A tragédia da Revolução francesa
Libértè, egalité, fraternitè
Depois de 1789, 233 anos depois da maior revolução depois da
Renascença e do Iluminismo, Enciclopedismo, estamos finalmente vivento
plenamente os ideais da Revolução Francesa de 1789.
Estamos em plena era da liberdade, igualdade e fraternidade.
Este é o lema dos escoteiros franceses, da legião de Honra, dos jesuítas, dos
mosteiros budistas, dos seminaristas e das Testemunhas de Jeová. Mas, não foi o
que aconteceu com a civilização que se orgulha tanto da Revolução Francesa.
Como poderíamos estar comemorando a degola na guilhotina de
famílias inteiras apenas porque tinham o mesmo sobrenome, porque eram muito
ricas e porque eram poderosas, pois eram monarcas do Reino e Império Francês.
Segundo Burke
O pensamento de Burke
divergiu muito de iluministas como Rousseau. Enquanto Rousseau manteve uma
visão romântica da natureza humana e uma linha política progressista, Burke
possuía uma compreensão tradicional da natureza humana, calcada na tradição
cristã, e uma perspectiva política terminantemente conservadora. Em dada
medida, Burke previu o que aconteceria na “fase do Terror” da revolução,
sobretudo no ano de 1793. Ainda que suas considerações tivessem sido publicadas
em 1790, Burke conseguiu intuir os meandros nos quais a radicalização francesa
chegaria. Ele intuiu, inclusive, a perseguição aos nobres e aos reis antes
mesmo que os revolucionários passassem a fazer o uso indiscriminado da
guilhotina.
O erro da revolução francesa não foi aquele apontado por
Burke, mas o idealismo ingênuo quase religioso.
Tudo o que aconteceu foi decorrente do pensamento pueril de
querer tentar melhorar a qualidade da humanidade, assim pensaram: Jesus Cristo,
Buda, Maomé, Rousseau, Karl Marx, Adolf Hitler, Rosa de Luxemburgo.
E o que teria dado errado?
Nada nem ninguém pode melhorar a humanidade.
Quantas mais revoluções e sistemas ideológicos, religiões e
correntes filosóficas ainda teremos que experimentar para concluirmos depois de
quanto tempo e depois de quantas tentativas a humanidade terá de passar até se
prostrar diante da inexorabilidade da natureza humana?
O ser humano não é perfectível por causa da natureza
dualógica que exige dois lados complementares e contingentes, pares inseparáveis
com a luz e as trevas, o positivo e o negativo o pólo magnético norte e o pólo
magnético sul, o bem e o mal.
A fraternidade pode se tornar um perigo para a sobrevivência
da humanidade e das pessoas, precisamos de um grau de hostilidade para que haja
sobrevivência garantida entre os membros do grupo social e para a sociedade em
geral.
Imagine que na tragédia dos Andes ou no naufrágio do Titanic
todos fossem solidários e decidisse que salvar-se-iam todos os passageiros do
avião que caiu nos Andes ou que todos os passageiros do Titanic seriam todos
salvos e nenhum deles morreria, seriam solidários até a morte, ou o comandante
do módulo da Apolo 11, comandante Collins, retornasse para a terra porque os
astronautas que pousaram na lua, Aldrin e Armstrong, tivessem uma pane nos motores
dos foguetes do módulo lunar e ficariam abandonados na lua esperando a lenta
morte por esgotamento da reserva de oxigênio e de comida.
Assim todos os passageiros ficariam de pé no ônibus lotado
para evitar que alguns apenas viagem sentados enquanto outros passageiros viajassem
de pé.
O ideal de solidariedade inserido no ideal de fraternidade
implica em risco muito grande para a sobrevivência da estrutura social e
tornar-se um problema muito sério.
O ideal de igualdade é por si mesmo a maior aberração
antinatural de todo o universo, caso tivéssemos todos a mesma carga genética
poderíamos estar correndo o risco de uma doença congênita exterminar toda a
raça humana por causa da falta de variação e diversidade genética.
Um veículo com total grau de liberdade não teria qualquer
utilidade prática, para ser útil qualquer veículo precisa ter restrições aos
seus três eixos de movimento no espaço, para poder ser controlado e ir para a
direita, para a esquerda, para cima, para baixo, para frente e para trás, se o
veículo não puder ser controlado torna-se não apenas inútil quanto um perigo.
Quanto à igualdade somente na Matemática este símbolo =
torna-se uma obsessão dos corolários cuja meta seria a de se obter a solução de
uma equação algébrica que torne verdadeira a equação.
Mas os matemáticos sabem que o símbolo de igualdade é uma
abstração teórica que somente existe no mundo da cognição imperativos
categóricos desta ciência que se utiliza de regras para a manipulação dos
símbolos que representam grandezas através de sinais convencionados.
Nesse mundo matemático não importa a natureza intrínseca das
coisas, um animal pode ser 1 elefante ou 1 cachorro, se 1 = 1 um cachorro é
igual a 1 elefante, abstraindo-se a natureza dos entes representados pelo
numeral. O mundo matemático abstrai a natureza dos elementos porque é um mundo
simbólico.
Igualdade não existe na natureza segundo Hieráclito não se
pode tomar um banho no rio duas vezes, as águas mudaram e o corpo mudou perdendo
ou ganhando milhões de células portanto as águas do rio correram, não existem
duas folhas de árvore iguais nem duas impressões digitais iguais no mundo, e
por uma redução de regressão ao infinito nada se repete no universo, portanto,
nada é igual no universo, muito menos as pessoas.
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