disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
DNIT: um exemplo vivo de patrimonialismo
O esquema patrimonialista da Idade Média sobrevive em organizações pré-modernas, principalmente nas organizações criminosas e nas empresas familiares.
O patrimonialismo nasceu da relação senhor / servo, que através do processo de dominação tradicional construiu uma estrutura organizacional baseada na confiança e na lealdade, onde a autoridade está acima das normas, ou seja; o senhor ou é bom ou mau, independentemente de ser justo ou incorruptível.
Os costumes substituem ou transcendem aos estatutos e normas e o recrutamento dos servidores, empregados ou adeptos é feito através de: ligações tradicionalistas com os senhores nas castas e estamentos, que tanto podem ser provenientes dos membros da clã, escravos, domésticos, clientes, colonos, pessoas confiáveis, ou através de pactos de fidelidade para conquistar novos adeptos de confiança, onde também são negociados cargos à prebenda (compra de cargos no governo, ou troca de vantagens por cargos), algumas funções podem ser contratadas de mercenários, e, o povo, os empregados ou membros são formados ou tratados como súditos.
Não se considera no patrimonialismo a competência, a hierarquia é uma variável interveniente da lealdade, de onde o senhor ou chefe extrai utilidade e submissão para si, a nomeação e ascenção normatizada são coisas inúteis, assim como a formação profissional não pesam nas retribuições e no reconhecimento se não as precederem a lealdade e a submissão, o salário fixo ou em espécie são formas menos importantes de retribuição, outras formas não convencionais de retribuição são as mais lucrativas e generosas.
Não existe competência e funções delimitadas, faz-se aquilo que o senhor determina independentemente da capacidade, divisão de tarefas, competência, pertinência, especialização, necessidade ou racionalidade.
Esta forma patrimonialista de organização da sociedade foi explorada num estudo feito por Max Weber[1] onde a tradição, as relações de mando e as normas estão subordinadas às subjetividades do senhor que está acima das normas e de qualquer forma de racionalidade instrumental, ou seja, acima daquela racionalidade onde o conhecimento e a organização estão voltadas para os fins, para os resultados, e não em função da honra e do prestígio dos senhores que pertençam aos estamentos e às castas sociais superiores, onde os cargos são prebendas ou privilégios em retribuição às lealdades com relação ao senhor patrimonialista.
Algumas organizações com formas pré-modernas apresentam vestígios de patrimonialismo, isto pode ser verificado no serviço público nos processos rituais de nomeação de dirigentes de estatais, autarquias, empresas e repartições, na forma de funcionamento irracional dos serviços públicos em geral, na participação e apoio ao governo ou à ações pontuais de governo, e nas empresas privadas onde os laços de lealdade familiares, a submissão e favores não-ligados aos objetivos comerciais e dos negócios da empresa são degraus para a ascenção funcional e profissional a que as pessoas submetem-se, ou são constrangidas a fazê-lo, criando um sistema paralelo de vantagens e benefícios em troca de serviços e favores pessoais entre chefes e empregados, que desafiam ou acabam abalando a estrutura burocrática do sistema de cargos e salários de qualquer organização pelo seu efeito personalista, desmoralizante, desestruturador, irracional e contraproducente.
[1] WEBER, Max. Economia e Sociedade. Brasília: Ed. UnB, 1972. vol.1.
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seção de comentários sobre temas sociais do professor politólogo e filósofo Roberto Rocha "o Neguinho"
terça-feira, 2 de agosto de 2011
DNIT: um exemplo vivo de patrimonialismo
Milícias: origens
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
A PERDA DA CIDADANIA
A Máfia siciliana ao Sul da Itália é o melhor exemplo de desestruturação social com a destruição da cidadania, que, a princípio, parece contrariar alguns conceitos básicos estabelecidos para a sociedade e organização social, mas como se poderá confirmar só foi possível o seu surgimento e a sua consolidação, embora cruel, porquê, paradoxalmente, foi destes princípios que a Máfia siciliana originou-se.
Esta organização que teve origem ao Sul da Itália, região historicamente miserável, rude, árida, esparsamente povoada, sempre explorada no período anterior ao surgimento das cidades que hoje ali pontilham, onde havia um sistema escravista disfarçado, e consequentemente, ausência de justiça, dignidade e condições decentes de sobrevivência para os pobres, onde a justiça sequer aceitava a possibilidade de admitir a defesa dos acusados pobres, onde a vingança e as lutas entre famílias pela defesa da honra era travada muitas vezes até a morte do último indivíduo adulto, surgia a MÁFIA, com a sua organização social e política feudal, o único refúgio ao qual os pobres poderiam acorrer em busca de proteção e justiça contra o sistema dominante; mas isto foi só no início.
Quando a Máfia assumiu o controle total das aldeias, bairros, ruas e cidades ao Sul da Itália passaram então a atuar com mão de ferro e a dirigir a sociedade siciliana dentro das suas próprias leis e segundo o seu próprio código de honra, independentemente dos sistemas de leis vigentes no mundo moderno, e daí, expandindo o seu domínio para bem longe das fronteiras da Itália, influenciando também outras organizações marginais em todo o mundo, ou também algumas vezes associando-se a estas.
A Máfia atirava-se cada vez mais à atividades ilícitas que iam desde a venda de pontos em feiras para comerciantes, passando por: fraudes, extorsões, falsificações, vendas e forjamento de santinhos, até a venda de pontos de mendicância!
A Máfia é a própria ausência do Estado, do poder do Estado: é o buraco negro do poder oficial.
No caso da Sicília, onde a Máfia nasceu, o diarista é a forma mais comum de explorado como força-de-trabalho, onde estes miseráveis mal conseguiam o suficiente para a sua sobrevivência. Mas a exploração já vem de séculos onde o camponês era oprimido pelos senhores feudais, pela igreja e pelo poder do rei, e, na ausência destes, a Máfia, um bando de outrora oprimidos tomou o lugar dos opressores.
Os sicilianos foram explorados pelos normandos, pelos germanos, franceses, ergoneses, espanhóis e Bourbons, além de terem sidos escravizados por mais de dois mil anos, em que a única justiça que conheceram era a justiça do senhor feudal e a câmara de tortura do senhor feudal, onde só podia testemunhar nos julgamentos como acusação nunca como defesa, onde poderia haver aprisionamento por simples suspeita, e por lhes faltarem bens a serem seqüestrados, eram atirados à masmorra a pão e água ou torturados, enquanto os ricos, quando condenados, eram despojados de seus bens respectivos e colocados em confortáveis encarceramentos.
Foi aí então que a Máfia entrou na defesa dos desvalidos contra a crueldade e injustiça do sistema então vigente.
É fácil ver que a Máfia está hoje em posição oposta ao seu surgimento: de defensora passou a opressora dos pobres, renegando toda a sua filosofia em que se comprometeu quando de sua constituição e surgimento no contexto social e político do Sul da Sicília. Como conseqüência seus outrora protegidos estão abandonando vilas inteiras, fazendo passeatas de protestos contra a Máfia, depondo nos tribunais e denunciando os seus membros, coisas impensáveis há quarenta anos atrás.
A Máfia sempre deu importância aos seus chefões e isso tem uma justificativa: o seu código de ética, suas leis e ideologia são tênues e imprecisas, por isso, repousa sobre os ombros do chefe a responsabilidade de decidir a linha de ação de sua família, julgar e aplicar a justiça; o chefe representa o legislativo, executivo e o judiciário, costume e tradição, funcionam adjunto dele às vezes um conselho de homens que decidem, pelo voto, sem direito a veto, as causas da organização sob a supervisão do chefão, ou rei.
Este é um outro exemplo de organização onde se observam os princípios básicos da desestruturação social, onde desgraçadamente o sentido de coesão é obtido graças à situação de carência dos membros e clientes da organização, da liderança incontestável e, consequentemente, do poder bem visível do chefão.
A organização hierárquica rígida e as normas definidas em torno de princípios básicos como: obediência, lealdade, fidelidade e subordinação total à vontade do chefe; a defesa em primeiro lugar da sobrevivência da organização, em detrimento da de qualquer vida humana seja ela de quem for. É princípio fundador da Máfia a máxima lealdade à instituição acima de qualquer vontade, princípio ou valor.
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terça-feira, agosto 02, 2011
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quinta-feira, 28 de julho de 2011
A arte do minimalismo na indústria automobilística
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Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
O minimalismo tem se tornado uma arte na indústria automobilística. Findo os tempos de guerras mundiais, as indústrias identificaram, talvez apressadamente, um nicho de mercado para produtos minimalizados. Nessa época surgiram algumas propostas de modelo veicular minimal.
Os expoentes, já falecidos, eram: Citröen Deux Chevaux, Volksvagen Sedan, Romiseta, Lambreta. Eram os expoentes do estilo e arquitetura minimalista da engenharia automotiva.
Tão logo as famílias e as economias nacionais recuperaram a credibilidade no futuro estes espécimes (subespécies automotivas) mostraram que não serviriam aos propósitos dos consumidores, que vão além da mera racionalidade utilitarista.
Um automóvel é mais do que um meio de transporte.
Um automóvel é um meio de mostrar algo do seu proprietário, como, por exemplo, o seu estilo de vida.
O automóvel é um tóten urbano móvel, que como a residência de uma pessoa reflete o seu gosto pessoal, a sua personalidade, o seu status, o seu poder, a sua riqueza, a sua capacidade financeira, o seu ego, o seu estilo de vida.
Assim, mesmo veículos orientados para a utilidade objetivamente apenas refletem a condição humana de indivíduos que dão valor maior à utilidade, em detrimento da estética, do status, da riqueza, do poder, do ego, do estilo de vida.
O automóvel é um cartão de visita mais importante do que a residência do indivíduo ou do seu endereço residencial, porque não se pode carregar a residência para todo lado, mas o automóvel é móvel, omnipresente, intrometido, conspícuo, e quem descuida deste fato evidencia uma grave falha em sua apresentação e representação pessoal.
O minimalismo, levado às últimas consequências, serviu de referência para certas marcas de montadoras, as quais possuem manuais de orientação, dos passos concretos e detalhados à minúcias de como respeitar com rigor o estilo minimalista.
Estes manuais podem ser perfeitamente decifrados por um observador atento e cuidadoso com os detalhes.
Tudo é cuidadosamente planejado no estilo minimalista automotivo. Desde o número de parafusos que vai afixar cada roda do automóvel: se três parafusos, quatro, cinco ou seis parafusos, indicando a classe econômica de referência do veículo, por exemplo; existe um fabricante que estabelece uma escala de distância entreeixos como referência minimal; outro critério é observando no número de barras horizontais na grade frontal do veículo: uma barra horizontal seria do modelo de entrada de menor custo de todos da linha, o seguinte superior imediato teria duas barras horizontais no desenho da grade frontal do veículo; o seguinte logo acima teria três barras horizontais na sua grade frontal, assim por diante, os veículos mais sofisticados em acabamento e preço teriam uma miríade de barras horizontais na sua grade dianteira; outro critério observado, visto costumeiramente em um determinado fabricante, inclusive fazendo parte do catálogo de acessórios opcionais é o número de raios do volante de direção, sendo dois o mínimo de raios para os modelos de entrada, três raios para os modelos de padrão de acabamento e preço imediatamente superior, e quatro raios para os veículos de altíssimo luxo.
Outros critérios são observados, como o tamanho e a quantidade de mostradores do painel de comando do motorista. Indicadores e marcadores minúsculos e em número escasso, como, por exemplo, indicador de velocidade, combinado com odômetro, e luzes espias para indicar a reserva de combustível, superaquecimento do motor, luzes espia para indicar pressão do óleo crítica fazem parte do pacote básico do modelo minimalista.
Quanto ao acabamento, a falta dele é o primeiro indicativo de total incompatibilidade com o luxo, indicando o máximo do minimalismo; a qualidade e a quantidade de material de acabamento mais nobre é o indicativo mais evidente do estilo minimalista.
Coisas mais prosaicas foram verificadas neste esmero de alguns fabricante para indicar os modelos ultraminimalistas, como a falta de fechadura com chave na porta do lado do passageiro. Também podemos encontrar com frequência parte da carroceria desprovida de pintura externa, deixando evidente que o pobre não tem qualquer direito à estética.
O estilo minimalista levado ao extremo começa no próprio design do carro que traz um mínimo de preocupação e de empenho em harmonizar as linhas externas do veículo para torná-lo atraentemente bonito, harmonioso e agradável, ademais, numa carroceira tão pequena é mesmo um milagre que se consiga uma harmonização das extremidades e recortes necessários para encaixar as partes principais de um veículo fazendo um arremate suave entre a dianteira, a cabine de passageiros e a trazeira.
As dimensões do próprio veículo limitam as possibilidades de se obter um desfecho suave do encontro de ângulos na carroceria. Não existe solução geométrica possível para este caso de concordância que suavize e apare a resolução geométrica de forma suave e agradável, isso impede que apêndices estéticos sejam sequer adicionados no desenho do modelo: é um luxo impensável.
Alguns detalhes da própria segurança são negligenciados para atender ao minimalismo, como por exemplo, encontrar-se modelos sem o espelho retrovisor do lado do passageiro, ou luzes de ré sem par, ou também luzes de sinalização de emergência combinada com outros dispositivos de sinalização para economizar instalações, minimização dos faróis, minimização das luzes de freios, localização inadequada e tamanho inadequado das luzes de sinalização de mudança de direção, luzes de posição do veículo e de freio acionado.
Ligado à segurança, verifica-se a posição de dirigir do condutor, muitas vezes o volante é torto em relação ao eixo de simetria da cabine do automóvel, os pedais são desalinhados com o centro e banco do motorista, os retrovisores são pequenos e mal posicionados, os controles das luzes são pequenos, aglomerados, em lugares difícies de acionar, os pedais são pequenos e duros, os tapetes são opcionais, os protetores do motor são opcionais, os faróis e lanternas são expostos a qualquer colisão tornando-os inoperante em pequenos acidentes; os bancos possuem um mínimo de regulagem assim como os cintos de segurança, os extintores estão colocados nos lugares mais inconvenientes, podendo provocar desconforto para os passageiros e mesmo machucá-los ao tentarem alcançá-los.
Tudo isso é cuidadosamente planejado para o maior desconforto possível e para o menor custo possível, sem preocupação alguma com a estética e com a funcionalidade. Este desconforto inclui o barulho interno, a trepidação da suspensão pouco macia, as peças mal ajustadas, a fragilidade do material empregado, e o exíguo espaço para a distribuição dos dispositivos e componentes internos.
Tudo ali é planejado para demonstrar que o desastre perfeito não acontece sem um bom planejamento.
Por fim, saímos do fon-fon para o bi-bi, evoluímos para o fon-fon, mas, ainda se fabrica o bi-bi para os adeptos do minimalismo. Aquela buzina que anuncia o atropelamento do gato.
Diante deste descritivo é possivel identificar de que marca está se falando? Se voce identificou então voce é perspicaz e atento. Cuidado, minimalismo profissional faz mal a saúde e ao cidadão.
Gostou do Blog O blog lhe foi útil Colabore para o autor Faça doações de valores A partir de US $ 1,00 Do you like this blog Is it useful to you donate from US $ 1,00 Bank Santander number 033 Brazil Agency 2139 Current 01014014-4 Bank of Brazil Agency 5197-7 Acount 257 333-4
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Um automóvel é mais do que um meio de transporte.
Um automóvel é um meio de mostrar algo do seu proprietário, como, por exemplo, o seu estilo de vida.
O automóvel é um tóten urbano móvel, que como a residência de uma pessoa reflete o seu gosto pessoal, a sua personalidade, o seu status, o seu poder, a sua riqueza, a sua capacidade financeira, o seu ego, o seu estilo de vida.
Assim, mesmo veículos orientados para a utilidade objetivamente apenas refletem a condição humana de indivíduos que dão valor maior à utilidade, em detrimento da estética, do status, da riqueza, do poder, do ego, do estilo de vida.
O automóvel é um cartão de visita mais importante do que a residência do indivíduo ou do seu endereço residencial, porque não se pode carregar a residência para todo lado, mas o automóvel é móvel, omnipresente, intrometido, conspícuo, e quem descuida deste fato evidencia uma grave falha em sua apresentação e representação pessoal.
O minimalismo, levado às últimas consequências, serviu de referência para certas marcas de montadoras, as quais possuem manuais de orientação, dos passos concretos e detalhados à minúcias de como respeitar com rigor o estilo minimalista.
Estes manuais podem ser perfeitamente decifrados por um observador atento e cuidadoso com os detalhes.
