segunda-feira, 28 de outubro de 2024

USA

Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

USA

Parece um lugar comum para os cientistas sociais, mas é mesmo um lugar comum, pois foram os americanos os criadores da disciplina universitária chamada Ciência Política; então, eles, os norte-americanos, chamam o seu sistema político de poliarquia, não é uma democracia, nem comunitarismo, nem comunismo, nem capitalismo, é um condomínio de grupos influentes que mantém as diretrizes da federação por isso até hoje os USA não tem um nome, Estados não é um nome, é um substantivo adjetivo para distinguir uma instituição política com E minúsculo diferente de estado físico ou estado condição;


Unidos da América do Norte, América nem é exclusivo pois é uma região geográfica que inclui o Canadá e o México, portanto, união de estados semiautônomos formando uma federação que esqueceu de dar uma denominação para aquela nação, USA não é nome de nada, apenas uma descrição daquele regime territorial e político.


Segundo: as famílias e interesses determinam a política norte-americana, sem querer me estender, desde assassinatos e atentados de presidentes que saem fora do comando das elites podemos garantir que dificilmente os USA terão uma revolução ou uma secessão porque os estados têm suas famílias no comando e a federação é justamente a disputa destes grupos que muitos chamam de estado profundo, outros de sionistas, outros chamam de elites, outros tratam como globalistas.


Não obstante, desde a fundação das treze colônias a América tem seguido uma linha constante de expansionismo primeiramente negociando com a Espanha que era dona de 90% das ilhas pelo mundo, depois com a Inglaterra fazendo permutas depois da segunda guerra para ressarcir o plano Marshall, como poderia os EUA adivinhar que o Alasca seria a maior aquisição territorial depois da expulsão dos mexicanos da Flórida, Texas, Arkansas, Califórnia?


Parece que as gerações americanas vão nascendo mas os objetivos são os mesmo de sempre, a conquista de um império mundial, e somente a URSS e a China foram obstáculos intransponíveis, todos os inimigos e concorrentes foram domesticados desde a famosa reunião no hotel Plaza para brecar a economia japonesa, depois foram as tarifas alfandegárias contra Alemanha.


O trabalho então, agora é só vigiar e controlar o petróleo do Oriente com Arábia Saudita com o acordo dos petrodólares, invasão do Iraque, criação de revoluções coloridas em Maidam, Cairo, criação de grupos subversivos como Hamas, ISIS, Estado Islâmico, guerrilha no Afeganistão, mas parece que atualmente está tudo dando errado, veremos o que as famílias das montanhas planejam para o mundo, enquanto isso eles vão nos iludindo com as eleições mais abstratas e virtuais brincando de democracia eleitoral.


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