Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
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Questão de paralogia filosófica, um caso de hermenêutica, ou um caso de técnicas de dialética?
Sempre que nos deparamos com uma paranóia coletiva e as especulações começam a se tornarem perturbadores da ordem pública - não por argumentos plausíveis muito menos argumentos lógicos -, as ideias novas que não se submetem às técnicas de pesquisa científica, e nem à metodologia científica, acabam desvalorizando todo o trabalho de formalização das hipóteses submetidas às bancas formalmente constituídas por pessoas de renomada e reconhecida competência intelectual acadêmica por uma instituição idônea, então o que vemos, é que a carência de credibilidade científica e institucional é substituída pelo alarido gigante que confere uma falsa credibilidade por causa, simplesmente, da quantidade cada vez mais crescente de um número de pessoas que aderem, simplesmente, porque o alarido na população aumenta, não importando mais quão estranha e grotesca possa ser a afirmação.
Então depois de muito tempo a quantidade de pessoas e o tempo que durar a paranóia confere credibilidade e passa a ser o principal argumento de sustentação da paranóia, e o absurdo começa a ser naturalizado até não mais ser ridicularizado nem tratado mais como simples aberração.
Então pessoas perdem vergonha e o medo de se expor para defender o indefensável sem precisar apresentar qualquer prova além do fato de que há muito tempo e muita gente já está acreditando.
Coisas como a afirmação de que a terra é plana, ou que nunca estiveram na lua, ou que o holocausto nazista de judeus nunca aconteceu, ou que o holodomor na Ucrânia é uma lenda, as pessoas que são acusadas sem nenhuma prova em sua vida pública, sem base em qualquer documento material apenas baseado em testemunhas das quais nem se quer se cobra a credibilidade, não passam por uma triagem psicológica e nem em uma investigação de prática caluniosa, geralmente pessoas que pensam em uma recompensa material em forma de indenização através do achaque e chantagem; não por acaso, as pessoas acusadas de leviandade, desvio de finalidade, roubos e abusos sexuais são pessoas muito ricas ou famosas, sempre celebridades, e isso nem sequer serve de motivo para diminuir a força das acusações sem provas.
Assim, as religiões e as práticas políticas vão se reproduzindo apenas com a autoridade concedida pela antiguidade, quanto mais antigo mais inquestionável, afinal não se pode enganar tantas pessoas ao mesmo tempo por um longo tempo, a não ser que seja o acusado de uma difamação, calúnia e injúria, estes tem vida própria e são auto demonstráveis e auto justificáveis, afinal eles passam a vida toda perguntando ao acusado destes delitos e se a resposta é nunca os cometi, essas perguntas certamente irão ser repetidas indefinidamente, mas se por acaso o acusado admitir mesmo não sendo verdade e mesmo na ausência de provas, certamente nunca mais ninguém vai precisar fazer as perguntas acusadoras. Porquê? Basta admitir o crime suposto e ninguém vai mais te perguntar. porém, na negativa da acusação vão te perguntar sempre a mesma acusação até sua resposta mudar.
Aos eternos suspeitos sem prova judicial:
1 - Michael Jackson
2 - Jimmy Savile
3 - Elvis Presley
4 - Lee Oswald
5 - Sadan Hussein
6 - Eva e Adão
7 - Donald Trump
8 - Merlyn Monroe