Tudo é cuidadosamente planejado no estilo minimalista automotivo. Desde o número de parafusos que vai afixar cada roda do automóvel: se três parafusos, quatro, cinco ou seis parafusos, indicando a classe econômica de referência do veículo, por exemplo; existe um fabricante que estabelece uma escala de distância entreeixos como referência minimal; outro critério é observando no número de barras horizontais na grade frontal do veículo: uma barra horizontal seria do modelo de entrada de menor custo de todos da linha, o seguinte superior imediato teria duas barras horizontais no desenho da grade frontal do veículo; o seguinte logo acima teria três barras horizontais na sua grade frontal, assim por diante, os veículos mais sofisticados em acabamento e preço teriam uma miríade de barras horizontais na sua grade dianteira; outro critério observado, visto costumeiramente em um determinado fabricante, inclusive fazendo parte do catálogo de acessórios opcionais é o número de raios do volante de direção, sendo dois o mínimo de raios para os modelos de entrada, três raios para os modelos de padrão de acabamento e preço imediatamente superior, e quatro raios para os veículos de altíssimo luxo.
Outros critérios são observados, como o tamanho e a quantidade de mostradores do painel de comando do motorista. Indicadores e marcadores minúsculos e em número escasso, como, por exemplo, indicador de velocidade, combinado com odômetro, e luzes espias para indicar a reserva de combustível, superaquecimento do motor, luzes espia para indicar pressão do óleo crítica fazem parte do pacote básico do modelo minimalista.
Quanto ao acabamento, a falta dele é o primeiro indicativo de total incompatibilidade com o luxo, indicando o máximo do minimalismo; a qualidade e a quantidade de material de acabamento mais nobre é o indicativo mais evidente do estilo minimalista.
Coisas mais prosaicas foram verificadas neste esmero de alguns fabricante para indicar os modelos ultraminimalistas, como a falta de fechadura com chave na porta do lado do passageiro. Também podemos encontrar com frequência parte da carroceria desprovida de pintura externa, deixando evidente que o pobre não tem qualquer direito à estética.
O estilo minimalista levado ao extremo começa no próprio design do carro que traz um mínimo de preocupação e de empenho em harmonizar as linhas externas do veículo para torná-lo atraentemente bonito, harmonioso e agradável, ademais, numa carroceira tão pequena é mesmo um milagre que se consiga uma harmonização das extremidades e recortes necessários para encaixar as partes principais de um veículo fazendo um arremate suave entre a dianteira, a cabine de passageiros e a trazeira.
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Alguns detalhes da própria segurança são negligenciados para atender ao minimalismo, como por exemplo, encontrar-se modelos sem o espelho retrovisor do lado do passageiro, ou luzes de ré sem par, ou também luzes de sinalização de emergência combinada com outros dispositivos de sinalização para economizar instalações, minimização dos faróis, minimização das luzes de freios, localização inadequada e tamanho inadequado das luzes de sinalização de mudança de direção, luzes de posição do veículo e de freio acionado.
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quarta-feira, 27 de julho de 2011
Ditadura do proletariado
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Tenho andado refletindo, já a algum tempo, sobre o mandado teleológico do grande mestre Karl, quando o mesmo criou, ou recriou de Proudhom, a categoria analítica ontológica conhecida como Ditadura do Proletariado.
Já vivemos nela, no Brasil, pelo menos há algum tempo.
Senão vejamos. Fatos e processos lentos e longos desfilam diante de nossos olhos sem que os observemos com o olhar armado da perspectiva de observação do objeto sociológico.
Sem a preparação da perspectiva de observação metodológica certamente que o fenômeno nos escaparia.
Estava eu, desculpe a narrativa em primeira pessoa, assistindo a mais um daqueles repetitivos programas jornalísticos, sem perceber que nas repetições da pauta dos repórteres se escondia um processo político salutar, porém, não percebido pelo olhar não-crítico.
Era uma manifestação, como milhares das quais se assiste durante o ano inteiro, mais uma delas, onde populares, em sua repetição diária, quase que num mantra ensaiado e repleto de justificativas plausíveis, recheados de argumentos repetitivos e sustentados ad nauseum, e que de tanto serem repetidos já não despertam a nossa antipatia, ou qualquer reação contrária, parecendo mesmo uma causa justa e indiscutível.
Ali estavam os atores sociais exercitando a propalada Ditadura do Proletariado.
Sem qualquer constrangimento exigiam que o governo local providenciasse para que o esgoto sanitário que escorria pelas ruas fosse devidamente cuidado para que não trouxesse os danos e desconfortos de toda natureza para os abandonados cidadãos que os despejavam-no ali por total falta de providências do ente público, demonstrando o abandono a que pode chegar a comunidade em vista daqueles que têm a obrigação de zelar por ela.
Poderia argumentar que nenhum daqueles cidadãos abandonados naquelas circunstâncias possuía qualquer título de propriedade de suas inóspitas residências; ou, poderia argumentar que aquela área que ocupavam para ali morarem não fora planejada ou recebera qualquer autorização para ser ocupada para moradia.
Poderia argumentar que o poder público se omitiu em deixar que pessoas ocupassem a área invadindo e precarizando o meio ambiente sem o respaldo de qualquer autoridade, à revelia dos donos da terra; poderia argumentar que os invasores chegaram ali sorrateiramente, e tomaram posse do local pensando em estar deixando os seus locais de origem por uma oportunidade de ter o seu próprio chão, mesmo que esbulhando a propriedade alheia.
Mas, ao invés disso, eles exerceram o mais nobre dos direitos dos despossuídos, que é de violar os direitos coletivos em função do direito famélico, precário, o Direito dos desesperados.
Então, agora os invasores de direitos alheios exigem do poder publico que ajeite os seus lotes para que possam morar com dignidade, pois é o que se espera do poder público, e não adianta tentar voltar atrás e refazer os direitos de propriedades alhures, pois que a ditadura do proletariado preconiza que a ditadura não reconhece direitos alheios à vontade do tirano de plantão, que é o próprio proletariado.
Não aceitam, se quer, a possibilidade de desertarem das suas moradias precárias e de altíssimo risco, pendulares, fincadas precariamente em encostas escarpadas, às margens de águas de rios, lagos e lagoas, dentro de lixões, em cima de vias rodoviárias e vias férreas, enfim são apaixonados por habitação de alto risco, parecem possuir afinidade extrema pelos esportes radicais.
Assumiram as rédeas de seus futuros, criaram novos direitos que o Estado deve representar em seus proveitos, assumindo agora uma personalidade jurídica de fato e estabelecendo o fato consumado. O resto agora passa a ser dever do Estado: escolas para os seus filhos, calçamento das ruas, asfaltamento, posto policial, posto de saúde, linhas de ônibus, água encanada, esgotamento sanitário, energia elétrica, e demarcação das ruas e casas. Quem manda é o proletário. O Estado representa apenas o escritório da defesa dos interesses da classe proletária. Todo o Direito provém da classe proletária, e é a ação dela que produz a realidade única possível e toda fonte de moral e expectativas de comportamento social e político. Tudo os mais é apenas relativo.
Tenho andado refletindo, já a algum tempo, sobre o mandado teleológico do grande mestre Karl, quando o mesmo criou, ou recriou de Proudhom, a categoria analítica ontológica conhecida como Ditadura do Proletariado.
Já vivemos nela, no Brasil, pelo menos há algum tempo.
Senão vejamos. Fatos e processos lentos e longos desfilam diante de nossos olhos sem que os observemos com o olhar armado da perspectiva de observação do objeto sociológico.
Sem a preparação da perspectiva de observação metodológica certamente que o fenômeno nos escaparia.
Estava eu, desculpe a narrativa em primeira pessoa, assistindo a mais um daqueles repetitivos programas jornalísticos, sem perceber que nas repetições da pauta dos repórteres se escondia um processo político salutar, porém, não percebido pelo olhar não-crítico.
Era uma manifestação, como milhares das quais se assiste durante o ano inteiro, mais uma delas, onde populares, em sua repetição diária, quase que num mantra ensaiado e repleto de justificativas plausíveis, recheados de argumentos repetitivos e sustentados ad nauseum, e que de tanto serem repetidos já não despertam a nossa antipatia, ou qualquer reação contrária, parecendo mesmo uma causa justa e indiscutível.
Ali estavam os atores sociais exercitando a propalada Ditadura do Proletariado.
Sem qualquer constrangimento exigiam que o governo local providenciasse para que o esgoto sanitário que escorria pelas ruas fosse devidamente cuidado para que não trouxesse os danos e desconfortos de toda natureza para os abandonados cidadãos que os despejavam-no ali por total falta de providências do ente público, demonstrando o abandono a que pode chegar a comunidade em vista daqueles que têm a obrigação de zelar por ela.
Poderia argumentar que nenhum daqueles cidadãos abandonados naquelas circunstâncias possuía qualquer título de propriedade de suas inóspitas residências; ou, poderia argumentar que aquela área que ocupavam para ali morarem não fora planejada ou recebera qualquer autorização para ser ocupada para moradia.
Poderia argumentar que o poder público se omitiu em deixar que pessoas ocupassem a área invadindo e precarizando o meio ambiente sem o respaldo de qualquer autoridade, à revelia dos donos da terra; poderia argumentar que os invasores chegaram ali sorrateiramente, e tomaram posse do local pensando em estar deixando os seus locais de origem por uma oportunidade de ter o seu próprio chão, mesmo que esbulhando a propriedade alheia.
Mas, ao invés disso, eles exerceram o mais nobre dos direitos dos despossuídos, que é de violar os direitos coletivos em função do direito famélico, precário, o Direito dos desesperados.
Então, agora os invasores de direitos alheios exigem do poder publico que ajeite os seus lotes para que possam morar com dignidade, pois é o que se espera do poder público, e não adianta tentar voltar atrás e refazer os direitos de propriedades alhures, pois que a ditadura do proletariado preconiza que a ditadura não reconhece direitos alheios à vontade do tirano de plantão, que é o próprio proletariado.
Não aceitam, se quer, a possibilidade de desertarem das suas moradias precárias e de altíssimo risco, pendulares, fincadas precariamente em encostas escarpadas, às margens de águas de rios, lagos e lagoas, dentro de lixões, em cima de vias rodoviárias e vias férreas, enfim são apaixonados por habitação de alto risco, parecem possuir afinidade extrema pelos esportes radicais.
Assumiram as rédeas de seus futuros, criaram novos direitos que o Estado deve representar em seus proveitos, assumindo agora uma personalidade jurídica de fato e estabelecendo o fato consumado. O resto agora passa a ser dever do Estado: escolas para os seus filhos, calçamento das ruas, asfaltamento, posto policial, posto de saúde, linhas de ônibus, água encanada, esgotamento sanitário, energia elétrica, e demarcação das ruas e casas. Quem manda é o proletário. O Estado representa apenas o escritório da defesa dos interesses da classe proletária. Todo o Direito provém da classe proletária, e é a ação dela que produz a realidade única possível e toda fonte de moral e expectativas de comportamento social e político. Tudo os mais é apenas relativo.
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segunda-feira, 25 de julho de 2011
Desigualdade social: origens
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
O Corpo Teórico do Liberalismo
O utilitarismo forma uma das bases do liberalismo.
Esta base conceptual do liberalismo contém um dilema teórico que compreende as relações entre o dever e o prazer. Nesta óptica o pobre faz um balanço entre o prazer e o dever e minimiza os deveres para obter um máximo de prazer, assim o balanço da pobreza resume-se à economia de esforço para sair da pobreza.
As bases do pensamento teórico utilitarista deixam sem resposta se o emprego do cálculo utilitarista, em vista da dificuldade de se tomar uma decisão que contrarie os seus princípios, pode tornar-se uma ameaça social, ou, uma ameaça à coletividade. Justamente porque a minimização do dever pode fazer o pobre desestruturar a sociedade inviabilizando o progresso; ou, se a maximização sem limites do prazer pode tornar a competição no mercado selvagem e descontrolada, destruindo a ordem social pela ausência de regras e limites definidos.
A solução de Bentham para este dilema é que as pessoas, na sua grande maioria, são perfeitamente capazes de autorregulamentação, autocontenção, autocontrole. Para isto vir a verificar-se é preciso reduzir o poder do governo na direção do individualismo democrático:[1] obedecer pontualmente, para censurar livremente.
O conjunto de princípios utilitaristas juntamente com as idéias de liberalismo econômico, liberdade intelectual, tolerância religiosa deveriam estar centrados na questão do balanço entre a liberdade e a autoridade exercidas por quem não pode ter nenhum privilégio por ser autoridade (estado, ou, governo minimalista).
O utilitarismo, consequentemente, aboliu a concepção de bem-comum e não consegue conceber o que seria o bem supremo, nesse caso, esta concepção platônica torna-se um absurdo teórico para os utilitaristas, assim como a concepção de bem-comum de Rousseau na qual o homem saiu do estado-de-natureza onde era totalmente livre, para obedecer a um governante.
Para Bentham, isto seria uma troca irracional que transforma a idéia do contrato social numa aberração ou contradição na perspectiva utilitarista.
É a promessa da segurança que leva ao contrato social. Não é contrato social que cria a expectativa da segurança.
Segundo os utilitaristas esta promessa de segurança é apenas o pretexto para tolher a liberdade. Por isto a forma de governo proposta por Bentham deveria misturar democracia direta, monarquia e aristocracia.
A idéia de cheks and balances é pura quimera doutrinária em face da dificuldade de adminstrar-se um conjunto de interesses individuais distintos, dentro dessa ótica utilitarista.
Para Bentham o governo deveria restringir-se a proteger o direito à propriedade privada, pois a propriedade representa a poupança do trabalho realizado e guardado para usufruto futuro, ou seja, o dever cumprido no passado que potencialmente pode ser transformado em prazer futuro quando desfrutado.
John Stuart Mill (1806-1873) formava, com aqueles que ele mesmo chamava de filósofos radicais, o grupo de utilitaristas trabalhando a teoria de utilidade através da perspectiva metodológica do dedutivismo.
Este processo de construção teórica envolvia a descoberta de determinadas leis naturais baseadas em um conjunto de axiomas psicológicos, os quais foram enunciados por Bentham e trabalhados por James Mill (1773-1836).
Macaulay, Thomas Babington[2] (1800-1859) pensador contrário ao grupo dos utilitaristas, partiu deste conjunto de axiomas para fazer a refutação da teoria utilitarista com base nos princípios que engendraram a teoria utilitarista, principalmente aquele princípio segundo o qual as ações humanas seriam comandadas pela / para a busca da maximização do prazer.
Considerada muito apriorística, superficial e irrefutável: um dogma não científico na perspectiva metodológica poperiana[3]. Não encontrava na análise histórica a prova de que as ações humanas no passado pudessem ser justificadas pelo princípio da busca do prazer, portanto o que não poderia ser comprovado factualmente não passaria de conjectura solta num contexto subjetivo sem possibilidade alguma de uma generalização.
Admitiu Mill, John Stuart. que este erro teria sido cometido por seu pai, James Mill, e atribuiu o equívoco ao método, não às conclusões.
A confusão metodológica girava em torno das alternativas em discussão que conduzissem à uma teoria histórica paradigmática: estavam em disputa o método histórico, a filosofia da História e o positivismo representado pela idéia da física social.
Mill, John S., na tentativa de desfazer o equívoco, optou por misturar a abordagem histórico-filosófica combinada com a física social comteana[4]. A idéia de progresso da História através de etapas definidas, para Mill, John S. era básico no entendimento da Ciência Política.
A princípio Mill, John S. distinguiu dois estágios de sociedade: o natural, onde os melhores líderes dirigiam-na, e o estágio de transição, onde não eram mais os melhores que dirigiam a sociedade, semelhantemente ao raciocínio comteano que buscara esta concepção sobre a evolução do desenvolvimento da civilização que partindo do estágio teológico e metafísico chegou ao estágio positivo, ou experimental, segundo esta corrente Mill, John S. concluiu que mesmo existindo as condições para o progresso ele só surge através de idéias novas, dentro das condições de um clima de liberdade onde o balanço entre a estabilidade e a mudança deve ser administrado sem ameaçar a integridade do sistema social, iluminados pela ciência positiva e pelo ideal de História defendido pelos socialistas franceses, uma vez que o ideal de igualdade lhe parecia cada vez mais irreversível naquele momento efervescente de perspectivas de mudanças nas relações sociais, na perspectiva de uma democracia radical liberal dos utilitaristas.
O ideal de máximo de prazer com um mínimo de esforço precisava de uma revisão conceitual e teórica para adaptar-se aos princípios da filosofia de História adotada por Mill, John S., já em sua fase revisionista de sua teoria de utilidade.
Propôs uma mudança de função do governo, de promotor do prazer e minimizador do dever. Para isto Mill, John S., recorreu às bases do epicurismo[5].
