quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O Contrato social em Locke, Rousseau e Hobbes

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político O Contrato Social Introdução Apresentação do trabalho Este texto não tem a pretensão de interpretar as obras de Thomas Hobbes, John Locke e Jean Jacke Rousseau, ao contrário, é um ensaio segundo uma óptica pessoal, costurado através de um viés que privilegia o arcabouço sistêmico; Construído com o auxílio de algumas figuras fictícias, apenas para argumentar, apenas para demonstrar as possibilidades infinitas que o arcabouço da Teoria Política Moderna oferece para a libação intelectual até mesmo as mais despretensiosas, como a deste incipiente discente, haurida de parte de suas obras: O Leviatã, Segundo Tratado sobre o Governo Civil, e Contrato Social. (Hobbes, Locke e Rousseau, respectivamente). Diante das inúmeras possibilidades oferecidas por este manancial de ideias e concepções sobre o contrato social, tomei a iniciativa, um tanto arbitrária, de destacar de dentro destes arcabouços paradigmáticos clássicos, aquele que me pareceu mais interessante, consciente das dificuldades inerentes à esta ou qualquer outra opção e de suas consequências, portanto, é um trabalho menos conceitual do que ousado, apenas uma tentativa de ensaiar passos na TPM. 1ª. Parte – A Obra de T. Hobbes O seu famoso Leviatã consistiu num ensaio especulativo construído à posteriori sobre as origens de um certo tipo de sociedade civil em que as justificativas racionais de sustentação teórica-filosófica de uma certa forma de governo é reconstruída de trás para adiante, então esta teleologia forma um todo consistente com a premissa inicial em suas consequências, premissa que serviu de inspiração, ou melhor, que foi o fator gerador da tese que T. Hobbes queria justificar à luz de argumentos essencialmente racionais.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

