Dez por cento da população da terra quer ser o paradigma e o protagonismo do mundo
Esses mesmos dez por cento da população quer ditar as normas de conduta geral como no Qatar durante a breve estada por ocasião da copa do mundo de futebol, onde as tensões provocadas pela situação milenar de cultura local entra em choque com o padrão mundial universal ditado pelo eurocentrismo, mesmo atropelando a máxima da Antropologia que diz respeitar cada cultura, sem hierarquia de direitos imanentes, segundo Hegel, os direitos naturais e universais permanentes e imutáveis são o direito à vida e à liberdade, os demais direitos são relativos, contingentes, necessários mas não indiscutíveis e relativizados.
Qualquer nova forma de direito precisa ser acordado pela população e pela comunidade local legalmente estabelecida como os direitos supervenientes como por exemplo o direito à sua religião fora de um sistema teocêntrico, ou o direito ao seu sistema de governo e ao seu sistema político, o direito de família onde se estabelece a monogamia ou a poligamia, o direito ao uso de bens de mérito coletivo, aos bens de usufruto comuns como passagens por rios e lagos, a divisão das obrigações dos impostos e taxas, o sistema de escolha dos políticos, e a constituição, são direitos acessórios e particulares construídos e constituídos com a maioria comum simples ou qualificada.
Todo o resto precisa ser respeitado dentro da jurisdição e competência legal de cada região e situação, devendo os conflitos e desentendimentos serem resolvidos de modo pacífico e através das normas escritas e morais não escritas da comunidade. O resto é lacração de minoria ativista que procura apenas se apropriar da hegemonia para impor sua visão particular e minoritária de mundo, justamente quando apenas dez por cento da população da terra que vive na Europa e nas Américas quer impor aos 90% da população do mundo que vive entre a Índia, China, Indonésia, Ásia, Oriente Médio, África e que consomem apenas 10% de toda a energia produzida no mundo, e apenas 10% de toda cocaína e drogas e bebidas alcoólicas de toda a humanidade não tem moral para impor padrões éticos para a humanidade como um todo.
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