Mill, John S., introduziu o fator qualidade para substituir o fator quantidade na definição do imperativo categórico do prazer dentro da sua teoria utilitarista revisada, com isto relativisou este fundamento (categoria analítica, ou imperativo categórico) da teoria utilitarista.
Segundo esta nova versão o prazer não seria um produto evidente, seria mais subjetivo, sofisticado e complexo.
Um prazer poderia ser, dentro deste novo entendimento, conseguido até mesmo com muito esforço e com o sacrifício de outros prazeres.
Prazeres superiores evidenciariam indivíduos superiores, que para alcançarem tais prazeres deveriam ser realmente livres. Para isto acontecer o melhor governo seria aquele que fosse aceito pelos cidadãos, desejado e necessário para manter a ordem e promover o progresso, já que o progresso pressupõe ordem, segundo a concepção positivista, a segurança deve ser o objetivo do Estado, ordem significa, principalmente para os liberais, a defesa ao direito da propriedade privada e a liberdade para o funcionamento do mercado econômico.
O Psicologismo de Rousseau
Rousseau, em seu Discurso sobre a origem das desigualdades humanas, faz um ensaio sobre o processo de formação do estado liberal referido ao valor da propriedade privada e ao contrato social que fundou o estado liberal.
O marco da criação da sociedade e do estado liberal, para Rousseau, foi quando surgiu a diferenciação de classes sociais que foi o momento em que o homem deixou de ser coletor e passou a ser agricultor, começou a acumular ou guardar para uso futuro o produto de seu trabalho de caça, pesca, coleta e agricultura, formando um primeiro patrimônio.
A partir do momento que o homem deixou de ser nômade, e cercou / delimitou um pedaço de território para si e disse "isto é meu" então surgiu ali, naquele momento, a sociedade liberal, surgiu o estado liberal fundado no reconhecimento da propriedade privada por uma autoridade criada para cuidar do direito de propriedade.
Segundo Rousseau a sociabilidade do homem não é uma habilidade ou característica natural, o estado da natureza[6] caracteriza-se pela suficiência do instinto selvagem, ao contrário o estado de sociedade que caracteriza-se pela suficiência da razão iluminista, positivista, acima do instinto.
O homem natural é amoral, não compreende vícios nem virtudes, não precisa da sociedade nem do Estado.
O princípio da sociedade e dos vícios surgiu com a posse de bens, ou seja, quando foi declarada a primeira propriedade privada, quando surgiu a diferenciação entre pobres e ricos, entre proprietários e não-proprietários.
Portanto, a desigualdade é quase nula no estado da natureza selvagem (estágio pré-socializado) do homem, as desigualdades resultaram da sociedade, das interações sociais, quando se fala em sociedade fala-se em desigualdade, fala-se em pobreza e em riquezas, segundo Rousseau.
Para Robert Mitchels[7] quando se fala em organização fala-se em hierarquia, quando se fala em hierarquia fala-se em diferenciação social, fala-se em privilégios, portanto, fala-se em elites: não pode haver democracia num sistema organizado, segundo Mitchels; para Rousseau, não poderá haver democracia fora do estado selvagem, ou seja, a sociedade é imanentemente antidemocrática segundo Rousseau.
Da vida social nasceram: a riqueza, a pobreza, a beleza ou lascívia, a dominação, a servidão, a paixão romantizada.
Da propriedade surgiu a necessidade de cooperação, a princípio, eventual, depois, de curto e médio alcance, depois, de longo prazo que ensejou a construção da sociedade, do estado e do pacto social, ou, contrato social.
O paradoxo Rousseauniano consiste na negação do princípio de Mandeville[8] onde este último defende a lógica da razão individual como primum movens do indivíduo a despeito do efeito que isto causaria à racionalidade coletiva onde a racionalidade coletiva resultaria da somatória das lógicas individuais, necessariamente.
Para negar o princípio da racionalidade mandeviliana Rousseau nega qualquer racionalidade derivada da sociedade, pois o homem somente seria racional fora da sociedade, segundo o princípio de que as desigualdades sociais não guardam qualquer relação com as habilidades individuais que diferenciariam os indivíduos, quer dizer, não são as virtudes ou os vícios que criariam diferenciações sociais.
As diferenciações sociais, segundo Rousseau, são virtualidades criadas pela e para a sociedade artificial e fictícia sem fundamento na natureza. "A desigualdade não é legítima do ponto de vista natural"[9]. É o efeito grupo-social que criaria as qualidades e defeitos da diferenciação socioeconômica dos indivíduos.
[1]FULLER, T. BENTHAM, Jeremy. MILL, James. IN STRAUSS, L. CROSPEY, J. History of Political Philosophy. Chicago: SN. p.717
[2] Historiador e político britânico,redigiu um novo código de leis e começou a escrever e deixou inacabada a obra História da Inglaterra.
[3] POPPER, K. R. The logic of scientific discovery. LONDON : Hutchinson, 1965. P. 32. Karl Popper é defensor da idéia de metodologia científica baseada na precariedade e provisoriedade das verdades científicas, as quais só são válidas se puderem ser verificadas e se puderem ou, enquanto resistirem ao teste da refutabilidade.
[4] Auguste Comte (1798-1857). Criador da Sociologia, pai do positivismo que foi uma revolução na ciência separando a tradição e a religião da ciência, que passou a ser eminentemente experimentalista (empiricista).
[5] Epicuro filósofo grego 341-270 A.C. que defendia a doutrina que substituía o bem pelos prazeres sensuais, o mal pela dor, segundo a qual a felicidade consistia em minimizar-se os deveres e maximizar-se os prazeres.
[6] O estado da natureza é uma expressão (categoria analítica ontológica) que indica ou define uma hipotética situação pré-civilização do homem que vivia sem qualquer tipo de estrutura gregária.
[7] Lei de Bronze da oligarquia.
[8] A Fábula das Abelhas. de Mandeville, onde explica a organização das abelhas a partir da suposição de que cada inseto preocupa-se apenas com os seu prazer, por isto a colméia funciona com prosperidade. Apud Darwin-Dohrn, A. Mandeville, em seu livro Fábula das abelhas, que serviu de inspiração para Adam Schmith criar a teoria da riqueza das nações liberais, contrariou a realidade da sociobiologia das abelhas, construindo um aforismo sobre o comportamento delas de modo a distorcer o altruísmo e organização das abelhas. Como disse Mandeville: as abelhas conseguem viver com segurança e abastança porque cada uma cuida de si mesma e procura fazer o melhor para si mesma sem se importar com o que a outra abelha faz na colméia.
[9] Ibidem Rousseau. pág 25.
O Corpo Teórico do Liberalismo
O utilitarismo forma uma das bases do liberalismo.
Esta base conceptual do liberalismo contém um dilema teórico que compreende as relações entre o dever e o prazer. Nesta óptica o pobre faz um balanço entre o prazer e o dever e minimiza os deveres para obter um máximo de prazer, assim o balanço da pobreza resume-se à economia de esforço para sair da pobreza.
As bases do pensamento teórico utilitarista deixam sem resposta se o emprego do cálculo utilitarista, em vista da dificuldade de se tomar uma decisão que contrarie os seus princípios, pode tornar-se uma ameaça social, ou, uma ameaça à coletividade. Justamente porque a minimização do dever pode fazer o pobre desestruturar a sociedade inviabilizando o progresso; ou, se a maximização sem limites do prazer pode tornar a competição no mercado selvagem e descontrolada, destruindo a ordem social pela ausência de regras e limites definidos.
A solução de Bentham para este dilema é que as pessoas, na sua grande maioria, são perfeitamente capazes de autorregulamentação, autocontenção, autocontrole. Para isto vir a verificar-se é preciso reduzir o poder do governo na direção do individualismo democrático:[1] obedecer pontualmente, para censurar livremente.
O conjunto de princípios utilitaristas juntamente com as idéias de liberalismo econômico, liberdade intelectual, tolerância religiosa deveriam estar centrados na questão do balanço entre a liberdade e a autoridade exercidas por quem não pode ter nenhum privilégio por ser autoridade (estado, ou, governo minimalista).
O utilitarismo, consequentemente, aboliu a concepção de bem-comum e não consegue conceber o que seria o bem supremo, nesse caso, esta concepção platônica torna-se um absurdo teórico para os utilitaristas, assim como a concepção de bem-comum de Rousseau na qual o homem saiu do estado-de-natureza onde era totalmente livre, para obedecer a um governante.
Para Bentham, isto seria uma troca irracional que transforma a idéia do contrato social numa aberração ou contradição na perspectiva utilitarista.
É a promessa da segurança que leva ao contrato social. Não é contrato social que cria a expectativa da segurança.
Segundo os utilitaristas esta promessa de segurança é apenas o pretexto para tolher a liberdade. Por isto a forma de governo proposta por Bentham deveria misturar democracia direta, monarquia e aristocracia.
A idéia de cheks and balances é pura quimera doutrinária em face da dificuldade de adminstrar-se um conjunto de interesses individuais distintos, dentro dessa ótica utilitarista.
Para Bentham o governo deveria restringir-se a proteger o direito à propriedade privada, pois a propriedade representa a poupança do trabalho realizado e guardado para usufruto futuro, ou seja, o dever cumprido no passado que potencialmente pode ser transformado em prazer futuro quando desfrutado.
John Stuart Mill (1806-1873) formava, com aqueles que ele mesmo chamava de filósofos radicais, o grupo de utilitaristas trabalhando a teoria de utilidade através da perspectiva metodológica do dedutivismo.
Este processo de construção teórica envolvia a descoberta de determinadas leis naturais baseadas em um conjunto de axiomas psicológicos, os quais foram enunciados por Bentham e trabalhados por James Mill (1773-1836).
Macaulay, Thomas Babington[2] (1800-1859) pensador contrário ao grupo dos utilitaristas, partiu deste conjunto de axiomas para fazer a refutação da teoria utilitarista com base nos princípios que engendraram a teoria utilitarista, principalmente aquele princípio segundo o qual as ações humanas seriam comandadas pela / para a busca da maximização do prazer.
Considerada muito apriorística, superficial e irrefutável: um dogma não científico na perspectiva metodológica poperiana[3]. Não encontrava na análise histórica a prova de que as ações humanas no passado pudessem ser justificadas pelo princípio da busca do prazer, portanto o que não poderia ser comprovado factualmente não passaria de conjectura solta num contexto subjetivo sem possibilidade alguma de uma generalização.
Admitiu Mill, John Stuart. que este erro teria sido cometido por seu pai, James Mill, e atribuiu o equívoco ao método, não às conclusões.
A confusão metodológica girava em torno das alternativas em discussão que conduzissem à uma teoria histórica paradigmática: estavam em disputa o método histórico, a filosofia da História e o positivismo representado pela idéia da física social.
Mill, John S., na tentativa de desfazer o equívoco, optou por misturar a abordagem histórico-filosófica combinada com a física social comteana[4]. A idéia de progresso da História através de etapas definidas, para Mill, John S. era básico no entendimento da Ciência Política.
A princípio Mill, John S. distinguiu dois estágios de sociedade: o natural, onde os melhores líderes dirigiam-na, e o estágio de transição, onde não eram mais os melhores que dirigiam a sociedade, semelhantemente ao raciocínio comteano que buscara esta concepção sobre a evolução do desenvolvimento da civilização que partindo do estágio teológico e metafísico chegou ao estágio positivo, ou experimental, segundo esta corrente Mill, John S. concluiu que mesmo existindo as condições para o progresso ele só surge através de idéias novas, dentro das condições de um clima de liberdade onde o balanço entre a estabilidade e a mudança deve ser administrado sem ameaçar a integridade do sistema social, iluminados pela ciência positiva e pelo ideal de História defendido pelos socialistas franceses, uma vez que o ideal de igualdade lhe parecia cada vez mais irreversível naquele momento efervescente de perspectivas de mudanças nas relações sociais, na perspectiva de uma democracia radical liberal dos utilitaristas.
O ideal de máximo de prazer com um mínimo de esforço precisava de uma revisão conceitual e teórica para adaptar-se aos princípios da filosofia de História adotada por Mill, John S., já em sua fase revisionista de sua teoria de utilidade.
Propôs uma mudança de função do governo, de promotor do prazer e minimizador do dever. Para isto Mill, John S., recorreu às bases do epicurismo[5].
Mill, John S., introduziu o fator qualidade para substituir o fator quantidade na definição do imperativo categórico do prazer dentro da sua teoria utilitarista revisada, com isto relativisou este fundamento (categoria analítica, ou imperativo categórico) da teoria utilitarista.
Segundo esta nova versão o prazer não seria um produto evidente, seria mais subjetivo, sofisticado e complexo.
Um prazer poderia ser, dentro deste novo entendimento, conseguido até mesmo com muito esforço e com o sacrifício de outros prazeres.
Prazeres superiores evidenciariam indivíduos superiores, que para alcançarem tais prazeres deveriam ser realmente livres. Para isto acontecer o melhor governo seria aquele que fosse aceito pelos cidadãos, desejado e necessário para manter a ordem e promover o progresso, já que o progresso pressupõe ordem, segundo a concepção positivista, a segurança deve ser o objetivo do Estado, ordem significa, principalmente para os liberais, a defesa ao direito da propriedade privada e a liberdade para o funcionamento do mercado econômico.
O Psicologismo de Rousseau
Rousseau, em seu Discurso sobre a origem das desigualdades humanas, faz um ensaio sobre o processo de formação do estado liberal referido ao valor da propriedade privada e ao contrato social que fundou o estado liberal.
O marco da criação da sociedade e do estado liberal, para Rousseau, foi quando surgiu a diferenciação de classes sociais que foi o momento em que o homem deixou de ser coletor e passou a ser agricultor, começou a acumular ou guardar para uso futuro o produto de seu trabalho de caça, pesca, coleta e agricultura, formando um primeiro patrimônio.
A partir do momento que o homem deixou de ser nômade, e cercou / delimitou um pedaço de território para si e disse "isto é meu" então surgiu ali, naquele momento, a sociedade liberal, surgiu o estado liberal fundado no reconhecimento da propriedade privada por uma autoridade criada para cuidar do direito de propriedade.
Segundo Rousseau a sociabilidade do homem não é uma habilidade ou característica natural, o estado da natureza[6] caracteriza-se pela suficiência do instinto selvagem, ao contrário o estado de sociedade que caracteriza-se pela suficiência da razão iluminista, positivista, acima do instinto.
O homem natural é amoral, não compreende vícios nem virtudes, não precisa da sociedade nem do Estado.
O princípio da sociedade e dos vícios surgiu com a posse de bens, ou seja, quando foi declarada a primeira propriedade privada, quando surgiu a diferenciação entre pobres e ricos, entre proprietários e não-proprietários.
Portanto, a desigualdade é quase nula no estado da natureza selvagem (estágio pré-socializado) do homem, as desigualdades resultaram da sociedade, das interações sociais, quando se fala em sociedade fala-se em desigualdade, fala-se em pobreza e em riquezas, segundo Rousseau.
Para Robert Mitchels[7] quando se fala em organização fala-se em hierarquia, quando se fala em hierarquia fala-se em diferenciação social, fala-se em privilégios, portanto, fala-se em elites: não pode haver democracia num sistema organizado, segundo Mitchels; para Rousseau, não poderá haver democracia fora do estado selvagem, ou seja, a sociedade é imanentemente antidemocrática segundo Rousseau.
Da vida social nasceram: a riqueza, a pobreza, a beleza ou lascívia, a dominação, a servidão, a paixão romantizada.
Da propriedade surgiu a necessidade de cooperação, a princípio, eventual, depois, de curto e médio alcance, depois, de longo prazo que ensejou a construção da sociedade, do estado e do pacto social, ou, contrato social.
O paradoxo Rousseauniano consiste na negação do princípio de Mandeville[8] onde este último defende a lógica da razão individual como primum movens do indivíduo a despeito do efeito que isto causaria à racionalidade coletiva onde a racionalidade coletiva resultaria da somatória das lógicas individuais, necessariamente.
Para negar o princípio da racionalidade mandeviliana Rousseau nega qualquer racionalidade derivada da sociedade, pois o homem somente seria racional fora da sociedade, segundo o princípio de que as desigualdades sociais não guardam qualquer relação com as habilidades individuais que diferenciariam os indivíduos, quer dizer, não são as virtudes ou os vícios que criariam diferenciações sociais.
As diferenciações sociais, segundo Rousseau, são virtualidades criadas pela e para a sociedade artificial e fictícia sem fundamento na natureza. "A desigualdade não é legítima do ponto de vista natural"[9]. É o efeito grupo-social que criaria as qualidades e defeitos da diferenciação socioeconômica dos indivíduos.