As lições que Jó não entendeu

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político As lições de Jó A parte mais complexa dos evangelhos presente no Novo Testamento diz respeito a uma das retificações concernentes à doutrina de Jesus e a sua promessa pós ressurreição. Poucos ou quase nenhum dos doutrinadores cristãos aceitam a fala de Jesus revelada a São Tomé que duvidara que Jesus tivesse ressuscitado, aliás os onze apóstolos também estavam igualmente incrédulos desse milagre, não acreditaram que Jesus tivesse vencido a morte, mas este teve mesmo assim o privilégio de assistir a última intervenção do Jesus desencarnado. Foi o último milagre de Cristo. Todo milagre feito após este encontro é pura manifestação do poder do homem de fé. A era dos milagres terminou com a crucificação de Cristo. Os milagres depois da morte de Jesus são obras humanas em nome da fé em Jesus, adjudicadas pelo Espírito Santo de Deus aos ungidos de Deus. Deus não obedece nem atende aos pedidos e nem às súplicas humanas. Deus faz ou deixa de fazer independentemente das nossas vontades. Nada podemos fazer para sermos abençoados. Quem viveu a era dos milagres do Velho Testamento teve a chance de ver a voz diretamente de Deus e os seus milagres testemunhados pessoalmente. Mas a maioria, infelizmente desdenhou e ignorou os profetas, os apóstolos e a Deus, na presença dele e de seu filho Jesus pessoalmente aqui entre os humanos. Portanto, não há motivo para Deus desperdiçar a sua graça de novo, pois os humanos se recusam e se recusaram a acreditar na presença e na existência de Deus, e uma nova chance de milagres somente se dará no dia do juízo final. Portanto, as orações, preces, promessas e qualquer sacrifício para obter uma graça de Deus é totalmente ineficaz, pois Deus não mais interfere na humanidade diretamente desde que a missão de Jesus terminou com a crucificação aqui na terra. Todo cristão deveria ter em mente que nada pode modificar, influir, alterar ou mover a vontade de Deus. Hoje somos dependentes dos apóstolos de Deus para recebermos milagres, são os pastores, pregadores e até mesmo ateus, pois Deus usa quem bem ele quiser para fazer milagres, mas, deixou uma ordem, uma prova para sabermos quem seriam os verdadeiros apóstolos de Jesus através do teste em Marcos 16.14-18 Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhe a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condena Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; Pegarão em serpentes; e, se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. Quantos líderes religiosos ou evangelistas, sem mencionar pastores e presbíteros, passariam nesse teste de santidade? Estão preparados para pegarem em serpentes e beberem venenos sem violação física? Espero que sim e que façam isso ao vivo pela televisão diante da plateia de fiéis, este sim o verdadeiro e autêntico milagre. Mas, muitos querem e se dizem no poder de curarem e de proclamarem visões espirituais. A idolatria humana é seletiva e abstrata: acreditamos em ídolos em suas falsas vidas glamorosas do Star System hollywoodiano, acreditamos na novela e nos seriados de TV como os Harry Poter e Senhor dos Anéis, acreditamos em histórias de vampiros apaixonados por humanos em Crepúsculo e nos mortos vivos de Walking Dead, mas não creem em OVNIs e em ETs, porque exigem evidências materiais concretas de suas existências, para quem duvidou de Jesus Cristo, como os onze apóstolos, (judas já era morto por suicídio), por isso é que fez com que Deus se arrependesse da criação do homem, de ter destruído várias cidades, de ter inundado a Terra com dilúvio, mesmo assim, a incredulidade seletiva do homem é uma característica notavelmente persistente. Acreditamos no vento, na corrente elétrica, no calor e no átomo que não podemos ver nem tocar, podemos sentir seus efeitos, mas não acreditamos na alma, no espírito, na imortalidade. Deus no seu poder discricionário decidiu criar o universo, ou o multiverso, o transverso, e numa rocha estéril, a terra, criou condições para sustentar a vida abundante que ele trouxe para aqui, por que ele quis, simplesmente. Bem assim, em uma disputa com Satanás, ex anjo divino, permitiu que este ferisse e desgraçasse a vida de seu fiel servo Jó, conforme a Bíblia relata, porque fez isso, não nos cabe perguntar nem saber, mas as lições não foram devidamente absorvidas, nem esta história nunca foi bem explorada, apenas destaca-se a grande fé de Jó. O que fica de sobra é a pergunta não respondida: precisava deixar Jó sofrer apenas para disputar com o Diabo se a sua criatura humana era tão justa e correta? A resposta é: Deus provou que não se submete aos juízos humanos, e ponto. Não nos cabe fazermos juízos de Deus, apenas acatarmos os seus desejos, nem sempre bons, nem sempre maus. Desejos divinos. Nem todo castigo é maldição, nem toda prova é consequência de nossos atos, apenas vontade de Deus. Jó experimentou isso, amargamente, porque era reto demais aos olhos de Deus. A lição que Jó não percebeu, e os pastores e evangelistas que dócen a história de Jó é apercepção que fugiu também a Jó de que as riquezas terrenas não são perpétuas, as riquezas terrenas não são importantes, que as riquezas terrenas não são os propósitos da vida na terra, que as riquezas terrenas não devem nos condicionar o nosso bem viver, a nossa disposição, a nossa alegria de viver e não podemos ser dependentes espirituais das riquezas materiais, não devem as riquezas serem o nosso sustentáculo e as nossas razões de alegria e de vida. Riquezas vão e vem, independentemente de nossa competência em administrá-las, independentemente das contingências políticas, econômicas, ambientais, mercadológicas, apenas dependem principalmente de forças as quais estão fora de nosso controle e conhecimento técnico, científico, cognitivo e intelectual. Como a morte que nos rouba de repente um ente que na nossa concepção não estaria pronto para partir da terra, supomos que podemos saber as nossas chances de não morrermos. Mas a morte surge quando menos se espera e para quem menos estão as expectativas de encerrarem a sua passagem na terra, supomos saber as chances de cada um de morrermos ou não. A morte surge como uma ladrão à noite para nos roubar a vida e não podemos negociar quando ela nos vem. Pensamos estarmos relativamente seguros quanto as nossas chances de morrermos. Jó não cogitava que tudo que possuía criava uma sombra sobre a sua pessoa e sobre a sua rede social. Não mais era Jó quem importava na sociedade, eram as suas posses, Jó sem riquezas era o nada. Isso a miséria o fez saber. Então, afora a fé, qual era a outra riqueza intangível que Jó construíra em sua vida? Jó não construiu na sua passagem sobre a terra nada que pudesse ser lembrado após a sua morte, nenhum livro, nenhuma obra, nenhum grande feito político, religioso, econômico, social, histórico, era o nada, além da sua riqueza, e se não fosse por Satanás, nem seria lembrado pela Bíblia Sagrada. Então, começamos a ver a genialidade de Deus, ao permitir que Jó fosse virado de avesso. A vida de Jó era vazia, como é a vida de muitos bilionários, pessoas ricas que tem uma existência inútil e vazia. Seus filhos viviam em banquetes e festas sem fim, nada acrescentavam de valioso de valores intangíveis em suas vidas. A verdadeira inutilidade da riqueza vazia de valores espirituais. A riqueza de Jó não era a causa de sua espiritualidade. A família de Jó sofria da maldição da riqueza, a mesma que se abate sobre as celebridades do mundo atual, como Madona, Michael Jackson, e Justin Bieber, que sufocados pelas riquezas acabam sucumbindo a elas. Então Deus quis usar da Jó para nos mostrar os vícios que a riqueza faz ao trocar coisas importantes, ao esvaziar as relações naturais da vida e substituir todos os propósitos e todos os significados pelo dinheiro e bens, e quando saem deixam um enorme e insubstituível vazio. Não pode a riqueza substituir os verdadeiros valores espirituais, materiais, sociais, políticos, econômicos e éticos da nossa vida. A riqueza não pode ser o tudo. Saber gerir apropriadamente o patrimônio é uma habilidade rara entre os habitantes deste planeta. De modo geral, as pessoas são escravas do dinheiro. Poucas são aquelas que conseguem governar com sabedoria a fortuna, grande ou pequena, que se encontra sob seu encargo. A maioria, quando tem alguma riqueza, ou a esbanja num consumismo descomedido, ou a acumula cada vez mais no seu pão-durismo. Nesse caso, "o dinheiro é como a água do mar; quanto mais uma pessoa bebe, mais sede sente". A prosperidade, o prestígio e o poder são mais ameaçadores do que a falta de posse, o desprestígio e a fraqueza. A soberba da riqueza é muito mais perigosa do que o colapso da pobreza. Isso não significa que a riqueza seja incompatível com a vida autêntica, mas nela corre-se mais risco de auto-suficiência do que nos limites da necessidade. A autonomia humana é o extermínio da confiança nos outros. Por isso, um sujeito independente é alguém insuportável, ingovernável. O dinheiro não é uma ferramenta passiva. Ele é uma coisa que ganha poder de um personagem e obtém domínio sobre as pessoas. No tronco do dinheiro existe um componente emocional que o eleva à condição de dominador. O dinheiro não tem o condão de mudar as expectativas e o comportamento humanos: a) uma pessoa pobre triste provavelmente continuará a ser uma pessoa rica, porém triste; b) uma pessoa pobre introvertida continuará a ser uma pessoa rica introvertida; c) uma pessoa alegre pobre provavelmente continuará a ser uma pessoa rica alegre; d) uma pessoa pobre intelectualizada continuará a ser uma pessoa rica intelectualizada; e) uma pessoa pobre e superficial, tosca, fútil, provavelmente continuará a ser uma pessoa rica superficial, tosca e fútil; f) uma pessoa pobre soberba e arrogante provavelmente continuará a ser uma pessoa rica soberba arrogante; g) uma pessoa pobre egoísta provavelmente continuará a ser uma pessoa rica e egoísta; h) uma pessoa pobre generosa, paciente provavelmente continuará a ser uma pessoa rica generosa e paciente; i) uma pessoa pobre honesta provavelmente continuará a ser uma pessoa rica honesta; j) uma pessoa pobre desonesta continuará a ser uma pessoa rica desonesta; k) uma pessoa pobre impaciente, agressiva provavelmente continuará a ser uma pessoa rica impaciente e agressiva; l) uma pessoa pobre indecisa provavelmente continuará a ser uma pessoa rica indecisa; m) uma pessoa pobre burra provavelmente continuará a ser uma pessoa rica burra; n) uma pessoa pobre de mau gosto provavelmente continuará a ser uma pessoa rica de mau gosto; o) uma pessoa pobre exigente provavelmente continuará a ser uma pessoa rica exigente; p) uma pessoa pobre mal-educada provavelmente continuará a ser uma pessoa rica mal-educada; q) uma pessoa pobre caridosa provavelmente continuará a ser uma pessoa rica caridosa. Porque a riqueza não tem o poder de superar as limitações psicológicas que nenhuma terapia ou tratamento psicológico conseguiria a muito custo, sem consumir longos anos de condicionamento por que o dinheiro não teria este poder. Atribuir à riqueza a mudança de comportamento das pessoas não passa de desculpa para o efeito da maior visibilidade que os ricos gozam na sociedade, tornando-os alvo predileto da cobiça, da inveja e da censura mais do que qualquer outra situação de status econômico, social, político, intelectual trazido pela situação de celebridade associada à riqueza. Os ricos possuem tantos defeitos e qualidades quanto qualquer ser humano, a diferença é que a riqueza pode por em destaque aquilo que os pobres também fazem no anonimato da pobreza que não lhes garante a ribalta ou um palco onde as suas qualidades ou defeitos são exponenciamente reverberados e publicizados apenas porque eles são os ícones sociais das pessoas que almejam a sua posição na sociedade em virtude da riqueza, por isso se interessam doentiamente por tudo o que eles fazem e eles o fazem porque na maioria das vezes gozam deste palco para se destacarem e seduzirem multidões a cada passo que dão. Seria reduzir a condição humana meramente à questão da posse ou não de riqueza. Isto seria um reducionismo que anularia qualquer outra motivação para os atos humanos. Para começar existem limites físicos para se gozar da riqueza: a) existe limite para a ingestão de alimentos e líquidos no corpo humano, cujo excesso pode provocar efeitos contrários às expectativas de satisfação gastronômica; b) existem limites à posse de bens, cujo excesso pode provocar o impedimento da fruição dos mesmos bens adquiridos em quantidades tais que não podem ser desfrutados; imagine quem tivesse 365 imóveis e o mesmo número de automóveis: como seria possível desfrutar de cada um deles? Seria um esforço extenuante que ao final anularia o prazer de adquiri-los; assim se sucede com coleções enormes de outros bens materiais pessoais como bolsas, celulares, ipad, motos, roupas, relógios, etc. Isso obrigaria o rico a ser seletivo para adquirir bens que possam realmente trazer satisfação, e para trazer a esperada satisfação. É preciso ter a possibilidade de usá-los, e isto somente é possível se tiver acesso real aos bens contáveis adquiridos em quantidades administráveis, ou seja, em quantidades modestas: necessárias e suficientes. A aquisição da primeira Ferrari ou Mercedes tem muito maior importância subjetiva e valor do que a aquisição da vigésima Ferrari ou Mercedes, que de tão comuns passam a ter valor relativo menor, isto nenhum rico pode impedir que aconteça, então, a moderação na posse dos bens não tem nada a ver com a capacidade de aquisição do bem e sim com a sua escassez; tem mais a ver com a qualidade, e não com a sua abundância. O treinamento social para a riqueza começa no berço; pessoas que nasceram em um lar abastado financeiramente não entram em pânico diante da súbita abundância. O que então faz uma pessoa rica infeliz? O grande vazio existencial que nem o dinheiro pode preencher ou repor. a) Desejos facilmente atendidos e satisfeitos; b) Desejos nunca totalmente satisfeitos ou nunca atendidos; c) Finalística: o sentido de finalidade existencial e material. O enorme vazio deixado no interior do sentimento e das expectativas do ser humano ocidental que colocou na saciedade dos desejos a razão de ser da existência feliz. A dor e o desconforto da abstinência assim com a saciedade dos desejos acabam deixando um enorme vazio. Este paradoxo da eterna insatisfação quer seja da fome, sede, solidão, quietude, paz, os deixam desnorteados e sem estímulos. Então a falta de estímulos e de desafios deixa os nossos sentidos inativos, trazendo uma sensação de incompletude física, psicológica, fisiológica, espiritual, sentimental, sexual, material e intelectual. Nós, seres humanos ocidentais abominamos a matéria mais abundante do universo que é o vazio, o espaço, o vácuo, o nada. Então somos compelidos a sempre preenchermos os espaços vazios do: corpo, da alma, do espírito, da ciência, do conhecimento, das causas, da razão, do estômago, dos desejos, dos instintos, do sexo, da religião, de afeto, enfim tudo, o futuro fica como um repositório a ser preenchido das realizações saciadas; não admitimos que a fome, a sede nunca serão saciadas de uma vez por todas, será que sempre repetiremos o ritual insano de tentarmos apagar este fogo que sempre retorna intenso e inelutável da fome e da sede! A busca do fim das coisas, a busca da finalidade, Finalística transcendental, a busca da razão, do motivo, das causas últimas de tudo, tem nos atormentado como uma obrigação intelectual, espiritual, afetiva, emocional e filosofal. Tudo deve (deveria) ter um começo e deverá (deveria) chegar a um fim. Assim tudo ficaria completo em seus devidos lugares, em nome da razão. A idéia do eterno, do acaso nos incomoda, instiga, perturba e nos inquieta. A idéia de falta de finalidade, do vazio, do nada, do infinito não faz parte da lógica humana ocidental. Nascemos para quê? Viemos de onde? Precisamos calar os vazios e responder a essas perguntas e obtermos todas as causas e razões, os motivos e as motivações para todos os atos e fenômenos que acontecem. Precisamos estabelecer uma cadeia causal-temporal para todos os eventos de acordo com as expectativas partindo do anterior para o posterior, do passado para o presente e do presente para o futuro. Acreditamos que a riqueza vai nos saciar os desejos todos, mas quando isto acontece, surgem novos desejos e então vem a mãe de todos os desejos que é o desejo de ter um desejo não imaginado, e não saciado, novos desejos a satisfazer. A falta de um novo desejo cria um vácuo impossível de ser preenchido por que o novo desejo não foi sequer identificado, materializado, formulado, concebido, é um não sei o que eu queria, mas não descobri ainda o que é... O resultado disto é: apatia, loucura, vícios, suicídio anômico, indiferença, agressividade, perda dos valores sociais, desorientação, paixão irrefreada, ódio, enfim, todos os sentimentos extremos, inversão de formas de busca de prazer, obsessão pelas novidades e por novos caminhos, novas concepções da realidade. O que fez com que aos poucos grandes ídolos escrevessem dia-a-dia o script do fim de suas vidas muito antes do que se poderia esperar do dia de suas repentinas, mas nunca surpreendentes mortes: Michael Jackson, Whitney Houston, Amy Winehouse, Elvis Presley, Merilyn Monroe, Princess Diana, Howard Hughes, James Dean, Renato Russo, Elis Regina, ou a decadência fulminante de Mike Tyson, Luis Estevão, Joaquim Roriz, Xuxa, Renan Calheiros, Macaulay Culkin, Fifty Cents, Renato Rocha. Há pessoas que não estão preparadas para serem ricas. Outras não estão preparadas para as adversidades na vida. O que existe em comum entre elas? A riqueza pode matar aquele que não foi preparado para viver nela: começa com uma depressão, passa à fase de culpa por ser tão rico, depois vem o medo de perder tudo, aí vem o desespero, por fim a angústia existencial, e acaba sem saída. Mas, também existem aqueles que não conseguem enfrentar as adversidades na vida, quando vêem frustradas expectativas e desejos não concretizados, apesar de lutarem para atingirem os seus objetivos. A segunda lição que Jó foi objeto é que a riqueza não é o sinal definitivo das bênçãos de Deus aos justos que andam no caminho reto do Deus. Riquezas são bônus temporários na terra porque a nossa vida na terra é contingente e mais que tudo nossa passagem aqui é fugaz e transitória, muito rápida e não é o fim de tudo. O fim de tudo é a eternidade espiritual, quanto mais apegados estamos aos bens materiais menos a vida espiritual pode se desenvolver plenamente porque ambas estão em planos que não convergem nem tem relações de continuidade. São planos distintos que não guardam correlação. Isto elimina qualquer dúvida com relação à propriedade doutrinária da teologia da prosperidade se ainda houver esta discussão. Mas, o erro crasso de Jó foi fazer juízo dos desígnios de Deus a partir de suas próprias razões, Deus nunca se submeterá a qualquer juízo. Deus é absoluto. Jó nunca percebeu, entendeu ou aceitou a inviolabilidade de Deus. Então começa Jó a se defender perante a sociedade para justificar o seu estado miserável na esperança de se convencer e aos demais da expectativa de um julgamento justo, a seu juízo, do comportamento de Deus e de sua coerência sem atentar que Deus não se submete a Juízos, jamais. Deus é absoluto em tudo. Os juízos de Deus não são os mesmos juízos dos humanos. Disse Deus a Jó. Jó 40.8 “Porventura, também farás tu vão o meu juízo ou me condenarás, para te justificares?” A terceira lição que Jó não aprendeu é que os filhos queridos de Deus podem pegar resfriado, podem adoecer, podem cair em miséria, podem ser mal sucedidos como qualquer pessoa, os ímpios podem prosperar e morrerem em luxo, que nada disso determina juízos sobre a vontade absoluta ou depõe contra Deus em seus desígnios. Qual a lição a ser entendida de toda a vida de Jó? É que a vida na terra é apenas uma passagem menor da vida espiritual, e os valores que contam na terra não passam necessariamente pelos valores materiais, nem pelo reconhecimento social, mas antes pelas obras realizadas por amor. O amor sim é tudo na vida terrena. Gostou do Blog O blog lhe foi útil Colabore para o autor Faça doações de valores A partir de US $ 1,00 Do you like this blog Is it useful to you donate from US $ 1,00 Bank Santander number 033 Brazil Agency 2139 Current 01014014-4 Bank of Brazil Agency 5197-7 Acount 257 333-4

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A Maior Fraude Intelectual do séc XX

