segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

O mundo todo seria destruído em uma guerra total nuclear?

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

O mundo todo seria destruído em uma guerra total nuclear?



Nâo, isso é fisicamente e matematicamente impossível, além de ser difícil calcular os alvos com tal precisão e exatidão que atualmente e estrategicamente seria inviável estatisticamente.

Essa análise fantástica seria um enorme sucesso no programa Fantástico Show da Vida da Rede Globo, acostumada a manchetes espetaculares apenas para impressionar a audiência e criar expectativas nunca confirmadas, como o fantástico projeto de governo petista com a derrota do fascismo de Bozzo, a realidade é um governo de coalizão totalmente esfacelado, sem cara, sem projeto, sem personalidade, um verdadeiro neo Sarneycracia, quem se lembra a herança de Sarney que entrou de carona na chapa da promessa Tancredo Neves que morreu deixando órfãos a expectativa geral.

Para destruir totalmente a terra então, precisa de um pouco de aula de geometria sobre explosões nucleares.

Uma bomba típica nuclear norte americana vai de 1 megaton a 2,5 megatoneladas de TNT, as russas do tempo da ex URSS são de 10 a 25 megaton, sendo existentes na URSS até de 50 e 100 megaton.

O alvo das explosões, dependendo da geografia do local da explosão e da altura da explosão em relação ao solo, a área afetada totalmente destruída imediatamente vai de 1 km de raio até 10 km de raio, o que exclui os subúrbios das cidades capitais e megalópoles com uma conurbação urbana como Nova Yorque ou Moscou precisaria de umas dez bombas de 5 megatons, mas nem sabemos se é possível a explosão de tantas bombas em intervalos pequenos entre eles por causa do efeito fratricida por causa do efeito do pulso magnético que pode destruir os circuitos eletrônicos dos foguetes e das ogivas inutilizando a bomba nuclear, ou pode detonar as bombas antes de chegarem ao alvo ou longe demais dos alvos, e ainda por causa da grande quantidade de lançadores de mísseis de interceptação a probabilidade de atingir o alvo seria bastante reduzida o que levaria ao lançador do ataque concentrar as bombas num mesmo alvo para garantir a destruição com certeza, portanto, nenhum país vai desperdiçar as bombas em cidades pequenas, muito menos em países sem importância nuclear estratégica.

E, além do mais, sendo uma guerra totalmente no hemisfério norte, as correntes atmosféricas do equador e a rotação da terra por causa do efeito das forças de Coriolis impede que as correntes de vento de um hemisfério circule no outro hemisfério, até por isso que as estações do ano são invertidas quando um é verão o outro é inverno, o que atrapalha a dispersão da radioatividade entre os hemisférios, aliás, 80% da população e das terras estão no hemisfério norte, e 80% dos oceanos está no hemisfério sul, portanto, concluindo a sua análise está cem por cento equivocada.


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