[1]FULLER, T. BENTHAM, Jeremy. MILL, James. IN STRAUSS, L. CROSPEY, J. History of Political Philosophy. Chicago: SN. p.717
[2] Historiador e político britânico,redigiu um novo código de leis e começou a escrever e deixou inacabada a obra História da Inglaterra.
[3] POPPER, K. R. The logic of scientific discovery. LONDON : Hutchinson, 1965. P. 32. Karl Popper é defensor da idéia de metodologia científica baseada na precariedade e provisoriedade das verdades científicas, as quais só são válidas se puderem ser verificadas e se puderem ou, enquanto resistirem ao teste da refutabilidade.
[4] Auguste Comte (1798-1857). Criador da Sociologia, pai do positivismo que foi uma revolução na ciência separando a tradição e a religião da ciência, que passou a ser eminentemente experimentalista (empiricista).
[5] Epicuro filósofo grego 341-270 A.C. que defendia a doutrina que substituía o bem pelos prazeres sensuais, o mal pela dor, segundo a qual a felicidade consistia em minimizar-se os deveres e maximizar-se os prazeres.
[6] O estado da natureza é uma expressão (categoria analítica ontológica) que indica ou define uma hipotética situação pré-civilização do homem que vivia sem qualquer tipo de estrutura gregária.
[7] Lei de Bronze da oligarquia.
[8] A Fábula das Abelhas. de Mandeville, onde explica a organização das abelhas a partir da suposição de que cada inseto preocupa-se apenas com os seu prazer, por isto a colméia funciona com prosperidade. Apud Darwin-Dohrn, A. Mandeville, em seu livro Fábula das abelhas, que serviu de inspiração para Adam Schmith criar a teoria da riqueza das nações liberais, contrariou a realidade da sociobiologia das abelhas, construindo um aforismo sobre o comportamento delas de modo a distorcer o altruísmo e organização das abelhas. Como disse Mandeville: as abelhas conseguem viver com segurança e abastança porque cada uma cuida de si mesma e procura fazer o melhor para si mesma sem se importar com o que a outra abelha faz na colméia.
[9] Ibidem Rousseau. pág 25.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Pobreza: de onde vem?
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
O que é a pobreza?
A pobreza, dentre outras causas possíveis e prováveis, pode também resultar da falha na divisão do trabalho social. Esta será a causa examinada neste trabalho.
Desde quando o início do Renascimento no Século XII trouxe o fim do modo de produção feudal, a divisão social do trabalho nacional e internacional criou uma interdependência entre os indivíduos e entre países que resultou da especialização e da disponibilidade de fatores de produção, tendo como principal característica as crises de superprodução e de concentração capitalista relativa e absoluta, em outras palavras, foi o início da continentização[1] da economia e do comércio em particular.
Estas condições e características do capitalismo trouxeram ao mesmo tempo enorme prosperidade para um número muito mais aberto de pessoas, aumento da população, expansão do comércio, aumento das transações financeiras e comerciais, interrompendo o monopólio da riqueza e dos privilégios únicos da nobreza e do clero, mas trouxeram a miséria em escala nunca antes vista na humanidade.
O acesso a qualquer tipo de bem ou serviço deixou de ser proibido em função da classe social ou por conta das tradições e regras sociais que vedavam este acesso a determinados bens, serviços e direitos à determinadas classes sociais, passando o limite da posse de bens e serviços a ser dado apenas pela riqueza e capacidade de endividamento pessoal.
Ao par desta autonomia e liberdade conquistadas pelos ex-servos e vassalos, os ex-senhores feudais libertaram-se das suas responsabilidades pela garantia da sobrevivência e proteção devida aos seus ex-vassalos e ex-servos, a partir de então o balanço entre abandono e liberdade[2], entre autonomia e empregabilidade passou a ser vital para a sobrevivência e o sucesso dos indivíduos.
A cooperação forçada entre os servos do feudo passou a ser substituída pela competição no trabalho fabril, artesanal e manunfatureiro.
A eficiência substituiu a obrigação de fazer e o contrato substituiu o pacto de lealdade.
O preço substituiu o valor de uso do escambo marginal ditado pela tradição.
A padronização da produção retirou da mercadoria o seu valor intrínseco[3] estabelecido pela tradição substituindo-o pelo valor de troca.
A qualquer um era dado, a partir do Renascimento, o direito de enriquecer, junto a esta liberdade a conquista da autonomização exigiu dos indivíduos mobilidade e flexibilidade de mão-de-obra.
Com o acesso universalizado aos bens e serviços e uma grande elasticidade de oferta de fatores de produção o mercado foi assim construído sobre a liberdade da lei da oferta e da procura, cuja base é a utilidade marginal ou subjetiva que cada consumidor percebe nas mercadorias e o princípio da ausência de controle por qualquer dos agentes econômicos sobre as decisões de produzir ou consumir mercadorias.
Entregue às forças de mercado instalou-se a desigualdade e com ela a concentração dos fatores de produção de modo aleatório na sociedade onde a sorte, a natureza (abundância ou escassez de produtos naturais, matérias-primas, fontes de insumos), a habilidade, o capital e o conhecimento foram fatores determinantes para a estratificação social.
A tradição deixou de ser o único fator determinante da riqueza ou pobreza.
A pobreza é uma doença social que vem perpetuando-se verticalmente, por quê a geração passada não legou uma reserva de capital para a geração presente dar o salto de qualidade econômico; perpetua-se também horizontalmente por quê a competição intraclasse entre os pobres é extremamente acirrada reduzindo a possibilidade de cooperação voluntária intraclasse, ao contrário dos ricos que contam com incentivos para uma cooperação espontânea entre eles, maior do que entre os pobres, então o hiato tende a perpetuar-se por quê juntos os ricos aumentam o seu capital e a distância deles para a classe do pobres.
A pobreza exacerba o individualismo, os pobres seriam mais liberais, mais egoístas e menos solidários porquanto a divisão do espaço econômico entre os pobres é mais exíguo, ou seja, os postos e as oportunidades de ascensão econômica e social são proporcionalmente menores, na situação de não-emprego geral (+ de 4% de desempregados), acirrando a disputa entre os pobres, ou seja, retira a possibilidade de cooperação pela escassez de recursos, riqueza, bens e oportunidades de evolução social diante da enorme elasticidade de demanda de postulantes às melhores oportunidades sociais, bens, recursos e riquezas, induzindo um comportamento permanentemente agonístico onde ditam a disputa e competição permanente a que estão submetidos:
a) ou o pobre trabalha para ser o melhor, mais produtivo, mais eficiente,
b) ou o pobre trabalha para que os seus competidores pobres fracassem,
estas expectativas pessimista ou otimista não mudam o fato de que sempre haverá muitos fracassos para poucos sucessos nesta competição entre os pobres em busca da saída da situação de pobreza, na melhor das hipóteses, teríamos mais fracassos do que sucessos num mercado de trabalho sem pleno emprego.
Os ricos seriam socialistas, socializando as suas riquezas para preservarem os seus bens entre eles endogamicamente, porque existe abundância, excedentes de bens e oportunidades, grande elasticidade de bens sob seu controle, assim os ricos seriam mais democráticos e mais iguais entre si.
Allen[4], em seu ensaio sobre a pobreza, lembra na introdução daquela edição que Proudhon publicara em 1846 um livro intitulado "Filosofia da Pobreza" em dois volumes, aos quais Marx respondeu violentamente com um pequeno livro intitulado "A Pobreza da Filosofia", deixando claro a sua concepção ideológica com relação à pobreza como um problema de distribuição de poder assimétrico, onde ambos afirmam que toda riqueza é resultado de roubo, furto ou desvio moral, econômico, social e político, o que remete à preocupação sobre a culpa ou responsabilidade da divisão de classes sociais, mas não explica a origem da diferenciação social que leva à formação da divisão das classes sociais: ou seja, porque uns enriquecem e outros não?
Allen lembra os mais freqüentemente mencionados itens da cultura da pobreza conceituando os pobres como tendo um forte sentimento de fatalidade, crença na sorte, forte orientação no imediatismo do presente, curta perspectiva temporal, impulsividade, inabilidade em adiar a recompensa pelo esforço de planejamento para o futuro, sentimento de inferioridade, aceitação da agressividade e da ilegitimidade, aceitação do autoritarismo. Estes são sintomas e não as causas da pobreza.
A falha vertical na divisão do trabalho social familiar que leva à perpetuação da pobreza decorre da descontinuidade da divisão no tempo intergeracional nas tarefas de construção do patrimônio familiar que não é conduzida entre as sucessões de gerações, resultando na insuficiência legada por herança pelos membros mais velhos da estrutura familiar aos mais novos, que ao elidirem a herança para a geração seguinte interrompem o processo de acumulação capitalista, exponenciando o esforço necessário para a superação da etapa posterior, em alguns casos inviabilizando completamente a potencialidade de desenvolvimento da geração seguinte.
A falha horizontal na divisão do trabalho social familiar decorre quando a divisão no espaço das tarefas de construção do patrimônio familiar não é completada na mesma geração pela falta de investimentos na formação dos membros dependentes da família quando na fase de crescimento cuidados na formação são negligenciados pelos pais ou responsáveis pelos menores, sendo este esforço substituído pelo imediatismo, privando a geração presente de capital intelectual e cultural para construírem as próximas gerações, destruindo ela própria as suas expectativas de prosperidade.
[1] Aqui não cabe o termo globalização pois que o Velho-mundo desconhecia as américas e pouco contato tinham com zonas do extremo oriente, Austrália, Indonésia e Japão, as grandes navegações aconteciam dentro do Mediterrâneo.
[2] É preciso distinguir entre o abandono e a liberdade: os ex-escravos foram abandonados pelos seus ex-senhores por causa da determinação da Lei Áurea, não foi um ganho de liberdade neste caso. Se assim fosse estariam os ex-cônjuges desobrigados de prestação alimentícia por ocasião da liberalização do compromisso que os unia, neste caso, sem a pensão alimentícia seria abandono e não divórcio.
[3] Valor único da peça que era produzida de forma quase artística sem padronização, portanto objetos semelhantes teriam preços e qualidades diferentes.
[4] Allen, Vernon L. The Psichology of Poverty: Problems and Prospects. In: Allen, Vernon L. Psychological Factors in Poverty. London: Academic Press, 196_. Cap.19. Parte 6. pp.367-391.
O que é a pobreza?
A pobreza, dentre outras causas possíveis e prováveis, pode também resultar da falha na divisão do trabalho social. Esta será a causa examinada neste trabalho.
Desde quando o início do Renascimento no Século XII trouxe o fim do modo de produção feudal, a divisão social do trabalho nacional e internacional criou uma interdependência entre os indivíduos e entre países que resultou da especialização e da disponibilidade de fatores de produção, tendo como principal característica as crises de superprodução e de concentração capitalista relativa e absoluta, em outras palavras, foi o início da continentização[1] da economia e do comércio em particular.
Estas condições e características do capitalismo trouxeram ao mesmo tempo enorme prosperidade para um número muito mais aberto de pessoas, aumento da população, expansão do comércio, aumento das transações financeiras e comerciais, interrompendo o monopólio da riqueza e dos privilégios únicos da nobreza e do clero, mas trouxeram a miséria em escala nunca antes vista na humanidade.
O acesso a qualquer tipo de bem ou serviço deixou de ser proibido em função da classe social ou por conta das tradições e regras sociais que vedavam este acesso a determinados bens, serviços e direitos à determinadas classes sociais, passando o limite da posse de bens e serviços a ser dado apenas pela riqueza e capacidade de endividamento pessoal.
Ao par desta autonomia e liberdade conquistadas pelos ex-servos e vassalos, os ex-senhores feudais libertaram-se das suas responsabilidades pela garantia da sobrevivência e proteção devida aos seus ex-vassalos e ex-servos, a partir de então o balanço entre abandono e liberdade[2], entre autonomia e empregabilidade passou a ser vital para a sobrevivência e o sucesso dos indivíduos.
A cooperação forçada entre os servos do feudo passou a ser substituída pela competição no trabalho fabril, artesanal e manunfatureiro.
A eficiência substituiu a obrigação de fazer e o contrato substituiu o pacto de lealdade.
O preço substituiu o valor de uso do escambo marginal ditado pela tradição.
A padronização da produção retirou da mercadoria o seu valor intrínseco[3] estabelecido pela tradição substituindo-o pelo valor de troca.
A qualquer um era dado, a partir do Renascimento, o direito de enriquecer, junto a esta liberdade a conquista da autonomização exigiu dos indivíduos mobilidade e flexibilidade de mão-de-obra.
Com o acesso universalizado aos bens e serviços e uma grande elasticidade de oferta de fatores de produção o mercado foi assim construído sobre a liberdade da lei da oferta e da procura, cuja base é a utilidade marginal ou subjetiva que cada consumidor percebe nas mercadorias e o princípio da ausência de controle por qualquer dos agentes econômicos sobre as decisões de produzir ou consumir mercadorias.
Entregue às forças de mercado instalou-se a desigualdade e com ela a concentração dos fatores de produção de modo aleatório na sociedade onde a sorte, a natureza (abundância ou escassez de produtos naturais, matérias-primas, fontes de insumos), a habilidade, o capital e o conhecimento foram fatores determinantes para a estratificação social.
A tradição deixou de ser o único fator determinante da riqueza ou pobreza.
A pobreza é uma doença social que vem perpetuando-se verticalmente, por quê a geração passada não legou uma reserva de capital para a geração presente dar o salto de qualidade econômico; perpetua-se também horizontalmente por quê a competição intraclasse entre os pobres é extremamente acirrada reduzindo a possibilidade de cooperação voluntária intraclasse, ao contrário dos ricos que contam com incentivos para uma cooperação espontânea entre eles, maior do que entre os pobres, então o hiato tende a perpetuar-se por quê juntos os ricos aumentam o seu capital e a distância deles para a classe do pobres.
A pobreza exacerba o individualismo, os pobres seriam mais liberais, mais egoístas e menos solidários porquanto a divisão do espaço econômico entre os pobres é mais exíguo, ou seja, os postos e as oportunidades de ascensão econômica e social são proporcionalmente menores, na situação de não-emprego geral (+ de 4% de desempregados), acirrando a disputa entre os pobres, ou seja, retira a possibilidade de cooperação pela escassez de recursos, riqueza, bens e oportunidades de evolução social diante da enorme elasticidade de demanda de postulantes às melhores oportunidades sociais, bens, recursos e riquezas, induzindo um comportamento permanentemente agonístico onde ditam a disputa e competição permanente a que estão submetidos:
a) ou o pobre trabalha para ser o melhor, mais produtivo, mais eficiente,
b) ou o pobre trabalha para que os seus competidores pobres fracassem,
estas expectativas pessimista ou otimista não mudam o fato de que sempre haverá muitos fracassos para poucos sucessos nesta competição entre os pobres em busca da saída da situação de pobreza, na melhor das hipóteses, teríamos mais fracassos do que sucessos num mercado de trabalho sem pleno emprego.
Os ricos seriam socialistas, socializando as suas riquezas para preservarem os seus bens entre eles endogamicamente, porque existe abundância, excedentes de bens e oportunidades, grande elasticidade de bens sob seu controle, assim os ricos seriam mais democráticos e mais iguais entre si.
Allen[4], em seu ensaio sobre a pobreza, lembra na introdução daquela edição que Proudhon publicara em 1846 um livro intitulado "Filosofia da Pobreza" em dois volumes, aos quais Marx respondeu violentamente com um pequeno livro intitulado "A Pobreza da Filosofia", deixando claro a sua concepção ideológica com relação à pobreza como um problema de distribuição de poder assimétrico, onde ambos afirmam que toda riqueza é resultado de roubo, furto ou desvio moral, econômico, social e político, o que remete à preocupação sobre a culpa ou responsabilidade da divisão de classes sociais, mas não explica a origem da diferenciação social que leva à formação da divisão das classes sociais: ou seja, porque uns enriquecem e outros não?
Allen lembra os mais freqüentemente mencionados itens da cultura da pobreza conceituando os pobres como tendo um forte sentimento de fatalidade, crença na sorte, forte orientação no imediatismo do presente, curta perspectiva temporal, impulsividade, inabilidade em adiar a recompensa pelo esforço de planejamento para o futuro, sentimento de inferioridade, aceitação da agressividade e da ilegitimidade, aceitação do autoritarismo. Estes são sintomas e não as causas da pobreza.
A falha vertical na divisão do trabalho social familiar que leva à perpetuação da pobreza decorre da descontinuidade da divisão no tempo intergeracional nas tarefas de construção do patrimônio familiar que não é conduzida entre as sucessões de gerações, resultando na insuficiência legada por herança pelos membros mais velhos da estrutura familiar aos mais novos, que ao elidirem a herança para a geração seguinte interrompem o processo de acumulação capitalista, exponenciando o esforço necessário para a superação da etapa posterior, em alguns casos inviabilizando completamente a potencialidade de desenvolvimento da geração seguinte.