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político A Maior Fraude Intelectual do Século XX Qual seria a maior fraude intelectual do Séc. XX? Como se pode fraudar toda uma civilização com um conceito sem comprovação factual no teste da História, na Sociologia, na Antropologia e na Geografia, sem medo de atropelar os métodos estatísticos e toda a metodologia investigativa? Poderia se pensar que se tratasse de uma fraude religiosa? Como se poderia construir uma releitura da História da humanidade com um conceito tão universal, absoluto, genérico, determinista como por exemplo insinuar e se imaginar que simultaneamente acontecera no mundo todo, em todo lugar geográfico e temporal um mesmo fenômeno cruel como se fosse, por exemplo, um fenômeno de uma única língua universal falada em todo o tempo da história da humanidade, em todos os pontos da geografia terrestre, em todas as culturas do mundo e ao mesmo tempo se tornasse durante milhares de anos um fenômeno naturalmente permanente? Seria possível que tal fato ocorresse na humanidade durante mais de cinquenta mil anos de civilização e de pré civilização e que somente no séc. XX fosse percebido tal fenômeno? Pela teoria da violação e contenção psíquica do inconsciente coletivo não existe saída possível para a prisão de consciência coletiva. Este fenômeno é observado quando por exemplo dentro de uma prisão de consciência histórica não é dado para um ser humano enxergar outra possibilidade de se fugir do sistema feudal, uma vez que nunca existiu nem existirá outra alternativa ao sistema feudal seja para o servo, seja para o senhor, seja para o vassalo seja para o nobre, seja para o clero, uma vez nascido dentro deste sistema que durou 987 anos nenhuma chance teria o ser humano de mudar ou fugir de seu destino eterno enquanto vivo dentro da rede social. Durante a Idade Média tudo o que o ser humano deveria saber lhes era informado por um intercessor do clero. Obedecer sem questionar, ouvir sem meditar, viver sem propósito outro que servir a Deus e ao seu Senhor, submeter-se às ordens feudais clericais e nobiliárquicas. Era cumprir com todas as obrigações, casar-se com quem lhes fora determinado, viver sem razão e morrer pela Ordem social determinística. Quantos que desafiariam aquela ordem social de dentro dela não sobreviveriam nem para o registro histórico, as lutas internas eram travadas para ocupar as vagas nos cargos vitalícios que eram criadas por morte ou falecimento dos seus ocupantes doadores de postos, ou pela fraude, ou pelo assassinato entre nobres e clérigos, assim se reproduzia a ordem feudal. Na ordem feudal apenas um pequeno grupo de intelectuais da burocracia e os sacerdotes eram dotados do privilégio de examinarem os pergaminhos e assim passavam os segredos da escrita e da leitura para os seus herdeiros, um apenas escolhido para ser o aprendiz dos segredos dos pergaminhos, certamente um em cada vinte mil, cinquenta mil, ou cem mil indivíduos sabia ler e escrever. Os pergaminhos eram escritos à mão e copiados por quem pudesse pagar somas estratosféricas pelos exemplares autênticos, assim a literatura antiga e medieval sobreviveu até o início da Renascença quando Gutemberg criou a primeira imprensa editora mecanizada na Europa, popularizando os livros para o Ocidente.

sábado, 28 de novembro de 2015

Moralidade e Ética

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Moralidade O que é moral? Moral é um comportamento (ação, ou abstenção) conscientemente adotado diante de regras objetivas estabelecidas. Tal comportamento moral nada mais é do que a interpretação diversa e pessoal, de cunho intrinsecamente subjetivo e consciente que modifica as normas de acordo com a conveniência pessoal de modo diverso das normas objetivas. Desde o Mito da Caverna de Platão (Aristocles) ficou claro que o mundo é um conceito criado por cada indivíduo, dado que a percepção da realidade por cada pessoa depende da sua capacidade de compreensão e da sua apercepção da realidade. Portanto a realidade é única para dado indivíduo. Não existe o objeto concreto, real senão como uma representação do fato objetivo no processo subjetivo de reconhecimento do mundo. Schopenhauer em seu livro famoso O Mundo Como Vontade de Representação, Kierkgaard, Husserl, Hidegger estes todos denominados fenomenologistas, incluindo Platão e Kant, controversamente expressa fenomenologicamente, ou seja, subjetivamente, do que eles discordam entre si dentro dos limites da interpretação e da reinterpretação subjetiva, do que representa para si da realidade e da Fenomenologia, termo somente revelado por Husserl. Assim, o conceito de moral somente pode ser entendido como a internalização no sujeito das expectativas de comportamento em sociedade, ou seja: a sua visão utilitarista individualista e egoísta sob as quais se baseia o seu sistema pessoal de tomada de decisões. Para se evitar esta liberalidade de interpretações sobre o que cada indivíduo deveria decidir sobre aquilo que é melhor apenas para si sem considerar as consequências fora de seu âmbito pessoal e que poderia contrariar os seus interesses particulares, então para que todos tenham os mesmos direitos e utilidades assegurados em conjunto, para que o coletivo ganhe em detrimento do sacrifício das prerrogativas de cada um em particular, surge a saída chamada Ética que é a prática coletiva e obrigatória que impõem a cada um dos indivíduos em particular a perda de parte de seus privilégios e a supressão de alguma prerrogativa ou a perda de parte de seus direitos para que a soma de todas as utilidades individuais não resulte em prejuízo coletivo. Como cada indivíduo de per si seria incapaz de fazer este cálculo de utilidade coletivo a partir de sua visão particular do que seria uma vantagem apenas para si, as regras da Ética precisam ser acatadas a despeito do cálculo individual que cada um faria tendo em vista do sacrifício que teria que fazer para o bem que indiretamente lhes seja compartilhado no coletivo. Este cálculo de utilidade não permite que um indivíduo egoísta reconheça claramente as vantagens para o coletivo, por isso as regras da éticas são impositivas e geralmente impõem alguma desvantagem na entrada (meios) que se transforma em vantagem na saída (fins). Na Ética os meios justificamos fins. Nada pode ser bom se forem usados meios inaceitáveis eticamente. Eu me pergunto como se sentiram os cristãos católicos e protestantes diante da realidade da escravidão do século dezoito. Eram famílias de europeus brancos, rezando e fazendo as suas penitências e ordenanças rituais domingueiramente, ali contritos, rezando e orando, mesmo que naquele mesmo momento eram negados a mesma humanidade e o direito de culto aos seus escravos ali perto nas senzalas, nos depósitos de escravos, lhes era negada a dignidade de se vestirem, de comerem à mesa, de terem uma família, de se amarem, de casarem, de terem afeto, de terem sentimentos, eram corpos sem direito às suas religiões, a se casarem, eram ora mercadorias, ora bens de troca, vendidos e comprados como cavalos, eram examinados nus como quaisquer animais de trabalho. Então a ética é uma circunstancialidade, que depende da convenção social temporal e geográfica? Não existem valores absolutos para a ética? Claro que existem os valores absolutos, e estes valores absolutos quais foram violados, são os: direito à vida, à propriedade privada, direito a autonomia, direito de escolha e direito à inviolabilidade pessoal. Sempre existiram todo o tempo tais direitos desde que o sapiens deixou a caverna e iniciou-se na vida em conjunto, em grupos, em comunidades, em clãs, em sociedade tais direitos inalienáveis e inegociáveis sempre existiram desde então. Ocasionalmente os esquemas sociais tentam flexibilizar tais direitos pelo uso da força coercitiva, através de guerras de dominação sobre outros grupos quando se impõem a submissão que inicia-se pela escravidão, servidão sexual e pela tributação exclusiva dos povos e nações derrotadas em confrontos e conquistas de espólios da guerra e conquista. Escravidão e servidão não foram atos inocentes nem foram atos contingentes, foram atos antinaturais e premeditados em quaisquer circunstâncias, por que não eram universais, excluíram os parentes, os membros mais queridos dos clãs, das famílias, da elite, eram castigos impostos aos inimigos e aos estrangeiros mal quistos. A Igreja Católica Apostólica Romana não os possuía, mas não assumiu a condenação da escravidão negra. Confissão tácita da consciência da maldade e da discriminação causada pelo sistema escravagista. Nem tudo aquilo que é acolhido e chancelado pela sociedade pode ser aceito como ético e moralmente correto. São princípios invioláveis: a integridade física, a integridade mental, a integridade psíquica, a integridade sexual, a integridade emocional, a integridade da autoimagem, a integridade das crenças, a integridade cultural, a integridade étnica, a integridade da escolha, a integridade parental, a integridade da propriedade material, a integridade da propriedade intelectual, a integridade da propriedade artística-cultural, a integridade do domicílio, a integridade do uso do tempo, a integridade da atividade laboral, a integridade da atividade profissional e a integridade intelectual. Gostou do Blog O blog lhe foi útil Colabore para o autor Faça doações de valores A partir de US $ 1,00 Do you like this blog Is it useful to you donate from US $ 1,00 Bank Santander number 033 Brazil Agency 2139 Current 01014014-4 Bank of Brazil Agency 5197-7 Acount 257 333-4

