domingo, 25 de setembro de 2022

Nós brasileiros

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

Nós brasileiros

Somos diferentes. Os brasileiros são pragmáticos porque são práticos, aqui se chama “jeitinho brasileiro”, difícil de entender por um gringo.

Nós precisamos abrir os livros de Sérgio Buarque de Holanda para entender a alma brasileira, não o Roberto da Mata, este americanizado e marxisado que pretendeu como o Fernando Henrique Cardoso e o main strean da inteligência sociológica esquerdista brasileira que prefere pensar com standards europeus com o olhar deles sobre a cultura brasileira.

Basta ver, por exemplo, os jogadores brasileiros de futebol, ou os judocas brasileiros, sempre vão surpreender aos adversários muito disciplinados, e no fim vão acabar improvisando, porque essa é a essência do brasileiro.

Então, não se pode enfrentar na força aos russos, ou aos chineses, então, desde a segunda guerra mundial os EUA tem feito guerra por procuração entre eles e a URSS e à China Continental, nenhum militar american trocou tiros com qualquer militar russo, nem contra qualquer militar chinês, para isso, um militar americano foi abatido sobre o céu da Rússia quando estava abordo do avião espião americano U2, mas foi devolvido vivo com uma troca de prisioneiros, outra ocasião nunca revelada foi quando os pilotos russos e chineses estavam a bordo de aeronaves de outro país e enfrentaram clandestinamente militares pilotos americanos em aeronaves americanas em duas guerras, na guerra da Coreia, nas guerras do Vietnam, na guerra do Yomkippur, na guerra dos Sies Dias, nestas ocasiões militares americanos e russos perderam a vida mas nada ficou provado nem foi confessado oficialmente.

Para enfrentar os russos os procuradores dos EUA procuram usar como escudo militar humano lançando países aliados da Rússia contra aliados dos EUA, como no Iraque contra Kwait, Ucrânia contra Rússia, Armênia contra Arzerbaijão, Brasil contra Bolívia, Paraguai contra o Brasil, Venezuela contra Colômbia, França contra Rússia, Argentina contra Grã Bretanha; nunca vai faltar uma oportunidade para produzir alguma instabilidade projetada para conseguir a validação do modelo de mundo controlado pela hegemonia americana baseada retoricamente e politicamente em palavras em discursos que podem ser pronunciadas nos parlamentos como coisas pseudo positivas: preservação da democracia; preservação da paz mundial; preservação dos direitos humanos; preservação ambiental; preservação dos povos indígenas; preservação de tudo que possa parecer humanitário porque as fontes de recursos naturais estão quase todas nos territórios de países hostis e países pobres, por causa de um erro da natureza que colocou ali nestes países governos rebeldes que não se submetem facilmente à mentalidade colonialista e não querem negociar os seus recursos naturais em condições mais favoráveis.

Os brasileiros estão entre os maiores hakers e crackers do mundo, os brasileiros estão entre os maiores usuários de redes sociais no mundo, os brasileiros não se alinham automaticamente com blocos militares nem procuram encarar estados como inimigos ou amigos permanentes e conspícuos, bastam as pseudo-barreiras decretadas como punição pela competição dos mercados internacionais, que são violadas pelos EUA sem sofrerem essas sanções pelas quebras de normas e standards internacionais; obtenção de informação privilegiada através de espionagem e financiamento de interesses estrangeiros, e, suborno de políticos e autoridades nos três poderes no estrangeiro, para transformar o ambiente hostil em conformidade com os objetivos políticos, como as revoluções coloridas e os golpes de estado nem tão bem-sucedidos como ao acontecido nas praças do mundo;:com em Maidam na Ucrânia; como Tarik, na Turquia; no Cairo, Egiro; na Yugoslávia,ex despedaçadapela OTAN; em Trípoli, em Líbia; em São Paulo; em Hong Kong; assim, o caixa de subsídio de intervenções continua procurando uma oportunidade para mudar governos através de militantes como Navalny, Guaidó; são tentativas de introduzir uma dissidência popular através das redes sociais nos governos hostis ao império da OTAN, esta agência do governo norte-americano que foi criada ainda com os ex nazistas alemães que foram sendo recrutados logo após ao derradeiro fim da segunda guerra mundial ainda fumegando nos escombros da Alemanha de Werner Von Braun; como na divisão do butim da Alemanha entre a parte americana e a parte soviética vencedores da II guerra.

O ingresso do Brasil na OTAN ou no Pato de Varsóvia nunca foi cogitado desde que Getúlio Vargas foi constrangido a ser aliado na segunda guerra mundial, mesmo tendo boas relações com a Alemanha, o que prova que a Alemanha foi o sócia-fundadora da OTAN com os ex inimigos: EUA, França e Grã Bretanha da aliança militar atlântica.

Custa crer que o brasileiro com o seu espírito utilitarista e muito prática que percebe que os produtos industriais e insumos sofrem barreiras sanitárias e tecnológicas muitas delas de forma política para homologar produtos que de tempos em tempos sofrem boicotes e dumping o que obriga aos diplomatas brasileiros a trabalharem sua capacidade de negociação muito além da simpatia e da flexibilidade de argumentação jurídica para contornar o tacape dos piratas e bucaneiros fardados e bem armados de bombas e ameaças.

Fica difícil para um diplomata brasileiro compreender com a Europa se submete com docilidade aos processos de pressão se sacrificando sem receber gás russo apenas para se manterem aliados dependentes de uma proteção e companhia dos EUA que não se importam com o sacrifício dos habitantes por causa de motivação política contra a Rússia que é sua vizinha que não afeta o povo norte americano do outro lado do mundo, que permanentemente mantém as economias e autonomia dos europeus esmagados sob compromissos aos quais a Turquia provou serem vazios de significado e servem apenas para distorcer as relações internacionais.




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