O que não te contaram sobre o embargo à Rússia
A Europa recebe cerca de 510 bilhões de metros cúbicos de gás por ano de todas as fontes externas.
Quando te falaram que o gasoduto Nordstream II nunca iria bombear gás para a Alemanha que iria receber o gás russo deixando a Rússia sem ingressos de mais bilhões de dólares americanos.
A parcela do gás, mas não todo o gás, consumido pela Alemanha seria provido por meio de navios tanques de gás liquefeito produzido pelos EUA e tornaria o EUA o maior produtor mundial de energia e maior fornecedor mundial de energia de origem fóssil do mundo.
Para isso dar certo, a Rússia não poderia ficar de fora, afinal, seria uma parte complementar ao que já era fornecido pelo sistema atual, porque os EUA não podem fornecer todo o gás necessário para a Alemanha e Europa.
Porque não combinar isso na OPEP dos gases, como se faz na OPEP do petróleo?
Porque o xisto-gás é muito mais caro que o gás natural, e naturalmente, deslocar os compradores de gás natural da Rússia não seria aceito pelos consumidores, exceto se eles ficarem sem fonte alternativa de gás.
Então a manobra era impedir que apenas Nordstream II não entrasse em funcionamento, e assim, com as outras fontes de fornecimento o gás de xisto americano poderia ser totalmente colocado na Alemanha, mas precisava que os russos complementassem com o gás deles, sem o gás de Nordestream II, sem combinar com os russos, que jamais aceitariam isso, então entra em cena um artista comediante para fazer uma encenação de guerra que não deu certo.
Para substituir parte do gás o Putin não aceitou bloqueio do Nordstream II e foi percebendo que teria que mostrar para a UE que sem a parte dos russos não adianta comprar gás dos EUA, por causa das contas que não fecham, pois são 510 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, e se cada navio gaseiro leva por viagem apenas 100 mil metros cúbicos de gás, sendo que a viagem de ida e volta leva 20 dias, seriam necessários 160 mil navios de gás inexistentes, que levariam dezenas de anos para serem construídos, com uma logística de portos com estações de desembarque e embarque que não existe.
Estamos agora no impasse pois ou leva o Nordstram II ou não leva nada.
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