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O ISIS

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político O ISIS e o Ocidente Negligenciada pelos estudiosos e especialistas em Ciências Sociais, a importância da Religião foi por mim destacada em um texto nominado “É a Ética, estúpido”. Neste trabalho monográfico eu inicio com uma exortação para a primeira das regras criada justamente quando as comunidades se viam a si mesmas como instituição nos primórdios da humanidade. A primeira sociedade humana descobriu que precisava criar um estatuto social para que a sociedade fosse possível. A vida é possível sem normas e regras, mas a sociedade não vive sem uma convenção social acordada. A primeira etapa para a inclusão social é a aceitação da primeira regra social que foi a regra da Ética, também chamada de Moral pública. A evolução natural das regras da ética social levou a humanidade a incorporá-las a partir de um princípio superior aos seres humanos através da transcendência destas regras, transcendência que deu oportunidade para a fusão das regras e normas sociais com as crenças e expectativas transcendentais incorporadas do fetichismo e do animismo que foram as protoreligiões humanas. Combinando as tradições, os costumes, as lendas, os mitos, as crenças ancestrais, as histórias de um povo, tudo isso formou a cultura de um grupo social que incorporando as protoreligiões, e onde já existiam, as religiões, fincamos as primeiras normas civis do Estado de Direito. Este estado de direito durante muitos séculos hesitou entre a submissão completa às tradições e às religiões e a alternativa de acatar e receber estas contribuições das tradições religiosas em parte no seu arcabouço civil. Entre os dois extremos entre as teocracias e as repúblicas oscilam em nuances infinitas as constituições e as práticas sociais e jurídicas de todas as nações do mundo. Ao retomarmos este debate alguns princípios precisam ser restabelecidos, porque desprezados e esquecidos pelas Ciências Sociais: 1 – A religião é importante para as Ciências Sociais 2 – A Ética e a Religião são as bases de referência para a sociedade 3 – O respeito às diversidades religiosas e culturais entre culturas foi violentado pelo Ocidente 4 – A visão de catequese sobre as culturas ditas atrasadas incitou a ruptura entre o Islã e o Cristianismo 5 – Nada aprendemos com as Cruzadas, Inquisição, Catequese espanhola e portuguesa de Colombo e Cabral dos nativos do Novo Mundo, Nazismo, Apartheid da África do Sul, Segregação Racial no Sul dos EUA, Escravidão dos negros, com o Muro de Berlim, com a Guerra Fria. 6 - O Ocidente supervaloriza o indivíduo, o individualismo, a competição individual e os heróis solitários; o Oriente enfatiza que individualismo é uma patologia social extremamente destrutiva e que o heroísmo é um defeito de caráter pessoal, e que a sociedade é sempre maior do que o indivíduo. A referência obrigatória até por ser única referência teórica sobre guerra de posição e guerra de movimento deve ficar com Antônio Gramsci. Este sociólogo e economista italiano em seus escritos da prisão, justamente quando esteve preso na Itália por causa de seu comunismo militante de facção diversa das correntes revisionistas, revolucionárias e das correntes reformistas do comunismo teve a capacidade de teorizar sobre os aspectos estratégicos e táticos dos atos sociais, das instituições e entidades. O que Gramsci teorizou em seu princípio-conceito da hegemonia sobre movimento e posição diz respeito às duas variantes possíveis de estratégias e táticas combativas na sociedade capitalista em prol do comunismo gramsciano. As batalhas midiáticas das posições em defesa da opinião são travadas em todas as arenas e por todos os meios e por todos os suportes de comunicação seja de massa ou seja em redes sociais, seja pela convergência de suporte das mídias eletrônicas em todos os casos para construir uma opinião pública consensual através do processo de convencimento e da tática de marketing de comunicação no contexto que ele denominou o conjunto de ações e de táticas como uma guerra de posições ideológicas e de construção de posição intelectual na sociedade, através dos formadores de opiniões que ele classificou de intelectuais orgânicos. Intelectual de Gramsci é aquele capaz de recrutar, preparar e liderar seguidores para estabelecer a direção e a condução da sociedade dentro de um projeto e de um plano de ação social de militância ideológica. A outra prática que ele denominou de guerra de movimento diz respeito às movimentações dos agitadores de massa que fazem passeatas, protestos, ameaças, ações nas ruas chamados movimentos sociais. Os movimentos são parte da estratégia gramsciana para estabelecer a hegemonia de classe numa sociedade que ainda não se transformou em uma sociedade conduzida pela ditadura do proletariado comunista. A noção de movimento social nasce das teses gamscianas de guerra ideológica que abrange as táticas de guerras de posição e de movimento, onde e quando uma ou outra se provar mais necessária, suficiente e adequada aos meios de fortuna que se dispuser no momento histórico material. Assim, fica ideologicamente caracterizado o processo de disputa dentro do cenário de disputa religiosa agora inserido diretamente no cenário político contrariando as agendas dos pensadores e de lideranças ocidentais que imaginavam ter isolado a religião de posição central desde as épocas dos imperadores divinos e dos faraós, para a era contemporânea pós filosófica e pós renascentista-positivista Quantos revolucionários teorizaram sobre o lugar de importância que a religião teria de ter na sociedade e no estado moderno? Desde a invenção da república pelos romanos dessacralizando os reis e a linhagem sangue azul hereditária, desde a invenção da democracia pelos gregos declarando a morte à mitologia e a tradição religiosa, desde o fim da teocracia da Idade Média e o fim do império papal, desde os escritos de Maquiavel separando a moral e a religião da política do príncipe, desde o positivismo de August Comte que criou a religião da ciência empírica, desde o ateísmo Marxista que despachou a religião para o conceito de droga dos alienados, desde Max Weber que separou a ética da responsabilidade da ética da convicção, então a religião como ideologia de Estado deveria estar em seu lugar de semi-importância na sociedade moderna. Eis que insurge pelas mãos e corações Charianos a religião nas agendas dos dirigentes do G8 e do G20 e envolvendo toda a humanidade a repensar o papel da religião no Estado teocrático, melhor, nos estados petroislâmicos teocráticos. Rapidamente os valores morais tradicionais no Ocidente vão se relativizando, e de relativos vão se volatizando, e vão sendo rapidamente eliminados, tudo o que é regra e tudo o que é proibido precisa ser retirado dos costumes, assim o mundo islâmico assiste a profanação de seus lugares e crenças sagradas pela concepção da mais completa decadência ocidental, e tragada pelas drogas, pela prostituição, pela depravação, pela luxúria e pela total ausência de limites enquanto a sua sociedade oriental regrada e previsível ressente-se do choque das civilizações, cada qual vendo a outra como muito mais do que a outra, vê a outra como a outra desgraça, como decadência ou como a sociedade de escravos da tradição ilógica e incognoscível. Sem possibilidade alguma de se reconhecerem uma na outra Ocidente e Oriente parecem duas possibilidades opostas de culturas de terráqueos. O Ocidente criou uma sociedade tolerante, livre e diversa, multiculturalista e democrática que para defender este estilo de vida construiu uma muralha de intolerância com 51 mil armas atômicas, dez porta-aviões nucleares, setenta e um submarinos, aviões furtivos de quatrocentos milhões de dólares, drones assassinos, destruição e destituições de ditaduras com o assassinato dos líderes totalitários, boicote, sansões econômicas, bloqueio e isolamento internacional de países, parece que Arístocles (Platão) tinha razão em dizer que a democracia é o menos pior dos regimes, e que o remédio para uma democracia claudicante é a velha autocracia. Assim continuamos ignorandos os gritos surdos e indecifráveis dos suicidas islâmicos, preferimos ignorar que ninguém deseja e planeja se imolar, se explodir a não ser que esteja desesperado, sem saída, confinado, cercado, conforme Durkheim em seu estudo sobre o suicídio onde distinguiu três formas de suicídio, o social, o individual e o anômico, neste caso o ser-bomba homem ou mulher comete a modalidade durkeimiana de suicídio social, morre em nome de uma sociedade, de uma religião, uma crença para que com o seu máximo sacrifício deixe uma mensagem que não é entendida no ocidente a não ser como loucura. Quantas loucuras serão necessárias para pararmos de pensar que são gestos vãos, DE ACHARMOS QUE SÃO TODOS IMBECIS e não pensarmos o oposto de que são gestos desesperados, no limite do altruísmo, como nós ocidentais fazemos, queremos esquecer do esquadrão do capitão aviador Jymmi Doolitle que para vingar o ataque dos japoneses a Pearl Harbour ajuntou um grupo de aviadores se lançaram em uma aventura sem volta para vingar e mostrar aos japoneses que eles poderiam atingir o Japão, mesmo naquela circunstância quando os EUA ainda estavam despreparados para atingirem o Japão com uma força militar adequadamente preparada. Foi uma missão sem volta, suicida. Mas nós ocidentais preferimos acusar os outros de irracionais, de selvagens e loucos. Onde está a loucura em defender-se dos ataques ao seu estilo de vida? Quantos séculos levamos para aceitar que os índios andem nus pela floresta, quantos séculos para aceitar o seu estilo de vida como o infanticídio de índios nascidos defeituosos, para aceitarmos seu costume de abandonar os velhos à morte, para aceitarmos seus costumes selvagens de canibalismo antropofágico e antropocêntrico, para aceitarmos seus rituais de passagem das meninas-moças que ficam confinadas dois anos sem ver o sol nem os parentes quando atingem a menstruação, dos jovens que na puberdade precisam demonstrar resistência à dor e saber caçar e sobreviver sozinho antes de serem aceitos no grupo de homens da tribo. Ainda assim, queremos obrigar que os islâmicos coloquem as mulheres em pé de igualdade em suas sociedades com os homens, queremos que elejam os seus dirigentes e extingam o poder tribal, queremos que eles se tornem tão civilizados como nós, mas que permitimos aos indígenas viverem a sua própria cultura. Eles são suicidas. Nós temos heróis-suicidas. Etnocentrismo ocidental. Falta de autocrítica. Esta sociedade tolerante não admite nenhuma outra que não seja ela própria.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Big bum, transexual

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Por acaso Novos sensores de luz débil, tipo de luz residual invisível e obscurecida, ocultada e completamente sobrestada pelo esplendor do brilho fulgurante da sua estrela principal, os sistemas planetários ali presentes não poderiam ser vistos ou detectados por meios óticos convencionais, assim, a presença de planetas externos ao nosso sistema solar que outrora raríssimos, agora cada vez menos raros deixa de ser um fenômeno singular do caso da Terra e principalmente, do sol. Mesmo em nosso sistema solar com apenas oito planetas somente em um deles as condições adequadas são encontradas, mesmo assim de modo muito especial, contingente e condicional. Na terra as condições para a existência da vida são delicadamente estabelecidas. Não fosse a nossa fina camada de atmosfera e se não fosse a mais ainda fina camada de gás ozônio a temperatura da terra seria como a da lua terrestre: 174 graus centígrados de dia e 90 graus negativos à noite. A nossa atmosfera nos garante essa temperatura lépida, morna, em cerca de 40 por cento da superfície terrestre durante metade do ano. Assim as florestas, mares, oceanos, lagos e rios garantem os ciclos alternados de frio e calor mantendo essa agradável temperatura deste gradiente térmico compatível com a nossa estufa biológica em equilíbrio frágil porém possível para a vida. Com as buscas pelos exoplanetas que possam manter condições semelhantes e similares ao ambiente terrestre vai ficando cada vez mais evidente que a terra não foi um acaso, foi mais do que um tremendo caso de sorte, em que a gravidade não seja brutal como em Saturno, Netuno ou em Júpter, nem seja tênue como em Mercúrio ou tórrido como em Vênus ou Mercúrio, ou gelado como em Netuno, ou uma massa de gás como em Saturno, Urano, Netuno, enfim juntar todas as vantagens em um único lugar parece conspiração universal. Não foi acaso. A terra foi escolhida e preparada pela sua distância ideal do nosso sol, pelo tamanho do nosso sol, pelo seu tamanho, pela sua camada protetora do sol, pela proporção de água, mesmo assim ventos violentos, tempestades, vulcões podem eventualmente varrer e redesenhar a geografia terrestre, assim como terremotos maremotos seguidos de tsunamis, nada que se compare ao furacão permanente em Júpter com ventos de mais de 1300 km por hora e que parece ser permanente no seu equador; ou como a massa gelada de nitrogênio em Netuno, com ventos de velocidades de mais de 50 mil km por hora. Nada sobreviveria fora da terra. De Mecúrio ate Plutão: ou são gelados demais, ou são quentes demais, ou são grandes demais, ou sofrem com os ataques de radiação cósmica permanente. São todos inóspitos à qualquer forma biológica. Só nos resta acreditar que somente encontraríamos vida em um outro paraíso extraterrestre. Encontrado um exoplaneta com essas mesmas características geofísicas encontrar vida ali seria outra condição especialíssima também. Sabemos que retrocruzamentos interespecíficos produzem híbridos inférteis, os mecanismos de reprodução do DNA e RNA foram chaveados pra reconhecerem a sua própria espécie o que elimina a possibilidade de surgimento de espécies diferenciadas a partir de outra espécie, isto anula a hipótese da mutação das espécies prevista pela teoria evolucionista. Nunca se viu uma espécie dar origem à outra espécie distinta em laboratório. O outro argumento contrário ao corolário da mutação e evolução é que os mecanismos biológicos mais simples como o unicelular possuem estruturas, funções e mecanismos extremamente complexos como por exemplos a nucleoteca, a carioteca, os mitocôndrias, os núcleos e a própria célula e seus mecanismos de osmose, fagocitose que de simples organelas não tem nada. E o principal: a vida. A presença destes elementos ainda depende de dois estados distintos a saber: vida ou morte. Uma vez morta a célula não se recupera mais. É o mistério da vida ou o milagre da natureza biológica. Somente a vida pode gerar a vida. A vida celular é um milagre. A idéia do big bum diz que todos os duzentos elementos da tabela periódica nasceram dessa explosão, em proporções completamente desproporcionais, sabemos que nenhum elemento pode se transmutar em outro, sem produzir outro imenso bum, como na bomba de plutônio que se transmuta em elementos radiativos, ou seja, a matéria não gosta de se travestir em outra tão facilmente e tão livremente como um transexual do universo. Tudo isso nos diz que a vida e a terra foram obras de um grande arquiteto, assim como o universo, somente poderiam ser organizados em um sistema construído com cuidado e a cautela de quem tinha o controle de todas as variáveis e condicionantes. Acreditar no grande big bang seria como imaginar que a grande e colossal explosão tenha mais conhecimento do universo do que um bebê humano de seis meses, e pensar que o nosso maior gênio, Einstein, ainda assim não faz a menor idéia de tantos outros segredos que encerra o universo microscópico das partículas subatômicas ou dos conglomerados de quazares e de pulsares, nada como um pouquinho de humildade para acreditarmos que o grande ET fez tudo isso aí, e ainda assim permite que nós acreditemos no acaso do grande buscapé.... Entre o grande bum e o ETezão chamado Deus fico com o segundo..

