segunda-feira, 7 de março de 2022

Infância tardia

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

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Infância tardia

 

Estamos regredindo à infância conforme Herder previra nos ciclos Históricos sendo que as coisas velhas que teríamos superado estão sendo reformatadas justamente quando esperávamos que a civilização mais avançada que já surgiu está experimentando um retrocesso Histórico como se vivesse um avanço através dos protagonistas que são os novos intelectuais virtuais  que assim são validados pela quantidade de engajamentos nas redes sociais.

Sempre valeu o plebiscito da opinião da maioria como veredito de sucesso que está validando comportamentos sem passarem por qualquer controle de qualidade apenas validados pela simples opinião da maioria.

Nesse momento da humanidade se pergunta como chegamos ao estado atual nesta condição intelectual humana onde todos os progressos intelectuais foram soterrados por pensadores que apenas se preocupam com um formato de ideais baseado em afirmações e conceitos baseados em princípios, constructos analíticos, categorias analíticas que não se enquadram em qualquer arquétipo acadêmico conhecido e reconhecido.

Vamos chamar a estes princípios nunca demonstrados teoricamente e anteriormente como espasmos identitários da bolha digital construídas sobre lacração de demagogos e militantes de causas completamente idiossincráticas e despojadas de fundamentação científica.

Eles se auto denominaram politicamente corretos, e a limpeza de conceituação começa com a remoção de palavras do vocabulário e a ressignificação de vocábulos com novas conotações dentro das novilínguas conforme previra George Orwell no livro 1984.

Então as práticas abusivas e extremamente vazias de qualquer valor científico começam na prática gastronômica e se estende ao mundo extremamente complexo das previsões meteorológicas que desde a segunda grande guerra mundial justamente quando estas previsões costumavam ser extremamente vitais para o sucesso porém muito precárias, pois envolvem uma quantidade improcessável de dados nos supercomputadores que se mostraram incapazes de dar conta desta tarefa impossível de fazer uma previsão segura e infalível das condições do cenário atmosférico de curto prazo. Estes novos idiotas podem prever a mudança climática apenas fazendo um enorme esforço mental e espiritual, com a ajuda de uma pequena menina sueca com síndrome de Asperger.

Então as idiotices infantis começam com a tentativa de criação de um vocabulário controlado pelas visões nubladas sem uma visão muito nítida do que pretendem com essa ressignificação das palavras no conceito em que os desprestigiados não podem ser chamados pelo nome, assim o pobre vira no novo vocabulário uma simples e mera vítima da suposta irracionalidade do sistema financeiro e econômico de distribuição de patrimônio de modo desigual, não importando como esse patrimônio foi construído, com que sacrifício e renúncias pessoais e familiares, estes ex pobres são apenas vítimas de involutária exclusão digital, excluído econômico, excluído de todo gênero, então ressignificaram os nomes das coisas, profissões, e situações.

Elevaram a um patamar os níveis sociais mais baixos dando uma falsa garantia de dignidade mínima apenas trocando os nomes?

Abolimos termos como: favela, empregada doméstica, pobre, macho, prostituta, ladrão, corrupto, mendigo, analfabeto, menor de idade infrator, prisão de menor, homossexual, homossexualidade; então essa busca por um eufemismo para não estigmatizar e para não ofender as idiossincrasias e não danificar as sensibilidades dos desprivilegiados os obriga a utilização de um complexo de mirabolantes exercícios de delicadeza linguística diplomática com a tentativa de desfazer no campo das ideias a situação de precariedade evidente que as tentativas em vão não podem amenizar nem esconder.

Esse comportamento quase infantil de se esconder embaixo de palavras que não mudam a realidade serve apenas para denunciar a inocência dos credores de que a situação de desigualdade pode ser maquiada e diminuída com as palavras delicadas e elegantes para designar as piores coisas que a vida pode deixar de proporcionar para garantia da dignidade mínima para os excluídos.

Estas crianças acreditam que vão acrescentar dezenas de anos a mais de vida se deixarem de se alimentarem de carnes de animais, de produtos transgênicos, de frituras, com abstinência de sal, de açúcar, de banho de sol, gorduras trans, ovos, manteiga, leite, de uma dieta fornecida por exotéricos sem nenhuma pesquisa científica provando a qualidade do sushi e sashimi como alimentos mais saudáveis, apenas acreditam que podem prever uma ameaça de aquecimento global com data prevista para grandes catástrofes segundo Al Gore para o ano fatídico de 2015 quando deveriam desaparecer por submersão pelo derretimento das geleiras do Ártico e Antártico desaparecendo com todas as cidades litorâneas e as fabulosas Ilhas Fiji, mas nada disso aconteceu.

A USAF e USNAVY forças aéreas norte americanas e força naval americana tiveram que rebaixar todos os índices e parâmetros de critérios mínimos de pré requisitos de eficiência para admitir as mulheres como pilotas de aviões de combate de caça e bombardeiros o que significa rebaixar as exigências físicas e neurológicas para que possam sentar no cockpit de uma aeronave de 150 milhões de dólares que dispara mísseis de 250 mil dólares e bombas guiadas por GPS de 1 milhão de dólares, eu pergunto a que serve essa lacração e essa estupidez senão aos políticos como o mangina Obama para representar as diversidades todas em todas as funções e papéis profissionais mesmo com perda de qualidade?

Hoje assisti ao GP de moto onde competem os melhores pilotos mais radicais de motociclismo de velocidade onde ultrapassa-se os 300 km por hora em alguns segundos e nunca vi uma única mulher sequer competindo, onde o melhor piloto que sofreu uma queda desastrosa que o retirou das competições de moto velocidade por um ano não consegue manter o mesmo padrão elevadíssimo de competitividade, esse mesmo piloto se amputado a perna direita e tampasse o olho esquerdo ainda seria melhor que a melhor pilota de moto de velocidade.



Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

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