A falha horizontal na divisão do trabalho social familiar decorre quando a divisão no espaço das tarefas de construção do patrimônio familiar não é completada na mesma geração pela falta de investimentos na formação dos membros dependentes da família quando na fase de crescimento cuidados na formação são negligenciados pelos pais ou responsáveis pelos menores, sendo este esforço substituído pelo imediatismo, privando a geração presente de capital intelectual e cultural para construírem as próximas gerações, destruindo ela própria as suas expectativas de prosperidade.
[1] Aqui não cabe o termo globalização pois que o Velho-mundo desconhecia as américas e pouco contato tinham com zonas do extremo oriente, Austrália, Indonésia e Japão, as grandes navegações aconteciam dentro do Mediterrâneo.
[2] É preciso distinguir entre o abandono e a liberdade: os ex-escravos foram abandonados pelos seus ex-senhores por causa da determinação da Lei Áurea, não foi um ganho de liberdade neste caso. Se assim fosse estariam os ex-cônjuges desobrigados de prestação alimentícia por ocasião da liberalização do compromisso que os unia, neste caso, sem a pensão alimentícia seria abandono e não divórcio.
[3] Valor único da peça que era produzida de forma quase artística sem padronização, portanto objetos semelhantes teriam preços e qualidades diferentes.
[4] Allen, Vernon L. The Psichology of Poverty: Problems and Prospects. In: Allen, Vernon L. Psychological Factors in Poverty. London: Academic Press, 196_. Cap.19. Parte 6. pp.367-391.
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ONG e o Estado: Uma Tentativa de Estimativa e Avaliação da Formação de Parceria Entre Uma Organização Não-Governamental – ONG e o Estado Brasileiro
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
ONG e o Estado: Uma Tentativa de Estimativa e Avaliação da Formação de Parceria Entre Uma Organização Não-Governamental – ONG e o Estado Brasileiro
I – Introdução
Segundo estudos dos projetos financiados pelo Banco Mundial[1], as ONG's participaram como entidades implementadoras dos projetos em 57% dos casos, comparado com os 11% dos casos como entidades que participaram da elaboração dos mesmos.
Isto sugere que, para os organismos governamentais, é mais atrativo dividir tarefas ou serviços do que fazer uma divisão de poder.
ONG e o Estado: Uma Tentativa de Estimativa e Avaliação da Formação de Parceria Entre Uma Organização Não-Governamental – ONG e o Estado Brasileiro
I – Introdução
Segundo estudos dos projetos financiados pelo Banco Mundial[1], as ONG's participaram como entidades implementadoras dos projetos em 57% dos casos, comparado com os 11% dos casos como entidades que participaram da elaboração dos mesmos.
Isto sugere que, para os organismos governamentais, é mais atrativo dividir tarefas ou serviços do que fazer uma divisão de poder.
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quarta-feira, 20 de julho de 2011
Fossilwagen
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
A fábrica das duas letrinhas é uma parasita de patentes alheias.
A Volkswagen tem sido uma empresa peculiar desde a sua criação.
É uma empresa semiestatal alemã, cuja história de seu maior sucesso traz o estigma do nazismo de Hitler que queria produzir um carro popular que foi materializado no Fusca.
O Fusca nasceu como um projeto da antiga fábrica de motos e automóveis alemã NSU, que encomendou ao engenheiro mecânico Ferdinand Porsche o seu projeto, que após o termino da Segunda Grande Guerra Mundial o Fusca foi produzido pela fábrica Volkswagen, pois a fábrica NSU encerrou as suas atividades antes do Fusca entrar em produção comercial.
Mas não é só isso. A Volkswagen nunca produziu um projeto de motor. O motor da linha refrigerada a ar do Fusca foi projetado pela Porsche. Quando precisou substituir a linha refrigerada a ar decadente por uma linha refrigerada à água moderna, recebeu o motor da Audi (Auto Union) que gerou as linhas Passat/Santana, Gol e Golf.
A VW nem quer ouvir a palavra TATRA. Esta pequena e esquecida indústria da antiga República Tchecoslováquia criou o modelo T87 (http://www.pragaturismo.com/?p=1077) que inspirou as principais variáveis e parâmetros do futuro fusca: motor traseiro a ar, frente aerodinâmica arredondada e flúida, traseira aerodinâmica em queda suave como nos projetos da Tatra tcheca. Chassis patenteado pela Tatra em torno de um tubo de aço e suspensão por barras de torção e independente nas quatro rodas, com tração traseira. (A Volkswagen foi processada pela Tatra pela quebra da patente do modelo Tatra T87 plagiado para o modelo Fusca, perdeu a ação judicial e teve de pagar pesada indenização à Tatra)
Semelhança com KdF -Wagen / Volkswagen Beetle [ editar] Tanto o design aerodinâmico e as especificações técnicas , especialmente o motor refrigerado a ar liso e quatro montado na parte de trás , dá a T97 uma semelhança impressionante com o KdF -Wagen da Volkswagen , que mais tarde tornou-se o Beetle. Acredita-se que a Porsche usado designs de Tatra uma vez que ele estava sob enorme pressão para projetar a Volkswagen forma rápida e barata [2 ] De acordo com os livros Tatra - . The Legacy of Hans Ledwinka e Car Wars , Adolf Hitler disse sobre o Tatra "esta é a carro para os meus caminhos " . [2 ] [3] Ferdinand Porsche admitiu mais tarde 'para ter olhado sobre os ombros de Ledwinka ' ao projetar o Volkswagen . [2] [ 4] Tatra processou por danos Porsche e Porsche estava disposta a resolver. No entanto, Hitler cancelou este , dizendo que ele " iria resolver a questão. " [5] Quando a Checoslováquia foi invadida pelos nazistas , a produção do T97 foi imediatamente interrompida , eo processo caiu . Após a guerra, Tatra reabriu o processo contra a Volkswagen . Em 1967, o assunto foi resolvido quando a Volkswagen pagou Tatra 3.000.000 Deutsche Mark em compensação. Entre 1939 e 1944, a ocupação da França pelas forças nazis permitiu a apropriação de mais de 100 mil obras de arte pertencentes a judeus, maçons e opositores políticos. Entre estas encontravam-se centenas de obras de Cézanne, Monet, Degas, Picasso, Matisse, Van Gogh, Rembrandt, etc.[6]
Por este motivo a VW é a única grande montadora que não possui até hoje nenhum título em competição automobilística internacional multimarcas, em qualquer categoria, seja Rally, F1, F2, F3, F Indy, F Cart, Marcas, DTM, Arrancada, F Atlantic, Truck, Trator.
A VW tornou-se uma fábrica de filhos bastardos, oportunista, parasita.
Mas, o que se destaca nesta empresa é a sua incompreensível estratégia de posicionamento mercadológico, principalmente no Brasil.
Toda grande empresa transnacional carrega um grande peso em sua estrutura burocrática. As decisões são lentas, conservadoras, centralizadas, concentradas, os níveis de decisões são hierarquicamente estabelecidos em muitas camadas e degraus decisórios característicos de uma organização detalhada ao extremo.
Isso implica em que poucas decisões seriam tomadas no calor da emoção ou apenas para arriscar um passo no desconhecido. Traduzindo: o sucesso é paralisante. Enquanto a Kombi, o Santana e o Gol estiveram liderando nos seus respectivos nichos de mercado no Brasil, na China, na Argentina, Irã, Iraque, enfim, em países periféricos, de baixa renda, subdesenvolvidos, nada os faria mudar isso.
Como sabemos, o sucesso é paralisante. Ninguém se atreve a mudar o que está dando certo, exceto se for incomodado. Ninguém perde o sono por causa do sucesso, mas o fracasso, ao contrário do sucesso, nos tira o sono, a paciência, a tranquilidade, faz-nos refletir, nos mobiliza, faz-nos rever e refazer posições e decisões, o fracasso ativa novas e renovadas forças para nos fazer vencer os desafios.
Ocorre que esta estratégia suicida acabará por estrangular a VW. As novas gerações de automobilistas não foram socializadas para reforçarem o ethos representado pelo velho Fusca e tudo que ele representou com as suas qualidades desejadas como: durabilidade, facilidade de manutenção e resistência:
a) talvez porque as novas gerações não tivessem conhecido o velho Fusca;
b) ou porque estas qualidades não sejam decisivas na atualidade;
c) ou porque os legados culturais e valores de uma geração não sejam transferidos às novas gerações.
A Volks tem a cara do pobre. Mesmos os ricos não querem se identificar com a marca do povo (volks = povo, pobre em idioma alemão) não adquirindo os seus modelos mais caros, que têm sido fracassos de venda entre o público abastado financeiramente (vide o novo Golf e o Paethon).
A VW pode até obter lucros com as vendas em alta destes mencionados veículos antigos, mas certamente a direção alemã tem consciência que ao longo prazo essa estratégia é suicida: explica-se. A marca VW está se transformando em símbolo de acomodação, tradição, preguiça e desdém com o consumidor.
Enquanto a concorrência trabalha para superar o inimigo nº 1 esta perde muito tempo deitada em berço esplêndido. Quando acordar de seu sono encontrará, surpresa, uma concorrência muitas gerações tecnológicas à sua frente.
A chegada de modelos como os novos Passat e do novíssimo Paethon serve como vitrine-demonstração do potencial tecnológico da VW, mas todo esse trabalho será perdido se a VW insistir em manter em sua carteira produtos reconhecidamente anacrônicos.
Passado este período de latência acredito que com a conquista da confiança do consumidor nas novas marcas Peugeot, Kia, Hyundai e Renault, mais a nova Ford renovada, a queda da VW será rápida e vertiginosa (guarde este para conferir).
O mercado automobilístico está mais para um jogo soma-zero. Para as outras marcas aumentarem a suas vendas o líder terá que ceder espaços, e este líder hoje é o Gol, que sofrerá ataques cada vez mais ferozes, as fábricas novas logo saberão identificar as preferências dos consumidores e adequar os seus produtos.
Marca se constrói com muito investimento e tempo, mas o consumidor muda de preferência como quem muda de marca de dentifrício, o mercado não perdoa falta de respeito nem de ousadia.
As vendas em alta dos produtos baratos, com alto valor de revenda, com alta taxa de liquidez e com demanda aquecida para modelos tradicionais e ultrapassados são sintomas de desconfiança do consumidor no futuro da economia do País.
Na incerteza, prefere-se garantir alguma tranquilidade adquirindo-se bens nos quais acredita-se poder desfazer-se deles com rapidez e retorno garantido em caso de crise financeira pessoal, para isso estes consumidores desprezam qualidades como modernidade, atualização do projeto, novidades, estética, e demais opções por outros modelos mais novos e modernos do mercado por puro, total e solitário medo do futuro com relação a sua situação financeira.
O Gol, Jetta e Kombi são os veículos de um mercado de consumidores assustados com o futuro.
A Fossilwagen e os seus dirigentes cultivam uma estranha crença de que os seus produtos nunca envelhecem. Essa crença na vida eterna não aceita a morte natural, rejeita os conceitos de mutação, evolução e adaptação.
Por causa disso a Fossilwagen coleciona os recordes dos mais antigos veículos em produção ininterrupta do mundo.
A Fossilwagen é a maior fábrica de automóveis antigos do mundo, aliás, está entre as únicas fábricas que produzem carros antigos zero-kilômetros! Seus modelos mais famosos são: o Golssauro, o Santanadonte, a Kombidactilo e o famoso PaleoFusca, esse último desaparecido na última glaciação mundial.
Mesmo os modelos mais novos são projetados e desenhados em torno de uma grade padronizada e antiga. É como se os mortos nunca desencarnassem como fantasmas incorporados do passado assombrando a vida dos jovens.
Deixe os mortos em paz, enterre o passado e salte para o futuro! A Fossilwagen teve uma chance desperdiçada ao lançar o Pólo, carro certo para substituir o Golssauro, mas com o preço de Astra..É a mania de grandeza..
A Fossilwagen vive hoje uma crise de identidade: recusa a imagem de fabricante de carros para o seu público Volks (popular) que a construiu no passado. Mudar a imagem de fabricante de carros simples no imaginário coletivo construído há mais de cinqüenta anos soa como ingratidão, arrependimento e atitude envergonhada para com os seus fãs, gente simples que torce o nariz quando a sua marca predileta os rejeita apresentando modelos de luxo completamente desfocados da sua imagem: carros simples, baratos, duráveis e valorizados, sem luxo e sem sofisticação.
O Fox parece-me o resultado de uma estratégia de recolocação do Pólo sem a cara de Mercedes Benz Classe E, como foi o Pólo-Kirchner(estrábico), o Fox tem cara de VW e preço de VW, é uma confissão tácita do erro Pólo, pois se trata de uma variante do mesmo, já que retira-lo de produção seria difícil de explicar diante dos investimentos realizados, mas o tempo dirá que o Fox-Polo (certo) veio para matar o Golssauro e o Polo-errado.
O Brasil precisa de investimentos qualificados, e não de investimentos apenas quantificados, esse tipo de fabricante como a Volkswagen é um desserviço para a indústria nacional, e por tabela, um péssimo negócio para o Brasil.
Vide o caso da Rússia: é um País capaz de produzir de tudo, desde turborreatores de todos os tamanhos e potências, submarinos atômicos, aviões hipersônicos, computadores, satélites espaciais e seus lançadores, mas fica conhecida no imaginário dos automobilistas pela imagem do automóvel Lada, no Brasil, o mesmo se dá na China, no México, para onde o Brasil, através da Volkswagen, exporta o arqueozóico Volkswagen Gol.
Ciente desta situação a direção da Volkswagen tenta, em gestos quase desesperados, compensar essa imagem de atraso antecipando-se aos concorrentes, talvez tentando ludibriar, ou fazendo marketerização da tecnologia internalisada oportunistamente, para tentar transformar coisa antiga em moderna.
Isto aconteceu quando do relançamento requentado do velho e defasado Santana Thecno com injeção de combustível, também no episódio reprisado melancolicamente do relançamento do requentado e arquozóico Gol bicombustível são fatos exemplares da tentativa de desfazer a imagem de atraso, fracassada, pois as novidades apressadamente lançadas pioneiramente no Brasil apenas anteciparam os projetos dos concorrentes brasileiros da Volkswagen, mas não no exterior onde estas novidades já estavam no mercado décadas atrás.
É golpe sujo, inútil, desnecessário, ridículo e ineficaz: o cliente volkswagen brasileiro sabe o que está comprando, quando compra um Volkswagen, sabe que não compra tecnologia de ponta, compra sossego, certeza de todos os defeitos e qualidades, e principalmente, conveniência.
Reforçando esta babel, a propaganda dos produtos Volkswagen confunde mais ainda o consumidor e a concorrência transformando carros pequenos em carros grandes, carros defasados tecnologicamente em carros modernos. O Pólo foi lançado como um grande carro grande. Não o é, ele é um subcompacto. Então a Volkswagen encurta a plataforma do Pólo e projeta sobre ela o modelo Fox e novamente vem a propaganda confusa vende-lo como um carro gigantesco.
Como é possível diminuir algo para que fique maior? Assim caminha a propaganda da Volkswagen mentindo e confundindo a sua clientela formada de gente simples, que não quer complicação com o vizinho, que vai questionar a realidade dos produtos Volkswagen com a sua mensagem publicitária enganosa e exagerada.
A Volkswagen não tem clientes: a Volkswagen tem fãs. Se dependesse de clientes teria falido com a retirada de produção do Fusca e com o derretimento de milhares de motores do novo Gol G5 e Fox.
A imagem da Volkswagen é tão forte entre os seus clientes cativos que os seus admiradores não aceitam sequer discutir a estética do patinho feio que é o Fusca, para eles um primor de design!
Não se combate argumentos do tipo emocional com argumentos racionais, assim todos os defeitos de um Volkswagen são relevados pelo seu público.
Então, o que vimos na história da Volks foi um desfile de projetos ridículos como o Volkswagen sedan 1600 quatro portas, chamado de Zé-do-caixão, a Variant e o TL, dois dos mais ridículos veículos jamais produzidos no mundo, e não satisfeita com o vexame a Volks fez os “esportivos” SP1 e SP2, sem potência sequer para serem veículos de passeio, muito menos para atender a proposta de esportividade, quer seja de suspensão, motor, freios, tecnologia, comportamento dinâmico, enfim, um outro projeto ridículo da Volks.
A VW desistiu da fabricação do Audi porque vende menos, desistiu da modernização do Gol durante 15 anos porque ele vende muito bem.