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Big Bang e darwinismo: duas aberrações que violam o método científico

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Agora examine a hipótese Darwiniana do desenho inteligente da natureza tentando evoluir o projeto de uma célula para que a célula possa fazer a fagocitose, ou de uma célula linfócito “t” fazendo o reconhecimento de um agente estranho ao organismo, tecido ou célula, alienígena, para designar o combate biológico com os anticorpos para conter e deter a ameaça. Quantos testes precisou fazer a natureza e ainda ter que integrar este subsistema ao organismo biológico hospedeiro! A engenharia de projetos é obrigada a rechaçar a teoria da evolução de Darwin, baseada no acaso e no caos. Como poderia a criação do Universo segundo a teoria do Big Bang representada pela explosão caótica produzir a ordem e a inteligência sem nenhuma inteligência; como poderiam produzir tanta vida inteligente, complicada, sofisticada, integrada em sistemas complexos e harmônicos sem nenhuma inteligência, e produzir coisas inteligentes como dita a teoria da evolução das espécies de Charles Darwin, se o caos e o acaso são desprovidos de inteligência deveria haver uma pletora de vidas espalhadas por todo o universo, na Lua, no Sol, em Marte, em Saturno, enfim, a vida seria selecionada e adaptada pelas condições ambientais como ditam os requisitos, prerrequisitos e as condições e premissas darwinianas da evolução ao acaso das espécies, no sentido de sempre se aperfeiçoarem, daí o nome evolução, ou seja, aperfeiçoamento constante de algo sem nenhuma inteligência capaz de prover um sentido teleológico às coisas assim criadas. A cada nova descoberta da complexidade da natureza, na Biologia, Bioquímica, Química, Física das Partículas um novo premio Nobel é designado, e o caos e o acaso que são mais inteligentes e sofisticados que toda a nossa ciência de Einstein, Crick, Le Chatelier, Pasteur, e outros que precisaram muito mais do que o caos e do acaso para desvendarem uma fração ridícula dos segredos do universo totalmente criado pelas leis do Caos e do acaso nunca venceram um Nobel, quer dizer, a adaptação e evolução anômica e anárquica do universo, segundo os naturalistas evolucionistas e bigbangistólogos são mais criativos e inteligentes que os gênios humanos. O Big Bang e a teoria da evolução das espécies são aberrações pseudocientíficas baseadas em extrapolações e gigantescos saltos epistemológicos baseados apenas em especulações sem provas e sem possibilidade de serem reproduzidas artificialmente, como exige o método empírico e a metodologia científica.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Crise Mundial. Onde?

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Revista da Convergência Luziânia, 25 de agosto de 2015 O convergente e a Economia Quantas vezes assistimos aos profetas da Economia (ciência) tentarem desvendar e entenderem o que acontece no mundo das finanças, do comércio, da indústria e da Economia? O convergente não pode se deixar levar pelas idéias divergentes nem sempre conciliáveis das análises impostas pelos especialistas do terror, que em sua arrogância científica se tornam muitas vezes profetas do passado, já que quase nunca acertam em suas previsões. É que não acertam nem nas previsões para o passado da economia! Não conseguem acertar sobre o passado e isso se explica pela enorme quantidade de explicações fornecidas pela pletora de teorias econômicas, administrativas e sociológicas que disputam eternamente quem conseguiria modelar o comportamento do mercado. Desde que a primeira teoria econômica foi escrita por Adam Smith, liberalista, surgiram as mais exóticas e esotéricas que vão desde o mercado livre governado pela mão invisível, passando pela duríssima teoria Marxista do Capitalismo e sua contraparte o Comunismo, e entre estes extremos brigam outras, não menores, como a Fisiocracia, Teoria Monetarista, Teoria Utilitarista, Teoria da Roda de Inversão anticíclica como a de Keynes. Então vieram os neos, neo liberalistas, neo marxistas, neo keynesianos, neo fisiocratas, neo utilitaristas, neo monetaristas, neo desenvolvimentistas. Quem está com a razão? Onde anda a verdade? É possível fazer uma síntese de todas as teorias? As ondas vão e vêm, e eu tenho motivos para acreditar em esgotamento de modelos periodicamente. São os ciclos econômicos de Kondratieff na economia. Uma situação em que nos encontramos hoje, com forte queda no mercado de papéis o comportamento de gado dos investidores nos sugere que cada um aplica um dos desideratos da teoria dos jogos, onde cada aplicador, especulador, investidor procura ao seu modo saber o que o outro investidor, especulador ou aplicador pensa que o mercado vai fazer ou reagir a cada ação. É aquela situação na teoria dos Jogos, de outro economista chamado Simonsen, onde cada jogador tenta pensar o que o outro jogador pensa que ele pensa que o outro está pensando. Assim quando o pregão foi aberto na China no dia de ontem, logo as expectativas eram de queda dos papéis, o que eleva a expectativa dos investidores que estavam com papéis com potencial de desvalorização a se livrarem destes papéis na expectativa de trocarem ativos por outros mais seguros, esta perspectiva de segurança estava no dólar americano. Então, duas coisas poderiam acontecer: os papéis muito desvalorizados tem um potencial de lucros fabulosos no futuro, quanto ao dólar esta sobe rapidamente atingindo valores com expectativas de não devolverem a segurança desejada devido ao valor exageradamente elevado devido a corrida para adquiri-lo. O que fazer? Os movimentos do mercado não tem nada de racional. São intuitivos e descoordenados. O trabalho maior dos analistas é convergir estes movimentos através de sofisticados processos estatísticos, tentando extrair alguma correlação para justificar algum comportamento regular. Não que não seja possível. Mas, uma parte da metodologia de pesquisa, e a outra parte da metodologia científica rejeita este método chamando indevidamente de método indutivo. As correlações não prescindem de uma sólida plataforma explicativa baseada em alguma teoria conhecida. Porque não sendo assim não passa da pior forma de se empregar o empiricismo não científico, destorcendo todo o trabalho do criador do empiricismo August Comte. Ora, depois de um período de acumulação ou de transferência de capital, segundo o corolário da Lei de Soma Zero da Teoria dos Jogos, a riqueza de uns significa a pobreza de muitos, exceto na teoria fisiocrata. Essa acumulação temporária vai forçar a inversão do fluxo de riqueza obrigando ao deslocamento da acumulação no sentido inverso. Se isso não ocorre de modo planejado então pode ocorrer sem o desejo e sem as cautelas necessárias, por isso acontecem as crises do sistema econômico. Nenhuma surpresa. Tudo já estava agendado para acontecer, mas como humanos nos recusamos a aceitar o ciclo da vida. Nascimento, infância, esplendor da juventude, clamor da calmaria da fase adulta e depois a decadência da velhice. Assim são os ciclos econômicos, políticos e em todos os setores da atividade do universo. Nada muda no universo exceto as mudanças. Deveríamos estar acostumados a essa perspectiva universal, mas sempre esperamos a estabilidade. Vivemos em um universo em permanente transformação, umas cíclicas outras aos degraus com enorme ruptura das expectativas. As mudanças se dão por evolução ou pela revolução. Nada se repete no universo, segundo a lei da dialética. Nada é igual no universo. Esta expectativa de repetição viesada é a base da estatística e da probabilidade embutida na pascaliana ciência das possibilidades, de difícil compreesão pelos indutivistas sempre em busca das coincidências, pois essa é a expectativas das leis e das teorias científicas: a capacidade de previsibilidade sob condições de contorno, e dentro das variáveis controladas sine ceteris paribus. Conclusões: Estamos atravessando mais um dos ciclos de mudanças onde o novo ponto de equilíbrio será alcançado não sabemos quando nem onde se situará este ponto de sela, mas com toda a certeza é apenas um ciclo. Ainda não estamos psicologicamente preparados para vermos a vida como um ciclo, ou como uma sequencia de ciclos, por isso sempre estamos sobressaltados e desacostumados com qualquer mudança e com qualquer fato que nos desloque da posição de conforto, ou que nos impede de olharmos para além do horizonte. Mas isso é tema para um outro artigo.

domingo, 19 de julho de 2015

Brasil: um Estado sem Justiça, muitas Leis

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Na Etiópia o Imã, líder religioso da aldeia se senta no chão de barro, então inicia-se a sessão do judiciário. -Fale senhora: -o meu marido está me batendo, quero o divórcio. Fala o Imã: -Fale o marido: -a minha mulher se recusa a lavar as roupas cuidar da casa e dormir comigo Fala o Imã: -fala mulher: -ele está muito velho e ainda quer se deitar sem tomar banho, ele fede muito Fala o Imã: -marido, você vai dar duas cabras de leite para a sua mulher e mais duzentos Dinares, você mulher casou com ele sabendo que ele era velho, pois vai deixar a casa dele apenas com seus bens pessoais Assim cada um vai silenciosamente para o seu lado. Versão ocidental e civilizada deste episódio é (são): 1a instância, vara cívil Discordância 2a instância, apelação cívil Discórdia Recurso ao STJ Discórdia Recurso especial ao STJ Discórdia Ação Rescisória ao STJ Finalmente, após quinze anos, R$200.000 tudo está resolvido. Conclusão: o brasileiro é resiliente ao ordenamento jurídico, à Justiça, ao próximo e à sociedade. Simples.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

USWar United States of War

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Quantas bases militares faz EUA espalhados por todo o mundo

 

Será que ele realmente tem o Pentágono 1.074 bases no exterior? Nos crimes de postos militares americanos no exterior sob seu controle cerca de 52.000 edifícios e mais de 38.000 itens de infra-estrutura pesada como píeres, cais e armazenamento gigantesca.

Nick Turse *

Num parecer recente, o colunista do New York Times Nicholas Kristof fez uma observação incisiva: “Os Estados Unidos mantêm tropas em mais de 560 bases e outros locais no exterior, muitos dos quais são o legado de uma guerra mundial que terminou há 65 anos . Será que temos medo de que se tirarmos nossas bases de Alemanha pode invadir a Rússia ?. ”

Durante anos, o falecido Chalmers Johnson, o homem que escreveu o livro sobre o império de bases militares, “The Sorrows of Empire”, fez o mesmo comentário e apoiou-o com o estudo mais detalhado já realizado sobre o arquipélago de bases espalhadas por todo o globo. Vários anos atrás, depois de cavar através dos próprios documentos acessíveis ao público Pentágono, Johnson escreveu: “Os Estados Unidos mantêm ativos militares 761” pontos “em países estrangeiros." (Esse é o termo que ele prefere o Departamento de Defesa, mais do que a "base”, no entanto, que é o que eles são. Bases)

Recentemente, o Pentágono atualizou seus números sobre instalações militares e outros locais e descobriram que eles tinham caído. No entanto, é uma questão de interpretação ou não ter caído para o nível avançado por Kristof. De acordo com o Relatório sobre a Bases Estrutura DoD 2010, os militares americanos agora mantém 662 bases em 38 países ao redor do mundo. No entanto, é preciso aprofundar o relatório e ver como lacunas enormes começam a aparecer.

Um legado militar.

No momento, de acordo com dados divulgados pelo Pentágono, a bandeira americana voa mais de 750 instalações militares americanas em países estrangeiros e territórios norte-americanos no exterior. Isso exclui as pequenas instalações no exterior uma extensão inferior a 40 mil metros quadrados e os valores que as forças armadas americanas em menos de 10 milhões. Em alguns casos, várias dessas bases são agrupados e relatados como uma única instalação militar em um determinado país. Um pedido de esclarecimento foi feito para o Departamento de Defesa não foram respondidos.

O que sabemos é que nas acusações de postos militares americanos no exterior, ele tem o controle sobre 52 mil edifícios e mais de 38.000 itens de infra-estrutura pesada como píeres, cais, e tanque de armazenamento gigantesca, não mencionam mais de 9.100 “estruturas lineares”, como pistas, ferrovias e dutos. 

Perdeu na contagem.

O coronel Wayne Shanks, um porta-voz da Força Internacional de Assistência à Segurança liderada por EUA (ISAF, na sigla em Inglês), informou-me no ano passado teve cerca de 400 bases americanas e da coalizão no Afeganistão, incluindo campos , avançar bases operacionais e postos de combate. E esse número deverá aumentar em doze ou mais, acrescentou, no decurso de 2010.

Em setembro, entrei em contato com o Gabinete de Relações Públicas do Comando Conjunto ISAF para acompanhar. Para minha surpresa, me foi dito que “havia aproximadamente 350 bases operacionais avançadas com duas grandes instalações militares, aeroportos de Bagram e Kandahar”. Perplexo com a perda de 50 bases, em vez de 12 mais, entrei em contato com Gary Younger diretor de relações, público a ISAF. "Há menos de 10 bases da OTAN no Afeganistão", escreveu ele em um 12 de outubro e-mail. "Há mais de 250 bases no Afeganistão", acrescentou.

