domingo, 22 de junho de 2025

Decadência, mas ainda insubstituível

Decadência, mas ainda insubstituível




É preocupante a situação dos EUA, em decadência económica mas com ainda muitos pontos insubstituíveis para todo o mundo, com os chineses e indianos a dominarem a indústria desde agulhas de costura, bicicletas, telemóveis e até automóveis, agência espacial com estação espacial própria, aterragem na lua de sondas espaciais, as pessoas poderiam pensar que a humanidade já nem vai precisar dos EUA.

Mas somente três países produzem 90% de toda a música contemporânea do mundo desde 1950: Brazil, USA, Reino Unido, me indique uma música africana, dinamarquesa ou sueca, russa, portuguesa, francesa, italiana, tudo porcaria com exceção de ABBA, Aha, um ou outro, o grosso da produção mundial de música são estes três; no cinema e na programação de TV.

Veja que ainda os USA os melhores e mais produtivos; há as redes sociais que sofrem a fraca concorrência do KWAI e TIKTOK chinês, o TELEGRAM e VK, o mundo é dominado pelas americanas em geral.

Logo, então a saída dos EUA do topo vai gerar um vazio.

Mas a decadência de todos os impérios é inevitável, se o Trump fosse inteligente estaria a preparar as gerações dos EUA para serem o segundo ou o terceiro país mais importante do mundo.

Tentar se manter os USA em primeiro lugar vai ser inútil tentativa e a ruína inevitável e inadiável deste grande país decadente que consome: petróleo demais, água demais, energia elétrica demais, como China que copiou o modelo norte-americano de consumo em breve vai também começar a ter de fazer do imperialismo seu método de sobrevivência e a História repete-se como farsa.

Nenhum país deveria copiar estes padrões de consumo insano e insustentável: para si e para a terra.

O que é o terrorismo?

No século passado os EUA invadiram a Guatemala, a Nicarágua, a Jamaica apenas por causa das bananas!

Parece incrível, mas para terem bananas o lógico seria importarem as bananas.

Mas os americanos não gostam de comércio: simplesmente derrubaram governos para as empresas americanas tomarem conta do comércio de bananas, para isso acusavam-nos de terrorismo, de falta de democracia, violação dos direitos humanos, comunistas, a agenda do costume quando querem acusar ou invadir outro país, começam as condenações do costume, tudo apenas por causa das bananas (ou petróleo, ou tungsténio, ou terras raras, ou lítio, ou nióbio, alumínio, cobre, cobalto).

Se pegar nos documentos do ministério dos negócios estrangeiros do Brasil, o famoso Itamaraty, vai ver quarenta anos de disputas e processos nos organismos internacionais com a OMC Organização Mundial do Comércio das disputas dos Importadores americanos a queixarem-se/; ora dos preços, das pragas nas plantações, dos estudos científicos contra consumo de açúcar de cana, de café, tudo para destruir e derrubar os preços, e finalmente até as laranjas formaram a mais longa disputa entre os dois países porque lá na Florida existiu plantações de laranjais, que sofriam com as geadas e os furacões, então os laranjeiros do Brasil sofreram muitas décadas com os norte-americanos protecionistas.


Roberto da Silva Rocha, professor universitário e cientista político

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