Durma-se com uma lógica dessas! É preciso iniciar uma campanha para devolver a Volkswagen do Brasil para a Alemanha. Ela já cumpriu o seu papel de iniciar o mercado brasileiro na era automobilística.
Não existe espaço para fabricantes com o perfil dessa fábrica, que a julgar pelo tempo e pelo sucesso da produção contínua da Kombi, já era para esse veículo ter evoluído muito, para acompanhar os novos padrões de desempenho, segurança, estética, conforto, design, acabamento, tecnologia, consumo, arquitetura, e o que vemos é um veículo sem um motor moderno, sem direção hidráulica e ar-condicionado, ABS, nem como opcionais, para transportar duas toneladas!
É um veículo barulhento, duro, desconfortável, sem forração interna, (viola normas do Contran para veículos de transporte de passageiros), e a Volkswagen faz cara de paisagem para a concorrência e para os seus fãs, num quase deboche, e num total desprezo para com o mercado brasileiro.
Está sendo investigado pela Comissão Européia e pela Comissão de Valores Mobiliários da Alemanha uma possível manipulação dos valores das ações da Porsche pela direção da Volkswagen que resultou na aquisição do controle acionário pela minoritária das ações da majoritária, com troca de posições acionárias possivelmente fraudulentas.
A Guerra entre a VW e a Porsche somente terminaria se houver um acordo.
Ocorre que a Porsche tentou adquirir o controle acionário da VW e para isto se endividou com bilhões de Euros. O mercado ao perceber isto reduziu o valor das ações da PORSCHE o que propiciou à VW transferir bilhões de Euros à PORSCHE para adquirir o controle acionário da PORSCHE.
Ao fazê-lo a PORSCHE ficou com este capital o que lhe permitiu pagar o empréstimo feito e o mercado percebeu que a VW ficou agora em posição financeira debilitada pela enorme transferência feita para adquirir o controle acionário majoritário do grupo, beneficiando a PORSCHE indiretamente.
Esta nova posição das duas empresas permitiria um ataque da PORSCHE para tentar readquirir o controle acionário do grupo. Como se vê um acordo foi feito para que a VW aparecesse na mídia como o cabeça do grupo, mas a família que controla a PORSCHE ficou com a presidência de todo o grupo.
O que interessa à VW não é o controle do grupo, é parecer que é maior do que a PORSCHE.
A quem desejam enganar?
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A Volkswagen tem sido uma empresa peculiar desde a sua criação.
É uma empresa semiestatal alemã, cuja história de seu maior sucesso traz o estigma do nazismo de Hitler que queria produzir um carro popular que foi materializado no Fusca.
O Fusca nasceu como um projeto da antiga fábrica de motos e automóveis alemã NSU, que encomendou ao engenheiro mecânico Ferdinand Porsche o seu projeto, que após o termino da Segunda Grande Guerra Mundial o Fusca foi produzido pela fábrica Volkswagen, pois a fábrica NSU encerrou as suas atividades antes do Fusca entrar em produção comercial.
Mas não é só isso. A Volkswagen nunca produziu um projeto de motor. O motor da linha refrigerada a ar do Fusca foi projetado pela Porsche. Quando precisou substituir a linha refrigerada a ar decadente por uma linha refrigerada à água moderna, recebeu o motor da Audi (Auto Union) que gerou as linhas Passat/Santana, Gol e Golf.
A VW nem quer ouvir a palavra TATRA. Esta pequena e esquecida indústria da antiga República Tchecoslováquia criou o modelo T87 (http://www.pragaturismo.com/?p=1077) que inspirou as principais variáveis e parâmetros do futuro fusca: motor traseiro a ar, frente aerodinâmica arredondada e flúida, traseira aerodinâmica em queda suave como nos projetos da Tatra tcheca. Chassis patenteado pela Tatra em torno de um tubo de aço e suspensão por barras de torção e independente nas quatro rodas, com tração traseira. (A Volkswagen foi processada pela Tatra pela quebra da patente do modelo Tatra T87 plagiado para o modelo Fusca, perdeu a ação judicial e teve de pagar pesada indenização à Tatra)
Semelhança com KdF -Wagen / Volkswagen Beetle [ editar] Tanto o design aerodinâmico e as especificações técnicas , especialmente o motor refrigerado a ar liso e quatro montado na parte de trás , dá a T97 uma semelhança impressionante com o KdF -Wagen da Volkswagen , que mais tarde tornou-se o Beetle. Acredita-se que a Porsche usado designs de Tatra uma vez que ele estava sob enorme pressão para projetar a Volkswagen forma rápida e barata [2 ] De acordo com os livros Tatra - . The Legacy of Hans Ledwinka e Car Wars , Adolf Hitler disse sobre o Tatra "esta é a carro para os meus caminhos " . [2 ] [3] Ferdinand Porsche admitiu mais tarde 'para ter olhado sobre os ombros de Ledwinka ' ao projetar o Volkswagen . [2] [ 4] Tatra processou por danos Porsche e Porsche estava disposta a resolver. No entanto, Hitler cancelou este , dizendo que ele " iria resolver a questão. " [5] Quando a Checoslováquia foi invadida pelos nazistas , a produção do T97 foi imediatamente interrompida , eo processo caiu . Após a guerra, Tatra reabriu o processo contra a Volkswagen . Em 1967, o assunto foi resolvido quando a Volkswagen pagou Tatra 3.000.000 Deutsche Mark em compensação. Entre 1939 e 1944, a ocupação da França pelas forças nazis permitiu a apropriação de mais de 100 mil obras de arte pertencentes a judeus, maçons e opositores políticos. Entre estas encontravam-se centenas de obras de Cézanne, Monet, Degas, Picasso, Matisse, Van Gogh, Rembrandt, etc.[6]
Por este motivo a VW é a única grande montadora que não possui até hoje nenhum título em competição automobilística internacional multimarcas, em qualquer categoria, seja Rally, F1, F2, F3, F Indy, F Cart, Marcas, DTM, Arrancada, F Atlantic, Truck, Trator.
A VW tornou-se uma fábrica de filhos bastardos, oportunista, parasita.
Mas, o que se destaca nesta empresa é a sua incompreensível estratégia de posicionamento mercadológico, principalmente no Brasil.
Toda grande empresa transnacional carrega um grande peso em sua estrutura burocrática. As decisões são lentas, conservadoras, centralizadas, concentradas, os níveis de decisões são hierarquicamente estabelecidos em muitas camadas e degraus decisórios característicos de uma organização detalhada ao extremo.
Isso implica em que poucas decisões seriam tomadas no calor da emoção ou apenas para arriscar um passo no desconhecido. Traduzindo: o sucesso é paralisante. Enquanto a Kombi, o Santana e o Gol estiveram liderando nos seus respectivos nichos de mercado no Brasil, na China, na Argentina, Irã, Iraque, enfim, em países periféricos, de baixa renda, subdesenvolvidos, nada os faria mudar isso.
Como sabemos, o sucesso é paralisante. Ninguém se atreve a mudar o que está dando certo, exceto se for incomodado. Ninguém perde o sono por causa do sucesso, mas o fracasso, ao contrário do sucesso, nos tira o sono, a paciência, a tranquilidade, faz-nos refletir, nos mobiliza, faz-nos rever e refazer posições e decisões, o fracasso ativa novas e renovadas forças para nos fazer vencer os desafios.
Ocorre que esta estratégia suicida acabará por estrangular a VW. As novas gerações de automobilistas não foram socializadas para reforçarem o ethos representado pelo velho Fusca e tudo que ele representou com as suas qualidades desejadas como: durabilidade, facilidade de manutenção e resistência:
a) talvez porque as novas gerações não tivessem conhecido o velho Fusca;
b) ou porque estas qualidades não sejam decisivas na atualidade;
c) ou porque os legados culturais e valores de uma geração não sejam transferidos às novas gerações.
A Volks tem a cara do pobre. Mesmos os ricos não querem se identificar com a marca do povo (volks = povo, pobre em idioma alemão) não adquirindo os seus modelos mais caros, que têm sido fracassos de venda entre o público abastado financeiramente (vide o novo Golf e o Paethon).
A VW pode até obter lucros com as vendas em alta destes mencionados veículos antigos, mas certamente a direção alemã tem consciência que ao longo prazo essa estratégia é suicida: explica-se. A marca VW está se transformando em símbolo de acomodação, tradição, preguiça e desdém com o consumidor.
Enquanto a concorrência trabalha para superar o inimigo nº 1 esta perde muito tempo deitada em berço esplêndido. Quando acordar de seu sono encontrará, surpresa, uma concorrência muitas gerações tecnológicas à sua frente.
A chegada de modelos como os novos Passat e do novíssimo Paethon serve como vitrine-demonstração do potencial tecnológico da VW, mas todo esse trabalho será perdido se a VW insistir em manter em sua carteira produtos reconhecidamente anacrônicos.
Passado este período de latência acredito que com a conquista da confiança do consumidor nas novas marcas Peugeot, Kia, Hyundai e Renault, mais a nova Ford renovada, a queda da VW será rápida e vertiginosa (guarde este para conferir).
O mercado automobilístico está mais para um jogo soma-zero. Para as outras marcas aumentarem a suas vendas o líder terá que ceder espaços, e este líder hoje é o Gol, que sofrerá ataques cada vez mais ferozes, as fábricas novas logo saberão identificar as preferências dos consumidores e adequar os seus produtos.
Marca se constrói com muito investimento e tempo, mas o consumidor muda de preferência como quem muda de marca de dentifrício, o mercado não perdoa falta de respeito nem de ousadia.
As vendas em alta dos produtos baratos, com alto valor de revenda, com alta taxa de liquidez e com demanda aquecida para modelos tradicionais e ultrapassados são sintomas de desconfiança do consumidor no futuro da economia do País.
Na incerteza, prefere-se garantir alguma tranquilidade adquirindo-se bens nos quais acredita-se poder desfazer-se deles com rapidez e retorno garantido em caso de crise financeira pessoal, para isso estes consumidores desprezam qualidades como modernidade, atualização do projeto, novidades, estética, e demais opções por outros modelos mais novos e modernos do mercado por puro, total e solitário medo do futuro com relação a sua situação financeira.
O Gol, Jetta e Kombi são os veículos de um mercado de consumidores assustados com o futuro.
A Fossilwagen e os seus dirigentes cultivam uma estranha crença de que os seus produtos nunca envelhecem. Essa crença na vida eterna não aceita a morte natural, rejeita os conceitos de mutação, evolução e adaptação.
Por causa disso a Fossilwagen coleciona os recordes dos mais antigos veículos em produção ininterrupta do mundo.
A Fossilwagen é a maior fábrica de automóveis antigos do mundo, aliás, está entre as únicas fábricas que produzem carros antigos zero-kilômetros! Seus modelos mais famosos são: o Golssauro, o Santanadonte, a Kombidactilo e o famoso PaleoFusca, esse último desaparecido na última glaciação mundial.
Mesmo os modelos mais novos são projetados e desenhados em torno de uma grade padronizada e antiga. É como se os mortos nunca desencarnassem como fantasmas incorporados do passado assombrando a vida dos jovens.
Deixe os mortos em paz, enterre o passado e salte para o futuro! A Fossilwagen teve uma chance desperdiçada ao lançar o Pólo, carro certo para substituir o Golssauro, mas com o preço de Astra..É a mania de grandeza..
A Fossilwagen vive hoje uma crise de identidade: recusa a imagem de fabricante de carros para o seu público Volks (popular) que a construiu no passado. Mudar a imagem de fabricante de carros simples no imaginário coletivo construído há mais de cinqüenta anos soa como ingratidão, arrependimento e atitude envergonhada para com os seus fãs, gente simples que torce o nariz quando a sua marca predileta os rejeita apresentando modelos de luxo completamente desfocados da sua imagem: carros simples, baratos, duráveis e valorizados, sem luxo e sem sofisticação.
O Fox parece-me o resultado de uma estratégia de recolocação do Pólo sem a cara de Mercedes Benz Classe E, como foi o Pólo-Kirchner(estrábico), o Fox tem cara de VW e preço de VW, é uma confissão tácita do erro Pólo, pois se trata de uma variante do mesmo, já que retira-lo de produção seria difícil de explicar diante dos investimentos realizados, mas o tempo dirá que o Fox-Polo (certo) veio para matar o Golssauro e o Polo-errado.
O Brasil precisa de investimentos qualificados, e não de investimentos apenas quantificados, esse tipo de fabricante como a Volkswagen é um desserviço para a indústria nacional, e por tabela, um péssimo negócio para o Brasil.
Vide o caso da Rússia: é um País capaz de produzir de tudo, desde turborreatores de todos os tamanhos e potências, submarinos atômicos, aviões hipersônicos, computadores, satélites espaciais e seus lançadores, mas fica conhecida no imaginário dos automobilistas pela imagem do automóvel Lada, no Brasil, o mesmo se dá na China, no México, para onde o Brasil, através da Volkswagen, exporta o arqueozóico Volkswagen Gol.
Ciente desta situação a direção da Volkswagen tenta, em gestos quase desesperados, compensar essa imagem de atraso antecipando-se aos concorrentes, talvez tentando ludibriar, ou fazendo marketerização da tecnologia internalisada oportunistamente, para tentar transformar coisa antiga em moderna.
Isto aconteceu quando do relançamento requentado do velho e defasado Santana Thecno com injeção de combustível, também no episódio reprisado melancolicamente do relançamento do requentado e arquozóico Gol bicombustível são fatos exemplares da tentativa de desfazer a imagem de atraso, fracassada, pois as novidades apressadamente lançadas pioneiramente no Brasil apenas anteciparam os projetos dos concorrentes brasileiros da Volkswagen, mas não no exterior onde estas novidades já estavam no mercado décadas atrás.
É golpe sujo, inútil, desnecessário, ridículo e ineficaz: o cliente volkswagen brasileiro sabe o que está comprando, quando compra um Volkswagen, sabe que não compra tecnologia de ponta, compra sossego, certeza de todos os defeitos e qualidades, e principalmente, conveniência.
Reforçando esta babel, a propaganda dos produtos Volkswagen confunde mais ainda o consumidor e a concorrência transformando carros pequenos em carros grandes, carros defasados tecnologicamente em carros modernos. O Pólo foi lançado como um grande carro grande. Não o é, ele é um subcompacto. Então a Volkswagen encurta a plataforma do Pólo e projeta sobre ela o modelo Fox e novamente vem a propaganda confusa vende-lo como um carro gigantesco.
Como é possível diminuir algo para que fique maior? Assim caminha a propaganda da Volkswagen mentindo e confundindo a sua clientela formada de gente simples, que não quer complicação com o vizinho, que vai questionar a realidade dos produtos Volkswagen com a sua mensagem publicitária enganosa e exagerada.
A Volkswagen não tem clientes: a Volkswagen tem fãs. Se dependesse de clientes teria falido com a retirada de produção do Fusca e com o derretimento de milhares de motores do novo Gol G5 e Fox.
A imagem da Volkswagen é tão forte entre os seus clientes cativos que os seus admiradores não aceitam sequer discutir a estética do patinho feio que é o Fusca, para eles um primor de design!
Não se combate argumentos do tipo emocional com argumentos racionais, assim todos os defeitos de um Volkswagen são relevados pelo seu público.
Então, o que vimos na história da Volks foi um desfile de projetos ridículos como o Volkswagen sedan 1600 quatro portas, chamado de Zé-do-caixão, a Variant e o TL, dois dos mais ridículos veículos jamais produzidos no mundo, e não satisfeita com o vexame a Volks fez os “esportivos” SP1 e SP2, sem potência sequer para serem veículos de passeio, muito menos para atender a proposta de esportividade, quer seja de suspensão, motor, freios, tecnologia, comportamento dinâmico, enfim, um outro projeto ridículo da Volks.
A VW desistiu da fabricação do Audi porque vende menos, desistiu da modernização do Gol durante 15 anos porque ele vende muito bem.
Durma-se com uma lógica dessas! É preciso iniciar uma campanha para devolver a Volkswagen do Brasil para a Alemanha. Ela já cumpriu o seu papel de iniciar o mercado brasileiro na era automobilística.
Não existe espaço para fabricantes com o perfil dessa fábrica, que a julgar pelo tempo e pelo sucesso da produção contínua da Kombi, já era para esse veículo ter evoluído muito, para acompanhar os novos padrões de desempenho, segurança, estética, conforto, design, acabamento, tecnologia, consumo, arquitetura, e o que vemos é um veículo sem um motor moderno, sem direção hidráulica e ar-condicionado, ABS, nem como opcionais, para transportar duas toneladas!