Até então, parecia que a América tinha perdido 150 bases e eu estava em um estado de total confusão.Quando entrei em contato com o Exército para resolver as discrepâncias, listando todos os números que tinham sido dadas por Shanks contar a partir de 400 bases para cerca de 250 Younger-, eles voltaram para gastar em outro até que encontrei sargento de primeira classe Eric Brown em Relações Públicas do Comando Conjunto ISAF. "O número de bases no Afeganistão é de aproximadamente 411,“ Brown escreveu em um e-mail em novembro ”, é uma figura em que eles caem de grandes bases de dados ao nível de estações avançadas de combate.“ Mesmo esse número, advertiu, não representam atualmente uma lista completa, porque eles não são recolhidos "cargos temporários ocupados por elementos do pelotão de tamanho ou menor.”

As partes pretas do mundo.

Se o relatório das Bases Estrutura 2.010 lugares do DoD no Afeganistão ter scans e leia atentamente todas as 206 páginas mencionar, intimação ou uma mera referência, nenhuma dica será encontrado que mesmo EUA ainda têm uma única base no Afeganistão, para não mencionar os mais de 400 Isto não é uma omissão insignificante. Se estes são adicionados ao total de perda de 411 base Kristof, a figura de 971 localidades em todo o mundo serão obtidos. Se somarmos a contagem oficial do Pentágono vai chegar a 1.073 bases e sites estrangeiros. Esse número ainda excede a contagem de 1.014 americanos bases 1967 no exterior, o que Chalmers Johnson considerado “o auge da Guerra Fria.”

Há, no entanto, outras maneiras de obter total. Em uma carta escrita há alguns meses, o senador Ron Wyden e representantes Barney Frank, Ron Paul e Walter Jones afirmou que havia apenas 460 instalações militares americanas no exterior, sem contar aqueles no Iraque e no Afeganistão. Nicholas Kristof, que surgiu com mais do que a contagem de mais de 100 bases, não respondeu a um email pedindo esclarecimentos, mas talvez poderia ter feito a mesma análise que eu fiz: procurar a Estrutural Relatório Bases do Pentágono e locais selecionados óbvio que, apesar de terem uma “pegada” considerável poderia ser considerada apenas fracamente como bases, tais como conjuntos habitacionais e escolas para as famílias de militares, sim hotéis resort, o tem- Departamento de Defesa, áreas de esqui, também tem- ea maior de seu cursos de golfe militar americano disse em 2007 que teve um total de 172 campos de golfe de todos os tamanhos e chegar a um total de cerca de 570 locais no exterior. Se o número de bases afegãs são adicionados, vai ficar com cerca de 981 bases militares no exterior.

Esconderijos.

No entanto, acontece que o Afeganistão não é o único país com um mundo de bases escondidas. Olhe a contagem do Pentágono de lugares no Iraque. O Departamento de Defesa publicou relatórios que indicam que restavam pelo menos 88 bases, incluindo acampamento Taji, Campo Ramadi, a Speicher Contingência Base de Dados Operacional e Joint Base Balad, o que, por si só, é o lar de cerca de 7.000 soldados norte-americanos. Essas bases perdidas poderiam elevar o total para cerca de 1.069 em todo o mundo.

As zonas de guerra não são os únicos lugares secretos. Ele deve ter um olhar mais atento sobre as nações do Oriente Médio, cujos governos, temendo a opinião pública interna, que prefere não ser dada publicidade a quaisquer bases militares norte-americanas no seu território, e, em seguida, ser comparada com a lista oficial de Pentágono. Por exemplo, o Relatório de 2010 Estrutura Base incluí nenhum nome EUA no Kuwait. No entanto, sabemos que o estado do Golfo Pérsico abriga várias instalações militares norte-americanos, incluindo o Camp Arifjan, Buering Campo, Campo Virginia, Kuwait Base Naval, Ali Al Salem Base Aérea e chutar Acampamento Udari. Se forem adicionados esses lugares perdidos, o número total de bases no exterior chega a 1.074.

O império de bases, mas ainda não atingiu o seu auge, está destinada a encolher. O Exército terá que reduzir suas posições no exterior e reduzir a sua presença global nos próximos anos. Realidades econômicas exigem que o façam. As opções pelo Pentágono hoje provavelmente decantar determinar em que condições voltar para casa acessórios amanhã. Por enquanto, eles ainda podem optar por ir para casa de modo que parece um ato de magnânimo bom estadista ou retiro infame.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Cinquenta tons de sexo

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Atender aos instintos até atingir a saciedade. Esta é uma ideia contrária ao equilíbrio e à temperança, quer dizer: contrária ao bom senso. A ideia da saciedade da fome subordinada à gula ou ao prazer da degustação pode levar ao mal da obesidade, que é uma disfunção do apetite, que foi criado para o ser humano gostar de comer para querer comer e não perecer de inanição, portanto foi o instinto da sobrevivência que propiciou o gosto pela alimentação dado pelo prazer da gula; um incentivo à alimentação. Quando a gula ultrapassa a sua finalidade que é a de garantir que o indivíduo coma para não perecer de fome e se torna a gula um objetivo em si mesma então a gula passa a agir contra a sobrevivência e contra a temperança e contra o equilíbrio, ou seja: contra a vida. Atender aos instintos sexuais até atingir a saciedade É uma ideia da saciedade dos desejos carnais ligados à libido sexual, que em si mesma não tem função na espécie outra do que a de garantir a reprodução. Então o desejo sexual acompanhado de prazer ou mesmo de alívio para a tensão do desejo e da tara sexual estão ligados ao mecanismo que foi criado para que o indivíduo procure a fêmea para procriar, ou procure o macho procriar. Trocando aquele enorme esforço que produz efeitos desagradáveis como sudorese, cansaço, líquidos pegajosos, humores e excreções de aspectos azedos e desagradáveis pelo prazer sexual, para tornar tudo isso suportável e agradavelmente prazeroso, então o pacote de vantagens para que o casal pratique o ato de reprodução social acaba por se sobrepor ao objetivo que é o da procura do parceiro para a simples reprodução genética. Se essa busca pelo prazer ultrapassa a simples finalidade de reprodução e os efeitos colaterais e a sinestesia da reprodução que é o enorme e delirante prazer sexual que acompanha e que conduz o encontro dos casais suplantar o dever de reproduzir, se esta distorção se tornar um objetivo em si mesmo então este ato pode ser um atentado contra a sobrevivência e contra a temperança e contra o equilíbrio, ou seja: contra a própria vida e contra a própria sociedade. O objetivo do sexo entre os gays esconde este distúrbio social e sexual onde são desconsiderados os limites do objetivo sexual em si pela busca de suas sinestesias e assim subverter a objetividade e até mesmo transferir para outras partes do corpo onde tal necessidade de reprodução da espécie não guarda nenhuma relação fisiológica, sendo então uma mera busca da saciedade carnal pela simulação do sexo na ânsia em satisfazer a agonia da abstinência sexual travestida de desejo de satisfação da função original de reprodução trocada pela sinestesia originalmente outorgada ao sexo que é o prazer, mascarando no animal humano o ato que sem prazer seria terrivelmente nojento, fedorento, pegajoso, cansativo e constrangedor, mas o prazer encobre e disfarça a agonia da coabitação carnal e esconde a sua animalidade material e primitiva.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Democracia direta GREGA

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político IPEA A Decadência da Democracia da Ágora em Atenas A crise da democracia direta Roberto da Silva Rocha 29/05/2014 A crise da cidade-estado de Atenas se resolveu com a Guerra do Peloponeso, mas a crise da democracia direta fora vencida pela fadiga trazida pela contradição entre a participação política e a vida econômica dos ilustres cidadãos que formavam as elites dirigentes e participantes na ágora   A política do ócio ateniense 1 – É preciso separar a crise do Estado-cidade Atenas que sucumbiu após a última batalha das Guerras do Peloponeso; 2 – Da crise da democracia direta na ágora que durou pouco mais de 60 anos com Clístenes. Pensamentos platônicos Platão: "O que mais vale não é viver, mas viver bem". “A democracia... é uma constituição agradável, anárquica e variada, distribuidora de igualdade indiferentemente a iguais e a desiguais.” Platão Não devemos de forma alguma preocupar-nos com o que diz a maioria, mas apenas com a opinião dos que têm conhecimento do justo e do injusto, e com a própria verdade. Platão Tudo que ilude, encanta ! Platão O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer, o tolo porque tem que dizer alguma coisa. Platão   O fim da Democracia Direta Grega Argumento contrário ao sucesso da democracia direta grega poderia simplesmente limitar-se à evidência de que este processo não subsiste na Grécia de hoje. Em algum momento do passado histórico e político (360 a.C.) a democracia direta grega da era dos filósofos desapareceu da política. Como relatou o próprio filósofo grego Platão a “Democracia é o pior dentre todos os regimes políticos, excetuando-se os demais sistemas”. Este paradoxo platônico expressa e resume a sua completa aversão à qualquer forma de democracia, a quem chamava de Demagogia. Sabemos de alguns dos argumentos famosos que Platão utilizava contra a democracia grega: o primeiro refere-se ao hábito da retórica; o segundo refere-se ao perigo da crise da democracia resolver-se em uma Tirania, única capaz de retirar a democracia do impasse da ditadura das maiorias insanas quando essa é levada pelos equívocos do assembleísmo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O Poder do empiricismo metodológico nas ciências sociais

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político O poder do empiricismo nas ciências econômicas e sociais em geral Diz o aforisma: “com números não se discute”. Pois vamos lá. Qual das ciências a que mais depende da Matemática do que a Física? Certamente que a resposta é: a Engenharia. Para a Física a Matemática torna-se mais do que uma ferramenta para descrever e parametrizar os seus resultados e modelagens. A Matemática empregada na Física torna-se uma linguagem suporte para se construir os modelos de comportamento dos fenômenos e de experimentação teórica quando a experimentação prática torna-se impossível ou muito difícil de materializar, é o que se chama Física experimental teórica, esta totalmente dependente dos métodos matemáticos de experimentação. Pois na engenharia é justamente o contrário do que ocorre em Física, na engenharia os modelos teóricos sempre tomam a forma material então todas as limitações terão que ser contornadas e superadas, todas as lacunas da teoria terão que ser resolvidas na prática. O que isto quer dizer: que o trabalho do engenheiro não se esgota em cálculos e teoremas matemáticos. Nos projetos de sistemas informatizados, nos projetos de engenharia em geral, em engenharia aeronáutica, engenharia eletrônica, engenharia mecânica, engenharia civil, engenharia de sistemas enfim em todos os ramos de engenharia a parte reservada à Matemática representa no máximo 20% de todo o trabalho de execução do projeto. Os outros 80% do trabalho é dispendido em testes e em adaptações e alterações do projeto de cálculos iniciais. E não é pouco. Um projeto de um navio toma mais de um trilhão de cálculos, o mesmo se aplica a uma aeronave. Estes esforços entre cálculos e ensaios, acertos, adaptações estão divididos entre 20% por 80% se tornou um parâmetro bem conhecido dos gerentes de projeto. Representam 20% de esforço de cálculos, 20% de todo o orçamento do projeto, representam 20% do tempo total do projeto e 20% de recursos humanos. Os outros 80% do esforço para entregar o produto pela engenharia não passam pelo projeto inicial da fase de cálculos, que deveria ser perfeita, completa e acabada, necessária e suficiente (para usar uma condição típica da torética apotégmica da Matemática) o suficiente para não deixar uma margem tão conspícua para a parte de adequação da ideia projetada primacialmente. Para os leigos em engenharia isto pode parecer uma aberração que o projeto de uma aeronave como um Boeing 777 tenha custado apenas 20% de custosos e computadorizados cálculos de engenharia (mais de um trilhão de cálculos) e que o restante do esforço de projetos, testes, acertos, mudanças, experimentações, modificações e adaptações que não estavam previstos e não puderam ser antecipados e resolvidos na fase dos cálculos tome 80% do esforço do projeto e construção. Todo este preâmbulo foi feito pra explicar e convencer os estatísticos da economia e das ciências sociais que esta fé inabalável no poder da Matemática não se confirma na prática dos projetos de engenharia. Um engenheiro experiente ficaria surpreso com as previsões econométricas e as análises econométricas e estatísticas nos quais se baseiam totalmente e sem hesitação estes profissionais que apenas tangenciam o poder que a capacidade de manipulação dos números lhes sugere esse tal fascínio pelos números estatísticos. O processo de integração de cada fase de um projeto de engenharia envolve uma quantidade tal de variáveis que deixaria um coordenador apavorado diante de um projeto complexo como a construção de um submarino atômico ou de um projeto e construção de uma estação espacial. Sabem os matemáticos que a Álgebra somente consegue manipular até o limite de três variáveis independentes simultaneamente, isto é muito pouco diante da quantidade de variáveis que os problemas de engenharia precisam contornar, na economia e na ciência social isto seria uma limitação extremamente severa. Mas, mesmo assim a confiança dos estatísticos da economia e das ciências sociais na capacidade resolutiva da Matemática aplicada à estatística não arrefece. Isto é fé, não razão, é confiança exacerbada na capacidade explicativa dos modelos matemáticos. Resumindo o mundo matemático: a) Capacidade de resolução de sistemas de matrizes até a terceira dimensão; b) Capacidade de solução de sistemas com até três variáveis, x y z independentes; c) Capacidade de integração até o terceiro grau. De onde vem tamanha confiança no poder da Matemática, esta é a questão, que não se coloca e nem aborrece ou preocupa os cientistas sociais e os economistas em geral? Este fato deveria significar que os constructos econométricos e sociométricos deveriam ser baseados em teorias e verificados através de modelagem estatística, e não o oposto como ousa fazer os empiricistas que distorcendo o criador do empiricismo científico, Auguste Comte, na verdade intuiu que os fatos devem ser objetos mensuráveis, essa é a essência do empiricismo crítico, não uma estrutura abstrata com que se substitui a realidade e a explicação dos fenômenos sociais ou econômicos.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Movimentos sociais; captura ou confronto

