soberania, proibindo os outros de desenvolverem seu arsenal militar de modo a não ameaçar a sua superioridade, assim inventam falsos dilemas morais que não se aplicam a si próprios sobre os perigos de armas nucleares, de tecnologia de foguetes e mísseis, de submarinos, de aeronaves, de satélites, de explosivos sempre de forma velada para proteger os outros dos perigos contra si mesmos, procura manter sob controle extremo a  política interna de outrem com falsos perigos criados com a teses de pseudos cientistas sobre ameaças forçadas sobre a destruição na terra dos recursos naturais, sobre versão própria de princípios de direitos humanos, de suas próprias versões e modelos de democracia, direitos sociais, direitos de minorias étnicas e religiosas, enfim qualquer contencioso que possa servir de alavanca e de cunha para a sua intromissão automática e divina superior para a admoestação e aplicação de sansões desproporcionais apenas para constranger e manter o outro debaixo de controle, controle de compra e vendas de armas militares estratégicas, acesso a tecnologias avançadas, tudo que pode ser controlado debaixo de um discurso benevolente e bastante moralista, humanitário, falso, hipócrita, mentiroso, enganador, perverso, cínico, velado, abusivo e choroso.

 


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