É um veículo barulhento, duro, desconfortável, sem forração interna, (viola normas do Contran para veículos de transporte de passageiros), e a Volkswagen faz cara de paisagem para a concorrência e para os seus fãs, num quase deboche, e num total desprezo para com o mercado brasileiro.
Está sendo investigado pela Comissão Européia e pela Comissão de Valores Mobiliários da Alemanha uma possível manipulação dos valores das ações da Porsche pela direção da Volkswagen que resultou na aquisição do controle acionário pela minoritária das ações da majoritária, com troca de posições acionárias possivelmente fraudulentas.
A Guerra entre a VW e a Porsche somente terminaria se houver um acordo.
Ocorre que a Porsche tentou adquirir o controle acionário da VW e para isto se endividou com bilhões de Euros. O mercado ao perceber isto reduziu o valor das ações da PORSCHE o que propiciou à VW transferir bilhões de Euros à PORSCHE para adquirir o controle acionário da PORSCHE.
Ao fazê-lo a PORSCHE ficou com este capital o que lhe permitiu pagar o empréstimo feito e o mercado percebeu que a VW ficou agora em posição financeira debilitada pela enorme transferência feita para adquirir o controle acionário majoritário do grupo, beneficiando a PORSCHE indiretamente.
Esta nova posição das duas empresas permitiria um ataque da PORSCHE para tentar readquirir o controle acionário do grupo. Como se vê um acordo foi feito para que a VW aparecesse na mídia como o cabeça do grupo, mas a família que controla a PORSCHE ficou com a presidência de todo o grupo.
O que interessa à VW não é o controle do grupo, é parecer que é maior do que a PORSCHE.
A quem desejam enganar?
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terça-feira, 19 de julho de 2011
Nova escola de administração: Administração Privada
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Nova escola de administração: a Escola da Administração Privada
Desde os tempos da Queda dos Muros de Berlim, na Era da Globalização e Neoliberalismo, está sendo lançada uma nova Escola da Administração. Vai patrocinada pelo Canin, Bresser Pereira, Fernando Henrique, Santana, Cláudia Costin, Fernando Collor.
Esta nova escola vem se juntar às anteriomente conhecidas pela comunidade acadêmica, a saber, as principais correntes teóricas: Clássica, Burocrática, Relações Humanas, Sistêmica, Sociológica, Neoclássica, Científica, Estruturalista, Behaviourista, Contingência e Mudanças, e, Culturas e Desenvolvimento Organizacionais.
Ficou um hiato a ser preenchido na teoria das administrações privada e pública. O que é isto?
É interssante que nenhum teórico tenha desenvolvido qualquer teoria para a administração pública, até o momento em que escrevo este blog, nem que haja sido encontrado uma teoria específica para a administração da empresa privada. Ao contrário, todas as escolas teóricas listadas acima abordam diferentemente as maneiras e estilos de adminstração em função de outras variáveis, não discriminam se a empresa é privada ou pública.
As macrovariáveis da ciência da administração concentram-se nos problemas de como atingir os objetivos, como acompanhar as mudanças ambientais, como estimular a cooperação dos empregados, como estabelecer uma estratégia com relação aos competidores, como maximizar os recursos materiais, financeiros, tempo, tecnologia, habilidades humanas, capital de giro, capital fixo, prazos, expectativas dos cliente, endomarketing, marketing, relacionamento com a cadeia de produção, expectativas da sociedade, legislação tributária, legislação de posturas municipais, relacionamento com as filiais, enfim, nada que possa distinguir uma empresa privada de uma empresa pública a ponto de causar uma ruptura teórica capaz de isolar as soluções para cada caso, se pública ou privada.
Estamos todos, do mundo acadêmico, a esperar esta revolução nas teorias da administração, a grande clivagem entre a escola de administração privada (se é que existe uma) e a escola de administração pública (se é que existe uma). Com a palavra os seus precursores.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Pedofilia na Fashion Week sic (Semana de Moda), cruzes...
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
A pedofilia na moda
Modelos raquíticos, massa corporal em completa discrepância com a altura, idade, peso, sexo. Mas, o que é isso? Simplesmente uma simulação do corpo infantil, vetado pela legislação, e reprovado pela sociedade a exploração da sexualidade infantil ganha legalidade pela simulação dos corpos dos infantes em mulheres que mais parecem meninas fisicamente.
Porque os estilistas de moda e agências de modelos tentariam burlar a legislação que proibe a exploração das crianças e dos adolescentes simulando os seus corpos através da restrição das medidas biométricas das manequins e modelos de moda e fotográficos?
A exploração indireta da pelofilia é uma realidade legal na moda, chancelada pela emulação dos corpos infantis justificados legalmente pela certidão de nascimento, tudo que eles procuram fazer é descobrir estes corpos ou forçá-los até chegarem às dimensões dos corpos infantis, através de severa restrição alimentar e privação de líquidos.
Eles justificam tecnicamente que os corpos assim são naturais, e que a câmara fotográfica e de imagens engordam pelo menos 5 quilos os corpos dos modelos e manequins. Ainda assim é crime. É crime porque quase todas estão em regime alimentar forçado e controlado para manterem o nível mínimo de sobrevivência que suporte a aparência infantil num corpo de adulto, em segundo porque estão submetendo as modelos a um sério risco que pode ser desdobrado em risco físico e mental, através da condição profissional que exige muitas vezes a mudança completa de disposição para a sua aceitação causando a dependência psicológica e econômica que tem levado à depressão e até à morte de alguns modelos de moda fotográfico e de desfile nas passarelas da morte.
A imagem infantil deixou de ser permissiva recentemente através de um processo social onde o controle da sociedade exigiu a isenção das crianças do mercado de exploração de sua sensualidade, mas maneiras mil tem surtido efeito para contornar estas restrições.
É preciso estar atendo permanentemente para estas estratégias de contornar a legislação quando o espírito do agente crimonoso é apenas satisfazer aquela parte doentia da sociedade que sente forte atração pela libido infantil, e alimentam as suas inclinações perversas de sexualidade com estes sucedâneos de libido infantil sublimada na imagem de uma pessoa mal desenvolvida na estatura e no seu biotipo quase ou totalmente infantil, na sua aparência e agora nos modelos de moda preparados propositalmente para parecerem possuir corpos infantilizados pela ganância e pela sordidez dos promotores da moda.
Faculdade do crime
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
É claro que por razões éticas e de sobrevivência não posso revelar o nome da instituição
Existe no Distrito Federal uma Faculdade do Crime. Não estou me referindo ao presídio da Papuda ou ao Presídio Feminino do DF.
Existe uma faculdade no DF que, ao contrário do que uma instituição de ensino, e mais, uma instituição de ensino superior, deveria ensinar pelo seu exemplo aos seus alunos, as noções de ética nos negócios e na sociedade.
Este estabelecimento transformou-se em uma verdadeira Universidade do Crime. Quem passar diante dos seus portões avistará ainda do lado de fora de seus muros, ou de suas cercas, a sua própria frota de veículos de serviço totalmente discreta, dispensada do uso de qualquer identificação da razão social, na verdade os veículos foram desadesivados apressadamente, para que não sejam identificados pelos credores.
Acontece que o maior patrimônio de uma instituição de ensino são os seus professores, estes deveriam merecer das instituições de ensino todo o apoio e toda compreensão de sua missão, expressada materialmente pelos pagamentos mensais dos salários em retribuição ao seu trabalho de ensinar e orientar os alunos daquela instituição.
Acontece então que este estabelecimento de ensino acumulou um passivo trabalhista calculado hoje em cerca de R$ 3,8 milhões em multas por atraso de pagamento de salários. Este montante inclui apenas os últimos cinco anos! As leis trabalhistas permitem a reclamação pretérita para apenas os últimos cinco anos, mas na verdade, há cerca de dez anos esta instituição de ensino vem atrasando regularmente e continuamente os pagamentos de saláros aos seus servidores, incluindo os professores, os quais vêm financiando indiretamente o capital de giro desta instituição.
Esta dívida ainda não inclui o default de recolhimento dos valores correspondentes aos descontos do Imposto de renda de pessoa física e de previdência social obrigatórios.
Calculando 14 atrasos de pagamento por ano, aqueles que dependem desta renda mensal pagam ao sistema financeiro multas e juros desde a conta de consumo de energia elétrica, mensalidade escolares, mensalidades de academias diversas, prestações de lojas, aluguéis, condomínios, IPTU, IPVA, contribuindo com uma prestação a mais, por ano, um prejuízo que jamais será pago visto que em alguns casos o nome do professor e do servidor desta instituição fica negativado nos serviços de proteção ao crédito, com prejuízos também, indiretamente, morais e psicológicos.
Toda essa situação começou quando os administradores resolveram investir em negócios duvidosos, e mal sucedidos, perderam o capital de giro da instituição de ensino num jogo de pirâmide financeira através da internet que tentaram criar, e que ao invés de darem o golpe levaram o golpe dos prováveis incautos.
Houve investigação, prisões, mas, a Faculdade do Crime aperfeiçoou os seus mecanismos de defesa contra o poder judiciário, e hoje está completamente imune ao braço policial e jurídico do Estado, suas contas foram bloquedas, os seus bens bloqueados, a sua movimentação financeira foi bloqueda pela justiça mas até agora nada foi coletado para ressarcir os bens dos credores. A Faculdade do crime transferiu criminosamente os seus bens e patrimônios para terceiros, a escritura do imóvel da Faculdade pertence a um grande empresário que vive com prisão preventiva decretada no DF, tudo simulado, os veículos, a arrecadação das mensalidades dos alunos, as mansões, os tratores e a fazenda juntamente com o gado foram transferidos criminosamente para a propriedade de funcionários, parentes e contraparentes distantes, para fugir ao cerco da penhora judicial.
Assim, permanece totalmente blindada contra as suas mazelas, e ainda permanece no anonimato.
Quem gostaria de ver o seu diploma associado a uma instituição como essa?
O nome, eu não digo, se disserem foi sem a minha autorização, não assumo e não incentivo esse tipo de delação. É a Universidade do Crime.
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Código florestal brasileiro
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Código Florestal Brasileiro
Os ecologistas decretaram uma moratória unilateral para a natureza da Terra. Explico.
Desde que aqui surgiu o homo sapiens, a cerca de 2,5 milhões de anos, a sua existência e a dos mamíferos terrestres somente foi possível com o desaparecimento dos dinossauros, resultante de um enorme e global cataclisma que os destruiu, causado pelo impacto de um gigantesco meteorito.
Mas, a natureza, em sua sabedoria, vem modelando o universo através do que se chamou de destruição criativa (Schumpeter). Grandes catástrofes naturais nos deram o homo sapiens, o Pão de Açúcar, o Everest, o petróleo pela submersão e inversão violenta da crosta terrestre, destruindo e soterrando florestas e animais.
Querem agora, os ecologistas, congelarem o paraíso, como se pudessem evitar que o mundo desaparecesse como o conhecemos hoje. Mas não é só: já decidiram quais criaturas devem sobreviver à destruição pelo homem, escolheram algumas espécies por sua beleza e por outros critérios incompreensíveis, como: os mico-leões-dourados, as tartarugas marinhas, o peixe-boi, mas excluiram as baratas, os ratos, os insetos peçonhentos, as moscas, os mosquitos (o da dengue).
Afinal, que critéro é esse pelo qual os humanos já exterminaram pelo menos uma espécie, a varíola? Eu gostaria que tivessem escolhido as serpentes e o tubarão-branco.
A Natureza é amoral, aética, não tem autoconsciência, não tem memória, não sente dor, não tem finalidade, não tem princípios, não é finalística, não é conservacionista, enfim o conceito de equilíbrio ecológico não passa de uma humanização da natureza através da perspectiva de observação da civilização sobre ela, a Natureza.
Na natureza não existe o bom nem o ruim, nem bem nem mal. Se voce estiver diante de uma serpente, de um leão, de um crocodilo ou de um tubarão, eles farão o que sempre costumam fazer sem remorso ou moralidade; querer atribuir vícios ou virtudes à Natureza não passa de um julgamento subjetivo humano.
Nesse sentido, um primeiro exemplo diz respeito às formigas escravagistas. É de conhecimento amplo a existência desse tipo de formiga que pode ser encontrado na Ásia, Europa, América do Norte e África. Esse tipo específico de formiga invade uma colônia rival e rapta ou rouba as larvas existentes nessa colônia. As larvas são alimentadas na colônia escravagista e quando se tornam adultas atuam como escravas para essa colônia. Outro exemplo, também conhecido, são as orcas ou baleias assassinas que brincam de maneira “cruel” com suas vítimas (em geral, focas) antes devorá-las. Esse exemplo é altamente difundido em documentários sobre animais. Inclusive, o gato que vive em minha casa também possui o hábito de “brincar” com a sua comida ainda viva. Um terceiro exemplo está relacionado ao fato de que leões machos matam filhotes da mesma espécie, mas de outro macho, com o intuito de garantir domínio. Há também pássaros que substituem ovos de um ninho por seus ovos. Fazem isso para que seus ovos sejam chocados e alimentados por outros pássaros. Enfim, os exemplos são muitos e gostaria de ter sido mais detalhado, mas não consegui informações sobre todos os exemplos e o espaço é curto. O que é claro de se observar nesses exemplos, independente de regras evolutivas, que em todos os casos encontram-se situações no mínimo questionáveis e que, em minha opinião, podem ser consideradas como algo irracional.
O universo é um enorme caos, onde a vida é apenas um pequeno e insignificante detalhe, um luxo do planeta Terra, por hora. Nenhuma espécie vegetal ou animal é mais importante ou mais imponente que o deserto do Saara, com o seu mar de sem-vida, é tão importante quanto ecosistemas densos como a Amazônia. A beleza das florestas é apenas uma perspectiva de observação subjetiva.
Afinal, o deserto tem muito menos utilidade para a sobrevivência humana do que a floresta, daí julgarmos tudo pela utilidade do ponto de vista humano.
Para que o equilíbrio ecológico se perpetue o ser humano terá que dar uma enorme ajuda à natureza, visto que o nosso planeta está datado para desaparecer: pela implosão da nossa estrela, o Sol, quer pela sua explosão, por uma tempestade cósmica de raios gama, raios beta, radiação alfa, despejados por algum quasar ou por buracos-negros, que numa fração de segundo varrerão todos os resquícios de vida e sistemas vivos da Terra.
A própria Terra em seu ciclo de glaciações periódicas irá fazer a sua faxina da vida aqui, novamente, ou, o movimento final das placas tectônicas mudando a arquitetura das montanhas, vales, florestas, mares e oceanos, então, para que o paraíso sobreviva, temos que desde já mandarmos missões pelos quadrantes do universo de amostras de vida para buscarem outros endereços levando o DNA humano e das espécies que aqui se encontram, esta sim, é a única alternativa para a manutenção do equilíbrio ecológico, pois a Naturez não está programada para fazê-lo ou mantê-lo sem a interveniência humana.
O equilíbrio ecológico é pura intenção e invenção unicamente dos humanos. Nunca existiu tal equilíbio ecológico na natureza.
À medida que vão se esgotando os álibis dos ecoinocentes vai aumentando o grau de agressividade de suas manifestações antihumanas. Dentro de mais 80 anos o petróleo se extinguirá das grandes jazidas economicamente explotáveis. O outro fato natural diz que as plantas precisam de Dióxido de carbono CO2 para realizar a fotossíntese. Isso quer dizer que sem a produção de CO2 não existiria a vida na Terra.
Assim as fontes de energia serão cada vez mais escassas na Terra. Os ecologistas não precisam se preocupar com as fontes sujas de energia baseadas em hidrocarbonetos no futuro.
A natureza não inventou o moto-contínuo, ou seja, não pode produzir para si mesma o carbono que consome, seria o moto-contínuo. A máquina perfeita termodinamicamente. Isto é impossível. As florestas tropicais somente existem por causa das águas das chuvas. Estas águas são trazidas da evaporação dos mares, por que, novamente, a selva não poderia produzira a própria água que ela precisa, seria o moto-contínuo, e isto contraria a 1ª lei da termodinâmica.
As florestas são o resultado de um longo processo evolutivo que começou com os líquens e após milhões de anos cobriram-se de frondosas árvores, que vão ser sucedidas sabe-se lá por que, por que as florestas como tudo na natureza é mutável, nada é perpétuo. por que os solos se esgotam naturalmente e não podem ser repostos pela matéria orgânica produzida por ele mesma, seria mais uma versão do moto-contínuo.
A energia que move a Terra vem do Sol, este também está esgotando o seu combustível, lentamente.
A matéria que nutre as florestas é limitada e está chegando ao fim de seu ciclo de esgotamento, por que ela não pode ser naturalmente reposta indefinidamente, independentemente da ação ou da exploração humana.