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Movimentos Sociais e o Estado: Uma Tentativa de Estimativa e Avaliação da Formação de Parceria Entre Um Movimento Social e o Estado Brasileiro Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Movimento Social e o Estado: Uma Tentativa de Estimativa e Avaliação da Formação de Parceria Entre Um Movimento Social e o Estado Brasileiro I – Introdução Segundo estudos dos projetos financiados pelo Banco Mundial[1], os Movimentos Sociais participaram como entidades implementadoras dos projetos em 57% dos casos, comparado com os 11% dos casos como entidades que participaram da elaboração dos mesmos. Isto sugere que, para os organismos governamentais, é mais atrativo dividir tarefas ou serviços do que fazer uma divisão de poder. Durante[2] o início da segunda metade do século XX os governos recusaram as demandas provenientes dos movimentos sociais por participação e transparência no desenvolvimento dos programas, fazendo com que os mesmos sofressem controle estatal. Os governos vêm reconhecendo que estas demandas se baseiam não no reconhecimento da participação como um direito dessas entidades, mas sim, como um mecanismo de continuar exercendo o poder sobre as mesmas. Desse modo, em muitos casos, a participação dos Mov. Soc. é limitada - através de um processo de cooptação - por aqueles que possuem os recursos financeiros (governo e agências de cooperação). Apesar disso, com o processo de democratização há interesse do governo pelos Mov. Soc., os efeitos dessa transição (por mais participação e transparência)[3] têm sido mais formais do que reais. O estudo das relações Estado- Mov. Soc. no Brasil pode ser concentrado em três aspectos: a questão do legado ou herança política, as questões de autonomia, e, de transformação institucional. Vai-se analisar e extrair-se do contexto histórico e político o momento em que os Mov. Soc. surgiram, assim como a forma como vem desenvolvendo-se o relacionamento dos Mov. Soc. com o Estado. Movimentos Sociais Durante o período da ditadura militar de 1964, as interações entre o Estado e os Mov. Soc. foram marcadas por quatro características tradicionais: clientelismo, autoritarismo, cooptação e manipulação política[4]. Estas características fizeram com que, muitas vezes, o Estado fosse visto como um adversário pelos Mov. Soc., sendo o responsável pelas dificuldades sócio-econômicas da população. Com a transição democrática, há uma reaproximação, das relações entre o Estado e os Mov. Soc., no entanto, com uma participação ainda limitada por parte dos Mov. Soc. O que sugere que muito dessas características do período ditatorial continuam presentes até hoje. Outro aspecto importante nas interações Estado- Mov. Soc. é a questão da autonomia desses últimas. Acredita-se que Mov. Soc. que trabalham em bases mais autônomas, tenham mais capacidade de resistir à hegemonia governamental, agindo de forma mais ideológica em suas relações com as agências governamentais. É contraditório para um Mov. Soc. criticar, ideologicamente, programas governamentais se esta estiver financeiramente dependente do governo. Em países fora da Europa Central grande parte dos recursos financeiros dos Mov. Soc. é proveniente dos contratos de “parceria” com o governo. Com isso, essas organizações têm “confiscado” seu direito de se apresentarem como verdadeiros Mov. Soc., com uma ótica ideológica própria, pelo fato de perderem uma de suas características principais, que é a independência[5]. Isto nos remete a uma outra questão da autonomia dos Mov. Soc. que é o problema da auto-sustentabilidade. Os recursos financeiros dos Mov. Soc. são limitados, sendo repassados pelos órgãos financiadores - governo e agências de cooperação internacional - basicamente para a execução de projetos, sem passar pela questão do fortalecimento da instituição. Por fim, a questão da transformação institucional é um outro aspecto a ser analisado nas interações Estado- Mov. Soc. Dessa forma, quais são os métodos ou mecanismos presentes para aumentar a participação das entidades civis? O que deve ser feito para terminar com o legado autoritário e clientelista que nos foi herdado do regime autoritário? Esta transformação institucional[6] deve ser baseada em mecanismos de descentralização na formação e execução de políticas públicas, em relações descentralizadas entre o Estado e sociedade civil através de canais descentralizados e desconcentrados, ou comunitário. Isto com os objetivos de aumentar a transparência da administração pública, estreitar a distância das soluções às demandas populares e garantir formas de participação mais efetivas e democráticas. Baseado na premissa da solidariedade e da cooperação voluntária, assim, o chamado Terceiro Setor vem desenvolvendo-se no mundo, tornando-se parceiro no desenvolvimento da sociedade. Faz parte de uma noção tripartite cujas partes envolvidas são o Estado, o mercado com sua lógica capitalista (clássica, neoclássica ou keynesiana), e, a comunidade de voluntários, que coordenados oferecem meios alternativos para a resolução ou encaminhamento dos problemas da sociedade. Os Mov. Soc. são parte dos agentes político-sociais do Terceiro Setor (as fundações, os institutos, as associações comunitárias, as entidades de serviços sociais, as associações de classes, as entidades religiosas e as comissões de defesa dos direitos do cidadão) organizadas sem fins lucrativos. Os Mov. Soc. atuam no que pode ser identificado como sendo o conjunto de atividades das organizações da sociedade civil, portanto organizações criadas por iniciativas (privadas) de cidadãos, que têm como objetivo a prestação de serviços ao público (saúde, educação, cultura, habitação, direitos civis, desenvolvimento do ser humano, proteção ao meio ambiente [7]). Historicamente [8] as entidades do Terceiro Setor emergiram com autonomia em relação ao Estado, cultivando, em muitos casos, um distanciamento e até hostilidade com relação ao Estado. Nos países da Europa Central o processo democrático garantiu às entidades do Terceiro Setor a manutenção de suas autonomias, ao mesmo tempo em que tornou possível um maior estreitamento e cooperação nas suas relações com o Estado. Já nos países periféricos, a retomada da democracia, interrompida por períodos de ditadura, fizeram com que as relações entre o Estado e o Terceiro Setor fossem gradualmente descontínuas, variando desde a proibição ou severa limitação das atividades das organizações não governamentais, até a conversão das mesmas em apêndices ou instrumentos do Estado. O Terceiro Setor[9] é constituído de um vasto conjunto de organizações sociais que não são nem estatais nem mercantis, e que podem exercer funções tradicionalmente atribuídas ao Estado. De acordo com a Medida Provisória nº 1591, de 09 de outubro de 1997, define-se operacionalmente as organizações sociais como sendo: Pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, voltadas para atividades de relevante valor social, que independem de concessão ou permissão do Poder Público, criadas por iniciativa de particulares segundo modelo previsto em lei, reconhecidas, fiscalizadas e fomentadas pelo Estado[10] . Dessa forma, diversas entidades encontram-se neste setor, tais como: entidades assistencialistas (orfanatos, asilos, hospitais), sociedades científicas, organizações não-governamentais (ONGs), grupos de auto-ajuda, sindicatos, associações esportivas, de bairro, fundações privadas, entre outros. Na América Latina, os movimentos sociais das organizações não-governamentais (ONGs) surgiram no final da década de 50. Esses Mov. Soc. caracterizavam-se por serem organizações de natureza político-sociais, criadas por iniciativa de grupos de profissionais e técnicos de ativa militância social, ou de grupos pastorais da Igreja Católica. Os grupos, predominantemente informais, desenvolviam trabalhos de formação e promoção de comunidades de base com setores marginalizados e tinham possibilidades de relacionamento com agências de cooperação européia, de procedência católica, que financiavam suas atividades[11]. No Brasil, os Mov. Soc. fazem parte de um fenômeno iniciado nas décadas 50/60 – no intervalo entre o fim da ditadura populista de Getúlio Vargas e o início da ditadura militar de 1964 – em que a sociedade civil brasileira começara a organizar-se em projetos de associativismo relativamente autônomos e políticos. Este fenômeno de infra-estrutura poliárquica (pluralismo) – típica de sociedades onde opera a diversidade ou pluralidade dos centros de poder - estaria formando-se na diversificação e ampliação da ação coletiva, movimentos cooperativos, associações de utilidade pública e Mov. Soc. [12] na esteira da semente corporativista deixada pelo regime getulista. Nesta fase, os Mov. Soc. caracterizavam-se por serem lideradas por indivíduos provenientes da classe média intelectualizada e militante, que mais tarde iriam defrontar-se com a ditadura militar iniciada com o Golpe de Estado em 1964. Durante as décadas de 70 e 80, os Mov. Soc. subdividiram-se, inicialmente, entre dois campos de atuação: a) os de desenvolvimento social, cidadania, defesa dos direitos humanos, e: b) os ambientalistas ocupadas com questões relacionadas com a degradação e/ou preservação ambiental e ecológica no meio urbano e rural. Os Mov. Soc. ocuparam espaços de atuação em nível local, com projetos de curto alcance, ou de pouca visibilidade e, coadjuvado com a presença da Igreja Católica. Neste período, 70%[13] dos recursos dos Mov. Soc. eram provenientes de fontes não-governamentais, religiosas e de organismos multilaterais de cooperação internacional. As relações com os órgãos oficiais ainda eram, para a maioria dos Mov. Soc., restritas ao mínimo, ou nem existiam. Então, a partir de 1988 multiplicam [sic] as referências na produção acadêmica, mídia impressa e eletrônica, sobre um conjunto de ações conduzidas por Mov. Soc. enquanto indícios concretos de um processo de reconstrução da sociedade civil no Brasil...parte de uma democracia recém conquistada no país[14]. O relacionamento entre o Estado e os Mov. Soc. é complexo. Com o processo de democratização do sistema político, surgiram novas formas de relacionamento entre os atores políticos coletivos presentes na sociedade civil e o Estado. Este relacionamento varia desde atividades de execução de serviços através de contratos firmados, até aquelas que envolvem uma mudança social e econômica mais ampla. Visão Liberal da Sociedade segundo Bentham A solução de Bentham para o dilema social do altruísmo versus utilitarismo - na versão liberal - é que, de acordo com o princípio da autossuficiência - (inserto no constructo metodológico da categoria analítica do utilitarismo individualista liberal) - as pessoas, na sua grande maioria, são perfeitamente capazes de autoregulamentação, autocontenção, e de autocontrole. Para isto vir a verificar-se é preciso reduzir-se o tamanho, espaço e o poder do governo na direção do individualismo democrático:[15] obedecer pontualmente, para censurar livremente. Macaulay, Thomas Babington[16] (1800-1859) pensador contrário ao grupo dos utilitaristas, partiu deste conjunto de axiomas para fazer a refutação da teoria utilitarista com base nos princípios que engendraram o paradoxo contido na própria teoria utilitarista, principalmente aquele princípio segundo o qual as ações humanas seriam comandadas pela / para a busca da maximização do prazer. Considerada apriorística, superficial e irrefutável: um dogma não científico na perspectiva metodológica poperiana[17]. Não encontrava na análise histórica a prova de que as ações humanas no passado pudessem ser justificadas pelo princípio da busca do prazer, -hedonismo - portanto o que não poderia ser comprovado factualmente não passaria de conjectura solta num contexto subjetivo sem possibilidade alguma de uma generalização. O Mov. Soc. insinua mais que distanciamento do Estado: insinua afastamento do controle do Estado. Nasceu porque o Estado deixou de fazer a sua obrigação social. Para isso os Mov. Soc. buscaram financiar-se fora do esquema estatal. Daí o N – Não - de ONG.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Intolerância

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Intolerância Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/2013_12_11/O-novo-rosto-da-guerra-2248/ O Ocidente em sua intolerância esclarecida contra outras culturas finge digeri-las sem acatá-las, finge compreender sem aceitá-la, como fizeram os jesuítas com os silvícolas dos continentes Sul americano e Central. Agora pergunte ao Vaticano se as missões evangelizadoras foram de fato civilizadoras, ou se fazendo a mea culpa admitiria o Vaticano que vilipendiaram e violentaram os silvícolas em seus satus de vida social, religiosa e cultural. Quanto tempo mais vai custar para que os intolerantes percebam a sua intolerância diante da outra civilização que afronta os seus princípíos civilizatórios. Assistimos aqui ou em qualquer parte do mundo, com exceções decimais, a intolerância dos homoafetivos contra a intolerância dos homofóbicos, ambos se acusando-se mutuamente de intolerância. Cada um viola conscientemente os princípios religiosos, éticos e morais uns dos outros para garantir a razão de que o outro é aculturado, ultrapassado e incivilizado, ambos comportamentos sociais são antigos tanto quanto a prostituição, sendo de tempos em tempos execrados e tolerados, em ciclos históricos que atravessam a Idade Média, o Renascentismo, a Idade Antiga, e a Idade moderna e a Contemporânea. Mutatis mutantis, nada é perpétuo porque os valores sociais não serão nunca valores absolutos, assim como os modelos de Estado e de governo, não são absolutos nem perpétuos: liberdade, democracia, tirania, capitalismo tudo passa, tudo se transforma em mil facetas em modelos combinados e mestiços de democracia cristã, democracia liberal, democracia parlamentarista, democracia direta, democracia indireta, liberalismo republicano, liberalismo social, liberalismo parlamentarista monárquico, presidencialismo monárquico, presidencialismo parlalmentarista, presidencialismo tirânico, presidencialismo vitalício, presidencialismo democrático. Assim as variantes da verdade nos ensinam que os valores absolutos somente existem nas mentes dos radicais fundamentalistas da direita, da esquerda, dos capitalistas monetaristas radicais, dos liberalistas neoliberais, dos globacionistas extremos, dos protestantes tão fundamentalistas quanto os islamitas extremados, nos indicando que a verdade pode estar bem no meio ou mais à direita ou mais a esquerda. Nunca saberemos isso. Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/2013_12_11/O-novo-rosto-da-guerra-2248/

TERRORISMO: novo verbete político

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político O terror no mundo globalizado tem tomado quatro vertentes distintas tamanha a sua generalização e banalização. Estas vertentes do terror moderno se dividem em duas categorias principais e duas variantes secundárias, formando assim dois critérios e dois subgrupos. Os dois critérios principais são tomados em relação à presença da hegemonia ou à não-hegemonia do atacante ou agente do terror; os dois subgrupos seriam os derivativos organicismo e voluntarismo. Utilizando o conceito de hegemonia de Gramsci que significa dominação completa sem permitir contestação e qualquer disposição de reação. O ataque às torres gêmeas do World Trade Center em onze de setembro de 2001 representaria a categoria terror não-hegemônico; a intervenção militar seria a categoria terror hegemônico. Os subgrupos derivativos das categorias mencionadas seriam: a) o onze de setembro, representando o terror orgânico, que exige alto grau de sofisticação, ações de grande envergadura e articulação entre os executores; b) o homem-bomba palestino representaria o outro subgrupo, o das ações de pequena envergadura, constantes, e voluntaristas. O onze de setembro de 2001 foi uma ação preparada com extremo profissionalismo, exigiu grande preparação e sucedeu no mais absoluto sigilo, causando terror após sua consumação pela audácia, surpresa e grau de eficiência, pela alta relação custo/efeito tanto material, como social, político, econômico e militar que causou com recursos completamente não militares. O terror fora causado mais pelas conseqüências e pela sensação de impotência diante do acontecido do que pela sua preparação e destruição. A intervenção militar no Kwait, por exemplo, ou no Afeganistão, aterrorizou todo um país antes de sua consumação, no caso do Iraque, onde durante cem dias antes do ataque a população sentiu o peso da ameaça que pendeu sobre si da guerra anunciada pelos EUA onde as populações fugiam como baratas para tentar escapar da mão pesada da maior força militar da história do homem: alguns não tinham recursos nem idéia para onde fugir; apenas esperam e torceram para que as bombas errassem os alvos, ali sofreram o terror de cada expectativa de ataque como o desfecho fatal. Imagine se o presidente dos EUA anunciasse que bombardearia o Brasil: que alternativa teria a população para proteger-se de tal agressão? Este é o terror hegemônico do tipo orgânico, conhecendo as conseqüências de um ataque da maior potência militar da história da humanidade, sabendo que nada pode deter esta espetacular máquina de guerra, esta expectativa de ameaça por si só constitui-se no maior terror do que o ataque propriamente consumado. Imagine um homem-bomba explodindo-se diante da casa de seu vizinho. Diante da mais completa impotência para deter uma pessoa determinada a se imolar para levar a cabo este dano fatal, nada se pode fazer a não ser esperar não ser a próxima vítima. Este é o tipo terror não-hegemônico voluntarista. Ambas categorias de terror retiram de suas vítimas qualquer capacidade de defesa, ficando completamente vulneráveis e sem qualquer alternativa para evitarem o desfecho pretendido pelo agente do terror. Desta forma, a categoria “terrorismo” deve ser revista para incluir estas duas vertentes a partir da definição de que terror é a capacidade de retirar da vítima qualquer possibilidade de defesa diante de uma ameaça acima de sua capacidade de reação, deixando-a completamente a mercê das ações violentas sem outra alternativa a não ser a de aceitar a fatalidade. Isso é terrorismo: sob quaisquer das suas formas, é uma violação psíquica.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Ditadura ou democracia?

disponivel na AMAZON.COM livros de autoria de prof Msc Roberto da Silva Rocha Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político Ditadura versus Democracia A Democracia é uma opção de uma nação. Democracia é uma instituição de altíssimo custo. Certamente uma ditadura é mais barata. O custo Financeiro de uma Ditadura é muito inferior ao de uma Democracia. Mas o custo em credibilidade de uma Democracia é infinitamente menor do que o custo político de uma Ditadura. O que as pessoas precisam entender e compreender é que quanto mais transparente um sistema de governo mais complicado e corrupto ele parece ser, ao contrário de uma ditadura embaçada não se enxerga a enorme corrupção que existe ali, como em qualquer sistema humano social. Para se manter no poder o governo é obrigado a garantir a sua governabilidade e a sua governança. A governança é constituída dos instrumentos e do sistema burocrático que o governo escolhe para dar efetividade ao seu lado administrativo. A governabilidade é constituída do conjunto de atos, fatos e comportamentos do governo para atingir os seus objetivos econômicos, políticos e sociais, quem sabe, históricos e dos projetos para a nação se o povo tiver tido a sorte de ter elegido estadistas ao invés de governantes, ou pior, de ter escolhido partidários que apenas querem implantar os seus projetos pessoais e ou as suas ideologias supremas. Assim, para garantir a governabilidade o governante tem ao seu dispor poucas táticas. Pode contar com a simpatia da oposição (impossível), pode então, caso não seja isto possível, obter uma maioria parlamentar permanente, sem precisar da oposição. Para garantir esta maioria permanente ele dispõe de apenas duas estratégias: cooptar ou corromper. Para cooptar seus partidários, o governo precisa sempre estar distribuindo favores e verbas aos seus sedentos e insaciáveis aliados políticos. Para corromper partidários, o governo precisa sempre estar fazendo negociatas secretas, ilegais e imorais para circunstancialmente poder contar com o apoio de seus inimigos e indiferentes aliados de ocasião. Portanto, a Democracia já nasceu aleijada, como dizia o seu maior adversário o filósofo grego Platão, “sempre a Democracia termina em demagogia”. A Demagogia é a tentação e a obrigação permanente do governante democrático tentar agradar ao povo que o elegeu para ganhar credibilidade, isto implica que quase sempre o governo é empurrado pelo povo a fazer coisas cosméticas, pouco sérias e pouco profundas que realmente o povo precisa, em lugar disso, as propostas mais fantasiosas, egoístas, superficiais, vazias, demagógicas são aquelas que a população vai exigir, enquanto isso, as obras e atos essenciais vão ficando de lado, porque podem ser medidas antipáticas, incompreensíveis e de longo prazo que o senso comum nunca compreende, como por exemplo, a interdição de uma rua em frente as casas dos contribuintes que fica obstaculizada para a circulação, com barro, lama, poeira, barulho de máquinas para as obras de infraestrutura por longos e torturantes meses e que vai beneficiar e melhorar a vida do próprio morador, e quase sempre ele exige o fim imediato do incômodo, a despeito de estar agindo contra os seus próprios interesses. Assim o governo Demagógico vai acumulando dívidas públicas, dívidas morais, dívidas de obras necessárias, mas nunca iniciadas para não incomodar o contribuinte imediatista e estúpido, um dia estas demandas estouram nas mãos de outro mandatário muito lá adiante no tempo. Então a obra de investimento em infraestrutura que deixou de ser feita porque ninguém desejava por causa dos efeitos colaterais, que certamente iriam irritar os cidadãos tirando votos e prestígios do governante, estouram quando vem uma forte chuva, quando as tarifas de serviços básicos deixaram de ser ajustadas, então os cidadãos vão acusar justamente o mesmo governo a quem eles impediram de incomodá-los com as medidas necessárias, mas que ninguém estava disposto a aceitar o sacrifício correspondente para deixar o governo agir. Este paradoxo da demagogia leva sempre o governo ao impasse da governabilidade. Somente estadistas de verdade são capazes de sacrificarem as suas carreiras e imagem para deixarem um legado para o futuro, e se o fizerem certamente não serão reeleitos, e os seus correligionários também. Isto é Democracia. Democracia está prisioneira da demagogia porque o povo é imediatista e medíocre em sua essência humana.