PS.: Um estudo publicado na revista New Scientist por pesquisadores de cientistas da Universidade do Kansas sugeriu em 2003 que um bombardeio de raios gama estelares teria sido o responsável pela extinção de grande parte da vida terrestre há 440 milhões de anos. Contudo, até então, poucas provas existiam sobre este fato.
Mas agora pesquisadores do Instituto Mark Planck de Física Nuclear, da Alemanha, estão confirmando o que foi dito pelos americanos. Segundo eles, o bombardeio realmente ocorreu na época em que os americanos afirmaram em função de uma grande explosão de muitas estrelas em um determinado espaço - talvez pela fusão ou impacto entre várias delas.
O resultado foi a emanação de muitos raios gama em direção à Terra. Esses raios gama estelares teriam causado a morte de muitos seres vivo da época.
http://professorrobertorocha.blogspot.com.br/2012/05/ecoinicentes-ecolatras-e-ecoterroristas.html
Código Florestal Brasileiro
Os ecologistas decretaram uma moratória unilateral para a natureza da Terra. Explico.
Desde que aqui surgiu o homo sapiens, a cerca de 2,5 milhões de anos, a sua existência e a dos mamíferos terrestres somente foi possível com o desaparecimento dos dinossauros, resultante de um enorme e global cataclisma que os destruiu, causado pelo impacto de um gigantesco meteorito.
Mas, a natureza, em sua sabedoria, vem modelando o universo através do que se chamou de destruição criativa (Schumpeter). Grandes catástrofes naturais nos deram o homo sapiens, o Pão de Açúcar, o Everest, o petróleo pela submersão e inversão violenta da crosta terrestre, destruindo e soterrando florestas e animais.
Querem agora, os ecologistas, congelarem o paraíso, como se pudessem evitar que o mundo desaparecesse como o conhecemos hoje. Mas não é só: já decidiram quais criaturas devem sobreviver à destruição pelo homem, escolheram algumas espécies por sua beleza e por outros critérios incompreensíveis, como: os mico-leões-dourados, as tartarugas marinhas, o peixe-boi, mas excluiram as baratas, os ratos, os insetos peçonhentos, as moscas, os mosquitos (o da dengue).
Afinal, que critéro é esse pelo qual os humanos já exterminaram pelo menos uma espécie, a varíola? Eu gostaria que tivessem escolhido as serpentes e o tubarão-branco.
A Natureza é amoral, aética, não tem autoconsciência, não tem memória, não sente dor, não tem finalidade, não tem princípios, não é finalística, não é conservacionista, enfim o conceito de equilíbrio ecológico não passa de uma humanização da natureza através da perspectiva de observação da civilização sobre ela, a Natureza.
Na natureza não existe o bom nem o ruim, nem bem nem mal. Se voce estiver diante de uma serpente, de um leão, de um crocodilo ou de um tubarão, eles farão o que sempre costumam fazer sem remorso ou moralidade; querer atribuir vícios ou virtudes à Natureza não passa de um julgamento subjetivo humano.
Nesse sentido, um primeiro exemplo diz respeito às formigas escravagistas. É de conhecimento amplo a existência desse tipo de formiga que pode ser encontrado na Ásia, Europa, América do Norte e África. Esse tipo específico de formiga invade uma colônia rival e rapta ou rouba as larvas existentes nessa colônia. As larvas são alimentadas na colônia escravagista e quando se tornam adultas atuam como escravas para essa colônia. Outro exemplo, também conhecido, são as orcas ou baleias assassinas que brincam de maneira “cruel” com suas vítimas (em geral, focas) antes devorá-las. Esse exemplo é altamente difundido em documentários sobre animais. Inclusive, o gato que vive em minha casa também possui o hábito de “brincar” com a sua comida ainda viva. Um terceiro exemplo está relacionado ao fato de que leões machos matam filhotes da mesma espécie, mas de outro macho, com o intuito de garantir domínio. Há também pássaros que substituem ovos de um ninho por seus ovos. Fazem isso para que seus ovos sejam chocados e alimentados por outros pássaros. Enfim, os exemplos são muitos e gostaria de ter sido mais detalhado, mas não consegui informações sobre todos os exemplos e o espaço é curto. O que é claro de se observar nesses exemplos, independente de regras evolutivas, que em todos os casos encontram-se situações no mínimo questionáveis e que, em minha opinião, podem ser consideradas como algo irracional.
O universo é um enorme caos, onde a vida é apenas um pequeno e insignificante detalhe, um luxo do planeta Terra, por hora. Nenhuma espécie vegetal ou animal é mais importante ou mais imponente que o deserto do Saara, com o seu mar de sem-vida, é tão importante quanto ecosistemas densos como a Amazônia. A beleza das florestas é apenas uma perspectiva de observação subjetiva.
Afinal, o deserto tem muito menos utilidade para a sobrevivência humana do que a floresta, daí julgarmos tudo pela utilidade do ponto de vista humano.
Para que o equilíbrio ecológico se perpetue o ser humano terá que dar uma enorme ajuda à natureza, visto que o nosso planeta está datado para desaparecer: pela implosão da nossa estrela, o Sol, quer pela sua explosão, por uma tempestade cósmica de raios gama, raios beta, radiação alfa, despejados por algum quasar ou por buracos-negros, que numa fração de segundo varrerão todos os resquícios de vida e sistemas vivos da Terra.
A própria Terra em seu ciclo de glaciações periódicas irá fazer a sua faxina da vida aqui, novamente, ou, o movimento final das placas tectônicas mudando a arquitetura das montanhas, vales, florestas, mares e oceanos, então, para que o paraíso sobreviva, temos que desde já mandarmos missões pelos quadrantes do universo de amostras de vida para buscarem outros endereços levando o DNA humano e das espécies que aqui se encontram, esta sim, é a única alternativa para a manutenção do equilíbrio ecológico, pois a Naturez não está programada para fazê-lo ou mantê-lo sem a interveniência humana.
O equilíbrio ecológico é pura intenção e invenção unicamente dos humanos. Nunca existiu tal equilíbio ecológico na natureza.
À medida que vão se esgotando os álibis dos ecoinocentes vai aumentando o grau de agressividade de suas manifestações antihumanas. Dentro de mais 80 anos o petróleo se extinguirá das grandes jazidas economicamente explotáveis. O outro fato natural diz que as plantas precisam de Dióxido de carbono CO2 para realizar a fotossíntese. Isso quer dizer que sem a produção de CO2 não existiria a vida na Terra.
Assim as fontes de energia serão cada vez mais escassas na Terra. Os ecologistas não precisam se preocupar com as fontes sujas de energia baseadas em hidrocarbonetos no futuro.
A natureza não inventou o moto-contínuo, ou seja, não pode produzir para si mesma o carbono que consome, seria o moto-contínuo. A máquina perfeita termodinamicamente. Isto é impossível. As florestas tropicais somente existem por causa das águas das chuvas. Estas águas são trazidas da evaporação dos mares, por que, novamente, a selva não poderia produzira a própria água que ela precisa, seria o moto-contínuo, e isto contraria a 1ª lei da termodinâmica.
As florestas são o resultado de um longo processo evolutivo que começou com os líquens e após milhões de anos cobriram-se de frondosas árvores, que vão ser sucedidas sabe-se lá por que, por que as florestas como tudo na natureza é mutável, nada é perpétuo. por que os solos se esgotam naturalmente e não podem ser repostos pela matéria orgânica produzida por ele mesma, seria mais uma versão do moto-contínuo.
A energia que move a Terra vem do Sol, este também está esgotando o seu combustível, lentamente.
A matéria que nutre as florestas é limitada e está chegando ao fim de seu ciclo de esgotamento, por que ela não pode ser naturalmente reposta indefinidamente, independentemente da ação ou da exploração humana.
PS.: Um estudo publicado na revista New Scientist por pesquisadores de cientistas da Universidade do Kansas sugeriu em 2003 que um bombardeio de raios gama estelares teria sido o responsável pela extinção de grande parte da vida terrestre há 440 milhões de anos. Contudo, até então, poucas provas existiam sobre este fato.
Mas agora pesquisadores do Instituto Mark Planck de Física Nuclear, da Alemanha, estão confirmando o que foi dito pelos americanos. Segundo eles, o bombardeio realmente ocorreu na época em que os americanos afirmaram em função de uma grande explosão de muitas estrelas em um determinado espaço - talvez pela fusão ou impacto entre várias delas.
O resultado foi a emanação de muitos raios gama em direção à Terra. Esses raios gama estelares teriam causado a morte de muitos seres vivo da época.
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sexta-feira, 15 de julho de 2011
A maior farsa da História da Humanidade
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
aior de todas as corrupções não é na política
É verdade que os políticos estão na vanguarda quando se fala de corrupção. Mas, por outro lado, imagine voce se alguém lhe dissesse que ganhou em sorteios da Megasena 200 vezes seguidas. Isso já aconteceu na política, como farsa, é claro. Mas, o que diria alguém de um caso mais escabroso de um vencedor que ganha há mais de 50 anos seguidamente?
É assim que funciona o futebol profissional no Brasil. Veja que em meus 56 anos de vida cansei de esperar por uma mudança do ranking dos quatro maiores times de futebol do Rio de Janeiro, melhor dizendo, dos quatro vencedores natos do futebol carioca. Apenas para argumentar; o mesmo se pode dizer em São Paulo, em Minas Gerais, em Rio Grande do Sul.
O que se vê é que contrariando a ciência da Estatística, os quatro grandes são ocupantes vitalícios do olimpo futebolístico, a saber: Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo.
Não venham dizer que é questão de escala ou de investimentos. É muito mais que isso: é muita sorte que os outros times não têm, como, por exemplo: Bangu, Canto do Rio, Friburguense, Cabofriense, Campo Grande, América os quais nunca, repito, nunca cheguam a figurar entre os grandes times.
Neste caso a mão-invisível do acaso é muito conspícua.
Vai ter azar assim no inferno!
Na ciência que estuda o acaso, a Estatística, não existem as probabilidades 100% nem 0%, mas, o futebol profissional desmente este axioma matemático.
Compreendo as paixões que despertam nos torcedores a trajetória histórica destas instituições, que as obriga a não se encaixarem em qualquer lógica matemática, mas os casos inúmeros de pequenas e grandes fraudes, no final resultam na alteração das expectativas matemáticas, mais ainda, nas esperanças estatísticas.
Nem o melhor matemático do mundo conseguiria explicar este fenômeno, onde tudo é muito previsível, visto que as variáveis estão todas sob controle, e não é do controle emocional; interesses sociológicos, políticos, financeiros, geopolíticos, de Estado, eleitorais, de segurança pública, étnicos, sexuais, estão todos entrelaçados impedindo que o acaso decida as relações históricas, fazendo com que a História se repita, contrariando a Dialética, essa História que se repete como uma farsa muito desejada e ansiosamente esperada.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Anistiados do Gov Collor de Melo
disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha
Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político
Caro Amigo
Hamilton:
Solicito que publique e divulgue este informe através do site da UNABRAS, para que aqueles que não puderam comparecer possam se informar, neste relatório de avaliação da audiência pública realizada no auditório Nereu Ramos da Câmara do Deputados Federais em Brasília, realizada no dia 12 de julho de 2011.
Foi uma tarde de muitos informes e testemunhos onde compareceram dois senadores federais, Edson Lobão e Inácio Arruda PCB, deputados federais, deputados distritais do DF, representantes da CUT, e de outras centrais de trabalhadores, representantes de sindicados e de entidades associativas de servidores e de trabalhadores.
Sob o comando da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Câmara dos Deputados Federais foi montada esta audiência pública sob o comando de sua nova presidenta a dep federal pelo Rio Grande do Sul Manuela D'ávila, que montou a primeira mesa de discussão seguida de outras quatro mesas às 14:00 hs.
Foram homenageados os pioneiros do movimento de anistia, principalmente o ex-presidente e senador Itamar Franco que promulgou a lei de anistia, Lei Federal nº 8878/94; foi feito um minuto de silênciao pela sua passagem, e também o ex-diretor do Sindsep-DF Cláudio Santana que juntamente com o ex-empregado da Empresa Vale do Rio Doce, não-presente, José Jorge, acreditaram na utopia de que um dia os atos administrativos da reforma do Estado no Governo Collor pudessem ser revertidos, iniciando assim a busca de uma reversão das demissões de empregados e de servidores públicos nos anos de 1990 a 1992, principiando todo o movimento que cuminou na Lei Federal 8878 de 1992 a 1994.
Falaram inicialmente o Dep Arnaldo Faria de Sá, SP, que emocionado cobrou mais empenho dos seus correligionários do Congresso para a deliberação em favor desta luta; fomos comparados aos ex-combatentes, mas que nunca fomos reconhecidos como heróis, mas sim como os anestesiados do sistema que pretendeu dar ao Brasil uma feição neoliberal, onde, segundo as palavras da dep Érica Kokay, subordinou o País à uma lógica de mercado que provou ser perversa pois o tal mercado não possui uma razão autônoma, resultando em mais irracionalidade e descontrole como aconteceu em 2008 nos Estados Unidos da América do Norte.
O dep Vicentinho do PT SP sendo membro suplente da Comissão de Direitos Humanos se colocou à disposição da mesma para acompanhar as denúncias de assédio moral que constrangem e afligem os retornados da anistia, juntamente com o Sr. Idel que hoje pertencente à diretoria da Empresa Brasileira de Correios, ex-presidente da Comissão Especial Interministerial - CEI, que se comprometeu em apurar em sua empresa as denúncias de assédio moral.
O discurso emocionado do Sen Edson Lobão levou a platéia a aplaudí-lo de pé, ao relatar seu enorme esforço para viabilizar a aprovação do PLS 5030/SF - PL 372/CD que trata da reabertura de prazos para a apresentação de requerimentos de pedido de anistia dos intempestivos. Agradeceu aos votos de pronta recuperação da cirurgia e tratamento de saúde a que se submete, tendo chegado e saído numa cadeira-de-rodas ao auditório Nereu Ramos.
Foi ovacionado o ex dep Federal e ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos que aniversariava no dia, o Sr Pompeo de Matos hoje simples funcionário do Banco do Brasil, que relatou que sofre dos mesmos problemas de ser rejeitado e discriminado pelos colegas de trabalho no seu retorno às atividades no Banco do Brasil depois de deixar a Câmara dos Deputados em virtude do fim de seu mandato de dep federal pelo RGS.
Neste momento foram lembrados os esforços feitos para dar ao demitido do gov Collor que resultou no dispositivo legal da Lei 8878/94, que, imperfeito, foi recentemente complementado pelo parecer do Min Dias Tofolli, que construiu uma quase-Súmula jurisprudencial, tendo em vista as omissões e restrições na Lei 8878/94. Cumpre observar que alguns dos artigos presentes na Lei 8878/94 constituiram barreiras para a consecução do objetivo de uma anistia, que representaria um perdão, um recomeço, mas que em um dos seus artigos coloca uma série de obstáculos, principalmente quando restringe o direito ao pedido de reconsideração para aqueles que se encontrariam desempregados, condiciona o retorno ao disponível no orçamento, não permite que as cláusulas econômicas como por exemplo, o pagamento retroativo de salários nem a averbação do tempo de serviço para a contagem de aposentadoria por contribuição, estes elementos podem servir de barreira para aqueles operadores da justiça que seguem a linha positivista com uma visão restritiva da interpretação do texto legal, e dispostos a conduzirem o exame de anistia com o máximo de rigor denegatório, os quais encontram guarida na Lei 8878/94.
Em contrapartida, aqueles que buscam seguir teleologicamente os objetivos da reconciliação podem trazer a Lei 8878/94 para uma interpretação mais hermenêutica, mais inclusiva, mais extensiva, fazendo a subsunção do caso concreto dentro do espírito da doutrina da anistia lato sensu, que é reconstruir e perdoar, poderiam encontrar ali nesta Lei 8878/94 argumentos e respaldo para concretizar o retorno dos demitidos pelo gov Collor.
Assim, desse modo, está mais do que na hora de realizar-se um debate público, talvez uma nova audiência pública sobre a Lei 8878/94. Incuir o Parecer nº 1 da Advocacia Geral da União - AGU do agora min Dias Tofolli neste debate e construirmos uma nova Revista jurisprudencial com os espíritos desarmados, mirando no exemplo da legislação dos anistiados políticos em vigor.
Para concluir, sugiro o batismo da Lei nº 8878/94 com o nome de seu promulgador e seu principal promotor o ex-presidente falecido Itamar Franco, assim a Lei 8878/94 passaria a se chamar lei Itamar Franco, em sua homenagem.
É o que tenho a relatar,
Roberto da Silva Rocha
rsrocha@Ymail.com
Anistiado (anistiando) da Empresa pública CODEVASF
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